
O Sesc de São Paulo já está vendendo ingresso para os shows que Tom Zé promoverá na unidade Belenzinho, nos dias 5,6, e 7 de fevereiro, nas três datas a partir de 21 horas, com duração de noventa minutos. Para este show, Tom Zé traz o repertório de seu novo disco, Vira Lata na Via Láctea, que conta com a participação de Criolo, O Terno, Milton Nascimento, Silva e Caetano Veloso. O próprio artista é quem faz o convite, conforme texto que deixou em seu perfil no Facebook:
“Algumas canções falam com minha cidade, Irará, com a Praça da Sé- São Paulo, com nosso suburbano planeta, a Terra. Outras falam com vocês. Eu e a banda convidamos quem é e quem não é da Geração Y.
Os shows serão no Sesc Belenzinho, em 5, 6 e 7 de fevereiro, pessoal. O Sesc Belenzinho é um refresco verde-azul, com aquelas piscinas onde o povo mergulha feito criança-golfinho, dando a esperança de que São Paulo tenha água pra todo mundo da cidade.
Vamos lá pros shows? Abraços!”
Compositor, cantor, performer, arranjador e escritor, o músico baiano, de Irará, é considerado um dos maiores expoentes do Tropicalismo – movimento de ruptura ocorrido nos anos 1960 no cenário da música popular brasileira – ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Mutantes, Rogério Duprat, Nara Leão, José Carlos Capinan, Torquato Neto e Rogério Duarte.
Em 1968 participou da gravação do disco Tropicália ou Panis et Circensis e, no mesmo ano, faturou o IV Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, com a canção São São Paulo, Meu Amor.
Com uma discografia extensa, Tom Zé teve a compilação The Best of Tom Zé (1990) lançada pela gravadora do músico David Byrne, ex-Talking Heads, que se impressionou com a qualidade do cantor baiano ao tomar conhecimento de sua obra. O disco foi único álbum brasileiro a figurar entre os dez mais importantes da década nos Estados Unidos, na avaliação da revista Rolling Stones.
Ainda em 1990, Tom Zé recebeu o Prêmio de Criatividade concedido pelos compositores do Festival Composer to Composer, em Telluride, nos Estados Unidos. Oito anos depois, já com o álbum Com Defeito de Fabricação, recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e teve esse mesmo trabalho listado entre os dez mais importantes do ano pelo The New York Times. O músico ainda possui outras três láureas na carreira: Prêmio Shell, pelo conjunto da obra (2003), Artista do Ano pela Revista Bravo (2006) e Prêmio Governador do Estado – Destaque em Música, pelo Governo do Estado de São Paulo (2010).
Entre seus grandes sucessos, destacam-se as músicas Mã; Um Oh! e um Ah!; Nave Maria; Cademar (em parceria com Augusto de Campos), Xiquexique (com José Miguel Wisnik), Augusta, Angélica e Consolação e Dois mil e um (com Rita Lee).