
uito antes da atual grave crise hídrica que afeta grandes centros urbanos do país e ameaça o futuro de muitas comunidades, para não dizer de toda a sociedade nacional em curto prazo, os impactos de duas experiências vivenciadas pelo cantador Cláudio Lacerda (São Paulo/SP) despertaram nele a vontade de fazer algo que cutucasse a consciência popular para a necessidade de preservar e recuperar mananciais e rios: um viagem por toda a extensão da hidrovia Paraná-Tietê, e o filme Uma verdade inconveniente, do ex-vice presidente dos Estados Unidos Al Gore, assistido por sugestão do companheiro Paulo Simões (MS), com quem esteve no barco durante a travessia. Destas experiências e da sensibilidade de Cláudio Lacerda, utilizando suas principais ferramentas que são a voz e a arte de tocar violão e viola, surgiu Olhos d’água, um espetáculo baseado em belo repertório cuja temática é a água, com arranjos personalizados para canções recolhidas em fontes de artistas consagrados, entremeado por mensagens e por dicas de apelo à conservação da natureza, além de homenagens a mestres comprometidos com causas ambientais.