748 – João Arruda e Nádia Campos, recebidos pelo Sankara Duo, levam ao Chile o Dandô Circuito de Música Dércio Marques

joão e nádia

O Dandô Circuito de Música Dércio Marques, premiado projeto idealizado pela cantora e compositora paulistana Katya Teixeira, completando o segundo ano, atravessou fronteiras e está chegando ao Chile, país sul-americano no qual estará representado no dia 9 de dezembro pelos músicos João Arruda e Nádia Campos. Os brasileiros serão recebidos por Felipe Ignacio Valdez Carraha e Fernanda Mosquera Castro, que formam o Duo Sankara, anfitriões do show marcado para começar às 20 horas no teatro da La Casona Nemésio Antúnez, cujo endereço é avenida Alcalde Fernando Castillo Velasco, 8.580, a ex-avenida Larran, situada em La Reina, Santiago. O ingresso custará $ 3.000.

O Sankara Duo surgiu do Grupo Merkén,  em 2006. Enquanto aquele projeto pretende fundir a música erudita com a popular, a proposta do Sankara visita as raízes da música latino-americana. Formado por Felipe e Fernanda, a singular dupla chileno tem dado amostras do seu talento em importantes eventos como o Festival Charango al Sur del Sur (Chubut, Argentina, 2009); Taller Pantheatro y Noche del Charango Chileno (Santiago, 2010); Urubamba Chile (Santiago); e VIII Encuentro Internacional de Charanguistas (Sucre, Bolívia), ambos em 2011. Em 2012 lançou o primeiro disco, Sombras, realizado com financiamento do Fondo de Fomento de la Música Nacional e apresentado em junho no Teatro Sidarte.

sankara duo

Tanto Felipe como Fernanda são licenciados em Artes com Menção em Teoria da Música, egressos da Universidad de Chile. A sua importante formação e experiência se somam ao gosto por melodias e canções da nossa Patria Grande, vertidas com entrega e detalhada interpretação em distintos instrumentos: violões, kalimba, charango, ocarina, walaycho, apoiados por expressivas vozes.

Nádia Campos é cantora, compositora e educadora nascida em Belo Horizonte (MG) e canta desde menina: sua voz não guarda fronteiras e com seu violão vem aprendendo e divulgando a música  de diversas culturas, com destaque para o amor às raízes brasileiras e  latinas. Nádia estudou em importantes centros de música, mas a própria vida vem sendo a maior escola. Aos 9 anos participou do disco infantil Enrola Bola,  do conterrâneo Rubinho do Vale; mais tarde enriqueceu trabalhos como Andejo, de Joaci Ornelas; Cantilenas de Jardim, de Fernando Guimarães; Umamakaia -Espírito do Vento, de Sotero Sol; Cavaleiro Macunaíma, de João Bá; a coletânea O Jardim de Todos, poemas musicados de Carlos Rodrigues Brandão.

Em 2008, gravou o disco Por que Cantamos, inspirado no poema do uruguaio Mario Benedetti, com canções próprias, populares e tradicionais nas quais relê outras obras. Em 2013 Nádia Campos publicou Cantigas de Beira Rio, dedicado ao tema águas — rios, mares, povos ribeirinhos. A maioria das canções são parcerias com o mestre e amigo João Bá. Participou e se apresentou em diversos espaços, encontros e seminários e dividiu o palco com Dércio Marques, Doroty Marques, João Bá, Pena Branca, Katya Teixeira, Pereira da Viola, Fernando Guimarães, João Arruda, Levi Ramiro, Joaci Ornelas, Carlinhos Antunes, dentre outros.

O cantor, compositor e multi-instrumentista João Arruda, natural de Campinas (SP), possui destacado talento para tocar violas e instrumentos de percussão. Declara-se um trovador apaixonado pela cultura e tradições populares e vem ganhando elogios como  artista comprometido com a valorização e a criação de temas e canções da cultura popular brasileira e da América Latina. Além de músico, João Arruda é produtor fonográfico. Sua obra pode ser encontrada em mais de 15 álbuns, nos quais aparece como artista, convidado ou produtor. É constantemente requisitados para festivais, programas de rádio e emissoras de televisão e assina diversas trilhas sonoras para espetáculos, documentários e filmes.

A trajetória musical inclui turnês por Brasil e exterior; com o grupo de Pífanos Flautins Matuá integrou o projeto Samarro’s Brazil realizando concertos na França e na Itália, e já percorreu Argentina, Bélgica, Inglaterra e o País Basco com seu concerto Entre Violas e Couros. É idealizador e curador do projeto musical Arreuní, que promove encontros mensais com diversos artistas brasileiros e convidados estrangeiros. Em 2007 lançou Celebrasonhos, seu mais recente disco é Venta Moinho (2013), mas já está preparando o terceiro “filho”, celebrando dez anos de carreira solo, Entre Violas e Couros, apenas com canções autorais gravadas ao vivo.

Sobre o Circuito Dandô

 

Ao idealizar o Dandô Circuito de Música Dércio MarquesKatya Teixeira pretendia fomentar a circulação de música de qualidade inquestionável por todo o Brasil, reunindo artistas de várias regiões, e, assim, além de criar intercâmbios, gerar novas plateias. Quem já se apresentou possui trabalhos reconhecidos e merece melhor projeção no panorama nacional, o que proporcionaria às pessoas acesso a outras linguagens e propostas produzidas fora da “grande mídia”.  Um artista sai de cada cidade e passa por todos os pontos do circuito, girando a roda de forma contínua. Cada edição conta sempre com um artista do local recebendo e abrindo o espetáculo para o convidado, em shows de aproximadamente noventa minutos. Ao final, um bate-papo entre artistas e plateia fecha a apresentação. O público de várias cidades de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, de Goiás, de Pernambuco e do Distrito Federal já prestigiou shows da caravana.

O objetivo de Katya Teixeira é, ainda, tornar popular o nome de Dércio Marques e seu inestimável legado não apenas para a música, mas para toda a cultura brasileira. Mineiro de Uberaba, Dércio Marques morreu em julho de 2012, em Salvador (BA), deixando como maior legado uma grande escola que transcende a composição musical e poética e propõe, ainda, uma postura mais íntegra e solidária de viver, voltada tanto para a preservação da natureza, quanto para o aprimoramento espiritual de cada individuo, sem deixar de lado o engajamento político e social. 

O Dandô recebeu em dezembro de 2014 o Prêmio Brasil Criativo na categoria Artes de Espetáculo/Música, no Auditório Ibirapuera (SP). Promovido pelo Ministério da Cultura, pelo Projeto Hub e pela 3M, o Brasil Criativo contemplou 22 projetos  perante um público de mais de 800 pessoas. 

moinho

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