Antônio Borges de Alvarenga e Geraldo Aparecido são nomes provavelmente desconhecidos pela maioria do público embora formem, atualmente, a dupla que tem um dos mais longevos e sólidos trabalhos do meio caipira e que infelizmente, hoje talvez constitua uma das últimas representantes da velha geração de violeiros que tocam a autêntica música raiz. Antônio, o mais velho, já completou 80 anos, Geraldo tem 72: juntos neste domingo, 10, ambos mais uma vez subirão ao palco como Cacique e Pajé, atração que a unidade Campinas do Sesc de São Paulo programou para abrir a temporada 2016 do projeto Café com Viola, previsto para começar às 10 horas.
A dupla Cacique e Pajé, alternando o segundo membro por duas vezes, adotou este nome em 1978, por sugestão de Tonico e Tinoco. Os pioneiros são Antônio, nascido em tribo às margens do Rio Vermelho (Rondonópolis/MT), em 25 de março de 1935, e Roque Pereira Paiva, o primeiro Pajé, portanto, natural da mesma aldeia e de 22 de agosto de 1936. Paiva faleceu em São Paulo, a 5 de março de 1994. O violeiro Índio Cachoeira o substituiu até a entrada no posto de Geraldo, em 1997. Alterações à parte, ao longo da profícua trajetória a história da dupla registra sucessos tais como o Milagre do batismo, Cidade Moderna, Pescador e catireiro, Caçando e pescando e Poema das corda, além de emplacarem como clássicos Deixa o Índio em Paz (Cacique e Capitão Furtado) e Casinha Velha (Cacique e Ademar Braga), gravados em mais de 25 discos. Em Campinas, além do privilégio de ouvi-los, a plateia poderá desfrutar durante a cantoria café e bolo de fubá oferecidos pelo Sesc.
O Sesc Campinas fica na rua Dom José, 270, na região do terminal rodoviário Ramos de Azevedo e disponibiliza para mais informações o telefone 19 3737-1515.