Hoje, 6 de fevereiro, a agenda do Barulho d’água Música registra o aniversário do professor, contista, poeta, cantor e compositor Jorge Andrade, amigo de Belém (PA), que sempre envia ao Solar da Lageado discos e outros trabalhos de artistas paraenses e de estados vizinhos da região Norte do país, incluindo as próprias obras, revelando quão é rica e diversificada a cultura e a tradição da região amazônica e o quanto a indústria do entretenimento e a mídia nos priva, cá no Sudeste maravilha, com a “seletividade” que exclui quem pensa e produz “fora do quadrado”.
Mais do que um fraterno abraço, nós é que deveríamos enviar os presentes, no entanto, Jorge Andrade, mais uma vez , brindou-nos não com um, mais com dois exemplares de Trovar, trovar, seu mais recente trabalho. Lançado ao final de 2015, o novo disco reúne 12 composições dele e do parceiro Floriano interpretadas por um belíssimo time de vozes femininas, entre as quais Andréa Pinheiro, Karina Ninni, Luísa Nascimento Nogueira, Carla Maués, Patrícia Bastos e Lívia Rodrigues. Floriano, Zé Luiz Mazziotti, Pedrinho Cavalleró e o grupo Sapecando no Choro também enriquecem as faixas.
De autoria do próprio Jorge Andrade já havíamos recebido dele, também, Entre outras coisas e História contada em círculos. O primeiro já trazia além de Andréa, Karina, Patrícia e Lívia, Juliana Sinimbú e Leila Chavantes interpretando letras de Jorge Andrade, com músicas do parceiro Floriano primorosamente arranjadas, ora acompanhadas por um envolvente saxofone, noutro por um embalador piano, entre outros instrumentos: trata-se de um repertório que soa feito água corrente e pura entre pedras, um riacho conduzindo trovas, sentimentos, desejos.
Já Histórias contadas em círculos apresenta poesias assinadas por Jorge Andrade, narradas por ele e também musicadas por Floriano. Jorge Andrade também destaca-se em festivais. Em novembro de 2014 faturou o II Festival de Música Popular da Universidade do Estado do Pará (Uepa) com Trampolim, interpretada por Floriano. Há quase 20 anos, quando houve o I Festival da Universidade, Andrade ficara em segundo lugar. A letra de Trampolim é uma aclamação à vida. “A nossa vida é um pulo, é um salto, é um risco. A música tem umas imagens geniais sobre afã e desejo e a nossa vida ensina sobre essas coisas, de luta e de sacrifício”.
Sucesso sempre, Jorge Andrade!
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