826 – Lê Coelho vai do rock progressivo ao samba tradicional em “Tuvalu”, disco de estreia que lançará em Sampa

O palco do auditório da unidade Vila Mariana do Sesc de São Paulo estará reservado a partir das 20h30 da quinta-feira, 10, para o lançamento de Tuvalu –Uma História Oral do Nosso Tempo, primeiro álbum solo do compositor, cantor e violonista Lê Coelho. Durante a apresentação, além de faixas deste trabalho, o púbico ouvirá canções inéditas do cantor e compositor, além de releituras dos repertórios da Banda de Argila e do grupo Urubus Malandros, entre as quais Gota por Gota, gravada recentemente pelo cantor Lineker e para o single Equivocado, com a banda Meia Dúzia de 3 ou 4.

O nome Tuvalu faz referência a um país sentenciado a desaparecer devido aos impactos ambientais planetários, e, também, ao livro no qual o jornalista Joseph Mitchell apresenta Joe Gould, mendigo que perambula por Nova York na década dos anos 1940 e alimenta o projeto pessoal de escrever A História Oral do Nosso Tempo.

Com formação base de voz, violão, baixo, bateria, guitarra e sintetizadores, Tuvalu apresenta a síntese de experiências estéticas, musicais e literais experimentadas por Lê Coelho tanto com a Banda de Argila, quanto com os Urubus Malandros, com os quais transitou do rock progressivo ao samba tradicional. Influências como Arnaldo Antunes, Led Zeppelin, Lenine, Sérgio Sampaio, Nelson Cavaquinho, Nirvana, Itamar Assunção, Djavan também tempera o conteúdo de possibilidades sonoras ousadas e modernas que Lê Coelho leva ao fogo. A plateia percebera a ferver neste caldeirão elementos que aparentemente seriam desconexos dando liga, ora harmonicamente, ora em uma dinâmica de choque criativo. Os produtores Ivan Gomes e Rodrigo Monteiro e o próprio Lê Coelho prepararam a receita que em 11 faixas combina referências urbanas (como o pop, o rock, o funk e o jazz) e ritmos tradicionais (como o samba, a ciranda e a guitarrada paraense).  

le coelho arte

Lê Coelho apresenta-se na noite paulistana desde 1996. Em 1998 montou, trabalhou e depois administrou por três anos o próprio estúdio, em sociedade com o percussionista Marcelo Voos. Bacharel em Música popular pela Universidade de Campinas (Unicamp), estudou violão erudito na então Universidade Livre de Música (ULM), na qual fez parte da camerata de violões, mais violão popular no Centro Livre de Aprendizagem Musical (CLAM). Possui três discos com a Banda de Argila (coletivo de seis músicos que por sete anos desenvolveu um trabalho experimental sobre música brasileira e rock progressivo) e o disco UM SAMBA A MAIS, com os Urubus Malandros (grupo de oito músicos com o qual realiza pesquisas sobre o samba e que teve, no álbum, participações especiais de Zeca Baleiro, Vânia Bastos e a Vozes Bugras Ully Costa). Ao longo da carreira, também participou de outros projetos artísticos, entre os quais Benditos Malditos (pesquisa sobre as obra de Itamar Assumpção e Sérgio Sampaio), além de assinar trilhas sonoras.

O Sesc Vila Mariana fica na rua Pelotas, 141, a uma caminhada leve da estação Ana Rosa da Linha 1 Azul do Metrô.  O ingresso para a apresentação de Lê Coelho custará entre R$6 e R$20. Para mais informações há o número de telefone 11 5080-3000.

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