984 – Atração do IJC (SP), José Delgado mostra em show acústico ritmos e sonoridades da Venezuela e do Caribe

Um dos melhores expoentes da nova música popular da Venezuela, o cantor José Delgado, apresentará neste domingo, 30 de julho, o concerto Acústico Caribe para os amigos e frequentadores do Instituto Juca de Cultura (IJC), situada no bairro Sumaré, na zona Oeste de São Paulo. A partir das 17 horas, o público conhecerá ao som de um cuatro (instrumento de cordas venezuelano) e um violão (guitarra, em Espanhol) parte do repertório reunido em seis álbuns, o mesmo que deverá embalar a turnê pelo Brasil que incluirá, ainda, shows de Delgado no Rio de Janeiro, no Clube do Choro (Brasília/DF) e em Pirenópolis (GO). Com mais de uma década de trajetória, o convidado do IJC destaca-se pelo canto que transita por gêneros nativos, caribenhos, jazz,  rock e salsa, revelando sua versatilidade compositiva e interpretativa, características que o coloca entre os mais admirados da música moderna latino-americana.

A obra de Delgado também o ajuda nesta afirmação que para além do solo das Américas se estende a países da Europa e da África por ser ao mesmo tempo redentora de tradições populares e experimental, mesclando em suas composições formatos contemporâneos e urbanos. Mundo afora, este perfil já o colocou em palcos de festivais e de concorridos eventos lado a lado com renomados artistas e grupos, entre os  quais o mineiro Pereira da Viola. A lista inclui, ainda, expressões da latinidade como Virulo (Cuba); Inti Illimani e Manuel García (Chile); Aquiles Baez, C4Trío, ​ Rafael “Pollo” Brito e ​ Víctor Morles (Venezuela), Kevin Johansen e Marcelo Ferrer (Argentina) e Marta Gómez (Colômbia), entre tantos outros.

José Delgado nasceu em Caracas, capital da Venezuela, no seio de uma família de quatro irmãos. A relação com a música, já na infância, recebeu fortes influências dos costumes do lar e dos gostos do pai – que se revelou a figura central para a inclinação artística do filho à medida que, nos primeiros anos do ainda garoto, em torno de um rádio, juntava todos na cozinha da casa para audições de cantos tradicionais e folclóricos venezuelanos, executados ao violão e ao cuatro, incentivando os meninos durante as rodas de cantoria a admirar e respeitar as tradições do país.  

O incentivo paterno também foi fermento para José Delgado aprender a tocar cuatro e mandolina (bandolim) precocemente e a gostar de tangos, boleros, valsas peruanos e cumbias — hábito que despertou nele a paixão por mesclar ritmos aparentemente incongruentes. Já adolescente, empunhando um novo instrumento, o violão, passou a se dedicar às sonoridades urbanas como a salsa, o rock e o jazz. Cantar e tocar, entretanto, não resumem os predicados artísticos de José Delgado. Ele também estudou Teatro, como aluno de Artes da Universidad Central de Venezuela, período durante o qual atuou tanto como ator, quanto como músico, em diversas montagens.

Em 2001, por exemplo, compôs o elenco de El último Minotauro, do compatriota León Febres Cordero, e El Jardín de los Cerezos, de Chejov, ambas dirigidas por Eduardo Gil. Na temporada seguinte, acompanhou viagem do grupo Nicolás à Espanha. Em 2007, sob direção de José Antonio “Flako” Rojas, encenou Caminos. E entre 2009 e 2012 protagonizou Vuelta a casa, baseado em poemas de Ramón Palomares, peça para a qual compôs a trilha sonora, novamente sob direção de Eduardo Gil.

Nesta mesma época Delgado comprou a primeira guitarra, que usava para acompanhar suas montagens e o estimulou a compor as canções do futuro primeiro disco, La Ventana, de 2005. Gradativamente, evoluía profissional e artisticamente, participando do coletivo Trova Gaitera, no qual contracenava com Rafel “Pollo” Brito. Delgado é  membro fundador do Colectivo La Cantera e La Liga y Tribu Caracas, organizações que buscam consolidar plataformas para produção artística independente.

O Instituto Juca de Cultura fica na rua Cristiano Vianna, 1142, há uma caminhada leve da estação Sumaré da linha 2/Verde do Metrô. A entrada para assistir Acústico Caribe está cotada em R$ 20,00.

Discografia de José Delgado

Solo

La ventana (2005)/Canciones y poemas (2008)/ A pedal y bomba (2010)/ Rueda libre (2012)/ Sesiones en el Bolívar Hall Vol 1. (2016)/ Algo (2016).

 Participações

Mi independencia una flor (2011)/Canciones con alma para un mundo sin armas (2012)/ Alí, compañero de todos (2015)/ Simón Díaz, La Herencia (2015)

Colaborações

Entre manos ( C4 Trío/2009)/Agua salud (Amaranta Pérez/2012)/En cantado (Aquiles Báez/2013)/Improvisto (Pancho Montañez/2014)

 

2 comentários sobre “984 – Atração do IJC (SP), José Delgado mostra em show acústico ritmos e sonoridades da Venezuela e do Caribe

  1. Republicou isso em Pátria grandee comentado:
    Um dos melhores expoentes da nova música popular da Venezuela, o cantor José Delgado, apresentará neste domingo, 30 de julho, o concerto Acústico Caribe para os amigos e frequentadores do Instituto Juca de Cultura (IJC), situada no bairro Sumaré, na zona Oeste de São Paulo. A partir das 17 horas, o público conhecerá ao som de um cuatro (instrumento de cordas venezuelano) e um violão (guitarra, em Espanhol) parte do repertório reunido em seis álbuns, o mesmo que deverá embalar a turnê pelo Brasil que incluirá, ainda, shows de Delgado no Rio de Janeiro, no Clube do Choro (Brasília/DF) e em Pirenópolis (GO). Com mais de uma década de trajetória, o convidado do IJC destaca-se pelo canto que transita por gêneros nativos, caribenhos, jazz, rock e salsa, revelando sua versatilidade compositiva e interpretativa, características que o coloca entre os mais admirados da música moderna latino-americana.
    A obra de Delgado também o ajuda nesta afirmação que para além do solo das Américas se estende a países da Europa e da África por ser ao mesmo tempo redentora de tradições populares e experimental, mesclando em suas composições formatos contemporâneos e urbanos. Mundo afora, este perfil já o colocou em palcos de festivais e de concorridos eventos lado a lado com renomados artistas e grupos, entre os quais o mineiro Pereira da Viola. A lista inclui, ainda, expressões da latinidade como Virulo (Cuba); Inti Illimani e Manuel García (Chile); Aquiles Baez, C4Trío, ​ Rafael “Pollo” Brito e ​ Víctor Morles (Venezuela), Kevin Johansen e Marcelo Ferrer (Argentina) e Marta Gómez (Colômbia), entre tantos outros.
    José Delgado nasceu em Caracas, capital da Venezuela, no seio de uma família de quatro irmãos. A relação com a música, já na infância, recebeu fortes influências dos costumes do lar e dos gostos do pai – que se revelou a figura central para a inclinação artística do filho à medida que, nos primeiros anos do ainda garoto, em torno de um rádio, juntava todos na cozinha da casa para audições de cantos tradicionais e folclóricos venezuelanos, executados ao violão e ao cuatro, incentivando os meninos durante as rodas de cantoria a admirar e respeitar as tradições do país.
    O incentivo paterno também foi fermento para José Delgado aprender a tocar cuatro e mandolina (bandolim) precocemente e a gostar de tangos, boleros, valsas peruanos e cumbias — hábito que despertou nele a paixão por mesclar ritmos aparentemente incongruentes. Já adolescente, empunhando um novo instrumento, o violão, passou a se dedicar às sonoridades urbanas como a salsa, o rock e o jazz. Cantar e tocar, entretanto, não resumem os predicados artísticos de José Delgado. Ele também estudou Teatro, como aluno de Artes da Universidad Central de Venezuela, período durante o qual atuou tanto como ator, quanto como músico, em diversas montagens.
    Em 2001, por exemplo, compôs o elenco de El último Minotauro, do compatriota León Febres Cordero, e El Jardín de los Cerezos, de Chejov, ambas dirigidas por Eduardo Gil. Na temporada seguinte, acompanhou viagem do grupo Nicolás à Espanha. Em 2007, sob direção de José Antonio “Flako” Rojas, encenou Caminos. E entre 2009 e 2012 protagonizou Vuelta a casa, baseado em poemas de Ramón Palomares, peça para a qual compôs a trilha sonora, novamente sob direção de Eduardo Gil.
    Nesta mesma época Delgado comprou a primeira guitarra, que usava para acompanhar suas montagens e o estimulou a compor as canções do futuro primeiro disco, La Ventana, de 2005. Gradativamente, evoluía profissional e artisticamente, participando do coletivo Trova Gaitera, no qual contracenava com Rafel “Pollo” Brito. Delgado é membro fundador do Colectivo La Cantera e La Liga y Tribu Caracas, organizações que buscam consolidar plataformas para produção artística independente.

    Curtir

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.