1082 – Centro Cultural Casarão de Barão Geraldo promove encontro de violeiros de cabaça

Violeiros reunidos em torno de uma fogueira no quintal do Centro Cultural Casarão, localizado no distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP),  nesta sexta-feira, 13 de julho, é um convite irrecusável,  ainda mais quando eles  prometem que a ocasião será “assustadoramente inesquecível”! não é?  Pois o trio formado por bambas do instrumento comandará o primeiro  Casarão das Violas da temporada, projeto em que se que presta reverência à viola de 10 cordas e às suas potencialidades, nas mais variadas vertentes. A cada nova rodada expoentes vindos de diversas regiões do país se apresentam naquele espaço dos mais convidativos e no qual sempre algo de extraordinário ocorre , sob a curadoria do violeiro, pesquisador e anfitrião João Arruda.  Para esta edição, Arruda destacou o tema violas de cabaça e receberá  enquanto a lenha estalar Levi Ramiro (Pirajuí/São Paulo) e Fabrício Conde (Juiz de Fora/MG), com participações dos violonistas Marcos Azevedo e Rafael Schimidt trazendo a sonoridade do violão também feito de cabaça.

O Centro Cultural Casarão  promove os encontros já há dois anos. A meta é estabelecer diálogos com os (as) violeiros (as) de diferentes gerações e compartilhar com a plateia o que estão pensando, tocando, estudando e sonhando na lida com esse instrumento tão precioso para a nossa cultura popular.

Levi Ramiro

Natural de Uru, pequena cidade do Interior paulista, hoje residente em Pirajuí, o violeiro e artesão começou na música tocando violão popular. Em meados de 1995 adotou a viola como principal instrumento, absorvendo o universo cultural que veio ao encontro de suas raízes, motivo pelo qual ampliou sua produção musical, tanto na arte de tocar, como na de fabricar o instrumento. Com base nos valores da cultura caipira e misturando elementos que formam nossa música brasileira, Levi Ramiro celebra em suas composições a poesia e a simplicidade da vida interiorana.

João Arruda

Foto: Alik Wunder

Cantador, tocador de violas e percussões, João é um trovador apaixonado pela cultura musical dos povos, artista comprometido com a valorização e a recriação de temas e canções da cultura popular brasileira e da América Latina. Conhecido e admirado pelo seu carisma, irreverência e espontaneidade no palco, já gravou dois álbuns autorais e está presente em mais de outros 15 como artista convidado e produtor. Participou de mostras, festivais e programas de rádio e TV além de compor diversas trilhas sonoras para espetáculos, documentários, mostras  e filmes.

Em 2007 gravou Celebrasonhos e seu mais novo trabalho solo é Venta Moinho, lançado em 2013. Sua trajetória musical inclui turnês pelo Brasil e Exterior percorrendo países como Argentina, Bélgica, França, Inglaterra e País Basco. Foi idealizador e é curador do projeto musical Arreuní, que promove encontros mensais com diversos artistas brasileiros e convidados; da Roda de Mestres, ao lado de Sinhá Rosária, João Bá e Tião Mineiro; e gravou o projeto Escambo com músicos franceses.

Fabrício Conde

Há vinte anos Fabrício Conde dedica-se aos estudos da viola caipira e da música instrumental brasileira, e, atualmente, em turnês pela América do Sul pesquisa músicas produzidas nas comunidades rurais de alguns países. Destas viagens e vivências resultaram as composições gravadas em Fronteira, seu mais recente álbum. O trabalho do mineiro juiz-forano alia sensibilidade e virtuosismo e já foi apresentado em vários países da América do Sul e Europa.

Fabrício gravou São de Viola (2001); Viola da Mata (2004); Viola Brasileira (2008); e Fronteira (2015), além do DVD autoral Âncora, transmitido pelo canal de TV Afro Music, na Espanha (2011); participou de diversos álbuns de coletâneas no Brasil e no exterior, entre eles Música Minas promovido pela revista inglesa Songlines (2010).

Fabrício Conde coleciona prêmios, entre os quais estão o XIV Prêmio BDMG Instrumental; o I Concurso Instrumental Estúdio 66, do Canal Brasil; sua obra também já foi selecionada para o Projeto Rumos Coletivo – Itaú Cultural; para o projeto Caixa Cultural que renderam apresentações em Fortaleza, Brasília e São Paulo; e para o projeto Quintas do BNDES, no Rio de Janeiro. Fora do campo musical, como escritor,  é autor dos livros Causos, histórias e um pouco mais (Franco Editora), O caminho das asas (Roda e Companhia), selecionado pela Feira do Livro Infantojuvenil (Flinj) para a feira literária de Bolonha, Itália.

 

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