Terceiro álbum do músico de Botucatu traz 15 faixas, das quais quatro instrumentais, e mescla composições autorais consagradas em festivais, melodias atuais e releituras de clássicos caipiras
O novo álbum do violeiro Osni Ribeiro, cantor, compositor e agente cultural residente em Botucatu, cidade do Interior paulista, já está devidamente “batizado” aqui na redação do Barulho d’água Música, depois de abrir tradicionais audições matinais que fazemos todo os sábados. Arredores, seu terceiro álbum, traz 15 faixas, das quais quatro instrumentais, e mescla composições autorais consagradas em festivais, melodias atuais e releituras de clássicos legados por Angelino de Oliveira (Prece de Caboclo), Serrinha (Vou Buscar Boiada) e Raul Torres (Gostei da Morena).
Osni Ribeiro sabe muito bem como extrair das dez cordas todas as sonoridades que a viola caipira guarda em seu bojo, como convém a um músico que também nasceu naquela serra em cujos pés encontram-se as cidades natais e os ranchinhos beira-chão onde viveram mestres como Angelino, Torres, Serrinha e Carreirinho. É também poeta da melhor cepa, talento e sensibilidade que leva para as composições. Apenas estes atributos, isoladamente, já valem audições sem medidas do Arredores, mas Osni Ribeiro aprecia se acercar de colegas igualmente talentosos, parte da turma com a qual convive, cai na estrada e cria. Enriquece ainda mais o disco com diversas participações especiais – apresentando como novidade a estreia do paulista de Irapuru, Julio Santin, como intérprete, já que o autor de Capim Dourado e Sentimento Matuto é muito mais conhecido pelos dons de violeiro do que pela intimidade da voz com o microfone.

O paulista Julio Santin é um dos ilustres participantes do álbum Arredores, de Osni Ribeiro (Foto: Adriano Rosa)
Além de Santin, encontram-se nos créditos referências a músicos como Cláudio Lacerda, Jaime Além, Toninho Porto, José Staneck, o barbatuque Marcelo Pretto e Toninho Ferragutti. O álbum ainda faz referência aos luthiers, “pais” das violas utilizadas por Ribeiro: Dimathus, João Luthier, Kleber Silveira, Vergílio Lima, Viola Ramos e o onipresente Levi Ramiro.
O autor do texto de apresentação também é estrela fulgurante desta plêiade e observou que Arredores é “um disco inspirado, enraizado, por trazer no bojo das canções a sonoridade já transmutada do universo caipira e contemporâneo por atualizar a importância do cantar e do tocar no cotidiano externo e interno das pessoas”. Compositor, arranjador, pesquisador, professor e violeiro dos mais expressivos entre os brasileiros, professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e diretor da Orquestra Filarmônica de Violas, Ivan Vilela arremata assim os merecidos elogios ao disco: “[É] Para encher nossos ouvidos e transbordar os nossos corações”.

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O repertório do álbum Arredores é formado por Paixão Violeira; Arredores; Viola Santa; Mais um Rei de Cantoria; Brinquedo; Cidades; “Quadrinhas de Boi (em parceria com Gustavo Rosa e Tunico Rosa); Rosa e Passarinho (em parceria com Sérgio Santa Rosa); as instrumentais são Porto da Ribeira; Rabiola; São João Pedro; e Quase Folia. O novo trabalho de Osni Ribeiro já está disponível, também, em plataformas digitais de streaming, lojas virtuais e na página oficial do cantor e compositor, @ribeiroviola. Já quem desejar adquirir Arredores poderá falar diretamente com o violeiro encaminhando mensagem pelo Facebook ou enviando mensagem para osniribeiro@abacateiro.com.
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