1111 – Jackson Ricarte é a nova atração do Barulho d’água Música, no ZECA (SP)

Cantor e compositor cearense radicado há 20 anos em São Paulo vai protagonizar em Pinheiros, na Capital, a cantoria Estrada Afora, com repertório do seu disco homônimo e clássicos regionais e caipiras

O violeiro, cantor e compositor Jackson Ricarte é a segunda atração do projeto de cantorias do Barulho d’água Música, iniciado em 31/8 com Katya Teixeira e que, mensalmente, será promovido no Zuraffa Espaço de Cultura e Arte (ZECA), situado em Pinheiros, bairro da zona Sul paulistana.  Ricarte vai se apresentar a partir das 20 horas, tocando canções de seu primeiro álbum autoral, Estrada Afora, mesclado a sucessos do nosso cancioneiro regional. A contribuição mínima a título de entrada para a o show será R$ 20,00.

Jackson Ricarte nasceu no sertão cearense, na cidade de Senador Pompeu, onde cresceu ouvindo repentistas, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Aos 7 anos veio com sua família para a cidade de São Paulo e passou a conhecer as músicas de Tião Carreiro e de Almir Sater — dentre tantos outros compositores e cantores da música caipira que o influenciaram.  Com 11 anos ganhou de presente de aniversário de seu pai um violão: é a partir desse momento que começa seu ciclo artístico.

Em poucas semanas, Ricarte já estava tocando sua primeira música, Boiadeiro Errante, um clássico da música caipira composto por Teddy Vieira, e, com apenas 12 anos, já se apresentava em bares, praças e ganhava o público com seu carisma e por seu talento. Aprendeu cedo, portanto, a defender com paixão a música regionalista brasileira, adotando a viola como companheira aos 18 anos, quando deu início à carreira profissional como músico. Conquistado  pelo  instrumento, foi estudar na Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (Antiga Universidade Livre da Música), com os professores Rui Torneze e João Paulo Amaral.

A viola também  levou Jackson Ricarte a participar como solista da Orquestra Paulistana de Viola Caipira — durante quatro anos — e residir na sede da Orquestra, o Instituto São Gonçalo, onde pôde ter contato com o rico acervo musical.

Foi nesse tempo que pesquisou e conheceu diversos artistas e compositores que influenciaram o seu trabalho. Aprendeu ouvindo Dércio Marques, Rubinho do Vale, João Bá, Katya Teixeira, Dani Lasalvia, Fernando Guimarães, Paulinho Pedra Azul, Cícero Gonçalves, Amauri Falabella, Chico Lobo, Pereira da Viola, Levi Ramiro, Socorro Lira, Elomar, Xangai, Vital Farias, Geraldo Azevedo dentre tantos outros menestréis da música regional brasileira. Atualmente participa da Orquestra de Viola Caipira de São José dos Campos como assistente de regência do diretor musical Ivan Vilela.

Jackson Ricarte também se dedica à arte de ensinar. Como educador musical, já lecionou viola caipira no Instituto São Gonçalo, violão popular no Projeto Fábricas de Cultura, Iniciação Musical no projeto Vivências Musicais na Escola SESI de Salto (SP) e desenvolveu diversas oficinas e palestras de viola caipira nas Oficinas Culturais do Estado de São Paulo, nas Bibliotecas da Prefeitura de São Paulo; atualmente está lecionando viola caipira na Casa de Cultura Rancho Tropeiro pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em São José dos Campos.

Viajando pelas paisagens sonoras dos sertões brasileiros, do cururu ao baião, Ricarte desenha um mapa sonoro ao som da viola caipira, por vertentes e ritmos do nosso BrasilAssim,  vem se consolidando ao longo de mais de dez anos de estrada nos quais realiza apresentações musicais em diversos espaços culturais, chamando a atenção para novos públicos, amigos e admiradores. Em novembro de 2016,  para impulsionar ainda mais esta trajetória,  lançou Estrada Afora nas plataformas digitais, com distribuição pela Tratore.

O álbum que servirá de base para a apresentação no ZECA reúne canções repletas da musicalidade brasileira que transita entre a cultura do Sudeste e a origem nordestina do artista, todas inéditas, de sua autoria e em parceria com compositores como Levi Ramiro e Cícero Gonçalves, dentre outros. Estrada Afora conta ainda conta com participações especiais de Dani Lasalvia, Cícero Gonçalves, Katya Teixeira, Ruthe Glória e Socorro Lira, tem direção musical de Levi Ramiro e de Ricardo Vignini e ganhou dois destaques nas plataformas digital da Napster e Tidal.

O projeto Estrada Afora é um trabalho autoral totalmente independente dos meios midiáticos do mercado fonográfico das grandes gravadoras. Sabemos que o mercado comercial não abre espaços e não valoriza projetos como este. Com o objetivo de valorizar a cultura regionalista por meio da música e de fomentar a arte dos artistas independentes, Estrada Afora possibilita ao público mergulhar cada vez mais na sua história, despertando novas percepções de reconhecimento dos valores culturais, fortalecendo as raízes, conscientizando do cuidado e respeito que devemos ter com a natureza e nosso meio ambiente, proporcionando a todos o lazer, a apreciação da boa música e o encontro de si mesmo.

Estrada Afora tem apresentação de Ivan Vilela, que conhecedor do potencial e do talento de Ricarte, convidou a grata revelação para participar do volume  de estreia do álbum Viola Paulista,  lançado pelo selo Sesc em junho e que  reúne 19 músicos de influências múltiplas, violeiros de formação, que têm em comum a paixão pela história e pelo som do instrumento de 10 cordas. Jackson Ricarte colaborou com a faixa Viola Carpideira (#5) e divide a honra com expoentes como Rodrigo Nali e Rafael, Bob Vieira,  Zé Marcio,  Osni Ribeiro, Bruno Sanches, Leandro de Abreu, Reinaldo Toledo, Ronaldo Sabin, Moreno Overá e Ricardo Matsuda e Patrícia Gatti.

 

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.