1145 – Colabore com “Além da expansão dos desertos”, primeiro álbum solo de Anabel Andrés (SP)

Campanha aceitará contribuições até 3 de março e de acordo com o cronograma da integrante do Vozes Bugras disco deverá ser lançado em julho

A cantora, bailarina e compositora Anabel Andrés, uma das integrantes do grupo paulistano Vozes Bugras, está promovendo campanha pela plataforma de vaquinha virtual Catarse para arrecadar contribuições entre amigos e fãs e custear o lançamento, que ela planeja para julho, de Além da Expansão dos Desertos, álbum solo que reunirá composições próprias e parcerias para celebrar e cartografar parte da jornada artística dela. Os depósitos partem de R$ 25,00 e poderão ser efetuados até às 23h59 de 3 de março. As recompensas vão da divulgação do nome do contribuinte nas redes sociais e em blogue até um pacote que incluirá 10 discos, oficina de 120 minutos de canto e dança para curar ou de percussão corporal para até 25 pessoas, a colocação de logomarca entre os patrocinadores do disco e uma apresentação em São Paulo ou cidades até 200 quilômetros da Capital do estado de São Paulo.

Anabel Andrés pensa o repertório como um processo, mais que um registro histórico finalizado, e concebeu um percurso sensorial das próprias composições, que se revela em diferentes ritmos, em canções que fundem rock’n’roll com a cultura popular, mais considerações sobre os afetos, o mundo em que vivemos e a teia da vida.

Para dar um colorido especial a cada uma das 15 faixas, Anabel Andrés contará com a participação de músicos como as companheiras de dezesseis anos de estrada das Vozes Bugras – Anunciação Rosa, Cássia Maria, Célia Gomes, Lucimara Bispo, Tiane Tessaroto e Ully Costa — além das parceiras de cantoria Daniela Lasalvia, Katya Teixeira e Priscila Magella, Itamar Pereira (Nhambuzin), Maurício Maas (Barbatuques), Mauro Nascimento e Jamil Giúdice, luthiers de instrumentos singulares, Rafé Musicircus, a Orquestra do Corpo, Álisson Lima e novos parceiros como o rabequeiro Rodrigo Salvador, o percussionista Carlinhos Ferreira, a violonista Rosana Bergamasco e Eliezer Teixeira, entre outros mestres e amigos. 

“Há dois anos comecei a gravar, e em 2018 lancei os singles  XotedetoX e Sambinha Hai Kai  nas plataformas digitais, mais um terceiro single, Sambinha Golpeado, no meu canal do Youtube e na Soundcloud”, apontou Anabel Andrés. “Isso foi possível por conta do apoio e da confiança de vários amigos e amigas (aos quais sou muito grata!) que acolheram meu trabalho e disponibilizaram recursos técnicos e tempo para realizar essas faixas comigo”, prosseguiu. “Porém, produzir e materializar o álbum exigem investimento maior para cobrir horas de estúdio para gravação, mixagem e masterização, pagar convidados, criar capa e encarte, fazer a prensagem dos CDs e cadastrá-lo para distribuição”, explicou. “E é por isso que convido vocês a participarem deste projeto adquirindo antecipadamente exemplares ou outras recompensas, como ingressos para a apresentação de lançamento, oficinas, sessão de massoterapia e shows!

O pagamento é simples como uma compra protegida pela internet. Caso o valor total da meta da campanha não seja alcançado, Anabel Andrés redimensionará o projeto e tentará manter o prazo para a entrega das recompensas, mas fará contato com os apoiadores para comunicar eventuais mudanças.

Poesia das acontecências

Além da Expansão dos Desertos, de acordo com Anabel Andrés, revelará paisagens sonoras de São Paulo que a fazem pensar que produz música regional cosmopolita. “Afinal, temos cultura de todo canto do mundo nessa cidade gigante, mas também tem as quebradas que guardam ares de vilarejos do interior do Brasil, e aldeias indígenas, onde tive a oportunidade de conviver (e aprender tanto) com os Guaranis por três anos”, observou. “E tem o que resta de Mata Atlântica frente à condominização, e as áreas profundamente impactadas pelo desenvolvimento econômico inconsequente e cruel, como os rios de São Paulo. Enfim, uma diversidade imensa de vivências, na qual o caos sonoro é sentido feito ruído branco.”

Anabel Andrés (sentada, à esquerda) e as amigas do grupo Vozes Bugras tocam juntas há dezesseis anos (Foto: Ulisses Matandos)

Anabel Andrés  ainda compartilhará reverberações de outras paisagens do Brasil e do mundo que descobriu em viagens e em pessoas com as quais convive, universos culturais e afetivos ricos, que a comovem e convocam. Além da Expansão dos Desertos deriva de um poema de Luiz Cláudio Valentim, parceiro musical dela e “irmão de alma” que agora encanta em outros planos, mas ela sente que continua presente: “Sinto-me muito feliz por poder honrar sua memória e acima de tudo sua arte.”

A cantora ainda comentou que, conceitualmente, o álbum é inspirado em três campos:

  1. Habitat: a poesia das acontecências que rasgam o cinza da metrópole, criando frestas no caos urbano e respiros em suas múltiplas poluições; o grito para desbanalizar a destruição do meio ambiente e entrar em conexão com a natureza;
  2. Utopia: canções que evocam uma sociedade mais justa, amorosa, igualitária e humanista;
  3. Quintal: o universo introspectivo, sensível e reflexivo, ancorado no corpo de uma mulher inquieta que persiste em amar para além das ilusões e do desencanto, reinventando-se permanentemente.

Para saber mais sobre a campanha que Anabel Andrés está promovendo clique no linque abaixo:

Além da expansão dos desertos

 Cronograma

  1. Dezembro/2018 a abril/2019 – gravações, produção da capa, agendamento do show de lançamento do disco
  2. maio/2019 – mixagem e masterização
  3. junho/2019 – prensagem
  4. Julho/2019 – Show de lançamento e entrega das recompensas 

     

    Sangue indígena: nenhuma gota a mais!

    O governo Jair Bolsonaro é a representação máxima da barbárie que há 519 anos tenta exterminar os povos indígenas de suas terras. Gritamos em alto e bom som: o sangue indígena é o sangue do Brasil, e nenhuma gota a mais deste sangue será derramada!

    A situação não está fácil. A ​Terra Indígena Arara​, no Pará, acaba de ser invadida por madeireiros. Em outras regiões do país, onde os povos aguardam pela demarcação do seu território sagrado, a situação é ainda mais grave. O processo de identificação e demarcação de Terras Indígenas será freado, afrouxando as barreiras que impedem o desmatamento. Não está claro quem ficará com a responsabilidade de garantir a integridade de nossas terras,​ que antes eram da Fundação Nacional do Índio (Funai). O​ Brasil já é o país mais perigoso para ativistas e defensores da terra e do meio ambiente​: em 2017, foram 57 assassinatos de líderes indígenas, ativistas comunitários e ambientalistas por protegerem seus lares e territórios dos efeitos da mineração, do agronegócio e de outras atividades que ameaçam seu modo de vida, segundo a Organização Não-Governamental (ONG) britânica Global Witness

    Vamos dar as mãos. Participe dessa campanha, organizada pela  Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). A luta indígena é permanente e precisa do seu apoio, promovendo rodas de conversa, debates, produzindo materiais e conectando seus territórios, tribos e redes. 

    Leia a nota completabit.ly/NenhumaGotaMais

    #JaneiroVermelho #DemarcaçãoJA

     

    Leia também no Barulho d’água Música:

    Lucimara Bispo, percussionista de dois grupos paulistanos, faz aniversário hoje
    Vozes Bugras mostra repertório em três cidades de SP; Ully Costa se apresenta na Vila Madalena
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