Disco lançado no Festival de Música de Rua de Caxias do Sul tem nove faixas que buscam  fusão de pessoas de mundos diferentes dentro de um mesmo trabalho, mesclando ritmos latinos com groove, rock e trip-hop

As audições matinais dos sábados pela manhã aqui no boteco do Barulho d’água Música começou neste dia 13/4 com Espirais em Aquarela, primeiro álbum do grupo Araucana, de Caxias do Sul (RS), gentilmente nos enviado pelo amigo daquela cidade, o violeiro e produtor musical Valdir Verona, a quem agradecemos em nome do grupo. O Araucana propõe em nove faixas apresentar o estilo que batizou de “milonga desconstrutivista”, fundindo vertentes da música latino-americana  com groove, rock e trip-hop para tentar imprimir nas composições o clima de temperaturas amenas do Sul do Brasil, que, conforme os músicos observam, é o ambiente ideal para as araucárias. 

O Araucana pegou a estrada em 2016 e passou 2017 produzindo o álbum, oficialmente lançado em 25 de março de 2018 durante o Festival Brasileiro de Música de Rua, importante e tradicional evento que ocorre em diversas cidades da serra gaúcha. Espirais em Aquarela também está disponível nas plataformas digitais. Das nove músicas do repertório do disco, cinco são em português e quatro em espanhol, com letras escritas por Maurício Kehrwald (violão), um dos integrantes do Araucana ao lado de Nina Fioreze (voz), Carlos Balbinot (guitarra), Rafael De Boni (acordeom), Lucas Chini (baixo) e Mateus Mussato (bateria), todos atuantes no circuito musical do Rio Grande do Sul.

A Araucana começou como um projeto individual de Kehrwald – radicado atualmente em Buenos Aires, capital da Argentina. A partir do encontro dele com o músico e produtor Carlos Balbinot, a ideia foi ganhando o formato de um projeto coletivo, moldando-se no ritmo dos movimentos de cada uma das partes. Espirais em Aquarela foi construído em camadas e com várias influências externas, segundo Balbinot disse à jornalista Siliane Vieira, do portal Pioneiro, da Rede Brasil Sul, conforme segue: “Todos nós temos outros projetos e gravamos nossas participações de forma independente. Foi um processo totalmente artístico, com liberdade para fazer o que quissemos, conduzido de uma forma bem natural. Cada um foi somando e abrindo as portas para novas referências”.

As composições visuais de Kehrwald revelariam o existencialismo e o poder do ser humano na autogestão da mente e suas consequências e também ajudariam a revelar o imaginário de cenários que se encontram, daí a utilização do português e do espanhol, que uniram para derrubar possíveis fronteiras geográficas, observou a jornalista do Pioneiro. “Esse trabalho foi muito colaborativo, é uma fusão de pessoas de mundos diferentes dentro de um mesmo trabalho”, finalizou Balbinot.

Nina Fioreze é cantora atuante na serra gaúcha e região metropolitana de Porto Alegre ao lado do cantor William Monteiro.

Carlos Balbinot assina a produção musical, toca guitarras e charango e cuida das programações do álbum. Como músico, atuou em bandas como Grandfúria, Volux e JL. Possui em seu currículo a produção de mais de 50 álbuns, dentre eles, de bandas como Cuscobayo, Grandfúria, Bob Shut, Salve Jurema, e Mindgarden.

Rafael De Boni também desenvolve trabalho ao lado de Valdir Verona, com indicação ao prêmio Açorianos, além dos grupos CComa, De Boni& Henz e a cantora Tatiéli Bueno.

Maurício Kehrwald possui em seu currículo produção musical e letras em trabalhos em Caxias do Sul, além de integrar também o projeto Pachamama Fusion.

Lucas Chini gravou com Rafa Schuler, Cockeynne Bluesman, Ana Gazola, e Companhia de Dança Contemporânea Matheus Brusa. Além da banda Araucana, participa dos projetos Não Alimente Os Animais e Azzy.

Mateus Mussato é também baterista da Mindgarden, vencedora do Prêmio da Música da Serra Gaúcha 2016 nas categorias Melhor Álbum de Rock e Álbum do Ano; Nei Lisboa & Salvagni Big Band, Bibi Jazz Band e Paradise Sessions.

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