1231 – Thamires Tannous (MS/SP) gira pela Europa com Canto-Correnteza, seu segundo álbum autorala Europa

Álbum é uma mistura de influências desde às raízes sul-mato-grossenses até a porção árabe da cantora. De selo independente, sucede  Canto pra Aldebarã, de 2014, que rendeu a ela  o Prêmio Grão da Música

A cantora e compositora Thamires Tannous está girando por cidades da Europa como Liubliana, capital da Eslovênia, Coimbra e Lisboa, ambas em Portugal, e Linz, na Áustria, onde vem apresentando o seu mais novo álbum, Canto-Correnteza, o segundo de sua carreira, lançado oficialmente há pouco mais de um mês, em 8 de agosto, na unidade 24 e Maio do Sesc paulistano. Com 10 faixas, disponível nas plataformas virtuais e à venda nas boas lojas do gênero, com distribuição pela Tratore, Canto-Correnteza foi o disco escolhido para abrir neste 7 de setembro, Dia da Independência cá em Pindorama, as audiências matinais de todos os sábados que promovemos na redação do Barulho d’água Música.

Thamires Thannous comentou que Canto-Correnteza é uma mistura de influências como um rio que parte de sua nascente até desembocar em outros rios e mares, que revela as várias faces dela, desde suas raízes sul-mato-grossenses até sua porção árabe, passeando pela musicalidade de várias partes do Brasil e do mundo.

Os temas das canções mesclam saudade da terra natal, Campo Grande (MS), dores e angústias do mundo moderno e brada um alerta à questão do desmatamento das terras indígenas, assunto que tem estado na pauta do dia a dia e que vem, literalmente, acalorando discussões em âmbito global, ocupando o noticiário ao lado de outras pautas ambientais, como as queimadas em vastas áreas da floresta amazônica.

Os arranjos de Canto-Correnteza são assinados pelo violonista Michi Ruzitschka e trazem sonoridades inspiradas no universo percussivo brasileiro e africano. Michi é também produtor de Estado de poesia, do paraibano Chico César – que também participa do lançamento de Thamires na canção “Caipora”, que escreveu em parceira com a artista. Outros músicos presentes no álbum são o acordeonista gaúcho BB Kramer e Vincent Segal, violoncelista francês que já dividiu palcos com Cesária Évora, Sting e Salif Keita.

A sul-mato-grossense assina quatro das dez músicas em parcerias com Chico César (Caipora) Consuelo de Paula (Serena) ,Michi Ruzitschka (Catimbó) e Kleber Albuquerque (Desaviso). O álbum traz, ainda, uma releitura de Espumas ao vento – composição de Accioly Neto e gravada por Fagner em Terral (1997), desta vez vestida de chacarera, um ritmo tradicional argentino, muito presente no sul do Brasil.

  • Canto-Correnteza sai cinco anos depois de Canto para Aldebarã, produzido por Dante Ozzetti — que ficou entrou os melhores do ano de 2104 e traz a faixa Já Deu, uma parceria entre Thamires Tannous e Luiz Tatit que rendeu à cantora o Prêmio Grão de Música em 2015. Das 11 músicas do disco de estreia lançado pela Borandá, nove são de Thamires Tannous com Tatit, Kleber Albuquerque, Estrela Leminski e Tiago Torres da Silva e também atravessam os diferentes universos que ajudaram a compor a história da cantora – desde sua descendência libanesa até a influência da música sul mato-grossense.

As composições de Canto para Aldebarã trouxeram uma proposta singular ao cenário musical do Brasil: a mistura de elementos da cultura árabe – como melodias, letras e percussão – aos mais diversos ritmos brasileiros; passeando da moderna MPB até o rock para falar de amor, natureza e vida moderna, com pandeiros e derbaks, violões e violinos, acordeons e guitarras, djembes e daffs — tudo costurado com delicadeza somada à intensa voz da cantora, que traz em sua sensibilidade um estímulo a conhecer mais do que há em nossas próprias raízes. Além daqueles que já acompanham a cantora em shows, o disco de estreia reuniu Ivan Vilela, Toninho Ferragutti, Sérgio Reze, Ricardo Herz, William Bordokan e Dante Ozzetti.

Em tempos de compartilhamento na internet e das plataformas de streamings, os dois álbuns de Thamires Thannous podem ser baixados em formato mp3 do blogue Terra Brasilis e ouvidos gratuitamente em várias mídias, mas vale a pena entrar em contato com a cantora para encomendar os originais e não apenas para valorizá-la, mas também em respeito e ao trabalho dos demais artistas envolvidos na produção dos respectivos conteúdos.

As imagens de Thamires Thannous que compõem o encarte de Canto-Correnteza, por exemplo, derivam de um belíssimo ensaio da fotógrafa Lorena Dini, que as capturou submersa na bela Estância Mimosa Ecoturismo, situada em Bonito (MS).

Leia também no Barulho d’água Música

SESC Osasco pulsa iluminado por Tetê Espíndola e convidados

1032 – Thamires Tannous apresenta músicas do novo álbum e interpreta canções de parceiros no Teatro da Rotina (SP)

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.