O Ilustre Popstar Desconhecido, nome do álbum, é uma ironia à crítica, pois apesar de a banda já ter um trabalho consistente não passava de mera coadjuvante no cenário da música do Rio Grande do Norte. *Com Franco Mathson, da Frika Records
Após o término da banda Antenas do Jardim, nos idos da década dos anos 2000 o guitarrista e compositor Songy decidiu montar um novo grupo de rock autoral, em Natal, Capital do Rio Grande do Norte. Em momento de hiatos culturais na cidade, motivado pela sua inquietude e inspirado no formato do mapa do Rio Grande do Norte, o músico decidiu fundar a banda batizada de Mamute Sound. Em 2005, com sua formação original, a Mamute Sound lançou o primeiro trabalho (o disco 11) e excursionou pelo estado apresentando-o em turnê . O segundo álbum, na sequência, foi chamado ironicamente de O Ilustre Popstar Desconhecido (clique no nome e o ouça). pois apesar de a banda já ter um trabalho consistente, não passava, ainda, de mera coadjuvante no cenário da música potiguar. A Mamute Sound, então, com nova roupagem e nova nova cozinha, passara a tocar com Filipe Marcus (Joseph Little Drop/baixo) e Franco Mathson (bateria) e ainda com os vocais de Nillo Fernandes, agora somando-se às guitarras de Songy.
O Ilustre Pop Star Desconhecido, segundo disco, começou a ser gravado em 2007, mas aos trancos e barrancos só teve o lançamento oficial em 2010, em formato digital. Neste trabalho que neste ano de 2020 completa uma década alguns dos destaques são as faixas Linhas Tortas, Fuga Entorpecida e Multiverso, parcerias de Vini D´ávilla e Songy. A canção Útero fecha o disco com ares de Radiohead na fase The Bends. Durante os históricos treze anos em que transitou pelo circuito de música alternativa em Natal, a Mamute Sound brindou seguidores e amigos com quatro álbuns de estúdio e quatro Eps, chegando ao fim em 2017 com um modesto legado de suas letras e canções pop rock. Na derradeira formação a banda trouxe Jonas Buarque nos vocais, pianos e teclados; Songy, guitarras e composições; e o advento dos irmãos Filipe Marcus no baixo e Franco Mathson na bateria, fechando assim, com chave de ouro, o álbum de despedida da banda chamado Finis Coronat Opus.
Sobre os três outros álbuns
Lançado em 11 de dezembro de 2005 com o singelo título de 11, revela a quantidade de faixas neste álbum de estreia. A primeira música, Submundo, abre em grande estilo as intenções e influências do grupo. Neste disco a formação é capitaneada por Nillo Fernandes (voz), Danielle Epifânio (voz), Songy (guitarras, teclados), Wilton César (baixo) e Jukinha Lima (bateria). Já as composições são de autoria do guitarrista Songy e do antigo vocalista da banda Antenas do Jardim, Fábio Campos. Este CD contou com mecanismos da Lei de Incentivo a Cultura e teve uma distribuição gratuita por todo o território nacional. Ouça-o em https://soundcloud.com/mamutesoundofficial/sets/11-545
Neste terceiro registro de estúdio, chamado O Que Restou do Éden…, o grupo retoma a verve poética em composições mais intimistas. Lançado em maio de 2015 com distribuição pelas plataformas digitais, traz em suas faixas o debut do vocalista e pianista Jonas Buarque como frontman da banda. Nós 2, Cacos de Vidro , que traz um cravo renascentista, A Sós e Alcoforado são algumas das músicas deste álbum disponível em https://soundcloud.com/mamutesound/sets/o-que-restou-do-eden
Considerado oficialmente como o “canto do cisne” da Mamute Sound no ano de 2017, a banda se despediu neste álbum com a mesma formação do disco anterior, com o apropriado título em latim Finis Coronat Opus : o fim coroa a obra. O conceito da capa do disco foi assinado pelo artista potiguar Rauly Cavalcante e remete a um ciclo que se fechou para os integrantes do grupo. Vale ressaltar as faixas Longe ao Meu Lado, o blues em Antiga Moradia, o punk rock progressivo de Estrelas Cadentes, a parceria do guitarrista Songy e o baterista Franco Mathson em Berlinda e Réu Confesso e a crítica político/social em Cadafalso. Neste trabalho com pitadas de psicodelismo e referências diversas, as canções seguem até o ápice da última faixa: Submundo II. Conheça-o na íntegra em https://soundcloud.com/mamutesound/sets/finis
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2 comentários sobre “1292 – Segundo disco da banda potiguar Mamute Sound completa dez anos”