Fernando Sodré e Letícia Leal, organizadores do evento, pretendem congregar esforços teórico-metodológicos e experiências dos profissionais que trabalham com a viola instrumental da atualidade., reunindo uma geração que têm trabalhos inovadores e conceituais; conteúdo ficará disponível um ano para assinantes que se inscreverem
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Em tempos de pandemia do coronavírus nos quais a quarentena para tentar conter a expansão da Covid-19 impõe o isolamento domiciliar e o distanciamento social em todo o mundo, as apresentações virtuais de cantores e músicos para seus públicos se tornaram frequente e, nesta onda, também resolveram surfar os violeiros mineiros Fernando Sodré e Letícia Leal. Entre os dias 15 e 17 de maio, eles estarão à frente do Festival A Nova Viola Brasileira Instrumental, que oferecerá em transmissões pela internet onze workshops, palestras, nove concertos e uma mesa redonda de debate com nomes renomados, entre os quais a francesa Fabienne Magnant, além da participação de um consagrado luthier e um técnico de áudio, ambos especialistas na atuação deste instrumento. Para ter acesso aos conteúdos pelo telefone celular, pelo computador ou pela televisão será necessário fazer inscrição prévia que liberará os sinais para a tela, cuja taxa está cotada em R$ 200, valor que poderá ser dividido em até doze vezes. Quem assinar poderá rever as atrações por até um ano visitando a plataforma que hospedará o evento. O endereço eletrônico para mais informações e providenciar a inscrição é https://www.novaviolabrasileira.com.br/
A viola caipira é um instrumento que ao longo dos anos vem se transformando tanto em suas características físicas, quanto no conceito de sua execução. Está em constante mutação e a cada dia vem sendo recriada pelos músicos que a escolheram como parceira; hoje o instrumento vive um momento muito especial nas mãos de uma geração de violeiros instrumentistas que buscam novos caminhos sonoros e experimentam inseri-la em gêneros e ambientes não habituais as suas tradições. Neste festival, portanto, será posto em tela um novo conceito para a viola caipira, permitindo que se promova um momento histórico para a música brasileira.
Fernando Sodré e Letícia Leal têm como objetivo, ainda, congregar esforços teórico-metodológicos e experiências dos profissionais que trabalham com a viola instrumental da atualidade. A ideia, portanto, é reunir uma geração de músicos instrumentistas que têm trabalhos inovadores e conceituais na viola, além de outros renomados profissionais na área da Psicologia (O músico e a Inteligência Emocional), Áudio e Lutheria inseridos no contexto do instrumento.
Compositor e instrumentista natural de Belo Horizonte, Fernando Sodré é reconhecido por sua técnica polida e muita originalidade, fazendo pontes sonoras entre ritmos variados e composições arrojadas. É considerado uma das mais importantes ases da viola brasileira no mundo, em tempos de novas abordagens. Possui quatro discos — Centenário de Belo Horizonte (2001), Fernando Sodré (2004), Rio de Contraste( 2007), Viola de Ponta Cabeça (2014) – e já dividiu palcos com músicos como Hamilton de Holanda, Toninho Horta, Jair Rodrigues, Juarez Moreira, entre vários outros. A cada novo projeto, Sodré avança na jornada de alquimia frente às possibilidades da viola. Propõe viagens por regionalismos brasileiros, com escalas latino-americanas de levadas e rasqueados e desembarque improvável em terras jazzísticas, com muita improvisação.
Letícia Leal é instrumentista, cantora e compositora nascida em Teófilo Otoni (MG) e gravou o primeiro álbum, Urutu, em 2019. Destaca-se pelo arrojo em que aplica a viola na música instrumental ou cantada, sem se prender à tradição em que o instrumento está inserido. Desta maneira, busca demonstrar sua versatilidade em vários gêneros, flertando com a música brasileira instrumental, o pop e a MPB. Letícia ainda coordena e rege a Orquestra Belorizontina de Viola Caipira, integra as diretorias do Instituto Viva Viola e da Associação Nacional dos Violeiros do Brasil no setor de educação e é professora de viola caipira desde 2012.
A logomarca “A nova Viola Brasileira” surgiu da ideia de transformação, de transição e mutação da atual viola caipira tradicional com a atual cena que vive este instrumento nas mãos de grandes instrumentistas, que com um novo conceito de execução, recriam uma imagem do tradicional para o contemporâneo. O símbolo faz uma alusão à clave de sol, símbolo musical universal, ressaltando a importância da música como arte mãe de todos os estilos, sem fronteiras.
Programação do Festival, conforme divulgado pelos organizadores:
Sexta-feira, 15 de maio
19 horas: Concerto com Fabrício Conde (Juiz de Fora-MG)/20 horas: Concerto com Marcus Biancardini (Goiânia-GO)/21 horas: Concerto com Fabienne Magnant (Paris-França)
Sábado, 16 de maio
9 horas: Workshop com João Paulo Amaral (São Paulo/SP)/10 horas: Workshop com Arnaldo Freitas (São Paulo/SP)/11 horas: Workshop com Ricardo Vignini (São Paulo/SP)/15 horas: Palestra “Engenharia de Áudio aplicada à viola”, com André Cabelo (Belo Horizonte-MG)/16 horas: Workshop com Neymar Dias (São Paulo/SP)/17 horas: Workshop com Letícia Leal (Belo Horizonte/MG)/19 horas: Concerto com Fernando Sodré/ 20 horas: Concerto com Letícia Leal/ 21 horas: Concerto com Ricardo Vignini
Domingo 17 de maio
10 horas: Workshop com Fabienne Magnant/11h horas: Workshop com Marcus Biancardini/14 horas: Workshop com Fernando Sodré/15 horas: Palestra sobre Lutheria, com Luciano Queiroz (Assis/SP)/16 horas: Workshop com Fabrício Conde/17 horas: Palestra “Educação Emocional na música”, com Edivaldo Pinheiro Negrão (Aracaju – SE)/18 horas: Concerto com João Paulo Amaral/19 horas: Concerto com Arnaldo Freitas/20 horas: Concerto com Neymar Dias/21 horas: Mesa Redonda “Os Novos Rumos da Viola Brasileira”, com mediação de Fernando Sodré.
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