1307 – IJC (SP) lança campanha para ajudar artistas em situação de vulnerabilidade devido à pandemia

Ideia é distribuir recursos para sobrevivência dos frequentadores do espaço situado no bairro paulistano do Sumarezinho mesmo depois do fim da quarentena social

#FiqueEmCasa #MáscaraSalva

#IJC #Cultura #Música

#Liberdade #Pluralismo #Respeito #Tolerância #Diversidade #BLM #Democracia

#ForaBolsonaro

O Instituto Juca de Cultura (IJC), situado no bairro paulistano de Sumarezinho, está promovendo uma pesquisa socioeconômica com a finalidade de levantar dados e recursos e por em ação uma campanha permanente de apoio financeiro aos artistas ligados àquele espaço cultural e de convivência que estejam em situação mais vulnerável e com dificuldades de sobrevivência neste momento de quarentena e isolamento social por causa da pandemia do coronavírus (Covid-19). A meta nesta primeira fase é beneficiar artistas que frequentam o espaço, mas a intenção dos organizadores da ação é estendê-la conforme a necessidade e a evolução dos acontecimentos também à comunidade artística da cidade de São Paulo. Os dados ficarão retidos e em sigilo e, depois de usados, serão apagados.

Um formulário, que o IJC pede para não ser compartilhando, já foi disparado aos frequentadores contendo questões para o levantamento do perfil; as perguntas com asteriscos exigem respostas obrigatórias. Em caso de sugestões para a inclusão de alguém para ter acesso ao fundo, pede-se que os responsáveis pela campanha sejam procurados. Para o envio de mensagens solicitando a resolução de dúvidas está disponível o endereço virtual
pacenunes@yahoo.com.br.

O IJC nasceu informalmente do encontro de músicos, cantoras, cantores, poetas, artistas plásticos, uma mestra-cozinheira e diversos artistas, bem como pessoas que, sem serem propriamente do meio artístico, buscam na arte a comunhão e a sobrevivência psíquica. Os encontros têm lugar na casa do poeta, compositor e livreiro Paulo Nunes, que sedia a Desemboque Livros, um pequeno sebo que começou como banca de livros na Universidade de São Paulo (USP). O espaço, já um coletivo, tem um quê de anárquico e de utópico onde cada um dá sua contribuição – nunca em dinheiro – por meio da doação de suas ideias, sua arte, seu trabalho, sua presença, seu sonho.

O IJC fica na Rua Cristiano Viana 1142, num pequeno sobrado do Sumarezinho e até antes da pandemia acolhia vários shows e eventos de músicos de várias partes do Brasil e mesmo de outros países. Aos saraus mensais, o Sarau-lão, que chegam a durar até 15 horas, acorrem músicos de vários gêneros e ritmos, poetas, atores, atrizes, dançarinas etc. sobretudo da nova geração de cantoras/es e compositoras/res. No local são promovidas aulas de música, como canto e violão, ensaios de grupos ligados ao coletivo, reuniões destes grupos para discussão de projetos, almoços e jantares para congraçamento de artistas diversos, lançamento de álbuns e encontros para leituras de poesia.

Sem ter a pretensão de se constituir formalmente nos parâmetros de uma instituição cultural convencional – e lutando mesmo contra isso -, o Instituto Juca, brincando e fazendo brincar, vem alcançando sua meta, que sequer foi estabelecida em reuniões, mas que sem dúvida aflora do desejo dos seus membros participantes (cada vez em número maior): em tempos difíceis sobretudo aos artistas, que veem a cada dia seus espaços minguarem, não deixar a palavra perder a poesia, a música perder a arte, o humano perder-se na falta de reconhecimento.

O nome do IJC é uma homenagem a Juca da Angélica, poeta popular do Cerrado mineiro, falecido em outubro de 2016 aos 98 anos.

 

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.