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Mãos que fazem, mãos que tocam traz textos do próprio autor, do companheiro de estrada, Paulo Freire, de Josiane Giacomini e pode ser enviado para todo o Brasil
O violeiro, cantor, compositor e luthier paulista Levi Ramiro acaba de lançar o livro Mãos que fazem, mãos que tocam, uma leve, breve e divertida narrativa da sua trajetória desde os tempos de menino nascido na pequena cidade de Uru até se tornar o artesão de violas de cabaça e de outros instrumentos que já rodou o Brasil tocando suas composições e parcerias que enchem mais de 10 discos autorais (e outros tantos nos quais tem participação), a poesia da cultura popular e a arte do encontro.
O livro, que Levi Ramiro pode enviar aos interessados dos quatro cantos do país e até para o Exterior, contém onze de suas músicas instrumentais apresentadas em partituras e tablaturas escritas por Domingos de Salvi, além de um QR Code para acesso ao arquivo de áudio disponibilizado no sítio virtual www.leviramiro.com.br,; para a encomenda de exemplares Levi Ramiro pode ser contatado em leviramiro@gmail.com, também pelo endereço que mantém no Facebook.
Os textos de Mãos que fazem, mãos que tocam foram escritos pelo próprio Levi Ramiro, por Paulo Freire — um de seus mais próximos companheiros de viagens e de projetos, curiosamente ambos nascidos em 1º de abril – e por Josiane Giacomini. As fotografias são de Adriano Rosa, enquanto as ilustrações revelam outra habilidade do autor, tudo sobre a coordenação geral de Valéria Freixêdas, que também divide a produção executiva com Bruna Epiphanio.
Levi Ramiro é conhecido por tocar instrumentos que ele próprio fabrica, como as violas de cabaça. Com base nos valores da cultura popular e misturando elementos que formam nossa música brasileira, busca celebrar em suas composições, com olhar dos mais líricos, a simplicidade da vida interiorana e dos hábitos caipiras. De formação autodidata, Ramiro começou tocando violão popular até que, no começo da década dos anos 1990, abraçou a viola como principal instrumento, absorveu seu universo cultural e por meio das dez cordas vem revelando as próprias raízes, tanto com sua valiosa produção musical, quanto na delicada arte de tocar e de fabricar este instrumento.
Levi Ramiro participou no biênio 2015/2016 do 18° Sonora Brasil/Violas Brasileiras, promovido pelo Sesc e conhecido como o maior projeto de circulação musical do Brasil, ao lado de Paulo Freire, além de outros três grupos, todos representando a Viola do Sertão e a Viola Caipira em concertos por todos os estados do Brasil.
Em 2010, o violeiro recebeu o Prêmio Rozini 2010 de Excelência da Viola Caipira junto com Rogério Gulin, Índio Cachoeira e Marcos Violeiro, todos finalistas da categoria Violeiro solo. Finalista do Festival Syngenta de Viola Instrumental em 2004, foi, posteriormente, anfitrião da série Circuito Syngenta de Viola Instrumental entre 2009 e 2010, tocando em inúmeros teatros pelo Brasil e dividindo o palco com músicos e violeiros de expressão nacional.
Em 2005, Levi Ramiro foi selecionado para o projeto Rumos Musicais do Itaú Cultural com material registrado em CD e DVD que tem por objetivo mapear e divulgar a produção musical brasileira em todas as tendências.
Além de apresentar-se por todo o Brasil com diferentes formações, Levi promove oficinas de iniciação da viola, oficina de Ritmos Caipiras, de Convivência com a Viola e a oficina Fabricação da Viola de Cabaça.
Tem participação em discos de vários artistas tocando sua viola e na direção musical dos discos de amigos como: João Bá, Socorro Lira, Daniel de Paula, Júlio Santin, Carlos Vergalim, Jackson Ricarte e Adriano Rosa.
Discografia ganha Mote Canção
Mote Canção, com 13 músicas. é a mais recente pérola de Levi Ramiro. Saiu no primeiro semestre de 2020, mas só nas plataformas digitais, ou seja, não em versão física.
Trata-se do primeiro registro no qual o violeiro canta todas as músicas. O novo disco de Levi Ramiro abriu mais uma das rodadas de audições matutinas que promovemos aos sábados, hoje, 12/12, aqui na redação do Barulho d’água Música.
O álbum Mote Canção é dedicado às memórias de João Bá, o “Mestre Bacurau Cantante”, e do “Grande Músico Norberto Motta” (Olhem eles voando pra lá e pra cá, borboleteando… Se escondem lá no manacá”). Tem direção musical do próprio Levi Ramiro, em parceria com Pedro Romão. As percussões são de Carlinhos Ferreira e as músicas Encruzilhada e Caçada maneira foram captadas por Ricardo Vignini, no Estúdio Bojo Elétrico, em São Paulo; as vozes de Levi, exceto em Encruzilhada e Caçada maneira, foram captadas por Pedro Romão e Gustavo Guimarães, no Estúdio Rio Abaixo, em Belo Horizonte (MG).
Uma das faixas do disco, a 2, Prego Capoeira, tem uma curiosa história, recordada pelo próprio cantor e compositor:
Lá pros meus sete anos de idade, num descuido de criança arteira, acabei engolindo um pequeno prego. Nem me perguntem o que estava fazendo com aquele prego na boca… Por conta disso na pequena cidade de Uru, no interior de São Paulo, onde nasci e morei até meus oito anos de idade, passaram a me chamar de Preguinho. Depois de um bom tempo, quando apareço por lá, aqueles que lembram e sabem do apelido, me tratam de Prego.
Uru é o nome de uma ave, também conhecida por Capoeira.
Essa história é uma pequena introdução pra dar o “rumo da prosa” sobre o disco Mote Canção. Além de conter as parcerias que se amarram no conteúdo e na “afinação”, sobre valores e reflexões, é um registro de algumas memórias de infância e outras mais recentes.
Na minha “travessia” até aqui, na arte de cuidar de viver, seguir o sonho, teimar em cantar, tocar, fazer música e instrumentos, procuro avançar sem esquecer as raízes, buscar firmar em sã consciência o fato de que pertencemos à natureza e agradecer cada pingo de chuva, respirar o ar de cada manhã e largar um sorriso de braços abertos aos primeiros raios de sol. Nascer e renascer a cada dia e entre felicidade e tristeza que se alternam, não perder a alegria, celebrar a vida, o amor, a família e as amizades.
Clique na palavra abaixo e ouça Mote Canção, na íntegra:
Discografia de Levi Ramiro:
Maracanãs (Independente), 1997/Viola de todos os cantos (Devil Discos), 2001/, Mais uma saudade (Devil Discos), 2005/Nosso quintal (Independente), 2008/Trilha dos Coroados (ProAC SP), 2009/Prosa na base do ponteio (ProAC SP), 2013/ Capiau (Independente), 2014/Remanso (Independente), 2015/Purunga (Independente), 2017/Duas Pontes (Independente), 2018.
Leia mais sobre Levi Ramiro e conteúdos a ele relacionados aqui no Barulho d’água Música visitando o linque abaixo:
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2 comentários sobre “1337- Levi Ramiro (SP) lança livro com tablaturas, partituras e suas histórias desde menino, com QR Code para 11 músicas de viola caipira”