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Disco produzido pela Kuarup ganha edição exclusiva nas plataformas digitais, extraída de registros de espetáculo do mais recente trabalho do cantor filho de Renato Teixeira
O cantor, compositor, violonista e pesquisador de cultura popular Chico Teixeira está lançando versão ao vivo do álbum Ciranda de Destinos, o sexto e mais recente da carreira, trabalho da gravadora e produtora Kuarup de 2019 e que atingiu mais de 1 milhão de acessos em aplicativos de música. No projeto atual, que tem distribuição exclusiva em plataformas digitais, Chico Teixeira reúne regravações de clássicos nacionais de diversos sotaques e épocas captadas durante uma apresentação ao vivo, bem como canções de domínio público resgatadas por grupos folclóricos das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Desta forma, ele conta mais uma vez em disco histórias de um povo unido por diferentes costumes e lutas.
Chico Teixeira aponta o caminho da nova MPB e propõe uma nova sonoridade por meio da releitura de grandes clássicos do repertório brasileira no lançamento de Ciranda de Destinos Ao Vivo, como a cantiga mineira Riacho de Areia — que representa as congadas — ou Bachianas Brasileiras nº 2 – O Trenzinho do Caipira — composição do maestro Heitor Villa-Lobos, que faz uma junção do erudito com o popular. O disco traz também Cio da Terra, composição de Milton Nascimento e Chico Buarque, inspirada no trabalho agrário, no canto das mulheres camponesas na colheita de algodão, no Vale do Rio Doce, eternizada por Milton Nascimento e pela dupla Pena Branca & Xavantinho e que representa a força do trabalho no campo. Chico Teixeira faz uma releitura das mais delicadas e cativantes.
Há, ainda, Luar do Sertão, de Catulo da Paixão Cearense, uma das músicas mais gravadas de todos os tempos, uma emblemática toada que, com versos simples e ingênuos, descreve a vida no sertão e o quão inspirador é este universo. Correnteza, melodia do maestro Tom Jobim, do álbum Urubu (1976), é outra que recebeu várias versões, com Djavan e Pena Branca, por exemplo, e não perdeu a beleza nesta versão de Chico Teixeira.
Não Aprendi a Dizer Adeus, um sucesso sertanejo escrito pela dupla Leandro & Leonardo, ganhou versão de Chico Teixeira que ressalta ainda mais as qualidades que fizeram dela uma das campeãs populares. Mais raiz, Chalana, canção de Mário Zan e Arlindo Pinto, que poetiza o vai e vem das embarcações típicas do Pantanal e mereceu regravações de Almir Sater e Renato Teixeira, também cativa a atenção de Chico Teixeira, reforçando o quanto ela faz parte da memória coletiva e dos afetos já há muitas gerações.
Cabecinha no Ombro, outra melodia consagrada do cancioneiro brasileiro (de Paulo Borges, em 1957, mas de autoria atribuída largamente à dupla Cascatinha e Inhana), ocupou seis meses seguidos no topo das mais pedidas na voz do Duo Guarujá, em 1960, e já à época ganhou todos os prêmios possíveis. Guarânia vertida para línguas como o francês, o guarani, o espanhol e até o japonês, responsável em todos os tempos por mais de 6 milhões de cópias, Cabecinha no Ombro rendeu regravações posteriores no Brasil e no Exterior e fez parte de trilhas de novelas entre outros nas vozes de Nara Leão, Fagner, Altemar Dutra e Almir Sater, Gregorio Barrios e Santo Morales e, agora, com Chico Teixeira, recebe mais uma marcante releitura ¹.
Em Triste Berrante, de Adauto Santos, grande sucesso regional brasileiro e que foi gravada de maneira emocionada pelo autor em dueto com a cantora Solange Maria, além da dupla Pena Branca & Xavantinho e Sérgio Reis, nesta nova interpretação com Chico Teixeira foi captada ao vivo. Sobre a regravação de No Rancho Fundo, de Ary Barroso e que retrata tão bem o povo brasileiro, basta comentar: é uma das mais ouvidas do disco Ciranda de Destinos.
Aprender a viver, quarta faixa do álbum lançado em 1994 pelo mineiro Zé Geraldo, um dos parceiros de estrada e amigos dos Teixeira, também consta na plêiade que a Kuarup está agora disponibilizando ao vivo com Chico nas mais acessadas plataformas de streaming.
A chave de ouro que fecha de maneira poética Ciranda de Destinos ao Vivo é uma homenagem do filho ao pai. Romaria vem atravessando o tempo como um hino caipira de devoção e de fé que ganhou expressão (hoje em dia diriam: viralizou) a partir da interpretação inesquecível de Elis Regina e na regravação de Chico Teixeira, mais do que o tributo ao autor da música, o cantor perpetua a tradição musical da sexta geração da família.
Com Chico Teixeira acompanhado pelo duo de violões formado por Helton Fagundes e João Oliveira, as gravações foram extraídas de um show realizado no interior de São Paulo, no segundo semestre de 2019.
Chico nasceu em 22 de janeiro de 1980, começou a carreira tocando com vários artistas e foi integrante da banda do pai antes de se firmar na trajetória solo. Sua discografia começa em 2002 com o lançamento do álbum homônimo gravado apenas em voz e violão. Em 2011, saiu Mais Que o Viajante, com participações do cantor Gabriel Sater, filho de Almir Sater, e de Dominguinhos, trazendo acordes suaves do saudoso sanfoneiro pernambucano com o qual tinha um vínculo afetivo familiar, além de Mochileira, canção de Geraldo Roca, cantor e compositor carioca que foi radicado no Mato Grosso do Sul.
Em 2017 foi a vez de Saturno, terceiro disco assinado por Chico Teixeira, com músicas em parceria com Roberta Campos, João Carreiro e Rodrigo Hid. Logo em seguida, em 2018, ao estrear na Kuarup, Teixeira lançou Raízes Sertanejas- Ao Vivo, com participações especiais de Sérgio Reis e de Renato Teixeira. Ainda em 2018, gravou algumas de suas canções autorais no programa Estúdio Show Livre e em setembro de 2019 lançou Ciranda de Destinos, segundo pela gravadora, que abriga muitos discos de seu pai.
Especializada em música brasileira de alta qualidade, o acervo da produtora e gravadora Kuarup concentra a maior coleção de Villa-Lobos em catálogo no país, além dos principais e mais importantes trabalhos de choro, música nordestina, caipira e sertaneja, MPB, samba e música instrumental em geral, com artistas como Baden Powell, Renato Teixeira, Ney Matogrosso, Wagner Tiso, Rolando Boldrin, Paulo Moura, Raphael Rabello, Geraldo Azevedo, Vital Farias, Elomar, Pena Branca & Xavantinho e Arthur Moreira Lima, entre outros.
Além desta eclética galeria de cantores e duplas cujos trabalhos já lançados formam o acervo de álbuns, também é possível ao internauta que visita o portal da Kuarup, entre outras atividades no campo da produção cultural, saber pela guia Notícias as novidades que estão chegando para reforçar este precioso catálogo e, ainda, ouvir seleções de músicas disponíveis na plataforma Spotify (playlists) apresentadas por temas e recortes dos mais diversificados, revelando a riqueza de sonoridades e de gêneros que a empresa guarda. Uma das sugeridas pela redação do Barulho d’água é bastante apropriada para este momento: Virada de Ano (clique no nome da lista para ouvi-la). O endereço eletrônico que leva ao botão que abre as playlists é http://www.kuarup.com.br/spotify/
¹Clique aqui e saiba mais sobre a música Cabecinha no Ombro
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Rodolfo Zanke rodolfo@kuarup.com.br
Bela matéria e lindo álbum!
Só vale a correção. “Não Aprendi Dizer Adeus” não foi escrita por Leandro e Leonardo, é composição de Joel Marques.
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