1344- Disco do trombonista Vittor Santos com Orquestra de Mato Grosso celebra obra de Milton Nascimento

#MusicaInstrumental #MPB #MiltonNascimento #ClubeDaEsquina

Álbum Flores, Janelas e Quintas que recebe a regência do maestro Leandro Carvalho ganha edição exclusiva nas plataformas digitais

O lançamento do álbum Flores, Janelas e Quintais pela Produtora e Gravadora Kuarup convida o público para um inesquecível passeio pela música de Milton Nascimento e pelo célebre Clube da Esquina. O disco disponível com exclusividade nas plataformas digitais reúne canções rearranjadas para orquestra por Vittor Santos e seu infalível arcabouço criativo, embora o trabalho não tenha sido uma tarefa fácil, a começar pela escolha do repertório: oito peças especialmente selecionadas em um acervo tão extenso quanto primoroso.

Com os parceiros do Clube da Esquina Fernando Brant, Lô Borges e Márcio Borges, além de Ronaldo Bastos, Bituca (apelido carinhoso que Milton Nascimento recebeu nos anos 1960), compôs as canções em destaque. Barulho de Trem, Canção da América, Clube da Esquina 2, Cravo e Canela, Encontros e Despedidas, Nos Bailes da Vida, Ponta de Areia e a emocionante Travessia canção que deu nome ao seu primeiro disco, em 1967, um clássico da música popular brasileira — formam o repertório do 13º álbum da Orquestra do Estado de Mato Grosso (OEMT), este em parceira com Vittor Santos, sob o comando e regência do prestigiado maestro Leandro Carvalho.

Os concertos que originaram a gravação do disco e que homenageiam o legado de Milton Nascimento propõem um olhar singular do compositor, arranjador e trombonista Vittor Santos, sobre a obra do cantor e compositor carioca de nascimento, mas que adotou em seu coração a mineira Três Pontas, enaltecendo harmonias e ritmos de canções eternizadas em mais de meio século de carreira. Vittor Santos foi a Cuiabá como convidado especial da OEMT para essa viagem pela música que causou uma verdadeira revolução estética na MPB da década dos anos 1960 e 1970. Com mais de 300 canções gravadas, Milton Nascimento, já em sua sétima década de vida, tornou-se um dos mais relevantes artistas do país de todos os tempos. A música de Bituca e de todo o Clube da Esquina marcam os corações dos brasileiros há gerações e, com certeza, marcará ainda os jovens que se importam em ouvir a voz que vem do coração e daqueles que possuem a estranha mania de ter fé na vida.

Esta realização nasceu como uma resposta inexorável da admiração mútua entre dois pensadores que, em ambientes e circunstâncias diferentes, aprenderam a ponderar o viver, tendo como norte a trama sonora que, passando pelas mãos do artesão, se expressa como arte, aquela que se identifica como música”, revelou Vittor Santos em sua declaração de satisfação plena por participar do projeto.

Vittor Santos é arranjador, compositor, trombonista e produtor que convive com música desde a infância. Ainda menino, fascinado pelo acervo fonográfico da família, teve acesso a Sílvio Caldas, Nelson Gonçalves e Anísio Silva, entre outros. Aos 11 anos, em 1976, ingressou na Banda do Clube Musical Euterpe, na qual passou a estudar tuba e elementos da música com o regente Alberto de Araújo Lopes. A carreira profissional começou também cedo, aos 14 anos, como integrante de um quinteto que tocava para dançar nas noites petropolitanas, adotando o trombone como primeiro instrumento. Aos 16 anos, protagonizava shows e gravações para diversos cantores e, em 1985, montou a Orquestra de Vittor Santos, com a qual realizou diversas apresentações pelo Brasil; gravou os discos Aquarelas Brasileiras e Um Toque Tropical, ambos pela antiga gravadora Continental.

Santos participou do filme Banana Split e da minissérie Anos Rebeldes. Foi líder e trombonista da Orquestra In Concert e professor de arranjo e harmonia funcional da escola homônima. Em 1999 participou do Free Jazz Festival, dirigindo a Vittor Santos Orquestra. Em 1994, lançou Trombone, primeiro disco como solista, pela Leblon Records. O segundo veio em 1997, Sem Compromisso. Em 2005, juntamente com o grupo Conexão Rio, lançou Você só Dança Com Ele, visitando 12 canções do compositor Chico Buarque. Já em 2006, foi a vez de Renovando as Considerações. Em 2014, editou os discos Co(n)vivências e Reflexos, este dedicado a composições do escritor, ator e compositor Simon Khuory, como arranjador e produtor artístico.

Em 2001 Vittor Santos estreou sua primeira obra sinfônica, batizada Divagações Sobre os Quatro Elementos, junto à Orquestra Municipal de Sopros de Caxias do Sul (RS). Escreveu, ainda, arranjos para a Lincoln Center Jazz Orchestra, para o evento Carnival on Broadway – a Música do Brasil. Em 2004, na Sala Cecília Meirelles, a Orquestra Sinfônica da Petrobrás – Pró-Música, estreou sua 12ª obra sinfônica, Divagações nº 12 – Concerto Para Clarineta Bb e Orquestra, tendo como solista o clarinetista Cristiano Alves. È autor dos arranjos para o disco Alegria, gravado em 2015 numa parceria entre Orquestra do Estado de Mato Grosso e o bandolinista Hamilton de Holanda, disco dedicado a temas de musicais infantis.

Vittor Santos participou de algumas das últimas gravações do saudoso maestro Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, de quem nutre profundo respeito e admiração. Afinal, nasceram no mesmo dia do mesmo mês, 25 de janeiro.

Leandro Carvalho, regente principal e diretor artístico da OEMT, é conhecido por sua vitalidade e abordagem singular de ampla variedade de repertórios, considerado um dos mais proeminentes maestros brasileiros da nova geração. Apontado como um dos dez artistas de maior importância na última década na música de orquestra no Brasil pela revista Viva Música!, uma das principais publicações do setor, Leandro é um dos fundadores da Orquestra do Estado de Mato Grosso.

Em 2013 e 2014 fez residência artística (conducting fellowship) na prestigiada Philadelphia Orchestra, nos Estados Unidos da América, e de 2011 a 2013 foi regente assistente na Orquestra Sinfônica Brasileira, no Rio de Janeiro, quando teve a oportunidade de dirigir concertos com grandes solistas como Daniil Trifonov, Simone Dinnerstein, Lenine e Gilberto Gil. Com a Orquestra de Mato Grosso, de 2005 a 2016, sob sua direção, foram apresentados mais de 600 concertos, distribuídos em diferentes séries, em diversos municípios de Mato Grosso e do Brasil, com destaque para duas grandes turnês realizadas em 2008 quando a OEMT apresentou 162 concertos em 92 cidades de 22 estados brasileiros. Com a OEMT, Leandro Carvalho gravou 15 discos e quatro DVDs com obras inéditas e de compositores consagrados, também com grandes instrumentistas como Yamandu Costa, Turíbio Santos, Antonio Del Claro, Emmanuele Baldini, Roberto Corrêa, Pablo Agri, Carlos Corrales, Ivan Vilela e Renato Teixeira entre outros.

Com pouco mais de uma década, a OEMT, criada no coração da América Latina, encontrou espaço entre as mais importantes orquestras brasileiras. Liderada pelo maestro Leandro Carvalho, a OEMT quebrou os paradigmas da música de concerto ao combinar o repertório tradicional com novas composições e arranjos em que os instrumentos da cultura popular mato-grossense — como a viola de cocho — são utilizados. A bem-sucedida mistura rendeu reconhecimento imediato e estabeleceu uma forte conexão com o público. Em pouco mais de uma década, a Orquestra de Mato Grosso gravou 15 álbuns com alguns dos mais destacados solistas em atuação no Brasil.

Especializada em música brasileira de alta qualidade, o acervo da produtora e gravadora Kuarup concentra a maior coleção de Villa-Lobos em catálogo no país, além dos principais e mais importantes trabalhos de choro, música nordestina, caipira e sertaneja, MPB, samba e música instrumental em geral, com artistas como Baden Powell, Renato Teixeira, Ney Matogrosso, Wagner Tiso, Rolando Boldrin, Paulo Moura, Raphael Rabello, Geraldo Azevedo, Vital Farias, Elomar, Pena Branca & Xavantinho e Arthur Moreira Lima, entre outros.

Além desta eclética galeria de cantores e duplas cujos trabalhos já lançados formam o acervo de álbuns, também é possível ao internauta que visita o portal da Kuarup, entre outras atividades no campo da produção cultural, saber pela guia Notícias as novidades que estão chegando para reforçar este precioso catálogo e, ainda, ouvir seleções de músicas disponíveis na plataforma Spotify (playlists) apresentadas por temas e recortes dos mais diversificados, revelando a riqueza de sonoridades e de gêneros que a empresa guarda. Uma das preferidas aqui na redação do Barulho d’água é a Pé No Sertão Kuarup (clique no nome da lista para ouvi-la). O endereço eletrônico que leva ao botão que abre as playlists é http://www.kuarup.com.br/spotify/  

Ouça a trilha do disco abaixo em https://open.spotify.com/album/5HOVW5zgScC5IniFt4cj9x

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