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*Com Guta Guerrero e Antonio Carlos da Fonseca Barbosa
Íbis é uma ave adorada pelos deuses do Egito que traz sorte a quem a avista, segundo o músico. E Maceió é uma homenagem a Alagoas, terra que ele classifica como “maravilhosa”.
Cantor e compositor que conviveu com Ze Keti na cidade do Rio de Janeiro trafega com desenvoltura por ritmos nordestinos, pelo samba e pelo choro e, ao violão que aprendeu na escola de Dilermando Reis e Turíbio Santos, toca, ainda, blues e jazz
O compositor, cantor e violonista Ibys Maceioh completará 70 anos de idade em julho e, simultaneamente, está emplacando 45 anos de carreira artística, marcos que começará a festejar com o lançamento do álbum Ibys Maceioh – 70 anos, em 26 de março, a a partir das 17h30. A apresentação está programada para a Sala Guiomar Novaes da Funarte, localizada na cidade de São Paulo, no bairro dos Campos Elíseos. Durante cerca de 70 minutos, o público poderá ouvir as cinco composições do novo disco mescladas a sucessos da trajetória do alagoano de Porto Calvo, atualmente “cativo” no bairro paulistano da Lapa. Ao violão, Ibys Maceioh será acompanhado por Sérgio Turcão (direção musical, voz e contrabaixo), Maiethe Barros (voz e percussão), Edu Salmaso (bateria) e Jaime Pratinha (flauta e bandolim). A produção contará com o caprichoso trabalho da produtora cultural Guta Guerrero, da Bodoque Produções.
Ibys Maceioh é o nome artístico de Valmiro Pedro da Costa, que iniciou estudos de violão com o conterrâneo Zé Romero, da escola de Dilermando Reis. Do mesmo estado de Nelson da Rabeca, Hermeto Pascoal e Djavan, entre outros importantes protagonistas do cenário musical brasileiro, Maceioh com o correr dos anos amadureceu como violonista de personalidade autor de inúmeras composições próprias ou em parceria com expoentes como Nico Assunção, João Bosco, Zé Kéti, Oswaldinho do Acordeon, Noé Lourenço, Eduardo Gudin, Chico César, e Turíbio Santos, do qual foi aluno também.
A discografia autoral inclui compacto gravado na cidade de São Paulo com o pianista Fernando Mota, mais os discos Suave (2000), Cabelo de Milho (2002) e Ibys Maceioh — 34 anos de música (2008), cuja seleção de repertório coube a Rui Agostinho, programador musical da Rádio Educativa FM de Maceió; Cabelo de Milho tem participações de Oswaldinho do Acordeon e Fernando Melo, violonista do Duofel, e lbys integrou ainda o álbum Zimbo Trio convida, coordenado pelo próprio grupo, mais a coletânea Chorano — Choro Alagoano. Na Terra da Garoa, já foi por três vezes foi atração do Sr. Brasil, programa apresentado hoje na TV Cultura. Convidado pelo amigo Rolando Boldrin, no palco do teatro do Sesc Pompeia cantou um dos seus maiores sucesso (escrito em duo com Josias Damaceno), O amor passarinheiro. Quando morou na cidade do Rio de Janeiro e conviveu, por exemplo, com Ze Keti, Ibys compôs outra joia do repertório autoral, Papel de bala (uma das canções do disco comemorativo que lançará na Funarte), junto ao membro da escola de samba Portela, Vanderlei Monteiro.

Capa do álbum que será lançado na Sala Guiomar Novaes traz arte de Renato Fialho
Maceioh demonstra seu orgulho pela cultura alagoana no próprio nome artístico, mas para além do baião, do xaxado, do coco e do forró, alguns dos mais tradicionais ritmos nordestinos consagrados por músicos que admira como Luiz Gonzaga e Dominguinhos, ele passeia com desenvoltura pela bossa nova, o samba e o choro. Até mesmo as praias do blues e jazz ele frequenta para montar o fino repertório regado de boas influências do Sudeste, com toda a brasilidade e identidade que o caracteriza como artista.
“EXÍLIO” EM SAMPA
Em 2020, ao visitar a cidade de São Paulo para o último Carnaval realizado na capital paulista antes da pandemia do coronavírus (Covid-19), Ibys Maceioh tinha em mente logo fazer meia volta e regressar a Maceió, a capital alagoana. Mas, impedido pela quarentena, decidiu se fixar na Pompeia. Neste “exílio”, recluso, aproveitou para se familiarizar com a internet, conforme contou em entrevista ao portal eletrônico Raiz Cultura Brasileira concedida ao jornalista Gustavo S. Cavalcante. Como a canção popular sempre teve grande valor para Ibys Maceioh, sua iniciação como internauta gerou possibilidades de expandir os próprios horizontes até então inexploradas, ainda que ele julgue ser difícil atingir as massas por este canal.
Com tempo para se reinventar, Ibys Maceioh, contou a Cavalcante, assistiu muitas “lives”. Ainda que pondere que tal formato de apresentação não passe ao público “a sustância de conteúdo direto”, o compositor todavia acredita que se podem falar sobre qualquer assunto em rede online, este também é um direito que lhe caberia. E revelou que depois da primeira transmissão virtual passou a receber convites e, dessa forma, terminou por mostrar cerca de 15 músicas “novas ou não e de minha autoria” sem sair de casa.
Em uma de suas gravações ao vivo, Maceioh foi assistido pela produtora cultural Guta Guerrero. Ela satisfeita com o que viu, convidou-o para participar de um projeto que se tornou algo caro para Ibys, sempre segundo Cavalcante. Trata-se da Bodoque Produções, da Prefeitura de São Paulo, voltada para alavancar carreiras de talentos desconhecidos. E, ainda durante a quarentena, Maceioh foi além e deu aquela força para criar, junto ao portal Rache Aqui, o projeto Ajude um Músico para contribuir com profissionais do ramo musical que têm enfrentado dificuldades devido à pandemia.
Um pouco sobre a história da jornada musical e composições de Maceioh foram reunidas em 2018 no documentário A escolha de uma caminhada, que mobilizou artistas e amigos para contarem um pouco de suas experiências ao lado do homenageado — entre os quais Eduardo Gudin, Luiz Nassif, Antonio Correa Lacerda e Marcelo Laranja. Para os convidados, Ibys Maceioh é a representação da arte nordestina em São Paulo. O documentário pode ser assistido pelo link https://youtu.be/QrWte0GOIlg
Ainda em 2018, Ibys teve composições autorais e de parceiros interpretadas por 10 cantoras em um belo álbum, batizado Aqui Alagoas. Elas são Wilma Miranda, Fernanda Guimarães, Nara Cordeiro, Ana Galgani, Laureny Barbosa, Lara Melo, Ismair Martins, Irina Costa, Elaine Kundera e Mel Nascimento. Aqui Alagoas (em parceria com Sílvio Márcio); Papel de bala (junto com Renato Fialho); Choro desvalido (com Mário Mammana); Bouquet de Cabernet (com Jorge Curuca); e Eu sou o show (com Fernando Sérgio Lyra), são algumas das composições interpretadas que trazem música da terra, genuinamente brasileira, feita com muito esmero pela turma. Além delas, participam da gravação Felix Baigon (contrabaixo), Alysson Paz (bateria), Juliano Gomes (teclado), Wilbert Fialho (violão), Everaldo Borges (sax e flauta), Siqueira Lima (trompete) e Tiago (acordeon), com direção musical de Baigon e direção geral e produção de Weldja Brebal. Aqui Alagoas está disponível em https://youtu.be/HrNPYaq6lk8.
Para saber mais sobre shows e apresentações de Ibys Maceioh o caminho é visitar https://www.youtube.com/user/ibysmaceioh1/videos
Ibys Maceioh concedeu uma entrevista à Revista Ritmo Melodia, do jornalista, cantor, compositor e escritor Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 1/6/2012, cujo link é https://www.ritmomelodia.mus.br/entrevistas/ibys-maceioh/
INGRESSOS À VENDA
O disco Ibys Maceioh – 70 Anos sairá com as faixas Papel de Bala (Ibys Maceioh/Renato Fialho); Malandro Aposentado (Ibys Maceioh/Marcos Farias Costa); Tributo a Pixinguinha (Ibys Maceioh/Marcos Farias Costa); A Noite (Ibys Maceioh/Marilia Abduani); e Choro Desvalido (Ibys Maceioh/Mário Mammana) e no dia 26 estará disponível também em todas as plataformas digitais. A Sala Guiomar Novaes fica na Alameda Nothmann, 1058 e para compras antecipadas o ingresso custará R$15 com Guta Guerrero, telefone (11) 97607-8583 .

Ibys Maceioh no Sr. Brasil em 3/5/2012: https://www.youtube.com/watch?v=vDN8iIWRY64
UEBA! Sucesso Sempre, Grande Mestre Ibys Maceyoh!!!!!
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