1562 – Mariângela Zan é atração da festa de emancipação de Pirapora do Bom Jesus (SP)

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A cantora e compositora paulista Mariangela Zan vai se apresentar em Pirapora do Bom Jesus, cidade da Grande São Paulo a cerca de 60 quilômetros da Capital. A apresentadora do programa Aparecida Sertaneja, da TV Aparecida, encerrará a programação musical preparada pela Secretaria de Cultura e Turismo da cidade para a noite de 5 de agosto como parte da agenda que comemora os 67 anos de emancipação político-administrativa do município e de 297 anos do encontro no rio Tietê da imagem do Padroeiro local. Mariangela Zan deverá subir ao palco a partir das 22 horas.

Mariangela Zan é filha do acordeonista italiano Mario Zan, famoso pela autoria de Chalana, entre outros sucessos do universo caipira. Ela começou a carreira acompanhando o pai por todo o Brasil como backing vocal e dois anos depois assumiu o papel de vocalista da banda. Mariangela cantava canções do repertório de Zan em bailes pelo país que, segundo ela, é o ambiente no qual um intérprete aprende a cantar todos os ritmos.

Durante 14 anos, Mariangela dividiu os palcos com o pai, protagonizando programas de televisão como  Altas Horas, da Rede Globo, e Viola, Minha Viola, da TV Cultura. Também apresentou o programa de televisão Mário Zan e Seus Convidados, pela Rede Vida, ao lado do sanfoneiro, por dois anos.

A carreira solo começou em 2007 para levar a praças e em centros culturais suas influências da cultura folclórica e da MPB, e, sobretudo a música rural. Já passou por emissoras como a Bandeirantes, a Gazeta e as  Emissoras Pioneiras de Televisão (EPTV). Desde janeiro de 2016 é a âncora do programa Aparecida Sertaneja.

A discografia de Mariangela Zan conta com os álbuns Santa Maria de la Mer (2019), Agenda Rabiscada (2018) e Homenagem a Mário Zan (2013).

Pirapora do Bom Jesus pertence ao Roteiro dos Bandeirantes e integra a Rota Turística do Caminho do Sol, com acesso pela alça 48 do sentido Interior pela rodovia Castello Branco (Foto: Marcelino Lima Acervo Barulho d’água Música)

Pirapora do Bom Jesus é uma das cidades da Região Metropolitana da Grande São Paulo e para chegar ao seu Centro Histórico é necessário percorrer cerca de 60 quilômetros a partir do marco zero da Praça da Sé para quem parte da Capital. A cidade é polo de atração do turismo religioso, um fervoroso fenômeno social que mantém o desenvolvimento econômico da Cidade da Fé Viva desde o século XVIII. Devido ao relevo local, não se desenvolveram na cidade as atividades agrícolas e pecuárias de outros pontos do Estado, e o processo de industrialização até hoje tenta se firmar, de modo acanhado.

Pirapora do Bom Jesus pertence ao Roteiro dos Bandeirantes e integra a Rota Turística do Caminho do Sol. Na regionalização, está vinculada à Macro Região Capital Expandida e na Micro Região Grande Oeste. A cidade aproveitou a vocação turística para se desenvolver e caminhou muito bem até a degradação e poluição das águas do Rio Tietê, que corta seu Centro e vários bairros ribeirinhos. Em seus tempos gloriosos, o Tietê deu a Pirapora do Bom Jesus o status simbólico de “Veneza Brasileira” devido às centenas de embarcações e de procissões ribeirinhas que davam vida à cidade. Entretanto, a atividade turística jamais se esvaziou por conta da grande atração ainda existente junto aos devotos da imagem do Senhor Bom Jesus de Pirapora, assim como pelos admiradores de suas manifestações culturais, belezas naturais e uma concorrida agenda de festas e outras atividades culturais.

Pirapora é conhecida como o Berço do Samba Paulista e sem antes todos termos experimentado a pandemia de Covid 19 a cidade atraia diversos grupos tradicionais de ‘samba de bumbo’ para apresentações em períodos diversos no município. A Secretaria da Cultura e Turismo, por sinal, é a responsável pela Casa do Samba e já está articulando o retorno destas atividades, notadamente neste momento em que a Casa do Samba foi revitalizada pela gestão do atual prefeito, Dany Floresti (PSD).

A Cidade da Fé Viva  tornou-se independente da vizinha Santana de Parnaíba em 1958. A autonomia veio amarrada à Lei Estadual nº 5.121, de 31 de dezembro. Dados não atualizados desde 2010, quando foi feito o último recenseamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) indicaram população de 17.646 habitantes, em área de 108,43 km². Sua altitude máxima é de 1.019 metros, o que lhe permite oferecer uma das três melhores rampas para voo de paraglider do Brasil, utilizada por muitos praticantes desse esporte radical.

A participação de Pirapora do Bom Jesus no Consórcio das Cidades da Região Metropolitana Oeste (CiOeste) recolocou o município num cenário político mais amplo, já que por ser a última cidade no polo Oeste da Região Metropolitana de São Paulo mantinha-se relativamente isolada das demais. Diversas questões de seu interesse têm sido debatidas e encaminhadas no âmbito do consórcio, principalmente nas áreas de habitação e acessibilidade. O principal desafio de Pirapora do Bom Jesus não é propriamente de sua responsabilidade, mas das várias instâncias do poder público do Estado de São Paulo: a recuperação do Rio Tietê para que volte a desempenhar um grande papel social e cultural na cidade e em toda a região.

O nome Pirapora tem origem tupi. Significa “pulo do peixe”, por meio da junção dos termos pirá (“peixe”) e pora (“pulo”). O nome é uma referência ao fato de, no período da desova dos peixes, eles saltarem sobre a água para vencer as corredeiras do rio e, desse modo, poder alcançar a cabeceira dos rios, que são locais mais propícios à desova.

Em 1725, uma imagem de madeira do Senhor Bom Jesus, santo Padroeiro da cidade, foi encontrada em uma corredeira, apoiada numa pedra do Rio Tietê, dando origem à sua história sempre costurada pela fé e pela espiritualidade que leva até Pirapora romeiros de várias partes do país devotos do Bom Jesus. Tornou-se município em 1959, quando se emancipou de Santana de Parnaíba. Seus limites são as cidades de Cabreúva e de Jundiaí a Norte, Cajamar a Leste, Santana de Parnaíba a Sul e Araçariguama a Oeste.

No início do povoamento, o Rio Tietê serviu como via de transporte, para comunicação, fonte de energia, subsistência, irrigação e lazer. Pirapora do Bom Jesus situa-se a uma altitude média de 700 metros, fica num vale, encravada entre grandes montanhas da serra do Ivoturuna, à beira do Rio Tietê, infelizmente  poluído neste trecho. Situa-se a 57 km da cidade de São Paulo, pela Rodovia Castello Branco (SP 280).

A Serra do Ivoturuna, que cerca a cidade, é tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico. Seu nome é de origem tupi e significa Montanha Negra, através da junção dos termos ybytyra (“montanha”) e un (“negro”). O nome é uma referência à cobertura de vegetação de tonalidade escura, que, em determinadas épocas do ano, chega a escurecer a paisagem do entorno da cidade. Possui nascentes de água e cachoeiras, inclusive vertentes que abastecem o município.

A altitude máxima de 1.019 metros permite a Pirapora do Bom Jesus  oferecer no Morro do Capuava uma das três melhores rampas para voo de paraglider do Brasil, utilizada por muitos praticantes desse esporte radical (Foto: Gilberto Labriola)

O Rio Tietê corta o centro velho da cidade e por vezes, pode-se observar tapetes de espuma sobre suas águas. Este fato ocorre devido à proximidade da cidade com a Barragem de Pirapora do Bom Jesus, que tem por finalidade acumular água, para atender à Usina Hidrelétrica de Rasgão, que se situa pouco mais abaixo. As águas poluídas do Tietê, quando passam pelos seus vertedouros ou pela sua tubulação interna de descarga, acabam por produzir muita espuma, proveniente da contaminação da água por dejetos domésticos, notadamente detergentes.

O clima é subtropical, com temperatura média anual girando em torno dos 18°C  e precipitação média de 1381 milímetros por ano. O clima da cidade, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o Subtropical. Verão, pouco quente e chuvoso. Inverno, ameno e sub seco. A média de temperatura anual gira em torno dos 18ºC, sendo o mês mais frio julho (média de 14°C) e o mais quente fevereiro (média de 22°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1400mm.

ATENÇÃO NOS ACESSOS É A REGRA

Pirapora do Bom Jesus tem acesso pela alça do km 48 da Rodovia Castello Branco (SP 280), sentido Interior, onde começa a Estrada Vicinal Ubaldo Lolli, um trecho de pista simples de 9 quilômetros, com aclives e declives acentuados e curvas, mas que acabou de ser recapeada e com a nova sinalização vertical e de solo está em excelente condições para trafegar. Outro caminho para quem parte da Capital é acessar a Estrada dos Romeiros (SP 312), a partir do km 26 da mesma Castello Branco, em Barueri. Por esta opção, após passar por Santana de Parnaíba, a viagem se completará em mais 11 quilômetros, ainda pela SP-312. Já em Pirapora do Bom Jesus, próximo à entrada para o bairro Payol, a partir da altura do KM 50, começa uma serra sinuosa e íngreme que os romeiros que cumprem promessas a pé chamam de “Morro do Cala a Boca”.

Tanto o percurso pela Via Ubaldo Lolli como pela Estrada dos Romeiros — que se estende até Itu e por quilômetros margeia o Rio Tietê — exige muita atenção dos motoristas, não só pelo traçado das vias, que em vários pontos têm lombadas e redutores de velocidades, mas pelo próprio tráfego de veículos por suas malhas. Alguns pontos do caminho podem chamar a atenção pela beleza e ensejar paradas para fotografias ou apenas para apreciá-los, o que deverá ser feito, é claro, com o máximo de atenção.

Mas o que mais deve exigir a concentração dos motoristas nestes trechos é o fluxo constante de romeiros, a pé ou a cavalo, às vezes caminhando sós, mas também andando em grupos, além de ciclistas, independentemente do dia e do horário, inclusive à noite, e com maior impacto nos finais de semana e nos feriados, principalmente os religiosos. Muitos pagadores de promessa viajam em famílias ou grupos e são de cidades muito distantes de Pirapora do Bom Jesus; alguns carregam andores e/ou cruzes pesadas, de vigas de madeira com várias emendas e, portanto, extensas. Ao se aproximarem do Santuário do Senhor Bom Jesus normalmente já estão à beira da exaustão, deslocando-se até há semanas, e sujeitos ainda mais a sofrerem eventuais acidentes. Eles são o principal motivo de a cidade ter a importância e o status que alcançou, estão praticando e suportando sacrifícios e limitações em nome da fé e do louvor ao Padroeiro e devem em todos os sentidos serem respeitados. Todo e qualquer cuidado com eles sempre ainda será pouco…

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