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A entrada estará bem salgada para os padrões socioeconômicos e financeiros da maioria, hoje, aqui destes tristes trópicos e, vamos combinar? mesmo para um espetáculo que, indubitavelmente, deverá ter muita qualidade – a julgar pela competência dos idealizadores e diretores e dos envolvidos com a produção, ou seja, a galera que a fará acontecer no palco, em homenagem ao ícone da nossa cultura popular que a inspirou. Então se você, amigo e seguidor, tiver 120 mangos disponíveis na carteira ou no banco, não pense duas vezes, e, se der, abstraia as demais despesas como, por exemplo, estacionamento, transporte etc: invista-os na entrada para assistir ao menos uma das sessões de Dominguinhos: Isso Aqui Tá Bom Demais. Muito mais do que contar de forma linear e cronológica a história de Dominguinhos, a montagem dramatúrgica explora a combinação entre o documental e o poético. A temporada vai começar em 6 de outubro e seguirá em cartaz até 27 de novembro, no Teatro da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), que fica em Higienópolis, bairro da capital paulistana.
Dominguinhos: Isso Aqui Tá Bom Demais foi idealizado pelo diretor Gabriel Fontes Paiva e pela diretora musical Myriam Taubkin, que trabalharam com Dominguinhos. O espetáculo parte de um jogo entre atores e músicos, os quais se alternam nos papéis do homenageado e de pessoas do círculo social do instrumentista, cantor e compositor pernambucano de Garanhuns (PE); é conterrâneo do Lulalá que, no dia em que a cortina se abrirá pela primeira vez na FAAP, ao menos já estará no segundo turno da eleição presidencial que apeará do poder toda esta gentalha miliciana nazifascista que tanto mal nos causa desde 2018.

Linns cresceu ouvindo melodias características do Nordeste e tem formação como musicista pelo Conservatório Pernambucano de Música (Foto: Flávio Costa)
O elenco musical terá, por exemplo, os também pernambucanos Hugo Linns, Luiza Fittipaldi e Jam da Silva. Violeiro, arranjador, compositor, diretor musical e produtor, cada vez mais reconhecido nacional e internacionalmente, o recifense Linns será o diretor musical. Ele vem abrindo sua estrada no universo da MPB com uma proposta nova em possibilidades para o emprego da viola nordestina (a viola também conhecida por dinâmica), tanto em texturas, quanto em sonoridades. Seu mais recente álbum, Atemporal, foi tema do programa Revoredo #51, que o maestro José Gustavo Julião de Camargo levou ao ar na tarde de 8 de setembro pelas ondas das rádios das cidades paulistas de São Paulo e de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).
Atemporal é dedicado ao frevo, ritmo musical e dança folclórica brasileira baseados na fusão dos gêneros marcha, maxixe, dobrado e polca, cuja dança é influenciada pela capoeira. O frevo foi decretado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco, em 2012, sob a designação Frevo: Arte do Espetáculo do Carnaval do Recife.
Linns cresceu ouvindo as melodias características do Nordeste, desde de sua formação inicial como musicista pelo Conservatório Pernambucano de Música. Pertencente à nova geração pernambucana, traz em seu repertório o universo da música cabocla do Nordeste, devido ao aprendizado que obteve dos cantos indígenas, dos coquistas, dos cirandeiros, dos cantadores de viola e dos rabequeiros de Pernambuco. Com uma mistura rica e autêntica, sua obra revela sonoridade peculiar e inovadora para a viola.
Confira o álbum Atemporal em https://jornal.usp.br/podcast/revoredo-51-hugo-linns-apresenta-album-atemporal/