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O Poeta e o Violeiro, disco que reúne 11 faixas, conta entre outras com as participações especiais de Xangai, Ricardo Vignini, Guito e Nô Stopa, composições da dupla e de parceiros como os pantaneiros de raiz Guilherme Sater, João Ormond e Paulo Simões.
*Matéria escrita com informações fornecidas pela assessora de imprensa e jornalista Adriana Bueno
Já está disponível nas plataformas digitais O Poeta e o Violeiro, álbum que celebra mais um encontro entre os cantores e compositores Zé Geraldo e Francis Rosa e que pode ser encontrado, ainda, em primorosas edições em vinil e a laser, com participações especiais de Xangai, Ricardo Vignini e Guito, o ator que fez sucesso como Tibério na recente releitura da telenovela Pantanal, da Rede Globo. O novo disco da dupla que já brindara fãs e público em projetos anteriores bem sucedidos é aberto com declamação do baiano Xangai (Eugênio Avelino) e segue com os autores cantando versos com perfil autobiográfico: “Era uma vez um poeta nascido em solo mineiro/Caminhando pela vida, cruzou com um violeiro/Um completou o outro feito a casa e o terreiro/Plantando e colhendo amor/Saíram do interior pra correr o mundo inteiro”, cantam. Poeta e violeiro vêm trilhando a mesma estrada desde 2016, ano no qual gravaram o trabalho pioneiro a quatro mãos, Cantos e Versos (Sol do Meio Dia/ Tratore), ao vivo, em DVD.
Além da canção que conta com o auxilio luxuoso do baiano Eugênio Avelino, o álbum de Zé Geraldo e Rosa traz mais 10, incluindo inéditas mescladas a composições de expoentes da chamada “música regional” tais quais Márcio de Camillo; Rodrigo Sater; João Ormond; Paulo Simões e Juraildes da Cruz. No álbum em vinil, por motivos técnicos, há uma música a menos — Cantador, por ser faixa mais próxima do rock, composta pelo sul mato-grossense Guga Borba. “Foi uma decisão difícil. Mas gostamos tanto dessa música que daremos destaque a ela nas plataformas digitais”, comentaram Zé e Francis. Cantador, assim como o poeta Zé Geraldo e o violeiro Francis Rosa, situa-se no limiar entre a roça e a cidade, o rock e a música caipira, a viola e a guitarra..
Antes da projeção nacional como o peão chefe da fazenda do engajado ecopecuarista Zé Leôncio (Marcos Palmeira), Guito já era próximo de e conhecido pelo público do conterrâneo Zé Geraldo. No disco, participa da composição Quero Te Ouvir Cantar, uma parceria com Asger Lound Johnsen. Guito toca um serrote e divide os vocais com Zé e Francis.
O violeiro Ricardo Vignini, outro fodástico do meio caipira/rock rural/folk, abrilhanta o projeto em Sempre Bate Uma Saudade, lançada como single para anunciar a chegada de O Poeta e o Violeiro. Como Zé e Francis gostam de falar, Sempre Bate Uma Saudade é um “blues-chamamé” tocado na viola e que mescla o rasqueado da região pantaneira ao blues desenhado pela viola dobro (acústica ou “de lata”, também utilizada por Helena Meirelles) do canhoto Vignini. Proporciona uma narrativa poética e nostálgica da vida de um estradeiro; de quem, guiado sempre pela música, tem o coração como bússola. Vivência que compartilham Zé e Francis, assim como os autores da canção, João Ormond e Paulo Simões, dois pantaneiros típicos como os tuiuiús, as sucuris ou as pintadas.
Além de Zé Geraldo (voz), Francis Rosa (voz, viola caipira e baixo) e dos convidados Xangai (declamação), Ricardo Vignini (viola dobro) e Guito (voz e serrote), O Poeta e o Violeiro ganhou os toques de Rafael Schimidt (violão de nylon); Juninho Serafranny (baixo); Vinícius Cardoso (baixo); Feijão Brow (piano e teclados); Daniel Blando (sanfona); Rogério Romera (violino, viola clássica e arranjo de cordas); Rafael Henrique (violoncelo); João Lima (percussão); Gel Oliveira (percussão); Matheus Ruíz (bateria e percussão); e os vocais de Bia Tucci, Helena Badari, Nô Stopa (filha de Zé Geraldo) e Tata Fernandes. O Poeta e o Violeiro, lançamento do selo Sol do Meio Dia, terá distribuição promovida pela Ingrooves.
YES, NÓS TEMOS BOB DYLAN
Zé Geraldo, natural de Rodeiro, na Zona da Mata mineira, criado em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, também nas Alterosas, caiu como ele mesmo canta na estrada muito cedo. Roqueiro de roça, o cantor e compositor construiu e consolidou a longeva carreira. Avesso aos holofotes da mídia, ZG cativa um público dos mais fiéis que amplifica seus versos e lota as plateias já há quase meio século. Hoje, aos 77 anos de vida, sua discografia apresenta 19 álbuns e 3 DVDs, coletâneas, participações e compactos. O Bob Dylan da roça é, ainda, uma bússola para nova geração de músicos e consagrou sucessos como Cidadão; Como Diria Dylan; Senhorita; Rio Doce; e Milho aos Pombos, indispensáveis no repertório dos concertos que protagoniza e parte indissociável da história da boa música brasileira.
SIMPLICIDADE E CALOR DE FOGUEIRA
Francis Rosa brotou em Joanópolis, na porção paulista da Serra da Mantiqueira. A viola caipira é a base para suas sempre inspiradas composições, que têm DNA semelhante ao de Zé Geraldo. Violeiro, cantor e compositor, Rosa traz em seu repertório canções que traduzem o amor e respeito que nutre pela simplicidade. Dos 10 discos já lançados, dois são ao vivo. Já se apresentou em palcos dos mais diversos como praças, auditórios, teatros e manifestações culturais, embalando os ouvintes no clima bucólico comumente vivido nas rodas de violas aquecidas por fogueiras nos rincões do campo brasileiro.
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