#MPB #MúsicaBrega #Folk #Rock #Punk #SãoLuís #Maranhão #Goiânia #Goiás #CulturaPopular
* Com Adriana Bueno | whatsapp | adribuenocomunicacao@gmail.com
Faixas do álbum produzido por Zeca Baleiro e Tuca Marcondes já está nas plataformas digitais e terá também versão física
Já está nas plataformas digitais O homem que virou circo, terceiro álbum autoral do maranhense Marcos Magah, com produção de Zeca Baleiro e Tuco Marcondes, lançamento da Saravá Discos que em breve também ganhará tiragem em disco compacto a laser. Magah é originário do movimento punk de São Luís (MA)e foi integrante da banda Amnésia até seguir a carreira solo. Em seu voo com as próprias asas, passou a misturar folk, rock e brega, facetas que o aproximaram de Bárbara Eugênia e Odair José. Em O homem que virou circo, Magah e o autor goiano de Vou tirar você deste lugar são parceiros em um dueto.
Magah ralou como a maioria dos músicos que saem à procura do seu lugar ao sol, gastando sola país afora com o violão às costas e animando botecos e passeios públicos. Nestas viagens passou por Goiânia (GO), cidade pela qual tem afinidade e recordações mais profundas porque lá escreveu Estação sem fim. Depois descobriu que a cidade é a Capital do estado natal de Odair José. “Nunca imaginei que anos depois gravaria a música com ele”, comemora hoje. Estação Sem Fim chegou às plataformas digitais em junho de 2022 e abriu os trabalhos para a produção do álbum completo.
Com capa de Marcos Faria, O homem que virou circo traz 11 faixas inéditas autorais. A única parceria é com o poeta Celso Borges, coautor de As Coisas Mais Lindas do Mundo, canção em que Marcos Magah divide vocais com Bárbara Eugênia. “Eu e Celso Borges queríamos, deliberadamente, uma canção de amor, singela e solar, mas que também carregasse em si alguma dor”, explicou. “Ficamos felizes com o resultado”, prosseguiu. “Fizemos a canção em 2018, conversando pelo Whatsapp”, recordou Borges. “É uma alegria ouvi-la agora num disco de Magah. O casamento das vozes dele e da Bárbara ficou lindo, lírico, intenso.”
Foi em 2019 durante a gravação de Ventos que Sopram – Maranhão, documentário do cineasta Neto Borges, que Marcos Magah e Zeca Baleiro se reencontraram depois de anos sem se esbarrarem. Os dois se conheceram na década dos anos 1980, mas nunca haviam feito nada juntos. A reaproximação rendeu Eu Chamo de Coragem, gravada por Baleiro em O Amor no Caos – volume 2. À época também surgiram as primeiras conversas sobre a possibilidade de gravarem um disco de inéditas de Magah, com produção de Baleiro e Marcondes. “Magah é um compositor com uma pegada original, acha uns caminhos criativos bem inusitados e especiais”, declarou Baleiro.
DISCOGRAFIA
Magah lançou Z de vingança (Pitomba Livros e Discos – 2013), sucesso na cena alternativa de São Luís que vendeu mais de 18 mil cópias, e O inventário dos mortos ou zebra circular (2015), ganhador do prêmio de melhor álbum da música maranhense, concedido pela Rádio Universidade FM naquele ano. Nascido em São Luís, Marcos Magah passou parte da infância em uma fazenda no interior do estado da região Nordeste, onde conviveu com o seu avô materno, um amante de música que passava os dias ouvindo discos de Luiz Gonzaga, Teixeirinha e de cantores de brega como o paraibano Bartô Galeno e o sergipano Balthazar.
No começo da adolescência, já de volta à Capital maranhense, descobriu o rock em meados dos anos 1980, com a ajuda do irmão mais velho, colecionador de discos de heavy e hard rock. Em 1987 resolveu montar uma banda de punk com o amigo Carlinhos Pança. “A conversa se deu na saída de um show da Ácido e da Lúgubre, pioneiras do heavy metal em São Luís. Eu e Carlinhos descobrimos que tínhamos afinidades musicais e montamos a Amnésia, a primeira banda punk maranhense. Foi quando comecei a fazer música”, contou Magah.
Com a Amnésia – que ganhou fama na cena subterrânea das regiões Norte e Nordeste dividindo espaço com grupos como Delinquentes (Pará) e Descarga Violenta (Rio Grande do Norte) –, Magah tocou em diversos locais de São Luís e excursionou por vários estados. “O ilustrador e militante punk Joacy Jamys divulgava a Amnésia no Brasil inteiro por meio de demos e fanzines. Por onde andávamos, havia um público grande para acompanhar”, relatou. Magah ainda recorda com clareza do último show em que tocou com a banda Amnésia, no bar Castelo Rock, situado no Centro Histórico de São Luís, em 2005. “O proprietário do espaço teve que fechar a porta porque não havia mais espaço para o público”.
Depois que deixou o grupo, Magah colocou o violão nas costas e viajou pelo Brasil. Passou por Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás, sempre tocando em calçadas e bares. De volta ao Maranhão, Magah excursionou pelo interior do estado, cantando clássicos da música brega, até parar para gravar Z de vingança.
Saibam mais sobre a música maranhense ou conteúdos a ela relacionados aqui no Barulho d’água Música ao visitar o link abaixo:
https://barulhodeagua.com/tag/maranhao/
SANTA AJUDA! Ajude o Barulho d’água Música a se manter ativo: colabore, a partir de R$ 20, com nossa campanha pela Catarse em busca de assinantes! Ou envie um PIX de acordo com suas possibilidades!
Link da campanha:
https://www.catarse.me/barulhodeaguamusica