#MPB #Teatro #Candomblé #Cultura Afro-Brasileira #CulturaPopular
*Com Petterson Mello
Gratuito, espetáculo Odara: tudo que é bom e bonito usa música e literatura como fios de costura e está programado para apresentação única e com entrada franca no CCSP
O poder do mito e o segredo de sua sobrevivência enquanto atravessa eras, valendo-se da sua surpreendente capacidade de reelaboração, e de sua propriedade de se recriar a partir do verbo e da alma de cada narrador cada vez que é recontado, levados ao palco em uma apresentação musical que busca explorar a exuberância, a vitalidade e a beleza das tradições afro-brasileiras. Esta é a síntese de Odara: tudo que é bom e bonito, que a cantora e atriz Céllia Nascimento protagonizará a partir das 19 horas da terça-feira, 9 de maio, em espetáculo gratuito programado para a sala Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo (CCSP) para abordar mitos de criação do mundo a partir de elementos do candomblé, usando a música e a literatura como fios de costura.
A essência dos mitos carrega valores fundamentais. A especificidade da natureza humana, a necessidade de partilhá-los e passar adiante experiências profundas vêm à tona e encontram suporte, por exemplo, na arte oral de contar histórias que resume exatamente a partilha de vivências ancestrais. A força da religiosidade afro-brasileira chega às gerações futuras por meio do culto aos Orixás, no entanto, sua celebração ainda se restringe a segmentos culturais específicos devido à natural discrição dos adeptos e ao preconceito que, surpreendentemente, persiste em determinados meios. Em um ato de resistência, Céllia se une a Ricardo Costa, Mendonça Kennedy Barbosa da Silva, Kleber Santos Ribeiro e Rafael Y Castro na tarefa de revelar em Odara: tudo que é bom e bonito a exuberância, a vitalidade e a beleza do candomblé, com um repertório que privilegia músicas enigmáticas e potentes como Canto para Oxalá (Domínio Público), Jorge da Capadócia (Jorge Ben Jor), Odara Saúda Êh (Eduardo Caffaro) e várias surpresas.
Também conhecida por “Voz de Ouro”, Céllia Nascimento ingressou em 2007 no Teatro Oficina (SP) e foi como integrante da companhia de Zé Celso Martinez que ganhou dele o nome artístico “Musa Negra do Oficina”. Como atriz, a agora cantora guarda no currículo participação em vários filmes e em montagens consagradas como Os Sertões, Taniko, Cacilda!, Bacantes e Banquete de Platão, todas dirigidas pelo famoso diretor.
O CCSP Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, São Paulo, O ingresso pode ser solicitado em https://rvsservicosccsp.byinti.com/#/ticket/ ou retirado presencialmente ou presencialmente na bilheteria da sala Adoniran Barbosa até sábado, 6 de maio, das 13 às 22 horas, ou no domingo, 7 das 12 às 21 horas. O espetáculo tem classificação etária livre e é recomendado usar máscara durante a permanência na plateia.
SANTA AJUDA! Apoie o Barulho d’água Música e o ajude a se manter ativo: colabore, a partir de R$ 20, com nossa campanha pela Catarse em busca de assinantes! Ou envie um PIX de acordo com suas possibilidades!
Link da campanha: https://www.catarse.me/barulhodeaguamusica