1617 – Martim César e Oscar Massita lançam livro e disco em espetáculo dedicado ao folclore fronteiriço Brasil/Uruguai, em Porto Alegre (RS)

#MPB #MúsicaGaúcha #MúsicaFolclórica #MúsicaLatinoAmericana #Literatura #Fotografia #CulturaPopular #Jaguarão #SantaMaria #Bagé #PortoAlegre #RioGrandedoSul #Cerro Largo #PostadelChuy #Uruguai #ThatroSãoPedro

Recital precedido por atrações como uma exposição fotográfica e sessão de autógrafos de livro de poesias será aberto por Marco Aurélio Vasconcellos e Marcello Caminha e antes do encerramento ainda brindará o público com concerto do Duo Copla Alta

A conceituada casa de espetáculos Oficina/Multipalco do Theatro São Pedro, situada em Porto Alegre (RS), estará reservada na noite da quinta-feira, 30 de março, para um recital que visitará elementos do folclore uruguaio e fronteiriço e brindará o público com música, poesia e o lançamento de Canciones Que Nacen Del Camino, combo de livro mais disco, de Martim César e Oscar Massita. As atrações serão oferecidas a partir das 20 horas. De saída, logo na abertura transportarão a plateia em uma viagem musical protagonizada nada mais, nada menos por Marco Aurélio Vasconcellos, um dos mais importantes cantores pampeanos e dono de uma das vozes mais marcantes do país, natural de Santa Maria.  Com mais de cinco décadas de carreira, Marco Aurélio Vasconcellos cantará com o acompanhamento do não menos brilhante expoente do violão gaúcho e brasileiro, o bajeense Marcello Caminha, com  participação especial do poeta e compositor autor do livro parceiro de Massita. 

A pauta dedicada à música, em seguida, atravessará a linha divisória do Sul do Brasil em direção ao Uruguai profundo onde cintilam Osiris Rodrigues Castillos, Romildo Risso, Ruben Lena e de Los Olimareños. Assumirá o palco para representar o “paisito” Oscar Massita, um dos cantautores mais autênticos do berço de José Artigas (1764-1850) e considerado um andarilho dos caminhos de sua pátria.  Massita interpretará o repertório do álbum Canciones que Nacen Del Camino, que gravou em parceria dele com César — que, hoje, está radicado em Jaguarão (RS). O repertório do disco apresenta milongas e outros ritmos dos Pampas, registros de personagens e de lugares da fronteira entre os dois países, principalmente sobre do departamento uruguaio de Cerro Largo, onde fica a pousada para diligências Posta del Chuy  e uma ponte, fundadas pelos bascos em 1855. Esse lugar é onde nasceu justamente um dos mais famosos cantores uruguaios: Tabaré Etcheverry.

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1616 – Grupo Luara Oliveira e as Comadres chegam a São José dos Campos com Samba de Maria

#MPB #Samba #Ubatuba #Atibaia #SãoJosédosCampos # SãoPaulo #SãoLuizdo Paraitinga #Taubaté #CulturaPopular

*Com Luciana Gandelini (11) 99568-8773

Projeto com apresentações gratuitas circulará por diversas cidades paulistas para enfatizar a pouco valorizada influência feminina na história do gênero

O Parque Vicentina Aranha, localizado em São José dos Campos, cidade da porção paulista do Vale do Paraíba a cerca de 100 quilômetros da Capital, pulsará a partir das 10h30 de domingo, 26 de março, ao som do Grupo Luara Oliveira e as Comadres, protagonistas do projeto Samba de Maria. O palco para acolher a apresentação gratuita de 80 minutos será um dos seis pelos quais ela passará até 19 de maio, após ser levada a Ubatuba (onde estreou) e Atibaia, em 4 e 11 de março, respectivamente. A temporada circulará neste período contemplada pelo Edital 16/2022, realizado pelo Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e ProAC.

Samba de Maria presta tributo à influência das mulheres e quer aumentar a visibilidade da força feminina na música popular brasileira, notadamente no samba. O projeto foi idealizado em rodas de samba promovidas na Ilha dos Pescadores, na cidade litorânea de Ubatuba (SP), pelo grupo Luara Oliveira e as Comadres com o objetivo de cantar e celebrar a vida e a contribuição de compositoras, ritmistas, intérpretes e trabalhadoras do samba. Elas são Ivones, Jovelinas, Ciatas e tantas Marias que não podem ser apagadas ou esquecidas, defende a cantora, compositora e multi-instrumentista Luara Oliveira, que atua em parceria com as instrumentistas cofundadoras Marilua Azevedo, Raquel Nascimento e Ludmila Santos.

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1615 -Batuque de Lapinha, Pereira da Viola e Trino Caipira abrem o 6º Viola de Feira, no Padre Eustáquio, em Beagá

#MPB #MúsicaCaipira #MúsicaInstrumental #ViolaCaipira #ViolaInstrumental #BeloHorizonte #Beagá #MG #MinasGerais #CulturaPopular

Projeto da Picuá Produções que resgata a tradição da viola caipira com canções autorais e peças da cultura popular brasileira em suas diversas óticas e arranjos volta ao formato presencial, com apresentações gratuitas, em centros culturais de Belo Horizonte (MG)

* Com Lílian Macedo

Preservar valores da cultura popular e tradições do país se torna cada vez mais importante à medida que desejamos manter aquecidas as conexões com as raízes que formam nossa diversificada identidade. Depois dos tempos de distanciamento forçado no auge da pandemia da Covid-19, resgatar a boa música, o convívio entre famílias e os finais de semana temperados com viola caipira é a oportunidade de curtir um “calorzinho” a mais. E de graça é ainda melhor!

Esta é a proposta da empresa Picuá Produções Artísticas com as apresentações programadas para o 6º Viola de Feira – Circulação nos Centros Culturais, projeto que conta com recursos da Lei Municipal de Belo Horizonte (MG) de Incentivo à Cultura nº 2194/2021 e patrocínio do Instituto Hermes Pardini S/A. As novas rodadas presenciais começarão no domingo, 26 de março, no Centro Cultural Padre Eustáquio e nesta edição serão oferecidas aos sábados, além dos domingos, e também no Centro Cultural Venda Nova, em ambas as datas sempre a partir das 11 horas.

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1614 – Álbum inédito do paulistano Grupo Um, guardado desde 1975, é lançado pelo selo inglês Far Out Recordings

#MPB #MúsicaInstrumental #SãoPaulo #Inglaterra #SescInstrumental #UtopiaStudios #FarOutRecordings #ProdutoraeGravadoraKuarup

Starting Point marcaria o início de um dos conjuntos instrumentais mais ousados do Brasil, quando, há quase 50 anos, os autores ainda formavam um trio que, como outros artistas na época, não encontrou gravadora

* Com Irati Antonio, Utopia Records

Uma raridade formada por seis faixas instrumentais, inédita desde 1975, acaba de ser gravada em formato laser e vinil pela gravadora inglesa Far Out Recordings¹: o disco Starting Point, que, apesar de enfim receber por um selo gringo merecidíssima atenção quase 50 anos depois, é do Grupo Um, formado naquele ano pelos irmãos Lelo Nazario e Zé Eduardo Nazario e que convidaram Zeca Assumpção para se juntar às suas experiências musicais. Na época, os Nazario e Assumpção já integravam a patota de Hermeto Pascoal ao lado do guitarrista Toninho Horta e do saxofonista Nivaldo Ornelas. O trio formava a seção rítmica (piano, baixo e bateria) e ficou conhecido como “cozinha paulista” do Bruxo dos Sons, pois eram os únicos do estado de São Paulo.

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1613 – Louça Fina, um dos discos da consagrada Sueli Costa, embala homenagem no Solar do Barulho

#MPB #CulturaPopular #JuizdeFora #MinasGerais #RioDeJaneiro #CidadeMaravilhosa #EstânciaTurísticadeSãoRoque

Morte de cantora e compositora carioca deixa saudades e colegas do meio musical, ao expressarem pesar, reafirmam sua admiração ao destacarem a importância para o país da obra da autora de sucessos como Jura Secreta, Canção Brasileira e Primeiro Jornal

As tradicionais audições matinais aos sábados no Solar do Barulho, redação do Barulho d’água Música, na Estância Turística de São Roque, no Interior paulista, começaram no dia 11 com Louça Fina, álbum gravado em 1979 por Sueli Costa. Carioca nascida Sueli Correa Costa, em 1943, a autora partiu de causas não reveladas há uma semana, no dia 4 de março, também na cidade do Rio de Janeiro, prestes a completar 80 anos. Sua morte ao ser repercutida em vários meios de comunicação voltou a causar comoção entre amigos, fãs e no meio artístico devido à popularidade que ela alcançou ao vivenciar momentos de estrela de sensível inspiração melódica no cenário musical brasileiro que marcaram a composição e a interpretação de sucessos que incluem Primeiro Jornal, gravada por Elis Regina e Jura Secreta, que Fagner e Simone interpretaram, por exemplo. O cantor cearense também popularizou Canção Brasileira e a baiana Cordilheiras.

A mãe de Sueli Costa tocava piano e ministrava aulas de canto coral e a jovem, estimulada por este ambiente, ainda na adolescência tornou-se autodidata e aprendeu a tocar violão ao lado dos irmãos (Élcio, Lisieux, Telma e Afrânio), que também seguiam os passos da matriarca. Aos 18 anos, Sueli debutou ao compor a bossa nova Balãozinho. Por esta época, conciliava a incipiente carreira musical com a faculdade de Direito, que cursava em Juiz de Fora, localizada na Zona da Mata mineira e próxima à Cidade Maravilhosa. Na terra natal do violeiro Tavinho Moura, dos poetas Murilo Mendes e Pedro Nava, e do jornalista e escritor Fernando Gabeira Sueli Costa compôs e cantou todas as canções da montagem teatral Cancioneiro de Lampião, encenada pelo Grupo Divulgação em 1967. Ela também contribuiu para a trilha da peça Bodas de Sangue, no mesmo ano. Sua produção como compositora atraiu a admiração de intérpretes como a capixaba de Vitória Nara Leão e a levou a participar de variados em festivais, além de lecionar música em colégios cariocas.

Arte da capa de Louça Fina, que em detalhe revela uma lágrima derramada por Sueli Costa na hora da produção da foto de autoria, infelizmente, não descoberta

Seu período de maior projeção ocorreu na década dos anos de 1970. Nesta década a lista de admiradores que despertaram para o talento da compositora aumentou e passou a incluir Ney Matogrosso, Simone, Cauby Peixoto, Pedro Mariano, Joanna, Fagner, Fafá de Belém, Alaíde Costa, Ângela Rô Rô, Elis Regina, Ivan Lins, Zélia Duncan, Zizi Possi, Agnaldo Rayol, Gal Costa e Wanderléa, Ithamara Koorax, entre outros, consagrando-a como nome de elite da MPB. Não demorou muito, a EMI a contratou e, em 1975, Sueli Costa gravou o primeiro bolachão, com produção de Gonzaguinha e arranjos de Paulo Moura e Wagner Tiso. Dois anos depois, o segundo disco, batizado Sueli Costa como o anterior, foi produzido por João Bosco e Aldir Blanc. O time de parceiros de estrada não é menos brilhante e vão de Cacaso a Tite de Lemos a Aldir Blanc, Ana Terra, Paulo César Pinheiro e Abel Silva, com quem formou uma dupla de sucesso e é coautor de Jura Secreta.

A discografia de Sueli Costa ainda inclui Vida Louça fina; Íntimo (1984); Vida de Artista (1994); e Minha arte (2000), além de Sueli Costa -Série Dois em Um, relançamento em formato laser dos vinis Sueli Costa e Vida de artista. Entre os projetos que participou e a lev aos palcos estão em seu currículo Projeto Pixinguinha, Com Paulinho da Viola, Moraes Moreira, Fagner e Terezinha de Jesus (1975); Projeto Pixinguinha, com Simone (1978); Canção Brasileira, com Abel Silva, no Teatro Estação Beira-Mar/ RJ (1997); Sueli Costa no Bar do Tom/RJ (1999) e Minha Arte, Mistura Fina/RJ (2000).

Sueli, Sueli Costa, quantas sublimes melodias você criou e deixou nesse mundo que será sempre mais bonito cada vez que uma canção sua soar nos ares do país e do universo. Talvez entre as melodias mais bonitas do Brasil, as suas sejam as mais ricas e divinas. Quem compôs belezas assim só pode estar num lugar maravilhoso agora, inundado de arte e plenitude. Obrigada.

Consuelo de Paula

Quando tenho arrepios de alma por conta de emocionantes letras ou melodias, agradeço a Deus, à vida, à musa música por me permitir tais presentes nesta passagem chamada vida. E como isso me é comum na ‘Canção Brasileira’ em geral.

Sueli Costa, nos presenteou, em parceria com Abel Silva, com uma dessas maravilhas de arrepios em lindeza: Canção Brasileira! Agora, ela se torna uma estrela no céu, a brilhar com os anjos. Muito obrigado, Sueli Costa por teres iluminado nossas vidas, nossos ouvidos, nossas almas.

Tavinho Limma, que gravou Canção Brasileira ao lado de Paulinho Pedra Azul, com arranjos e piano de Salomão Soar em O Mundo de Raimundo, da Kuarup;

“O meu coração ateu quase acreditou

Na sua mão que não passou de um leve adeus

Breve pássaro pousado em minha mão

Bateu asas e voou … “

Ah, Sueli Costa. Sem dúvida uma das maiores! Compositora gigante! Referência total!

Lembro-me de quando gravei meu primeiro CD: tal como uma contracapa de livro, foi ela a assinar o encarte do meu disco. Palavras para lá de carinhosas, que foram de grande importância pra mim.

Obrigada, Sueli, vai em paz

Cristina Saraiva

Sueli Costa: uma das maiores compositoras da música brasileira. Muitas canções em tantas diversas interpretações. Essa nossa gente precisa conhecer mais e entender de Brasil, de sua arte, cultura e poesia.

A bênção @suelicosta1213!

Aplausos em pé para sua eternidade e tudo que nos deu em vida.

Lenir Boldrin

Minha querida Sueli Costa, me perdoe por não poder estar com você nos últimos anos. Um pouco antes da pandemia marcamos um encontro, que infelizmente não aconteceu. Trocamos algumas palavras por mensagem sempre na esperança de nos encontrar. Agora, essa triste notícia.

Durante muitos anos Sueli acalentava um sonho, gravar as composições feitas dos poemas de o Romanceiro da Inconfidência de Cecília Meireles, sonho que infelizmente não se concretizou devido às questões entre os herdeiros da poeta.

Gravei os demos no meu estúdio com ela cantando ao piano, um registro emocionado e inesquecível. Tive a sorte e o privilégio de produzir o CD Sueli Costa – Minha Arte, de 1999, com o apoio do querido Mario Rosito. Fomos parceiros de noitadas em torno de uma mesa, regadas a música e poesia, seguimos afastados por um tempo, porém nunca esquecemos um do outro. Não vou dizer que Sueli Costa estará cantando lá no céu porque o lugar dela é aqui. Como grande criadora da música popular brasileira jamais será esquecida.

Suelen, era assim que eu e [Maria] Bethânia a tratávamos, fica a saudade eterna, amada amiga.

Jaime Além

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1611 – Mais um talento de Poços de Caldas (MG), cantor e compositor Pedro Cezar lança Matutando Sonho, primeiro álbum solo

#MPB #PoçosdeCaldas #MinasGerais #Luanda #Angola #Bolívia #Cochabamba

Disco com canções concebidas durante a reclusão imposta pela pandemia de Covid 19 já está nas plataformas digitais e traz parcerias de sul mineiros e de artistas internacionais

Está disponível em todas as plataformas digitais de música o primeiro álbum do cantor e compositor Pedro Cezar, mineiro de Poços de Caldas. Matutando Sonho traz 14 faixas inéditas e apresenta ao público o universo intimista do autor, que ao lançar o disco colhe o doce fruto de um processo de pesquisa iniciado ainda durante o período mais agudo de reclusão e isolamento social impostos pela pandemia de Covid-19. O repertório reúne composições recentes e antigas, recolhidas especialmente para este projeto. Apesar de ser o pontapé de sua carreira solo, Cezar é adepto de trabalhos coletivos e reúne em Matutando Sonhos diversas participações especiais, do Brasil e do Exterior. Das novas parcerias, as faixas Para beber de las estrellas e Bwé de Mambo ainda contam, respectivamente, com a artista boliviana Alexia Loredo e do cantautor angolano Bona Ska. A cantora Tatiana Meirelles, o clarinetista Otávio Quartier e o violonista e compositor Gustavo Infante completam o time de colaborações. Rafael Moreira (baixo), Michel Nascimento (bateria e percussão) e Fábio Leandro (piano e teclados) também foram convidados para a gravação.

Pedro Cezar é mais um talento da área musical que desponta na acolhedora cidade sul mineira, na qual já são famosos entre outros o casal Jucilene Buosi e Wolf Borges e já se destacam entre outros o Duo Rodrigo Mendonça e Flávio Danza, Nego Moura & Os Camarás, Dons Maria e Mununu. De acordo com suas observações no texto de divulgação do álbum primogênito, é um disco de movimento, de andanças, de entender a rua como lugar onde o conhecimento e os encontros se dão e se convergem.

“São minhas lembranças de criança, de família, as ausências e presenças no cotidiano, a saudade e o amor em outras palavras”, apontou. “O aprendizado na cidade grande, a calmaria da vida no interior, o sonho em curso, tudo isso com trilha sonora”, acrescentou. Ainda segundo ele, talvez as canções selecionadas sejam aquelas que possibilitem “mostrar às pessoas um pouquinho do meu mundo sonoro, das minhas observações sobre a vida, detalhes que vão se revelando e que, às vezes, passam despercebidos”. Ao mesmo tempo, são músicas que abrem o caminho para Cezar assumir o protagonismo como intérprete, empunhando o violão enquanto canta, ao lado de músicos e musicistas que julga terem mais qualidade e competência.

Matutando Sonho faz parte do YES, TUPI, selo gerido pela pesquisadora musical Thabata Arruda, que também assina o projeto gráfico e a edição do álbum visual. A ilustração da capa é do artista pernambucano João Lin. O álbum é coproduzido, mixado e masterizado por Deivid Santos e foi gravado nos estúdios DS Estúdio (Poços de Caldas), Michel Nascimento (na cidade do Rio de Janeiro), Cassette Estúdio de Som (Luanda, Angola) e Estúdio Crom (Cochabamba, Bolívia).

Este trabalho é a materialização de um sonho, reflete minha vivência musical e, sobretudo, minha admiração por todas as pessoas que se dedicaram e se dedicam para inventar e manter viva a Música Brasileira”, exclamou Cezar. “Quem sabe eu possa, humildemente, contribuir com esta história.”

Para ver, ouvir e saber mais informações acesse os links

https://ditto.fm/matutando-sonho

https://www.youtube.com/pedrocezar

https://www.pedrocezarmusica.com/matutandosonho

https://youtu.be/MwW9Bwd2d6A

Leia mais sobre a produção musical em Poços de Caldas e outros conteúdos relacionados à cidade sul mineira aqui no Barulho d’água Música ao visitar o link abaixo

https://barulhodeagua.com/tag/pocos-de-caldas-mg/

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1610 – Lucas Félix lança, pela Kuarup, disco que homenageia e celebra centenário de Luiz Bonfá

#MPB #ViolãoErudito #ViolãoPopular #ViolãoBrasileiro #CulturaPopular #Taubaté #RiodeJaneiro

O violonista Lucas Félix, após um período imerso nas obras de Luiz Bonfá, está lançando Um Abraço no Bonfá, álbum com a grife da gravadora e produtora Kuarup, já disponível exclusivamente nas plataformas digitais. Natural da cidade do Rio de Janeiro, o lendário músico, violonista e compositor Luiz Bonfá completaria 100 anos em 2022. Autor de sucessos como Manhã de Carnaval, Samba de Orfeu e Correnteza, único compositor brasileiro gravado por Elvis Presley, revolucionou concepções técnicas no violão e deixou um vasto repertório tocado por músicos do mundo todo e reconhecido como uma das figuras mais importantes da música brasileira.

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1608 -Sete Sóis lança Outros Caminhos Vol.2, de Flávvio Alves e Adolar Marin*

#MPB #CulturaPopular #SeloSeteSóis

*Com Adriana Bueno 

Está disponível nas plataformas digitais Outros Caminhos Vol.2, álbum do poeta e produtor musical Flávvio Alves e o cantor e compositor Adolar Marin, e que escolhemos para abrir a primeira audição matinal dos sábados neste dia 25 de fevereiro em nosso novo endereço, ainda em São Roque, Estância Turística do Interior de São Paulo, mas agora no meio do mato; vai aqui nosso agradecimento público à coleguinha Adriana Bueno, que compartilhou as faixas conosco! Outros Caminhos Vol. 2 mantém como base canções autorais da dupla e a mesma banda do primeiro álbum do projeto, reforçada por Nathalie Alvim, nas faixas Imersão e Desaguar, e de Zeca Baleiro em Migalhas.

O segundo volume reúne poemas de Flávvio Alves para os quais Adolar Marin escreveu as musicas durante a fase mais aguda da pandemia de Covid-19. A dupla começou a compor há pouco mais de cinco anos em parceria tão fluida que logo assinava mais de uma dezena de canções. Em 2019, saiu o álbum homônimo que antecede Outros Caminhos Vol.2. As composições são todas de Marin e de Alves, exceto Que Réu Sou Eu, que, a seis mãos, conta com contribuição de Josias A. Costa e abre o disco. Desaguar também foi escrita por Solange Rocco.

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1607- Makely Ka apresenta Triste Entrópico, álbum que encerra Trilogia dos Sertões, no Sesc Belenzinho*

#MPB #ValençadoPiauí #BeloHorizonte #Canudos #Piauí #MinasGerais #Bahia #ViolaCaipira #LiteraturaBrasileira #CulturaPopular 

*Com Carola Gonzales


“O poeta Makely Ka é apontado por especialistas e músicos como o letrista que melhor simboliza a nova geração de artistas mineiros”, Ailton Magioli Estado de Minas 

Além do discurso literário-musical espirituoso (e da militância político-musical), me vi transportado pelos violões (e viola caipira), pelas sonoridades mouras, africanas e nordestinas, por certas letras que cutucam um diálogo com os muitos Brasis que o Brazil com Z não conhece a uma das escolas mais vigorosas de música brasileira e mineira”, Pedro Alexandre Sanches


“Um disco gravado na estrada, uma obra de arte e sustentabilidade, conectada com uma aventura pela região do romance “Grande sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa”, Tárik de Souza

Piauiense de Valença radicado em Belo Horizonte (MG), o cantor, instrumentista e compositor Makely Ka estará no palco da unidade Belenzinho do Sesc paulistano neste domingo, 26 de fevereiro, para comandar a partir das 18 horas o espetáculo Triste Entrópico, que reúne as canções do álbum homônimo em fase de lançamento e conclui o projeto Trilogia dos Sertões, com foco nas riquezas culturais do país. A tríade começou com Cavalo Motor e dialoga com Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. Depois Makely gravou Rio Aberto, pela produtora e gravadora Kuarup, com referências aos afluentes do Rio São Francisco, ao Rio Doce e ao Vaza-Barris, em faixas instrumentais de viola caipira. Nesta viagem buscou trilhar em sentido inverso os passos de vaqueiros que desceram pelos Currais da Bahia e ocuparam o cerrado mineiro entre os séculos XVII e XVIII, percorrendo o mapa geográfico e literário do sertão das Alterosas, atravessando rios da região e seguindo o São Francisco até Canudos, já em solo baiano, retratado na obra Os Sertões, de Euclides da Cunha.

Makely Ka é considerado um músico orgânico, artista e produtor cultural que não se vale de aditivos químicos para conseguir agradar as mídias convencionais. No Belenzinho, cantará e tocará violões ao lado de Gustavo Souza (violão), Paulim Sartori (contrabaixo), Yuri Velasco (percussão), Maísa Moura e a cantora Ná Ozzetti, sua convidada especial. Ná cantará Onde a vista alcança, escrita em parceria com Makely para o álbum Meu Quintal. E brindará a plateia com as inéditas Quando ela não vem e Caliandra.

Em 24 de fevereiro Makely Ka disponibilizou nas plataformas digitais Vento Vivo, segunda canção lançada para pavimentar a chegada de Triste Entrópico. Inspirada em Vento bravo (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro) e composta durante uma tempestade durante a fase mais aguda da pandemia de Covid-19, a faixa aborda o sopro, a respiração, o ar, as mitologias nas quais o vento é protagonista. Desde Ruah (sopro divino, em hebraico), passando pelos hálitos sagrados de Olorum da tradição Yorubá e do deus egípcio Amun, até as correntes que varrem  extensões, como o Minuano e o Mistral, a música, em 6/8,  celebra está força natural que está em todos os lugares, mas ninguém a vê.

O Sesc Belenzinho fica na rua Padre Adelino, 1000, no bairro paulistano Belenzinho, a 550 metros da estação Belém e a 1,4 quilômetro da Tatuapé, ambas da linha 3 Vermelha do Metrô. O ingresso custa entre R$12,00 (portadores de credencial plena) e R$40,00 (entrada inteira) ou R$20 (meia). Para mais informações há o telefone (11) 2076-9700 e o endereço virtual sescsp.org.br/Belenzinho

OBRA ECLÉTICA E PREMIADA

Valença do Piauí fica a 216 quilômetros de Teresina, a capital do Piauí, berço de Makely Ka, hoje um dos mais requisitados compositores e cujas obras pode ser ouvida nas vozes de Lô Borges, Samuel Rosa, Titane, Ná Ozzetti e José Miguel Wisnik, entre dezenas de outros intérpretes. Lançou o disco coletivo A Outra Cidade, em 2003, e Danaide, em 2006, com a cantora Maísa Moura. O primeiro trabalho solo veio em 2008, Autófago, considerado pela crítica um dos melhores discos de “roque brasileiro”. Em 2014 compôs, ao lado de Rafael Martini, a peça sinfônica em cinco movimentos Suíte Onírica, gravada com a Orquestra Sinfônica da Venezuela, o Coral do Teatro Teresa Carreño e sexteto sob regência do maestro português Osvaldo Ferreira. 

Segundo da Trilogia dos Sertões, Rio Aberto é um álbum de composições instrumentais para viola caipira. Ouça as faixas visitando o link do programa Revoredo, da Rádio USP FM de São Paulo e de Ribeirão Preto, apresentado em 15/12/22 pelo maestro José Gustavo Julião de Camargo. O link é https://jornal.usp.br/podcast/revoredo-65-diversidade-da-viola-caipira-abrange-tradicoes-populares-e-novas-linguagens-sonoras/

Em 2015 lançou Cavalo Motor, resultado de uma longa viagem realizada pela região Noroeste de Minas Gerais, na divisa entre Bahia e Goiás, o primeiro da trilogia que prossegue com Rio Aberto e fecha, agora, com Triste EntrópicoCavalo Motor tem participação de Arto Lindsay, Susana Salles, Décio Ramos (grupo Uakti) e O Grivo, entre outros, e foi transformado também em DVD. O trabalho foi considerado um dos melhores lançamentos do ano e recebeu vários prêmios, entre eles o Grão da Música de melhor álbum de Música Brasileira. Em 2018, emplacou o prêmio Simparc de Artes Cênicas de melhor trilha sonora original para o espetáculo de dança Espelho da Luada Companha Mário Nascimento.

Letrista inspirado e versátil, Makely Ka acumula parcerias com diversos compositores em todo o país, com destaque para o álbum Dínamo, inteiramente composto com Lô Borges e lançado em 2020. Como intérprete de suas próprias canções destaca-se pela sua voz grave e rascante e pelo violão vigoroso tocado de forma muito peculiar. O humor, a ironia e o sarcasmo estão sempre presentes nas apresentações ao vivo, que podem ser em formato solo ou com banda. Já tocou em alguns dos principais palcos do Brasil e excursionou por Portugal, Espanha, Dinamarca, Lituânia, Turquia, Grécia e México.

Interlocutor da cena musical em Minas Gerais, Makely Ka organizou mostras e festivais, participou de curadorias, produziu discos de parceiros de estrada, dirigiu shows, criou trilhas para cinema, dança e teatro, realizou documentários, compôs textos para peças sinfônicas e camerísticas, participou de conselhos estaduais e federais de cultura, fundou cooperativas e fóruns de música e escreveu diversos textos sobre política cultural, música, literatura e cinema que foram publicados em jornais, revistas e portais. Também publicou três livros de poemas e atuou como editor de revistas de poesia. Prepara o lançamento do livro Música Orgânica e está compondo a trilha sonora do balé Rios Voadores, da coreógrafa Rosa Antuña.

Saiba mais sobre Makely Ka aqui no Barulho d’água Música ao visitar o linque https://barulhodeagua.com/tag/makely-ka/

Leia entrevista que Makely Ka concedeu ao jornalista Antonio Carlos da Fonseca Barbosa, da Revista Ritmo Melodia, em 14 de janeiro de 2019:

http://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/makely-ka/

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1606 – Cláudio Jorge e Guinga gravam pela Kuarup tributo aos subúrbios cariocas e à MPB

#MPB #Samba #Cachambi #Madureira #CidadeMaravilhosa #RiodeJaneiro #CulturaPopular

Parceria inédita dos prestigiados músicos resultou em Farinha do Mesmo Saco, lançado exclusivamente nas plataformas digitais

Oswaldo Cruz, Cachambi, Méier, Bangu, Jacaré/Domingo no IAPI, Nem Romário, Messi, Pelé”

Começa assim, marrenta, porém precisa na geografia suburbana e no status de craque dos dois autores, a letra do samba-choro Domingueira, primeira parceria de Cláudio Jorge e Guinga. É que Cláudio Jorge é do Cachambi, ali colado no Grande Méier, festiva porta de entrada do subúrbio carioca. Guinga, nascido em Madureira, bem perto de Oswaldo Cruz, mas criado além, entre Vila Valqueire e as franjas de Jacarepaguá, é de seus confins. Não por acaso, além de celebrado compositor, o primeiro é tido como o maior e mais suingado violão do samba, criado musicalmente em bailes de clube, tardes sem fim ouvindo [The] Beatles, entre o samba jazz e as escolas de samba. O outro, cara mais fechada, dono de uma das obras autorais mais originais da música brasileira, é do choro, da seresta, dos Estudos de Villa-Lobos no quintal e na varanda (e não na sala de concerto), violão denso e, também como o primeiro, inimitável.

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