1633 – Rodrigo Delage e Ivan Pestana são as próximas atrações do 6º Viola de Feira, em Belo Horizonte (MG)

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Cantores vão embalar a hora do almoço com canções autorais em concerto do tradicional projeto elaborado pela  Picuá Produções, com entrada franca, marcado para o Centro Cultural da Lagoa, situado no bairro Itapoã

*Com Lilian Macedo

Preservar valores da cultura popular e das tradições do país se tornou cada vez mais importante à medida que desejamos manter sólidas conexões com as raízes que formam a diversificada identidade do brasileiro. Depois do distanciamento forçado no auge da pandemia da Covid-19, aos finais de semana resgatar a boa música entre familiares, ainda mais temperados com música de viola caipira, propicia a oportunidade de curtir um “calorzinho” a mais. E de graça é ainda melhor! Esta é a proposta da Picuá Produções Artísticas com as apresentações programadas para o 6º Viola de Feira Circulação nos Centros Culturais, projeto que conta com recursos da Lei Municipal de Belo Horizonte (MG) de Incentivo à Cultura nº 2194/2021 e patrocínio do Instituto Hermes Pardini S/A.

O Viola de Feira é idealizado por Nilce Gomes e Wilson Dias. Neste ano as rodadas, presenciais, sempre a partir das 11 horas, começaram em 26 de março. Violeiros de Minas Gerais e de outros estados convidados pelo casal embalam a hora do almoço com concertos de música raiz em ambiente de feira livre como farão os próximos a subirem ao palco: Rodrigo Delage e Ivan Pestana, escalados para entreter a plateia no Centro de Referência e Cultura Popular Tradicional Lagoa do Nado, no domingo, 28 de maio. Conforme o formato dos concertos, as atrações se revezarão no palco com o intuito de conectar gerações, estilos, pesquisas e estudos que revelam sob a ótica de cada uma a versatilidade e a riqueza da viola caipira — instrumento que recentemente foi alçado a patrimônio cultural e imaterial de Minas Gerais.

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1615 -Batuque de Lapinha, Pereira da Viola e Trino Caipira abrem o 6º Viola de Feira, no Padre Eustáquio, em Beagá

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Projeto da Picuá Produções que resgata a tradição da viola caipira com canções autorais e peças da cultura popular brasileira em suas diversas óticas e arranjos volta ao formato presencial, com apresentações gratuitas, em centros culturais de Belo Horizonte (MG)

* Com Lílian Macedo

Preservar valores da cultura popular e tradições do país se torna cada vez mais importante à medida que desejamos manter aquecidas as conexões com as raízes que formam nossa diversificada identidade. Depois dos tempos de distanciamento forçado no auge da pandemia da Covid-19, resgatar a boa música, o convívio entre famílias e os finais de semana temperados com viola caipira é a oportunidade de curtir um “calorzinho” a mais. E de graça é ainda melhor!

Esta é a proposta da empresa Picuá Produções Artísticas com as apresentações programadas para o 6º Viola de Feira – Circulação nos Centros Culturais, projeto que conta com recursos da Lei Municipal de Belo Horizonte (MG) de Incentivo à Cultura nº 2194/2021 e patrocínio do Instituto Hermes Pardini S/A. As novas rodadas presenciais começarão no domingo, 26 de março, no Centro Cultural Padre Eustáquio e nesta edição serão oferecidas aos sábados, além dos domingos, e também no Centro Cultural Venda Nova, em ambas as datas sempre a partir das 11 horas.

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1603- Brasil dá adeus a Frei Chico, evangelizador da paz e do amor que a lombo de burro preservou e valorizou a cultura popular do Vale do Jequitinhonha

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Franciscano que nasceu na Holanda, mas dedicou maior parte da vida de 83 anos ao combate à miséria socioeconômica e cultural em uma das regiões mais pobres do Brasil, não resistiu à meningite, após parada cardiorrespiratória. Corpo será sepultado em Araçuai, sua primeira casa no novo país

Agentes populares dos setores da cultura e da religiosidade do país se despediram comovidos de Frei Chico, frade franciscano que tinha 82 anos e nasceu em Zoeterwoude, cidade de Rotterdam (Holanda), mas que boa parte de sua vida dedicou aos pobres e a atividades socioculturais, humanitárias e espirituais no Vale do Jequitinhonha, em cidades como a capital do Estado de Minas Gerais e em no entorno da Grande Belo Horizonte. Franciscus Henricus van der Poel, seu nome de batismo, respeitado e incansável pesquisador de tradições brasileiras, morreu no dia 14 de janeiro, de meningite, no Hospital Madre Tereza, localizado em Araçuai, onde estava internando há uma semana e após sofrer neste período uma parada cardiorrespiratória. A Prefeitura de Araçuaí decretou três dias de luto para destacar a importância do frei não apenas para a localidade, mas para o país e o mundo. O corpo, transladado para Araçuaí, seria  sepultado na segunda-feira, 16, no túmulo onde se encontram os restos mortais de Frei Rogato Hoogma, no Cemitério de Nossa Senhora do Rosário, ao lado da Igreja do Rosário.

Entre outras atividades e ações que o tornaram elogiado e respeitado por inúmeros amigos e críticos estão a fundação do Coral Trovadores do Vale, mais livros dedicados à pautas culturais e ligadas à religiosidade. Frei Chico foi membro da Comissão Mineira de Folclore e do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, conselheiro do Centro da Memória da Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), docente no Instituto Carl Jung, palestrante na Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Belo Horizonte. Ainda como protagonista do cenário musical, integrou a Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) e atuou como palhaço da companhia Pano de Roda, do Teatro Terceira Margem, também de Beagá. 

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1602 – Kuarup lança Sobre Pedras e Girassóis, terceiro álbum de Noel Andrade

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Violeiro de Patrocínio Paulista é autor também de Charrua e de Canoeiros, o  primeiro premiado e o segundo, em parceria com a banda carioca Blues Etílicos, em homenagem ao icônico Tião Carreiro 

O cantor e compositor Noel Andrade recentemente lançou Sobre Pedras e Girassóis, seu terceiro álbum, desta vez pela Kuarup, gravadora paulistana que possui um eclético e consagrado elenco da sica popular brasileira. Com mais de dez anos de estrada e influenciado por Almir Sater, Tião Carreiro, Elomar, Renato Teixeira e Saulo Laranjeira, Noel Andrade conhece bem a alma da viola caipira e do seu povo: já participou de importantes projetos ligados ao mundo da viola e marcou presença no Encontro de Cultura Tradicionais da Vila de São Jorge, da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, pela primeira vez, em 2006. Em Sobre Pedras e Girassóis ele traz composições e parcerias inéditas, por exemplo, com o músico Flávio Murilo e o maestro Júlio Bellodi, compositor formado em regência pela Universidade do Estado de São Paulo (Unesp).

Ao fazer a escolha do repertório do álbum, Noel Andrade atendeu a um pedido da Kuarup, que sugerira ao violeiro regravar dois clássicos da música brasileira que fazem conexão com o seu repertório e estilo: Casa no Campo, de Tavito e Zé Rodrix, mas eternizada por Elis Regina, e Nuvem Passageira, de Hermes Aquino, tema da novela Casarão, que a Rede Globo levou ao ar em 1976.

O disco tem participações especiais do cantor e compositor Zeca Baleiro, dos grupos Mustache & Os Apaches e Folk na Kombi. Antes de ir para o estúdio, debruçara-se sobre o repertório que selecionou como produtor e compositor, orientando-se por meio da influência do rock rural e dos ritmos africanos que unem as Américas. O álbum, disponível nas plataformas digitais e em edição física pela Kuarup, navega por um cerio vasto e extremamente delicado que faz o roqueiro, o caipira e o blueseiro colocarem uma mochila nas costas e irem se encontrar com Johnny Cash para tocarem e cantarem seus amores, suas paixões, seus vivos e mortos

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1558 – Almir Sater (MS) abre série de concertos da volta do RevelandoSP ao Parque da Água Branca, em São Paulo

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O festival de cultura tradicional e economia criativa paulista RevelandoSP voltará a ser aberto ao público. Entre a quarta-feira, 20, e o domingo, 24 de julho, o Parque da Água Branca, situado no bairro homônimo da zona Oeste da cidade de São Paulo, sediará o evento realizado desde 1997 pelo Governo do Estado de São Paulo e gerido pela empresa Amigos da Arte desde 2017. O RevelandoSP oferece sem cobranças de ingresso atrações gastronômicas, de artesanato e manifestações culturais populares tais como folia de reis, congada, catira, viola caipira, jongo e batuques vindas de todo o Estado. O cantor e compositor Almir Sater (MS) é o convidado para o concerto de abertura, marcado para começar às 19 horas. Para o encerramento, no mesmo horário, os organizadores destacaram o cantor, compositor e apresentador Rolando Boldrin. O Sr.Brasil subirá ao palco acompanhado do Trio Gato Com Fome.

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1556 – Selo Sesc mantém em catálogo Ascenção, disco póstumo de Serena Assumpção, com 13 faixas dedicadas a orixás do Candomblé

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Projeto que levou seis anos para ser finalizado é um grito político e de resistência pela liberdade religiosa, sobrevivência da arte e o reconhecimento dos povos originários brasileiros, à pratica do amor, da ternura e da justiça

O Selo Sesc tem em seu catálogo um dos mais belos e importantes álbuns de temática dedicada às religiões de matrizes africanas, notadamente, o Candomblé. Ascensão, lançado postumamente em 2016, é o único disco de Serena Assumpção, uma das duas filhas de Itamar Assumpção, levada bem antes do combinado em março do no anterior em decorrência de um câncer de mama. Obra delicada e arrebatadora para fazer frente a intolerância religiosa e a elementos presentes na cultura quilombola tão aviltada em tempos recentes sobretudo pela cáfila bolsonarista, Ascensão homenageia cada um dos orixás do panteão do Candomblé em obra delicada e arrebatadora.

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1542 – Leyde &Laura (MT) são destaque do projeto Viola Encanto de Mulher, homenagem a pioneiras do gênero caipira

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Dupla de irmãs mato-grossenses e revelações como Lizandra e Victória e Mel Moraes vão se apresentar a partir de 1º de junho em teatros e em praça no bairro paulistano da Penha, sem cobrança de ingresso. Concertos serão tributos a Inezita Barroso, Helena Meirelles e As Galvão, entre outras vozes femininas. Com Cristina Aguilera, Midia Brazil Comunicação Integrada

Com objetivo de dar voz ao gênero feminino na música e como instrumentista de viola caipira, será promovido no sábado, 4 de junho, a partir das 14 horas, o projeto Leyde e Laura – Viola Encanto de Mulher. O espetáculo sem cobrança de entradas levará ao público relevantes expoentes do gênero na atualidade como as irmãs  Leyde & Laura reconhecidas pela crítica e pelos fãs como um dos mais aplaudidos duetos femininos da história da música caipiraCarol Viola & Duda Cintra, revelações da música de raiz; Lizandra e Victória, meninas violeiras da cidade de Nova Odessa (SP); Jéssica & Juliana, que participaram do programa Esquenta (Rede Globo) e foram finalistas do concurso Esquentanejo, revelador de novos talentos da música sertaneja; e  Mel Moraes, selecionada no Festival Viola da Terra, com a composição instrumental Primavera dos Pássaros. Os concertos da série terão por palco a Praça do Rosário, no bairro da Penha, reconhecido ponto turístico da Zona Leste da cidade de São Paulo, onde está a Igreja do Rosário dos Homens Pretos, construída no século XIX, patrimônio histórico tombado. 

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1532 – Samba de Bumbo, tradição nascida em Pirapora do Bom Jesus (SP), será destaque durante III Festival Cidade Musical

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Berço do Samba de Bumbo entre outras manifestações populares e da fé, a cidade de Pirapora do Bom Jesus, situada na Grande São Paulo a cerca de 60 quilômetros da Capital paulista, está gradativamente retomando suas atividades após o período mais crítico da pandemia de Covid-19. Fundada em 6 de agosto de 1725, hoje sob administração desde o começo do ano passado do prefeito Dany Floresti (PSD), Pirapora do Bom Jesus é conhecida, ainda, por atrativos naturais, o que leva ao município não apenas romeiros de várias partes do país que lá pagam promessas e renovam suas crenças em um ambiente de elevada espiritualidade, mas turistas e amantes de esportes de aventura ou radicais, de um modo geral. Floresti tem divulgado que em seu mandato desenvolverá uma gestão que não apenas possibilite atender às reais necessidades dos moradores, mas, para além desta meta, resgatar e potencializar eventos que tanto atendam aos costumes e às demandas locais, quanto integrem e encantem o visitante, oferecendo-lhes eventos e festejos dentro ou fora do calendário oficial municipal que revelem os potenciais que a cidade guarda – estratégia que deverá possibilitar, por exemplo, ao romeiro e aos seus acompanhantes ou mesmo àqueles só de passagem para uma saudável pedalada, desfrutarem por mais tempo (além do compromisso religioso ou de um rápido passeio) da hospitalidade com ares de Interior e das diversas tradições piraporanos nos mais diversos setores, do religioso ao gastronômico e aos esportivos e/ou culturais.

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1515 – Antes de atravessar o rio, Joaci Ornelas (MG) deixa pronto o inédito disco Líricas

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Violeiro autodidata deixa o plano terreno consagrado entre amigos e fãs como autor de composições que retratam paisagens do sertão mineiro e discorrem sobre temas universais, relativos aos sentimentos humanos, suas diversas formas de expressão e existência.

O ritual das audições matinais de todos os sábados aqui no boteco do Barulho d’água Música, em São Roque (SP), antes de ser retomado, ainda a pulso, neste dia 2 de abril, em meio a uma sucessão de mortes de parentes e amigos no período de pouco mais de trinta dias, foi antecedido por um minuto de silêncio, uma prece e o acendimento de uma vela em intenção de dois expoentes dos mais elevados de nossa cultura popular: Joaci Ornelas e Elifas Andreato, que nos deixaram nos últimos dias de março.

Conterrâneos de Minas Gerais e do Paraná, Ornelas e Andreato em suas vidas se dedicaram à sublime missão de nos encorajar a sermos o que somos: brasileiros, gente que forma um povo sofrido e que, em sua maioria, sempre haverá de trabalhar (o que é salutar e honrado!) para ter o mínimo de dignidade e conforto, sem, no entanto, nunca ficar completamente livre daqueles que usurpam nossos mais caros direitos fundamentais, aviltando-nos e nos esculachando, dai a necessidade do encorajamento.

Por meio de cada palavra e nota que um cantou e tocou ou cada traço que o outro desenhou, corajosos, teimosos, o violeiro e o artista gráfico acreditaram e nos fizeram ainda acreditar que, mesmo sofrendo revezes e amargando retrocessos, pela arte todos podemos encontrar um caminho para a plena redenção… inclusive desta triste sina que, para alguns, é ser, justamente, brasileiro! Em memória e em tributo a ambos, resgato um bordão que fez sucesso há alguns anos antes da pandemia da Covid-19: apesar de eles não estarem mais em campo, ao menos, fisicamente, que ninguém solte a mão de ninguém e quem soltou, reate o laço. Nossos sonhos ainda são possíveis, mas há muita luta pela frente, a começar por apear do Palácio do Planalto a súcia que lá se instalou e, no tempo certo, dentro dos rigores da lei, dar a cada um o troco que estão a merecer…

Feita a reza, acesa a vela, guardado o silêncio, um dos dois discos escolhidos para a audição é No Dizer do Sertão, que Ornelas lançou em 2016 para evocar tradições e hábitos do lugar onde o dia chega mais cedo e o céu quase nunca escurece, conforme ele mesmo observou. O outro disco é Líricas, ainda inédito: Joaci mantinha um canal no Youtube e, antes de virar Luz, registrou nesta plataforma as oito canções daquele que será seu terceiro disco autoral, realizado com recursos da Lei Aldir Blanc e com composições dele ou em parceria com Felipe Bedetti e Lima Júnior. A pedido de Joaci, o trabalho com participações de Lígia Jaques, Leopoldina e Bedetti (que lançou, recentemente, Afluentesdo qual vamos falar em breve aqui) deverá ser finalizado ainda em 2022 por amigos aos quais confiou o projeto.

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1514 – Brasil e a cultura latino-americana perdem Míriam Miràh, eternizada em 1985 com a música Mira Ira, em sua homenagem

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O Brasil perdeu uma das suas maiores cantoras e eu uma grande amiga: Míriam Miràh. O coração que recebia a todos e todas com imenso carinho não toca mais a melodia da alegria, que sempre foi a sua marca. Falar que deixará saudade é redundância e não dará a grandeza de sua importância. Para mim, além de uma das vozes mais lindas que conheci, ficarão as lembranças dos vários trabalhos que realizamos juntos, ela como cantora e eu como apresentador ou produtor. Foram momentos de extrema alegria, daqueles que são guardados para a eternidade (…)

Míriam, onde você estiver, continue fazendo os seus lindos shows…”

Franklin Valverde,escritor, jornalista, poeta e professor universitário

Hoje você fez sua travessia. Tão prematura, inesperada… E toda a sua música se foi. Levou com você todo seu amor, contagiante, por Victor Jara, Violeta Parra. Mas voce deixou filhotes… E nós, que aqui ficamos, aqui te saudamos: gratidão pela sua vida! Seguimos com a sua obra, te amando, como encantada nossa, Míriam Miràh! Boa noite, até amanhã!”

Nani Braun, atriz e arte-educadora

Fico assim, estarrecida, desentendida, partida ao meio. Descanse em paz, Míriam Miràh, e que essa luz imensa e generosa que você é continue a nos iluminar dos altos céus, onde você faz morada com as estrelas Meus mais forte abraço a todos os familiares.”

Grazi Nervegna, cantora, compositora e escritora

[Míriam Miràh] foi se encontrar com a querida Mariana Avena II para formar um belo dueto, quem sabe junto com Mercedes e tantas outras que partiram. Sem palavras. Bom retorno a pátria espiritual e obrigado por tudo.”

Zé Roberto Vaicenkovas

Míriam Miràh de Tarancón. Miriam Mirah de Raíces de América.Miriam Mirah de Gracias a La Vida, de Violeta Parra, de Mercedes, de Pablo Milanés. Miriam Mirah minha, nossa, de Mira Ira, de Lula Barbosa, de Jica Benedito e de todos que se iluminaram num palco de uma América Latina. Miriam Mirah, nossa dama latina, OBRIGADA! Siga pelos traços cintilantes da nossa América.

Seu sopro de luz ecoará sempre pelas matas e suas divindades.”

Márcia Cherubin, cantora e compositora

Morreu Míriam Miràh, uma das vozes responsáveis pela popularização do canto latino-americano no Brasil (…). Míriam trazia luz e leveza em sua voz.”

Cardo Peixoto, cantor e compositor

A apenas dez dias da data em que ela completaria 69 anos, o Brasil perdeu na terça-feira, 22 de março, Míriam Miràh. Cantora e compositora paulistana, vocalista a partir de 2002 do grupo Raíces de América e também uma das fundadoras do emblemático Tarancón, em 1972, Míriam, segundo informações da família, sofreu um infarto. Assim, calou-se uma das vozes mais marcantes do Cone Sul e de toda América Latina, à altura da argentina Mercedes Sosa e da chilena Violeta Parra, por exemplo – ambas, como a brasileira, identificadas com o compromisso de cantar como causa e sem amarras, apenas por valores imprescindíveis na cultura continental como liberdade, democracia, autonomia dos povos latino-americanos, respeito aos direitos humanos e das minorias (em cada canto do planeta), às causas populares, pela igualdade socioeconômica, valorização do trabalho e da fraternidade, com coragem e sem concessões aos modismos e aos apelos comerciais. Quem escolhe ouvir as canções que a tríade canta ou compôs (como verdadeiros legados) encontra, ainda, profundas e inadiáveis lições de amor ao próximo, independentemente de sua origem, em versos e letras marcados por engajamento, resistência, denúncia e protesto.

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