1581 – Cantos sagrados entoados por Mestre Sapopemba (AL) evocam forças ancestrais dos povos pretos e suas contribuições que enriquecem a cultura e a fé brasileiras

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A energia dos terreiros de Candomblé e a vibração dos atabaques em Gbó, disco do Selo SESC, convidam a um mergulho nas raízes espirituais que unem o Brasil à África das nações Angola, Ketu, Jêje e Ijexá, em 15 faixas que incluem clássico de Dorival Caymmi

Hoje, 8 de outubro, abrimos as tradicionais audições matinais dos sábados aqui na redação do Barulho d’água Música, no Solar do Barulho, na Estância Turística de São Roque (SP), com Gbó, palavra em yorubá que o autor escolheu para dar nome ao seu primeiro álbum solo. Ele é Sapopemba, cantor, compositor e percussionista e selecionou como repertório a musicalidade das tradições culturais afro-brasileiras. Lançado em 2020 pelo Selo Sesc, Gbó conta com a produção musical de André Magalhães, especialista na gravação audiovisual das culturas populares. Ari Colares, Leo Mendes, João Taubkin, Lula Alencar e Waldemar Pereira acompanham Sapopemba em 13 das 15 faixas do álbum que ainda tem a participação especial de Benjamin Taubkin, da cantora amapaense Patrícia Bastos e do cantor e violonista baiano Roberto Mendes

É impossível compreender a música popular brasileira sem passar pelo terreiro.” Ao abrir o encarte de Gbọ́ – termo em yorubá que significa ouça, logo de cara será possível dar com os olhos nessa frase, informa o texto de apresentação que consta na página virtual do Selo Sesc, que assim prossegue: “É nas batidas do candomblé que somos herdeiros de múltiplas áfricas, reelaboradas pelas pessoas escravizadas em solo nacional.” 

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1547 – Jackson Carlos lança epê dedicado à memória dos quilombolas do Sertão do Valongo (SC)*

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*Com Nane Pereira

AfroEu tem três faixas instrumentais, com violão e fugelhorn, arte visual do urbanista, pintor e escultor Jean Tomedi, mais a participação especial do trompetista Bruno Soares

O guitarrista, violonista, produtor musical e diretor artístico Jackson Carlos lançou em todas as plataformas digitais o epê AfroEu, álbum que contém as faixas Saudade, Etéreos e Descendentes, instrumentais, com formação de violão e flugelhorn. O trabalho é inspirado na comunidade quilombola Sertão do Valongo, localizada no litoral de Santa Catarina; Etéreos e Descendentes incluem a participação especial do trompetista Bruno Soares. O processo criativo de AfroEu envolveu em parceria o artista visual, arquiteto e urbanista Jean Tomedi, convidado a produzir três esculturas durante pesquisa e vivência na comunidade quilombola.

Ouça o EP AfroEuhttps://spoti.fi/3mRAWMq 

No AfroEu os temas se conectam entre si e soam uma trilogia com texturas e ambiências que remetem a linguagens como a música erudita, o jazz europeu e a música brasileira”, afirmou. “As sonoridades e texturas do epê propõem uma viagem que passeia por diferentes continentes e fazem alusão ao desenvolvimento étnico de povos do mundo.

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1531 – Matheus Pezzotta mergulha na própria ancestralidade quilombola em espetáculo cênico musical em São Roque (SP)*

#MPB #SambadeBumbo #Jongo #Congadas #Capoeira #CulturaPopular #ArtesCênicas #QuilombodoCarmo #ResistênciaQuilombola #ArteNegra #EstânciaTurísticadeSãoRoque

*Com Samantha Zucas

O palco do projeto social Quilombo do Carmo, localizado na Estância Turística paulista de São Roque, na região de Sorocaba, estará reservado a partir das 17 horas do domingo, 15 de maio, para a apresentação com entrada franca, por meio da Divisão de Cultura da Prefeitura de São Roque, do espetáculo cênico musical Descendente, produção que, recentemente, esteve em turnê pela Bahia e narra experiências identitárias negras do artista local Matheus Pezzotta em contato com sua descendência quilombola por meio de uma das tataravós, dona Izabel do Carmo, cuja família calcula que tenha nascido entre 1850 e 1860 e de cujo sobrenome deriva o nome do bairro são-roquense. De acordo com o texto de divulgação da produção, movido pela investigação sobre memórias e reminiscências musicais no Quilombo do Carmo, Pezzotta remontou e busca reafirmar a presença negra e quilombola no Sudeste do Brasil, oferecendo ao público uma experiência artística atravessada por vozes negras; sonoridades afro-diaspóricas, como Samba de Bumbo, Jongo, Congadas e Capoeira; e a visualidade da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Descendente ainda remonta cenários históricos, geográficos e musicais e percorre paralelos entre a descendência de Pezzotta, o Quilombo do Carmo e episódios históricos silenciados, como a Insurreição Negra de 1854, liderada pelo Ngangá sorocabano José Cabinda.

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1520 – Nego Moura & Os Camarás estreiam álbum em homenagem ao povo afro-brasileiro

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Disco feito para refletir, mas também para dançar, traz a mistura das raízes rítmicas negras brasileiras, pelo selo Camará Records 

*Com Chiara Carvalho, Carvalho Agência Cultural.

Está disponível nas plataformas digitais Nego Moura & Os Camarás, projeto do mineiro Nego Moura e seu time de produtores que formam os Camarás, lançado por meio do selo próprio Camará Records. As 12 faixas trazem crônicas cotidianas com temas que denunciam o racismo estrutural e religioso e tentam reforçar o empoderamento que o povo negro vem buscando ao longo do tempo, no país e mundo afora, com músicas baseadas em uma pauta densa, mas feitas para dançar, inspiradas na mistura das raízes rítmicas negras mundiais com o funk, o soul, o house, o hip hop e o trap. Com esta receita, sem perder a verve de protesto e de denúncia, o álbum permite curtir uma bem elaborada sonoridade afro pop, aliada ao batuque orgânico de tambores que ruflam em terreiros e da percussão de diversos ritmos brasileiros, que ainda se mesclam a beats eletrônicos, sintetizadores e guitarras. 

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