1576 – Em mais um concerto para marcar seus 20 anos, Orquestra Filarmônica de Violas (SP) recebe em Jundiaí Toninho Ferragutti

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A Orquestra Filarmônica de Violas (OFV), estabelecida em Campinas (SP), já com 21 anos de atuação e três álbuns gravados, foi contemplada pelo Programa de Ação Cultural (ProAc) da Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo para promover três concertos comemorativos às duas primeiras décadas de contribuições à cultura popular. A série de apresentações passou por Campinas em 24 de agosto, quando contou com a participação do compositor, pesquisador, professor e violeiro Ivan Vilela, idealizador da OFV; em 26 de agosto, em Piracicaba, a convidada para a segunda rodada foi Ana Luiza, poeta, cantora e compositora. Para a noite de 30 de setembro, a atração que estará ao lado dos 14 músicos atualmente regidos por João Paulo Amaral será o acordeonista Toninho Ferragutti, no palco do Teatro Polytheama, em Jundiaí.

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1220 – Comitiva Brasil Poeira, orgulho de São Roque (SP), abrilhanta Festa Maior

Formada há dez anos, atualmente sob a regência do cantor e compositor Ricardo Anastácio, e com integrantes de variadas idades, orquestra de violeiros toca em eventos e festividades que valorizam a cultura caipira

O Barulho d’Água Música acompanhou na manhã de sábado, 10 de agosto, a apresentação da Orquestra de Violas da Comitiva Brasil Poeira, da Estância Turística de São Roque. O concerto é parte da agenda de atrações e de eventos religiosos culturais que o poder público local, apoiadores do comércio e de outras atividades e munícipes estão promovendo desde 4 de agosto, denominados Festa Maior, para comemoração dos 362 anos de fundação da cidade do Interior paulista situada a cerca de 60 quilômetros da Capital, situada na Região Metropolitana de Sorocaba, na Mesorregião Macro Metropolitana Paulista e na Microrregião de Sorocaba. São Roque, o padroeiro, é louvado em 16 de agosto, dia da fundação em 1657 pelo bandeirante Pedro Vaz de Barros – mais conhecido como Vaz-Guaçu, a partir de uma fazenda na qual ergueu uma capela. Atualmente, a Estância Turística está sob a administração de Cláudio José de Góes (PSDB).

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1165- Kuarup lança “Canta Inezita”, álbum que homenageia Rainha da Música Caipira

Consuelo de Paula, Maria Alcina, As Galvão e Cláudio Lacerda interpretam 15 clássicos eternizados na voz da dama da viola,  a imortal Inezita Barroso

Ontem, 8 de março, data dedicada ao Dia Internacional da Mulher, completaram-se quatro anos da morte de Inezita Barroso — apenas quatro dias depois de ela ter completado 90 anos de vida.  Em homenagem à data global e para reverenciar a memória e a obra da Rainha da Música Caipira, o selo Kuarup lançou nas plataformas digitais e nas lojas Canta Inezita, aproveitando o espetáculo gravado ao vivo reunindo intérpretes de diferentes estilos e gerações no teatro do SESC Santo André, em São Paulo, nos dias 17 e 18 de agosto de 2018, com sucessos da apresentadora do programa Viola Minha Viola, cantora, atriz, violonista, professora e folclorista, uma das principais personagens da história da música popular brasileira. O álbum, gentilmente enviado à redação pela Kuarup, pelo qual mais uma vez agradecemos ao amigo Rodolfo Zanke e equipe, foi o escolhido para as tradicionais audições aos sábados pela manhã neste dia 9 de março aqui no Barulho d’água Música.

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1083 – CIS Unicamp abre roteiro de exibições em São Paulo de Viola Perpétua, de Mário de Almeida (SP)

Documentário de 72 minutos lança luz sobre as diversas formas de envolvimento com a música de viola, com ênfase nas orquestras que se multiplicam no Interior do estado de São Paulo
Marcelino Lima, com Mário de Almeida e CIS Guanabara

A celebração de valores ligados à cultura caipira por meio de orquestras que têm a viola como forma de expressão musical é o tema do documentário Viola Perpétua, longa metragem do diretor Mário de Almeida, que será exibido em primeira mão na quinta-feira, 19/7, às 19h30, na gare do Centro Cultural de Inclusão Social Guanabara (CIS) da Universidade de Campinas (Unicamp/SP). Com duração de 72 minutos, Viola Perpétua lança luz sobre as diversas formas de envolvimento com a música de viola e sobre as possibilidades e conflitos no que tange a coexistência da cultura caipira no ambiente das orquestras e outros grupos que se utilizam do instrumento. Com depoimentos de pessoas ligadas a essa cultura, o documentário apresenta fragmentos de vida, possibilitando uma aproximação do espectador em um contexto de personagens que refletem sobre as suas próprias raízes. A exibição do filme será seguida de uma conversa entre o público e o diretor, que falará sobre sua primeira experiência em longa metragem. O evento também será marcado pelo lançamento do site que leva o mesmo nome do filme.

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1040 – Alesp entrega em 6 de abril dez troféus e diplomas aos indicados para o 2º Prêmio Inezita Barroso

Premiação atende a Projeto de Lei do deputado estadual Marcos Martins, que também concedeu título de cidadã osasquense à Rainha da Viola Caipira e transformou Osasco na capital estadual do instrumento

Por Marcelino Lima, com Cláudio Motta Júnior

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) entregará na manhã da sexta-feira, 6 de abril, as homenagens aos dez indicados para receber o Prêmio Inezita Barroso, criado após aprovação do Projeto de Resolução 31/2015, de autoria do deputado estadual Marcos Martins (PT), para valorizar a cultura caipira de raiz e qualquer forma de arte popular que a complemente. O Prêmio começou a ser distribuído em 2017 e neste ano de sua segunda edição recebeu 25 indicações e uma autoindicação. “Eu gostaria que todos os apresentados fossem contemplados, mas o texto da lei fala  que podemos premiar apenas dez”, afirmou Marcos Martins. Quando exercia mandato de vereador na Câmara Municipal de Osasco, Martins concedeu em 10 de fevereiro de 2004 a Inezita Barroso o título de cidadã osasquense e é autor do Projeto de Lei estadual que em 2007 transformou a cidade na Capital da viola caipira.

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1015 – Contribua para a volta do “Oscar da Viola Caipira”, prêmio nacional de incentivo à cadeia produtiva da viola

Ficará aberta somente até 27 de janeiro a campanha que por meio de uma das plataformas nacionais de crowdfunding visa a arrecadar contribuições para a realização de nova edição do Prêmio Nacional de Excelência da Viola, que os organizadores divulgam como sendo “O Oscar da Viola Brasileira”. A meta é atingir ao menos R$30 mil, montante que permitiria promover, ainda neste ano, a quarta edição do evento, nos moldes das anteriores, e acolher inscrições para mais de 20 categorias — das quais, cinco de cada, receberão certificados e troféus que serão entregues aos indicados n“A Noite de Gala da Viola”. Aos contribuintes estão previstas recompensas que variam de acordo com o valor cedido e que incluem, por exemplo, o direito de chancelar o evento com suas marcas, obtendo, assim, destaque em todas as divulgações diárias em mídias sociais como Facebook, Instagram, Twitter e mídia espontânea, além de outros benefícios a serem negociados.

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912 – Conheça o canto vigoroso e a viola bem tocada de Estrada Afora, álbum de estreia de Jackson Ricarte

O violeiro, cantor e compositor Jackson Ricarte enriqueceu o acervo de discos do Barulho d’água Música com exemplares do primeiro álbum da carreira, Estrada Afora, lançado em novembro de 2016 em plataformas digitais, com distribuição pela Tratore e que ainda no primeiro semestre deste ano terá show de lançamento na cidade de São Paulo, capital do Estado no qual desembarcou há 20 anos oriundo de Senador Pompeu (CE).  As 13 faixas de Estrada Afora, das quais uma é a instrumental Cearando na Viola (#10) são canções inéditas de autoria de Ricarte e de amigos compositores dele tais quais Aidê Fernandes, Braga, Cícero Gonçalves, Luís Avelima, Levi Ramiro e João Evangelista Rodrigues. Repletas de musicalidade brasileira, elas transitam entre a cultura caipira paulista e ritmos nordestinos, repertório que fica ainda mais mestiço com as participações especiais de Dani Lasalvia, Cícero Gonçalves, Katya Teixeira, Ruthe Glória e Socorro Lira. Com direção musical dos também violeiros Levi Ramiro e Ricardo Vignini (ambos também lançando álbuns novos, respectivamente Purunga e Rebento, que em breve serão contemplados com matéria neste blogue), Estrada Afora já conta com dois destaques nas plataformas digital da Napster e Tidal. Continuar lendo

882 – DVD gravado em Ribeirão Preto (SP) revela a excelência do repertório da Orquestra Paulistana de Viola Caipira

O Barulho d’água Música recebeu um exemplar de Viola in Concert Ao vivo, DVD gravado em 2009 pela Orquestra Paulistana de Viola Caipira (OPVC) no Teatro Pedro II, situado em Ribeirão Preto (SP), produzido pela Associação São Gonçalo de Estudos Caipiras e com direção musical e arranjos de Rui Torneze. Mais do que um mergulho no universo caipira, resgatando e reinterpretando no presente álbum clássicos tais quais Cabocla (Tonico e Tinoco), Natureza (Dino Franco), Saudades de Matão (Jorge Gallati, Raul Torres e Atenógenes Silva), e Índia (J. Assuncíon Flores/M. Ortiz Guerrero, consagrada por Cascatinha e Inhana em versão de José Fortuna), a OPVC apresenta um trabalho que demonstra o esmero em buscar permanente aprimoramento técnico desde quando foi fundada, mergulhando em outras culturas nacionais e estrangeiras com o intuito de divulgar peças de vários ritmos e épocas e permitir (conforme uma palavra dita por Torneze em certa altura da gravação) “plasmar” pelo emprego da viola outras sonoridades, algumas até antes de serem alcançadas supostamente bem mais complexas e distantes dos recursos possíveis de se extrair do pontear das dez cordas do pinho.

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870 – Orquestra Paulistana de Violas toca de clássicos a new age em unidades Osasco e Rio Claro (SP) do Sesi

Com entrada franca para todos os públicos, unidades do Sesi em Osasco e em Rio Claro, cidades de São Paulo, promoverão a partir das 20 horas, respectivamente nos dias 6 e 7, apresentações da Orquestra Paulistana de Viola Caipira, com distribuição de ingresso a partir de uma hora antes do início da atração. Em ambas as rodadas, a plateia poderá ouvir ao som de violas caipiras de dez cordas clássicos tradicionais da canção do Interior brasileiro e será convidada a tomar lugar em uma viagem ao campo e ao mundo rural. Como ocorre em várias formações do gênero, a Orquestra Paulistana estimula a convivência entre gerações, pois é  constituída por pessoas de diversas faixas etárias e formações acadêmicas. Criada em 1997 pelo maestro Rui Torneze de Araújo, a Paulistana é considerada, hoje, uma das mais atuantes do gênero em território nacional e abraçou com talento e determinação a missão de formar público para melodias executadas em violas caipiras.

Esta tarefa vem sendo cumprida de forma elogiosa por meio de amplo repertório que além das incursões eruditas inusitadas e originais transita, ainda, pela MPB e por gêneros tais quais a chamada Música da Nova Era (new age). O aprimoramento ostensivo de seus integrantes, representados, em sua maioria, por instrumentistas amadores (18 violeiros e dois percussionistas), é o principal diferencial de sua perfeita execução. Em concertos de 60 minutos, o auditório ouvirá clássicos sertanejos como Rei dos Canoeiros, Pé de Ipê, Chalana e  até o Hino Nacional

O Sesi de Osasco fica na avenida Getúlio Vargas, 401, jardim Piratininga, ao lado da Policlínica da Zona Norte. Em Rio Claro o endereço é avenida M-29, 441.

Osasco é casa da primeira orquestra

O professor, compositor, pesquisador e violeiro Ivan Vilela (Itajubá/MG) é um entusiasta das orquestras de violeiros e ele próprio já regeu e fundou uma: a Filarmônica de Violas de Campinas, atualmente sob batuta de João Paulo Amaral, um de seus ex-pupilos. De acordo com Ivan Vilela, a viola vem angariando cada vez mais prestígio tanto no campo, quanto na cidade, como instrumento representativo da cultura popular brasileira e suas tradições e parte deste reconhecimento e afirmação se deve ao surgimento país afora, sobretudo no Interior paulista, de inúmeras formações congêneres. E Osasco, onde a Paulistana tocará nesta sexta-feira, 6, é justamente a cidade na qual de acordo com registros na imprensa e a palavra de vários músicos surgiu a pioneira.  

Corria 1969 quando por iniciativa do tenente Marino Cafundó de Moraes formou-se a Orquestra do Violeiro de Osasco. À época Cafundó estava à frente do Coral Santa Cecília e com vários amigos animou a celebração (em cujo altar  Monsenhor Camilo conduzia os rituais) executando a Missa do Violeiro do Brasil, considerada pelos fiéis que estavam na matriz que hoje é a Catedral da região episcopal de Osasco um espetáculo inesquecível. Em 10 de fevereiro de 1971,  o maestro fundou, oficialmente, a Casa do Violeiro do Brasil, permitindo a profissionalização dos músicos da incipiente Orquestra de Violeiros de Osasco.

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A Orquestra de Violeiros de Osasco (durante apresentação na Câmara Municipal da cidade) existe desde 1969 e é conhecida em vários países vizinhos e da Europa (Foto disponibilizada na internet, com crédito atribuído à Leandro Silva/PMO)

A Casa dos Violeiros do Brasil tem como objetivo desde o princípio o congraçamento dos artistas sertanejos e a defesa da música, da dança e do folclore brasileiros. Já é conhecida em países como Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Argentina, e Itália e algumas de suas gravações chegaram às mãos do Papa Paulo VI, entregues pelo cardeal Dom Agnelo Rossi.  Em caravana de 146 violeiros a Orquestra de Osasco promoveu a segunda Missa do Violeiro do Brasil da qual se tem notícia, agora em Aparecid (SP), sede do Santuário Nacional de Nossa Senhora  Aparecida e já teve como acompanhantes Sérgio Reis, Tonico e Tinoco e Cacique e Pajé, no palco do Teatro Municipal de São Paulo. Em julho de 1979 a execução de Ave Maria foi levada ao ar pelas TV Cultura e Rede Globo.

A Orquestra segue reunindo-se semanalmente na Casa do Violeiro, situada na Rua Libero Carnicelli, 459, Jardim Ipê. Às quartas-feiras tem ensaio aberto ao público, a partir das 20 horas, às sextas-feiras promove o Baile da Boa Idade, a partir das 19 horas. Já e na última segunda-feira de cada mês pode ser conhecida nas missas da Catedral de Santo Antônio. Para mais informações estão disponibilizados os telefones 55 (11) 3685-4558 e 55 (11) 99661-8874, além do endereço virtual contato@casadovioleirodobrasil.com.br

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800 – Barulho d’água Musica completa discografia do violeiro, compositor e professor Ivan Vilela (MG)

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O compositor, arranjador, pesquisador e professor universitário Ivan Vilela (Itajubá/MG) forneceu ao Barulho d’água Música arquivos de sua obra fonográfica que incluem álbuns hoje raros como Hortelã e Vereda Luminosa, Teatro do Descobrimento e Espiral do Tempo. Ivan Vilela é considerado um dos mais talentosos violeiros de todos os tempos no Brasil e não apenas em seu meio já que é muito respeitado entre os colegas músicos de todos os segmentos e ainda na Academia, ambiente no qual ajudou a despertar o interesse pelas pesquisas e produções cujo tema é a viola caipira e o universo rural a ela associado, incluindo costumes e o linguajar em variados períodos desde a colonização por Portugal. É autor de Cantando a própria história – Música caipira e enraizamento, livro da Editora da USP (Edusp). 

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