1615 -Batuque de Lapinha, Pereira da Viola e Trino Caipira abrem o 6º Viola de Feira, no Padre Eustáquio, em Beagá

#MPB #MúsicaCaipira #MúsicaInstrumental #ViolaCaipira #ViolaInstrumental #BeloHorizonte #Beagá #MG #MinasGerais #CulturaPopular

Projeto da Picuá Produções que resgata a tradição da viola caipira com canções autorais e peças da cultura popular brasileira em suas diversas óticas e arranjos volta ao formato presencial, com apresentações gratuitas, em centros culturais de Belo Horizonte (MG)

* Com Lílian Macedo

Preservar valores da cultura popular e tradições do país se torna cada vez mais importante à medida que desejamos manter aquecidas as conexões com as raízes que formam nossa diversificada identidade. Depois dos tempos de distanciamento forçado no auge da pandemia da Covid-19, resgatar a boa música, o convívio entre famílias e os finais de semana temperados com viola caipira é a oportunidade de curtir um “calorzinho” a mais. E de graça é ainda melhor!

Esta é a proposta da empresa Picuá Produções Artísticas com as apresentações programadas para o 6º Viola de Feira – Circulação nos Centros Culturais, projeto que conta com recursos da Lei Municipal de Belo Horizonte (MG) de Incentivo à Cultura nº 2194/2021 e patrocínio do Instituto Hermes Pardini S/A. As novas rodadas presenciais começarão no domingo, 26 de março, no Centro Cultural Padre Eustáquio e nesta edição serão oferecidas aos sábados, além dos domingos, e também no Centro Cultural Venda Nova, em ambas as datas sempre a partir das 11 horas.

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1607- Makely Ka apresenta Triste Entrópico, álbum que encerra Trilogia dos Sertões, no Sesc Belenzinho*

#MPB #ValençadoPiauí #BeloHorizonte #Canudos #Piauí #MinasGerais #Bahia #ViolaCaipira #LiteraturaBrasileira #CulturaPopular 

*Com Carola Gonzales


“O poeta Makely Ka é apontado por especialistas e músicos como o letrista que melhor simboliza a nova geração de artistas mineiros”, Ailton Magioli Estado de Minas 

Além do discurso literário-musical espirituoso (e da militância político-musical), me vi transportado pelos violões (e viola caipira), pelas sonoridades mouras, africanas e nordestinas, por certas letras que cutucam um diálogo com os muitos Brasis que o Brazil com Z não conhece a uma das escolas mais vigorosas de música brasileira e mineira”, Pedro Alexandre Sanches


“Um disco gravado na estrada, uma obra de arte e sustentabilidade, conectada com uma aventura pela região do romance “Grande sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa”, Tárik de Souza

Piauiense de Valença radicado em Belo Horizonte (MG), o cantor, instrumentista e compositor Makely Ka estará no palco da unidade Belenzinho do Sesc paulistano neste domingo, 26 de fevereiro, para comandar a partir das 18 horas o espetáculo Triste Entrópico, que reúne as canções do álbum homônimo em fase de lançamento e conclui o projeto Trilogia dos Sertões, com foco nas riquezas culturais do país. A tríade começou com Cavalo Motor e dialoga com Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. Depois Makely gravou Rio Aberto, pela produtora e gravadora Kuarup, com referências aos afluentes do Rio São Francisco, ao Rio Doce e ao Vaza-Barris, em faixas instrumentais de viola caipira. Nesta viagem buscou trilhar em sentido inverso os passos de vaqueiros que desceram pelos Currais da Bahia e ocuparam o cerrado mineiro entre os séculos XVII e XVIII, percorrendo o mapa geográfico e literário do sertão das Alterosas, atravessando rios da região e seguindo o São Francisco até Canudos, já em solo baiano, retratado na obra Os Sertões, de Euclides da Cunha.

Makely Ka é considerado um músico orgânico, artista e produtor cultural que não se vale de aditivos químicos para conseguir agradar as mídias convencionais. No Belenzinho, cantará e tocará violões ao lado de Gustavo Souza (violão), Paulim Sartori (contrabaixo), Yuri Velasco (percussão), Maísa Moura e a cantora Ná Ozzetti, sua convidada especial. Ná cantará Onde a vista alcança, escrita em parceria com Makely para o álbum Meu Quintal. E brindará a plateia com as inéditas Quando ela não vem e Caliandra.

Em 24 de fevereiro Makely Ka disponibilizou nas plataformas digitais Vento Vivo, segunda canção lançada para pavimentar a chegada de Triste Entrópico. Inspirada em Vento bravo (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro) e composta durante uma tempestade durante a fase mais aguda da pandemia de Covid-19, a faixa aborda o sopro, a respiração, o ar, as mitologias nas quais o vento é protagonista. Desde Ruah (sopro divino, em hebraico), passando pelos hálitos sagrados de Olorum da tradição Yorubá e do deus egípcio Amun, até as correntes que varrem  extensões, como o Minuano e o Mistral, a música, em 6/8,  celebra está força natural que está em todos os lugares, mas ninguém a vê.

O Sesc Belenzinho fica na rua Padre Adelino, 1000, no bairro paulistano Belenzinho, a 550 metros da estação Belém e a 1,4 quilômetro da Tatuapé, ambas da linha 3 Vermelha do Metrô. O ingresso custa entre R$12,00 (portadores de credencial plena) e R$40,00 (entrada inteira) ou R$20 (meia). Para mais informações há o telefone (11) 2076-9700 e o endereço virtual sescsp.org.br/Belenzinho

OBRA ECLÉTICA E PREMIADA

Valença do Piauí fica a 216 quilômetros de Teresina, a capital do Piauí, berço de Makely Ka, hoje um dos mais requisitados compositores e cujas obras pode ser ouvida nas vozes de Lô Borges, Samuel Rosa, Titane, Ná Ozzetti e José Miguel Wisnik, entre dezenas de outros intérpretes. Lançou o disco coletivo A Outra Cidade, em 2003, e Danaide, em 2006, com a cantora Maísa Moura. O primeiro trabalho solo veio em 2008, Autófago, considerado pela crítica um dos melhores discos de “roque brasileiro”. Em 2014 compôs, ao lado de Rafael Martini, a peça sinfônica em cinco movimentos Suíte Onírica, gravada com a Orquestra Sinfônica da Venezuela, o Coral do Teatro Teresa Carreño e sexteto sob regência do maestro português Osvaldo Ferreira. 

Segundo da Trilogia dos Sertões, Rio Aberto é um álbum de composições instrumentais para viola caipira. Ouça as faixas visitando o link do programa Revoredo, da Rádio USP FM de São Paulo e de Ribeirão Preto, apresentado em 15/12/22 pelo maestro José Gustavo Julião de Camargo. O link é https://jornal.usp.br/podcast/revoredo-65-diversidade-da-viola-caipira-abrange-tradicoes-populares-e-novas-linguagens-sonoras/

Em 2015 lançou Cavalo Motor, resultado de uma longa viagem realizada pela região Noroeste de Minas Gerais, na divisa entre Bahia e Goiás, o primeiro da trilogia que prossegue com Rio Aberto e fecha, agora, com Triste EntrópicoCavalo Motor tem participação de Arto Lindsay, Susana Salles, Décio Ramos (grupo Uakti) e O Grivo, entre outros, e foi transformado também em DVD. O trabalho foi considerado um dos melhores lançamentos do ano e recebeu vários prêmios, entre eles o Grão da Música de melhor álbum de Música Brasileira. Em 2018, emplacou o prêmio Simparc de Artes Cênicas de melhor trilha sonora original para o espetáculo de dança Espelho da Luada Companha Mário Nascimento.

Letrista inspirado e versátil, Makely Ka acumula parcerias com diversos compositores em todo o país, com destaque para o álbum Dínamo, inteiramente composto com Lô Borges e lançado em 2020. Como intérprete de suas próprias canções destaca-se pela sua voz grave e rascante e pelo violão vigoroso tocado de forma muito peculiar. O humor, a ironia e o sarcasmo estão sempre presentes nas apresentações ao vivo, que podem ser em formato solo ou com banda. Já tocou em alguns dos principais palcos do Brasil e excursionou por Portugal, Espanha, Dinamarca, Lituânia, Turquia, Grécia e México.

Interlocutor da cena musical em Minas Gerais, Makely Ka organizou mostras e festivais, participou de curadorias, produziu discos de parceiros de estrada, dirigiu shows, criou trilhas para cinema, dança e teatro, realizou documentários, compôs textos para peças sinfônicas e camerísticas, participou de conselhos estaduais e federais de cultura, fundou cooperativas e fóruns de música e escreveu diversos textos sobre política cultural, música, literatura e cinema que foram publicados em jornais, revistas e portais. Também publicou três livros de poemas e atuou como editor de revistas de poesia. Prepara o lançamento do livro Música Orgânica e está compondo a trilha sonora do balé Rios Voadores, da coreógrafa Rosa Antuña.

Saiba mais sobre Makely Ka aqui no Barulho d’água Música ao visitar o linque https://barulhodeagua.com/tag/makely-ka/

Leia entrevista que Makely Ka concedeu ao jornalista Antonio Carlos da Fonseca Barbosa, da Revista Ritmo Melodia, em 14 de janeiro de 2019:

http://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/makely-ka/

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1605 – Apoie a campanha de assinaturas do Barulho d’água Música lançada pela Catarse

#MPB #CulturaPopular #VaquinhaVirtual #Crowdfunding #JornalismoIndependente

O Barulho d’água Música conta com seu apoio para seguir divulgando a produção e os projetos do segmento independente da música brasileira que revelam o Brasil profundo, mas são historicamente ignorados pela mídia!

O Barulho de Água Música (BaM) completará em junho deste ano nove anos de atividade ininterrupta, autônoma e imparcial, com um trabalho que já soma mais de 1.600 matérias (atualizações) produzidas com o rigor e o zelo profissionais que pautam o bom jornalismo na construção de um veículo de comunicação ético e que seja referência para seu público, seguidores e leitores. Desde a apuração das informações até a redação do texto que é publicado, nunca deixando de observar regras e critérios previstos nos melhores escolas e manuais da categoria — como, por exemplo, atribuição de créditos a fotógrafos e colaboradores –, este trabalho tem sido exercido sem concessões, com dedicação em período quase integral e sem remuneração, contando apenas com apoios eventuais de parceiros e de amigos.

Parafraseando o saudoso mestre Rolando Boldrin e guardadas as devidas proporções, o que nos deixa feliz é ajudar “a tirar o Brasil da gaveta”. Nosso trabalho abre espaço para apresentação de obras valiosas, diversas e plurais por conterem elementos que preservam nossas raízes e tradições populares, mas são pouco divulgadas. Esta nossa apaixonante causa, no entanto, sempre demandou recursos que ora se tornam ainda mais difíceis de se obter, colocando em risco a manutenção desta tarefa.

POR QUÊ?

Porque o Jornalismo que exercemos, a Comunicação como pensamos, com qualidade inquestionável, plural, diversa e abrangente, para ser de fato independente (nossa mais cara bandeira e exigência) provoca consequências que incluem, paradoxalmente, dependência em juntar recursos que permitam suprir gastos na sua maioria permanentes e crescentes. Captar e transmitir dados à medida que se quer e se busca crescer, custa alto! Recolher, conferir, checar, pesquisar, locomover-se, entrevistar e cobrir eventos para registrar e redigir dados geram despesas e investimentos! E nesta conta se incluem remunerar o profissional, ter e manter os serviços de tecnologia de informação e divulgação, como um domínio registrado, para que o texto e a imagem cheguem até você!

Por este motivo, lançamos o projeto de apoio coletivo e recorrente do BaM. A partir de R$20,00 mensais, você se tornará um amigo apoiador. Nossa meta de arrecadação está divulgada e o ideal é que consigamos ao menos atingi-la, o que nos permitirá não apenas pagar os custos para a geração de matérias, bem como investir em modernização do próprio blog e em maneiras de oferecermos justas contrapartidas aos amigos apoiadores!

Temos consciência de que o mar não está para peixe e que na imensa comunidade musical com a qual interagimos todo mundo rala, e muito, para não perder a corrida contra os boletos, as contas de consumo, as despesas domésticas e pessoais – para enfim, manter a dignidade sem apertos ou, no mínimo, receber para o gasto do dia a dia -, prova que nem sempre se consegue vencer sem malabarismos, endividamentos ou renúncias e sem ser ultrapassado por um estouro qualquer não previsto no orçamento, por exemplo. Entretanto, a economia colaborativa e solidária e dentro dela a categoria do financiamento coletivo (vaquinha virtual/crowdfunding), sem se falar nos editais públicos de fomento às manifestações artístico culturais, têm se tornado em âmbito global não apenas um modelo de negócios cada vez mais aceito e em voga, mas, e sobretudo, uma saída honrosa e legal para, justamente, fazer frente às dificuldades que se agravaram neste momento de recessão e pós pandemia de Covid-19 e que impedem vários projetos de inegável valor e importância decolarem e se sustentarem!

Participe deste projeto, colabore com o mínimo ou com o que lhe for possível! Ajude este trabalho dedicado de tirar o Brasil da gaveta, ampliar o público que ama, respeita e preserva as tradições da nossa cultura popular e revelar trabalhos de excelência dos mais diversos gêneros e ritmos ignorados pela mídia comercial!

O trabalho do Sr. Brasil Rolando Boldrin para tirar o Brasil da gaveta e revelar suas joias culturais é um dos inspiradores do Barulho d’água Música (Foto: Marcelino Lima/Acervo BaM)

“JOGA ÁGUA NELE…!”

Marcelino Jesus de Lima, produtor do Barulho d’água Música, é natural de Bela Vista do Paraíso (PR) e reside na Estância Turística de São Roque, no Interior paulista. Formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), começou o curso em 1986. Exerce a profissão desde 1984 e depois de passar por redações como as dos jornais Primeira Hora, Diário de Osasco, Terça-Feira e Página Zero, para o qual ainda é redator freela da editoria de Esportes, criou o Barulho d’água Música em junho de 2014. Nos citados veículos de imprensa, foi revisor, repórter, editor, e fotógrafo.

Antes de se tornar blogueiro atuou, ainda, como assessor de imprensa em órgãos públicos e entidades como sindicatos e a 56ª Subsecção Osasco da Ordem dos Advogados do Brasil. Em 2014 ouviu o coração: afastou-se da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Jandira, na Grande São Paulo, e lançou o Barulho d’água Música movido pela paixão por música popular brasileira, em especial a caipira e as modas de viola/regionais que o arrebataram ainda na infância, quando ouvia ao amanhecer em rádios de pilha e aos pés da cama do pai, Geraldo Lima, programas como o comandado por Zé Béttio e, mais tarde, já na adolescência, Viola Minha Viola (com Inezita Barroso e Moraes Sarmento) e Empório Brasil e Sr. Brasil, com Rolando Boldrin. Foram os icônicos locutor e apresentadores de emissoras de rádio e de televisão o inseriram no apaixonante universo campesino e das tradições devocionais e populares brasileiras cantadas por Cascatinha & Inhana, Lio e Léu, Duo Glacial, Zilo e Zalo, Irmãs Galvão, Pedro Bento e Zé da Estrada, Milionário & José Rico, Belmonte e Amaraí, Angelino de Oliveira, Raul Torres, Léo Canhoto & Robertinho, Pena Branca e Xavantinho, José Fortuna, Dércio Marques, Diana Pequeno, João Bá, Ivan Vilela, Levi Ramiro, Paulo Freire e Katya Teixeira, entre outros.

Casado com a advogada Andreia Regina Beillo, é pai de Jorge Henrique Barna de Lima.

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1603- Brasil dá adeus a Frei Chico, evangelizador da paz e do amor que a lombo de burro preservou e valorizou a cultura popular do Vale do Jequitinhonha

#MPB #CulturaPopular #ValedoJequitinhonha #Araçuai #Betim #RibeirãodasNeves #BeloHorizonte #Beagá #Zoeterwoude #Rotterdam #Holanda #Portugal

Franciscano que nasceu na Holanda, mas dedicou maior parte da vida de 83 anos ao combate à miséria socioeconômica e cultural em uma das regiões mais pobres do Brasil, não resistiu à meningite, após parada cardiorrespiratória. Corpo será sepultado em Araçuai, sua primeira casa no novo país

Agentes populares dos setores da cultura e da religiosidade do país se despediram comovidos de Frei Chico, frade franciscano que tinha 82 anos e nasceu em Zoeterwoude, cidade de Rotterdam (Holanda), mas que boa parte de sua vida dedicou aos pobres e a atividades socioculturais, humanitárias e espirituais no Vale do Jequitinhonha, em cidades como a capital do Estado de Minas Gerais e em no entorno da Grande Belo Horizonte. Franciscus Henricus van der Poel, seu nome de batismo, respeitado e incansável pesquisador de tradições brasileiras, morreu no dia 14 de janeiro, de meningite, no Hospital Madre Tereza, localizado em Araçuai, onde estava internando há uma semana e após sofrer neste período uma parada cardiorrespiratória. A Prefeitura de Araçuaí decretou três dias de luto para destacar a importância do frei não apenas para a localidade, mas para o país e o mundo. O corpo, transladado para Araçuaí, seria  sepultado na segunda-feira, 16, no túmulo onde se encontram os restos mortais de Frei Rogato Hoogma, no Cemitério de Nossa Senhora do Rosário, ao lado da Igreja do Rosário.

Entre outras atividades e ações que o tornaram elogiado e respeitado por inúmeros amigos e críticos estão a fundação do Coral Trovadores do Vale, mais livros dedicados à pautas culturais e ligadas à religiosidade. Frei Chico foi membro da Comissão Mineira de Folclore e do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, conselheiro do Centro da Memória da Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), docente no Instituto Carl Jung, palestrante na Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Belo Horizonte. Ainda como protagonista do cenário musical, integrou a Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) e atuou como palhaço da companhia Pano de Roda, do Teatro Terceira Margem, também de Beagá. 

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1602 – Kuarup lança Sobre Pedras e Girassóis, terceiro álbum de Noel Andrade

#MPB #ViolaCaipira #ViolaBrasileira #Blues #Folk #RockRural #ParaguaçuPaulista #ProdutoraeGravadoraKuarup #ChapadadosVeadeiros

Violeiro de Patrocínio Paulista é autor também de Charrua e de Canoeiros, o  primeiro premiado e o segundo, em parceria com a banda carioca Blues Etílicos, em homenagem ao icônico Tião Carreiro 

O cantor e compositor Noel Andrade recentemente lançou Sobre Pedras e Girassóis, seu terceiro álbum, desta vez pela Kuarup, gravadora paulistana que possui um eclético e consagrado elenco da sica popular brasileira. Com mais de dez anos de estrada e influenciado por Almir Sater, Tião Carreiro, Elomar, Renato Teixeira e Saulo Laranjeira, Noel Andrade conhece bem a alma da viola caipira e do seu povo: já participou de importantes projetos ligados ao mundo da viola e marcou presença no Encontro de Cultura Tradicionais da Vila de São Jorge, da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, pela primeira vez, em 2006. Em Sobre Pedras e Girassóis ele traz composições e parcerias inéditas, por exemplo, com o músico Flávio Murilo e o maestro Júlio Bellodi, compositor formado em regência pela Universidade do Estado de São Paulo (Unesp).

Ao fazer a escolha do repertório do álbum, Noel Andrade atendeu a um pedido da Kuarup, que sugerira ao violeiro regravar dois clássicos da música brasileira que fazem conexão com o seu repertório e estilo: Casa no Campo, de Tavito e Zé Rodrix, mas eternizada por Elis Regina, e Nuvem Passageira, de Hermes Aquino, tema da novela Casarão, que a Rede Globo levou ao ar em 1976.

O disco tem participações especiais do cantor e compositor Zeca Baleiro, dos grupos Mustache & Os Apaches e Folk na Kombi. Antes de ir para o estúdio, debruçara-se sobre o repertório que selecionou como produtor e compositor, orientando-se por meio da influência do rock rural e dos ritmos africanos que unem as Américas. O álbum, disponível nas plataformas digitais e em edição física pela Kuarup, navega por um cerio vasto e extremamente delicado que faz o roqueiro, o caipira e o blueseiro colocarem uma mochila nas costas e irem se encontrar com Johnny Cash para tocarem e cantarem seus amores, suas paixões, seus vivos e mortos

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1601 – Valdir Verona (RS) regrava em dois epês, com novos arranjos, composições de seus dois primeiros álbuns da carreira

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O cantor e compositor Valdir Verona, violeiro dos mais tarimbados do país, residente em Caxias do Sul (RS), brindou amigos e fãs no apagar das luzes de 2022 com o lançamento de novos epês nas plataformas digitais. Primeiras Composições – gravações originais, traz temas instrumentais extraídos de Acordes ao Vento (1995) e Tons da Terra (2000), discos com as primeiras obras compostas por Verona, na década de 1990 e começo de 2000.  Primeiras Composições – regravações apresenta músicas instrumentais e canções rearranjadas e regravadas, agora de álbuns posteriores a 2009 (Ad Libitum – Ária Trio; Uma Viola ao Sul, 2010; Na Estrada, 2013; e O Violeiro e o Poeta, 2017).

Em mais de três décadas de trajetória, Valdir Verona se consolidou no cenário nacional como músico capaz de resgatar a força e a beleza da viola nos pampas, atuando simultaneamente como pesquisador, produtor musical e professor dos mais requisitados do instrumento, gravando canções ou músicas instrumentais tanto em dez, como em nove cordas, mas sem jamais deixar de valorizar ritmos nativos. Afora trabalhos em parceria com Rafael de Boni (Duo Viola e Acordeon) e, mais recentemente, com o grupo Violas ao Sul, entre outros projetos que vão desde recitais, shows, composições, arranjos, gravações, edições de partituras e tablaturas.

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1597- Blas Rivera, Chico Lobo e Ricardo Gomes lançam Vertentes, mais um álbum da eclética grife Kuarup

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Já disponível nas plataformas digitais, disco instrumental de composições autorais e clássicos da MPB forma caldeirão de sons e arranjos

Águas que transbordam, jorram, vertem pelas encostas, pelos declives. Assim três artistas com suas histórias, seus instrumentos, suas raízes e seus estilos formam, cada um, uma nascente de águas musicais que, ao escorrer, gera riachos de arranjos e de sons e dá vida a um rio fértil, de leito profundo. Essa é a descrição que mais bem pode definir o encontro de Chico Lobo (mineiro, natural de São João Del Rei), com Blas Rivera (natural de Córdoba, Argentina, radicado na cidade do Rio de Janeiro) e Ricardo Gomes (mineiro, de Belo Horizonte), um “power trio” universal que une viola caipira, sax e piano, e baixo elétrico, respectivamente. Formação inusitada, o talento do triunvirato ganhou liga e força com a presença do produtor musical Sérgio Lima Netto e resultou em Vertentes, disco gravado em parte no Estúdio Araras (encravado nas montanhas da região serrana da capital fluminense) e parte no estúdio RG, em Belo Horizonte) que apresenta composições de Rivera e de Chico Lobo mescladas a releituras de clássicos nacionais. São sons que têm raízes nas milongas argentinas, nos toques mágicos da viola dos sertões de Guimarães Rosa e também passam pela linha jazzística da fina flor da música popular brasileira e constituem o eclético mosaico de mais um ótimo disco lançado e distribuído pela Produtora e Gravadora Kuarup, estabelecida na cidade de São Paulo .

Vertentes é um caldeirão de músicas instrumentais e arranjos que emociona. Milonga Sudaca, Vazante, Réquiem, Agreste, O Mundo é Um Moinho vão se misturando às demais faixas executadas com a precisão comum aos três artistas. Cada qual com seu estilo, eles se juntaram e conseguiram produzir tons de cores sonoras mais quentes em músicas instrumentais que deslizam de forma leve. E os ouvintes ainda são brindados com as participações especiais de Walther Castro (bandoneon) e do inglês David Chew, ao violoncelo. O resultado é mesmo belíssimo, com alma tanto regional, quanto universal, tradicional e contemporânea.

1) Milonga Sudaca é uma composição de Blas Rivera, que tem forte rítmica e execução, reforçada pela participação de Walther Castro ao bandoneon, junção que confere ao álbum um início vigoroso;

2) Vazante: um dos principais temas instrumentais de Chico Lobo e que simboliza a vida, pois a vazante ocorre quando há cheia nos rios e formam-se lagoas adjacentes, nas quais os peixes procriam e a terra se torna mais fértil para o plantio;

3- Ave Maria no morro: um dos maiores sucessos do compositor e cantor Herivelto Martins em Vertentes ganhou versão inédita e inusitada, releitura que permitiu o encontro poético entre sax, viola caipira e baixo, um conjunto perfeito para emocionar e homenagear a música popular brasileira;

4- Córdoba: composição de Chico Lobo para o álbum, esta música homenageia a cidade natal de Blas Rivera. Com ares de guarânia e de milonga, nasceu a partir da vivência do violeiro mineiro com a música da América do Sul e de sua aproximação com o argentino. O baixo bem marcado de Ricardo Gomes contribui para criar o belo chão para o diálogo afinado entre viola caipira e sax;

5- Réquiem: Blas Rivera compôs para Osvaldo Bayer, querido, admirado, respeitado historiador, jornalista, pesquisador e escritor. O réquiem é uma missa com música e texto que celebra a memória de um falecido, mas aqui não existe luto, só emoção. Réquiem tem ritmo de milonga. Embora seja para a memória de Dom Osvaldo, mais que tudo, tem a intenção de fazer muito barulho para ele voltar, acordar ao invés de descansar! Por isso Rivera optou pela Milonga, não pelo Sanctus;

6- O mundo é um moinho é uma das mais clássicas composições do mestre carioca Cartola, apontado como o maior sambista que o Brasil já conheceu e ganha agora versão instrumental, com levada de jazz;

7- Alma perdida: balada em ritmo de zamba, uma dança (danza) folclórica argentina, composta por Rivera para recordar um ser querido. O lamento é completamente acolhido pelo trio para poder assim passear junto a uma alma que se foi;

8- Luar do sertão: joia de Catulo da Paixão Cearense vertida para violas e baixo que promove um diálogo de cordas em tributo ao sertão brasileiro;

9- Até a sua volta: mais uma música de Rivera, especialmente para o violoncelista inglês David Chew. No álbum promove conversa mágica entre os quatro instrumentos; além do ritmo, do tempo, do espaço e dos limites formais do som;

10- Agreste: assinada por Chico Lobo em uma de suas idas a Portugal. Ao ver o Alentejo amarelo seco, o mineiro fez um contraponto com o agreste brasileiro. É um tema dramático, que flerta com a música armorial nordestina.

Argentino de Córdoba, as origens de Rivera misturam ainda raízes francesas, italianas e espanholas e, atualmente, o multi-instrumentista mora na cidade do Rio de Janeiro (Foto: Arquivo do Facebook de Rivera)

Blas Rivera é saxofonista, pianista, compositor e arranjador nascido em Córdoba, na Argentina, cidade na qual estudou piano, sax e composição. Rivera cresceu sob a influência do rock e da música clássica, mas se apaixonou pelo jazz e pela bossa nova. Nos Estados Unidos da América estudou jazz, música para cinema e música étnica como aluno do conceituado Berklee College of Music e também no New England Conservatory. Depois de viver durante 15 anos no Brasil, mudou-se para a Espanha, mas já regressou ao nosso país.

As origens de Rivera misturam raízes francesas, italianas e espanholas. O multi-instrumentista levou seu tango-jazz por todo o continente americano, além da Nova Zelândia, da Indonésia e por vários países da Europa tais quais: França, Alemanha, Dinamarca, Inglaterra, Itália, Espanha, Grécia, Islândia e Suíça, onde, em 1999, foi reconhecido como músico revelação no Festival de Jazz de Montreux. Desde então já lançou oito álbuns, o mais recente em 2018, Jaque Mate, produzido entre as cidades do Rio de Janeiro, Buenos Aires, Córdoba, Madrid e Paris.

Suas apresentações variam desde solo (em sax tenor e piano), a duetos, passando por trios, quartetos (inclusive de cordas), quintetos e orquestra de cordas, entre outras formações. Rivera sempre turbina suas turnês com seminários e workshops não só para instrumentistas e compositores, mas também para bailarinos e coreógrafos. Na capital fluminense participa de projetos sociais de musicalização para jovens de comunidades carentes; já dividiu o palco com mestres como Fernando Suarez Paz e Pablo Ziegler, músicos do Quinteto de Astor Piazzolla, Paulo Moura, Marcos Suzano, Yamandu Costa, David Chew, Vitor Biglione e Carmen Paris, entre outros.

Apresentador de televisão, de rádio, produtor musical, escritor, cantor, o violeiro inquieto faz com que sua obra torne a aldeia global mais caipira (Foto: Ricardo Gomes)

Chico Lobo é natural de São João Del Rey e já completou mais de 40 anos de carreira. É considerado pela crítica um dos artistas mais atuantes no cenário nacional pela divulgação e valorização da cultura de raiz brasileira. Com 27 discos, dois DVDs e um livro lançados protagoniza shows por todo o Brasil e já encantou plateias em Portugal, Itália, China, Canadá, Argentina, Chile, Colômbia cantando suas raízes, mas sempre conectado à contemporaneidade.

Folias, catiras, modas, batuques, causos e toques de viola desfilam com alegria em seus concertos. Chico Lobo é tetracampeão (2015, 2016, 2017 e 2021) do Prêmio Profissionais da Música (PPM) como Melhor Artista Regional, troféus que recebeu em Brasília (DF). O violeiro mantém na cidade natal o Instituto Chico Lobo e por meio dele desenvolve projetos de ensino de viola e da cultura raiz para crianças das zonas rurais.

Desde 2006, Chico Lobo mantém relação artística com Portugal por meio do Encontro de Violas de Arame, em parceria com o músico e parceiro português Pedro Mestre, representante maior da viola campaniça da região do Alentejo. Esses encontros geraram o álbum Encontro de Violas e o DVD De Minas ao Alentejo e deu vida ao congraçamento de um projeto que caminha para o 11° Encontro de Violas de Arame. Chico Lobo já trouxe duas edições presenciais ao Brasil, além de uma virtual, fortalecendo a amizade e a partilha pelas cordas da viola que unem Brasil e Portugal. Em 2015 Maria Bethânia escolheu Criação, de autoria de Lobo, para compor o repertório do show e do DVD Abraçar e Agradecer, em comemoração aos 50 anos de sua carreira. Depois Bethânia gravou participação no álbum Viola de Mutirão, no qual canta a moda de viola Maria, que Chico Lobo fez em homenagem à baiana. Apresentador de televisão, de rádio, produtor musical, escritor, cantor, o violeiro inquieto faz com que sua obra torne a aldeia global mais caipira.

Autodidata e amante de MPB e jazz , Ricardo Gomes estreou na cena musical, em Belo Horizonte, há 30 anos (Foto: Ayra Mendes)

Ricardo Gomes é produtor musical e baixista de carreira e está em atividade desde 1992. Iniciou a carreira tocando em casas noturnas de Belo Horizonte, acompanhando cantores sertanejos e de música popular brasileira. Autodidata, sempre curtiu jazz e música brasileira até que em 1992 estreou no mercado de produções e gravações atuando em centenas de criações de músicas. Já trabalhou como produtor para Chico Lobo, Luiz Carlos Sá (parceiro de Guarabyra), Luís Kiari, Marcelo Kamargo e João de Ana, entre outros. Atualmente, mantém o Estúdio RG na capital mineira.

Especializada em música brasileira de alta qualidade, o acervo da Kuarup, que está prestes a alcançar a marca de 45 anos no mercado, concentra a maior coleção de Villa-Lobos em catálogo no país, além dos principais e mais importantes trabalhos de choro, música nordestina, caipira e sertaneja, MPB, samba e música instrumental em geral. Em seus discos pode-se encontrar o melhor de Baden Powell, Renato Teixeira, Ney Matogrosso, Wagner Tiso, Rolando Boldrin, Paulo Moura, Raphael Rabello, Geraldo Azevedo, Vital Farias, Elomar, Pena Branca & Xavantinho e Arthur Moreira Lima, entre outros.

1590 – Conheça o Manuí (SP), que há dez anos promove projetos multiculturais que costuram tradições afro-brasileiras, indígenas e caipiras

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Música, teatro, cinema, contação de histórias estão contemplados nas ações e apresentações do grupo que buscou o seu nome nas fontes guaranis e leva aos palcos (com a descontração  e a leveza de um beija-flor) a arte e magia de contar e cantar histórias, rezas e causos em trabalhos assinados por Toninho Carrasqueira e elogiados por Kaká Werá e  Ivan Vilela

O Barulho d’água Música acompanhou no SESC de Araraquara, no Interior do estado de São Paulo, a apresentação de Africanidade Caipira, com o grupo paulista Manuí, que neste ano completa uma década dedicada à produção de projetos nas áreas de música, teatro, cinema, festivais e narração de histórias. Na cidade conhecida por Morada do Sol, o Manuí esteve no palco com Tatiana Zalla (narração de histórias); Rosângela Macedo (voz); Melina Cabral (voz e percussão); Leandro Pfeifer (voz, cavaquinho, viola caipira e violão); Felipe Soares (acordeon) e Barba Marques (percussão) e fez o público presente dançar e cantar com músicas que comprovam a marcante influência Banto na formação cultural caipira. O repertório de variados estilos musicais (como os vissungos, canto de trabalho dos africanos escravizados, congadas, jongos e sambas paulistas) foi costurado para ajudar a revelar elementos da africanidade dessa região cultural do Brasil.

De inspiração indígena, em sua trajetória o Manuí busca levar magia e encantar quem ouve suas músicas e assiste às suas performances. O grupo se popularizou ao protagonizar diversos festivais culturais em São Paulo e escolheu como nome a palavra Mainui, uma adaptação em Guarani que significa beija-flor. Ave de beleza encantadora, o beija-flor em algumas tradições é considerado mágico, capaz de unir os mundos visível e invisível. Esse conceito, segundo o casal de Sorocaba (SP) Leandro Pfeifer e Tatiana Zalla demonstra-se apropriado para a arte de contar e cantar as histórias presentes (entre outros trabalhos disponíveis no portal manui.art.br) nos álbuns e projetos Nhemonguatá; Ecos da Paulistânia; e, ainda na área musical, Mãos que Segurei, do Grupo Encantoria. Para o teatro, com direção de Ricardo Camargo, o Manuí produziu, em 2021, Nhanderuvuçu, o menino trovão! No portal também é possível acessar seis narrações de histórias, fotos e vídeos, e os endereços e telefones para contratar o Manuí e saber mais sobre o grupo.

A partir do alto, o grupo Manuí apresentou Africanidade Caipira com Rosângela Macedo, Leandro Pfeifer. Tatiana Zalla, Melina Cabral, Barba Marques e Felipe Soares (Fotos: Marcelino Lima/Acervo Barulho d’água Musica 2022- SESC Araraquara)

O Manuí ainda oferece na internet aos seguidores e amigos um canal bem diversificado que pode ser visitado pelo link https://www.youtube.com/channel/UC8–K0d2ay-rD0j0UZi5LNg Neste ambiente há videoclipes, teasers, os álbuns Nhemonguatá e Ecos da Paulistânia (cuja edição física encontra-se esgotada) e aulas, por exemplo, o que demonstra a versatilidade do grupo e os múltiplos talentos dos seus integrantes.

O disco Nhemonguatá, por exemplo, tem 12 faixas e pode ser ouvido em plataformas digitais como https://soundcloud.com/grupomanui/sets/nhemonguata. Durante o processo de concepção desse álbum inúmeros parceiros foram convidados a contribuir para a realização do projeto, a direção musical coube ao flautista Toninho Carrasqueira e os arranjos a Edson Alves. Entre as participações especiais destacam-se o escritor Kaká Werá e Elaine Saron, coordenadora do Ponto de Cultura Arapoty Cultural; o violeiro e produtor cultural Domingos de Salvi (viola caipira); Thomas Rohrer (rabeca e violino); Gabriel Levy (acordeon); Ari Colares (percussão); Neymar Dias (contrabaixo); Julio Ortiz (violoncelo); Rosângela Macedo (vocais), mais um coral de crianças dirigido por e com e arranjos de Pedro Paulo Salles e regência de Daisy Fragoso. A concepção do encarte e do sítio eletrônico contou com desenhos de Sawara (filha de Werá) aliados à programação visual de Iago Sartini para atingirem o brilho almejado e estimular o imaginário sobre a imagem dessas histórias.

Já o Ecos da Paulistânia contempla a produção e o lançamento do álbum homônimo, além de apresentações e vivências em cinco cidades da Baixada Santista. Afora o trabalho autoral dos integrantes do grupo, reúne composições de Wagner Tiso e de Fernando Brant, de integrantes da aldeia Rio Silveira, Juraildes da Cruz, Companhia de Reis São Lucas, Trem das Gerais e Querubim, Braz da Viola, J. dos Santos e Lourival dos Santos, José Asunción Flores e Manuel Ortiz Guerrero e Geraldo Filme.  

A direção musical de Ecos da Paulistânia também e de Toninho Carrasqueira, com arranjos de Adail Fernandes, textos de Kaká Werá e as presenças especiais da Companhia de Reis de São Lucas, de Limeira (SP); do Coral da Aldeia Guarani Rio Silveira, de Boracéia (SP); de integrantes do grupo Sambaqui com seus jongos e moçambiques, mais o coral de crianças dirigido por Pedro Paulo Salles e regido por Daisy Fragoso. Entre os músicos convidados estão Thomas Rohrer (rabeca), Neymar Dias (contrabaixo), Julio Ortiz (violoncelo), Marquinho Mendonça (violão), Allan Abbadia (trombone), Ricardo Camargo (bombardino), Marco Stoppa (trompete), Marcelo Troni (tuba), Marcel Martins (cavaquinho), Samba Sam (percussão), Carlos Amaral (violão 7 cordas), Luiz Lobo Fonseca, César Vilão e Fernando Boi (tambores), Marina Costa (narração), Marcelo Pretto e Ana Maria Carvalho (vocais). O portal do projeto e o encarte do disco e as fotos couberam a André Dib e Milton Shirata, respectivamente, e o autor da programação visual é Iago Sartini, cujos traços revelam fragmentos visuais sobre nossa identidade, cultura e história. 

Ecos da Paulistânia tem patrocínio da Usiminas, por meio do Programa de Ação Cultural (ProAc) da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e apoio das Secretarias de Cultura e Educação de Cubatão, Praia Grande, Guarujá, São Vicente e Santos, todas na Baixada Santista. Suas 27 faixas e contação de histórias são executadas e contadas por Pfeifer (voz, cavaquinho e violão); Tatiana Zalla (narração de histórias); Rosângela Macedo (voz); Melina Cabral (voz e percussão), Pedro Gava (viola caipira); Felipe Soares (acordeon).

Sobre este trabalho o compositor, violeiro, pesquisador e docente da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) Ivan Vilela escreveu que:

Traçar um panorama histórico-musical de uma determinada região do Brasil é um projeto ousado que exige, de seus executantes, muito estudo e pesquisa.

O trabalho foi concebido pelos jovens Leandro Pfeifer e Tatiana Zalla e tornado música pelos dois, mais Rosângela Macedo, Melina Cabral, Domingos de Salvi e Felipe Soares, sob a direção do grande mestre Toninho Carrasqueira. Com textos de Kaká Werá, Ecos da Paulistânia nos traz um rico relato de um Brasil interior, passado, mas presente que deixou em nós e em nossa cultura os seus traços.

À revelia das imposições culturais feitas, outrora pela elite e hoje pela mídia, o povo do Brasil, desde seu início, soube narrar sua história através do canto, do bater e do tocar seus instrumentos. E a música popular se fez cronista dos acontecimentos que não foram registrados por outras vias, ou por descuido ou mesmo porque a história que aprendemos é sempre a história dos que detinham o controle dos meios administrativos e de difusão de sua própria cultura.

Desde os primeiros mamelucos, ninados pelas canções de suas mães índias, uma música particular foi se criando neste país. Somada aos cantares portugueses e aos cânticos e tambores africanos, desenhamos uma música popular sem igual no mundo, tanto pela sua diversidade como pela sua qualidade.

Antonio Candido definiu como Paulistânia todo o eixo de expansão e difusão da cultura bandeirante. Região esta onde se fixou o que entendemos por cultura caipira. Os estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, metade Norte do Paraná, parte de Tocantins, parte do Mato Grosso e regiões como Sul de Minas e Triângulo Mineiro, são os locais onde se ambientaram esses valores.

Para quem tiver este disco em mãos fica de presente este roteiro histórico-musical, Ecos da Paulistânia. Tal qual uma xácara [canção narrativa de versos sentimentais, no passado, popular na península Ibérica, e de origem árabe, como a Nau Catarineta], de forma lúdica, os textos e as músicas traçam um mapa histórico-cultural da nossa região que foi se desenhando com o tempo. Assim, se intercalam viola, violão, acordeão, tambores, flautas, vozes, instrumentos de banda de coreto, num correr criativo e musical por onde passam cururus, recortados, pagodes, jongos, congados, moçambiques, folias, guarânias, polcas. Um mapa sonoro do nosso Brasil.

Quem tiver a chance de ouvir Ecos da Paulistânia se deliciará com as belezas de nosso país, construída a partir de uma refinada pesquisa histórica e musical concebida e realizada por esses talentosos músicos.

Ecos da Paulistânia é também o tema da Tese de Mestrado defendida por Pfeifer e  conta, ainda, com um filme que poderá ser assistido pelo link https://www.youtube.com/watch?v=h3hxZyMiVHQ&feature=youtu.be

O projeto Encantoria celebra em 2022 quinze anos. Um recorte desta rica trajetória ganhou elogios no texto abaixo, de Kaká Werá, sobre o álbum Mãos que Segurei

ESSA COISA BOA DE OUVIR!

Pipoca quentinha com o cheiro de gengibre do quentão. Pássaros trovadores de violas enraizadas em brasis. Cores. Bandeiras. Estandartes. Não. Não é festa junina e nem folia de reis. Não é feriado santo. São os tons e melodias que saem das canções deste CD. Um Senhor Brasil musicalmente presente, atento, esperto, vivificando uma escuta além das modas e modinhas que existem por aí; fazendo o rosto abrir em riso e o corpo em dança. O som pipoca variando os tons de diversas influências e cadências; quentes, ardentes, melodiosas!

Essa coisa boa é pra João, pra José, pra Maria! Algumas letras quase são “causos”, outras quase “rezas”. Coisas dos Brasis que somos e que nossos avós foram construindo; algo assim, como diria um amigo: memórias sonoras.  “Cantação” de histórias com sofisticação de arranjos e ritmos que lembram aquelas auroras que os galos do interior anunciam.

Pense em uma paisagem sem tom pastel, bandeirolas de diversos matizes no céu, com resgate da reverência, coisas dos antigos, abaixando o chapéu, (quando havia chapéus nas cabeças) para as damas passarem.

É assim que ouvi estas canções: alegres damas passando…

Ouçam! Mas ponham as mãos nas abas dos chapéus, como nas festas de junho que esquentam as noites; e percebam as damas passando sonoramente pelos ouvidos.

Mãos que Segurei reforça o perfil artístico do Manuí, que mistura a beleza poética das cantorias com sotaques da viola caipira e a força dos arranjos de metais em busca de uma sonoridade rica, inusitada e sem perder a simplicidade e a sabedoria que permeiam culturas tradicionais do Brasil. Revela também nos arranjos a presença da percussão, violão, cavaco, flautas e naipe de cordas na faixa Sobre a Terra

Neste álbum o Encantoria reuniu o sanfoneiro e cantador Enock Virgulino; o cantador e compositor Tião Carvalho; o compositor e violonista Marquinho Mendonça; o acordeonista Gabriel Levy; Tatiana Zalla; as cantoras e compositoras Rosângela Macedo e Ana Maria Carvalho; e o quarteto de cordas dos xarás Fabio Engle e Fabio Chamma, Cristina Geraldini e Jonas Góes. Todas as canções foram compostas e arranjadas pelo Encantoria com participação do maestro Luciano Filho e do produtor musical Cleyver Rossi em alguns arranjos e na produção musical. Duas faixas são adaptação de poesias cedidas por Roseana Murray (Terremoto Furacão) e Kléber Albuquerque (Isopor). 

O projeto Mãos que Segurei é uma idealização de Pfeifer, aprovado no ProAC ICMS Música da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Recebeu patrocínio da Elektro e copatrocínio do Grupo São Martinho. As ações foram realizadas no segundo semestre de 2010 nas cidades paulistas de Rio Claro, Limeira, Iracemápolis, Ilha Bela e São Luís do Paraitinga unindo arranjos autorais e interpretações de cantigas da cultura popular, intervenções poéticas, cênicas e narrações de fragmentos de histórias para promove uma viagem pela trajetória do grupo.

Integrantes do Encantoria, a partir da fileira em pé, da esquerda para a direita: João Vitor dos Santos (sax tenor); Flávio Vasconcelos (flauta transversal, violão e vocal); Gustavo Terra ( bateria, violão e vocais); Leandro Pfeifer (voz, cavaquinho e violão); Domingos de Salvi (viola caipira) e Rafael de Souza (trombone). Sentados, no mesmo sentido: Alexandre Martins (brincante); Melina Cabral (voz e percussão); Luca Barel (percussão); Gilson Caetano (trompete) e Max Vieira (baixo e intervenções poéticas)

Inspirado na beleza poética das cantorias e na força transcendente dos batuques, cordas e metais presentes em todos os cantos do Brasil, o Encantoria materializa seu som e sua luz revelando diversidade de ritmos e timbres. Os seus espetáculos e produções fonográficas e audiovisuais se apoiam na força transcendente dos batuques, cordas e metais presentes em todos os cantos do Brasil e permitem ao Encantoria materializar seu som e sua luz por meio de trabalhos autorais presentes nas gravações.

Além de dar título ao álbum, Mãos que Segurei ilustra o espírito do trabalho e nesse balaio que revela a identidade do Encantoria os rasqueados e ponteados da viola caipira se encontram com metais de quadrilhas, cirandas e batuques do maracatu, baião, coco de roda, sambas e outras modas.

Leia entrevista de Leandro Pfeifer e de Tatiana Zalla em https://editoranewmusic.wordpress.com/2021/11/19/conheca-a-magia-que-se-esconde-por-tras-das-letras-do-grupo-manui%EF%BF%BC/

SOBRE O POVO BANTO

Os bantus ou bantos constituem um grupo etnolinguístico localizado principalmente na África subsaariana e que engloba cerca de 400 subgrupos étnicos diferentes. A unidade desse grupo, contudo, aparece de maneira mais clara no âmbito linguístico, uma vez que essas centenas de grupos e subgrupos têm, como língua materna, uma língua da família banta.

A palavra bantu é derivada de ba-ntu, formado por ba (prefixo nominal de classe 2) e nto, que significa pessoa ou humanos. Versões dessa palavra ocorrem em todas as línguas bantus, como, por exemplo, watu em suaíli; muntu em quicongo; batu em lingala; bato em duala; abanto em gusii; andũ em quicuio; abantu em zulu, quitara, e ganda; vanhu em xona; batho em sesoto; vandu em alguns dialetos luia; mbaityo em tive; e vhathu em venda.

Os bantus são povos provavelmente originários da República dos Camarões e do Sudeste da Nigéria. Por volta de 2.000 antes de Cristo (a.C.), eles teriam começaram a expandir seu território na floresta equatorial da África central. Mais tarde, por volta do ano 1000, ocorreu uma segunda e mais rápida fase da diáspora , para o Leste, e finalmente, uma terceira fase, em direção ao Sul do continente, quando os bantos se miscigenaram a grupos autóctones e constituíram novas sociedades.

Conheça mais sobre os bantos em https://pt.wikipedia.org/wiki/Bantus

O Canto dos Escravos é dividido em 14 cantos ancestrais dos negros benguelas de São João da Chapada e Quartel do Indaiá, povoados de Diamantina, município de Minas Gerais, e interpretados por três dos mais importantes defensores da preservação das tradições ancestrais afro-brasileiras na música nacional

PRECIOSIDADE FONOGRÁFICA

Cantos negros de trabalho denominados vissungos estão gravados em O Canto dos Escravos, disco lançado em 1982 dentro da série Memória Eldorado, da Gravadora Eldorado, que em 2022 completa 40 anos. Nabor Jr (fundador-diretor da revista eletrônica O Menelick 2° Ato, jornalista com especialização em Jornalismo Cultural e História da Arte, além de fotógrafo, que atua com o pseudônimo MANDELACREW) classifica este magistral disco como “preciosidade da história fonográfica tupiniquim e um dos mais reveladores discos produzidos no Brasil no século 20”. Este elogio de Nabor data de 2012, quando ele escreveu um artigo a respeito na revista Menelick e O Canto dos Escravos  alcançava bodas de pérola (30 anos) “ainda ocupando o privilegiado posto de mais importante documentação sonora a cerca da cultura oral africana praticada pelos negros escravos em terras brasileiras.”

O autor do texto acredita ser impossível escutar O Canto dos Escravos e permanecer imune “à sua rica ancestralidade sonora e rítmica, bem como às inevitáveis lembranças do terrível período da escravidão”. Em outro trecho, observou que o registro documental da existência e resistência cultural da tradição bantófone no Brasil ao que o trabalho se propõe “por si só já seria suficiente para torná-lo singular (o álbum foi o primeiro registro sonoro da ‘música’ do tempo da escravidão no país)”. Contudo, sabedores do arqueológico material que tinham em mãos, o pernambucano Aluísio Falcão, coordenador artístico do projeto, e Marcus Vinícius de Andrade, produtor e diretor musical do disco, transformaram o que seria apenas mais uma documentação histórica em um dos mais belos trabalhos artísticos dedicados à preservação das tradições culturais do negro escravizado no Brasil.

Dividido em 14 cantos ancestrais dos negros benguelas de São João da Chapada e Quartel do Indaiá, povoados de Diamantina, município de Minas Gerais, e interpretados por três dos mais importantes defensores da preservação das tradições ancestrais afro-brasileiras na música nacional que são Geraldo Filme (1928 1995), Clementina de Jesus (1901 1987) e Tia Doca da Portela (1932 2009), o projeto O Canto dos Escravos reúne as qualidades técnicas essenciais para um trabalho musical que se propõe a transpor com eficiência a barreira da superficialidade e do “mero” entretenimento: originalidade, sensibilidade, intensidade e, obviamente, boa música, bons músicos e simplicidade nos arranjos, sempre de acordo com o texto de Nabor Jr, que aponta: o primeiro diferencial do trabalho está no ineditismo das 14 faixas do repertório selecionadas entre 65 cantos colhidos pelo filólogo, professor e linguista mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909 1985) que, entre o final dos anos 1920 e durante a década dos anos 1930 dedicou-se à pesquisa de “cantigas em língua africana ouvidas outrora nos serviços de mineração” no interior de Minas Gerais, conforme o próprio escritor descreveu no livro O Negro e o Garimpo em Minas Gerais (1943).

Clique no link abaixo e ouça, na íntegra, o disco O Canto dos Escravos

https://www.youtube.com/watch?v=gil3Mw32OnU

Leia o artigo de Nabor Jr na íntegra ao visitar http://www.omenelick2ato.com/musicalidades/o-canto-dos-escravos

 

 

1582 – Jackson Ricarte (CE) apresenta Fé Sincera Devoção, primeira música do novo disco que gravará para resgate de valores como caridade e partilha

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O cantor e compositor violeiro Jackson Ricarte (CE) agendou para 14 de outubro o lançamento de Fé Sincera Devoção, primeira das músicas que ele gravará em seu novo álbum. Inspirado pela fé cristã de seus antepassados e sem levantar bandeiras que tremulam em discurso esvaziado, prática muito em moda em setores retrógrados, Ricarte dará ênfase à reflexão sincera sobre a importância do resgate de valores tais como a importância da família; da vida do homem no campo ao cultivar a terra; da fé sincera e da devoção religiosa manifestada pela caridade e partilha do pão; das tradições populares (como das Folias de Reis), entre outros.

O propósito é levantar contrapontos ao mundo atual, agitado por divisões ideológicas e guerras baseadas nas ambições. Para tanto, ele seguiu o espírito do “compartilhar” e de “se arreuni” herdado dos irmãos cantores e compositores Dércio e Doroty Marques: convidou Bruno Sanches (@brunosanchesmusico), paulista de Regente Feijó; Rodrigo Zanc (@rodrigozanc), nascido em Araraquara e radicado em São Carlos, no Interior do estado de São Paulo; e Luiz Salgado (@luizsalgadooficial), mineiro de Patos de Minas que mora na vizinha Araguari, para a cantoria de Fé Sincera Devoção, todos convidados que ele considera “prá lá de especiais, amigos e manos de caminhada”. A direção musical será do próprio Jackson Ricarte em dupla com  Ricardo Vignini, a quem caberá, ainda, a mixagem e a masterização em seu estúdio, Bojo Elétrico.

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1580 – João Ormond (MT/SP) grava novo projeto, em audiovisual e em álbum, contemplado pelo ProAc LAB

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Eu Nasci com Asas – Violas do Brasil – Sotaques e Sonoridades da Viola traz um pouco da trajetória do compositor e violeiro que partiu de Cuiabá para Jundiaí e hoje já tem 12 discos gravados

O compositor violeiro João Ormond (MT) lançou em 23 de setembro o audiovisual e álbum Eu Nasci com Asas – Violas do Brasil Sotaques e Sonoridades da Viola, resultado do Prêmio Musical ProAcLAB (Lei Aldir Blanc)/SP de 2021. Neste novo projeto, Ormond revela uma síntese da sua trajetória musical desde 1999, quando saiu de Cuiabá rumo a Jundiaí (SP), onde permanece e mora. A meta de pôr o pé na estrada era levar sua cantoria Brasil afora, assim como expressa a canção com um dos seus parceiros, Zé Geraldo: “…eu nasci com asas e precisava voar…Tô saindo de casa/porque quem tem asas/precisa voar”.

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