
Orquestra Barroca do Amazonas
O Centro Cultural Pró Música da Universidade Federal de Juiz de Fora, cidade do sul de Minas situada na Zona da Mata, promoverá a partir do dia 31 de outubro, ao longo da primeira semana de novembro, o 26º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, composto por concertos, palestras, cursos e oficinas. As atrações e eventos serão oferecidos em ambientes como o Cine-Theatro Central e o Parque Halfed, além das igrejas São Sebastião e do Rosário, de manhã, de tarde e à noite. De acordo com a programação oficial, entre os dias 31 e 1, a primeira atividade será o curso Música pela Estrada Real (Educação Musical), ministrado das 9 às 12 e das 14 às 18 horas por Cecília Cavalieri França, no Auditório Geraldo Pereira do Instituto de Artes e Design da UFJF.
A série de concertos será aberta pela Orquestra Barroca da Amazonas (OBA) no domingo, 1º de novembro, a partir das 20 horas, no Cine-Theatro Central. A Orquestra Barroca do Amazonas (OBA) foi criada em 2009 com o objetivo de enfatizar o repertório luso-brasileiro do século XVIII ao início do XIX, assim como as suas fontes estilísticas advindas principalmente da Itália, da Espanha e da música dos Períodos Galante e Clássico. O grupo toca instrumentos históricos, com uma abordagem interpretativa que associa fontes coevas e a reflexão musicológica.
A OBA formou-se com músicos que se encontraram na Universidade do Estado do Amazonas na condição de professores e de alunos de graduação e pós-graduação, interessados no imenso patrimônio brasileiro do período colonial, especialmente dos séculos XVIII e começo do XIX. Desde sua criação, a Orquestra mantém intensa atividade, apresentando-se regularmente no Brasil e no exterior (Itália, Espanha e Portugal), seja em festivais, espaços históricos, bem como salas de concerto e teatros modernos. Em 2013, lançou o CD Dei Due Mondi, com obras de autores italianos e ibéricos que influenciaram a formação do contexto lusófono em que se insere o Brasil. Recentemente a Orquestra Barroca do Amazonas gravou o álbum DRAMMA, que traz um repertório de árias e concertos de alguns dos maiores compositores do século XVIII.
A dedicação à preservação e ao restauro de partituras do patrimônio musical do Brasil colônia e a vanguarda na utilização de instrumentos de época para a divulgação deste acervo colonial e barroco deram ao Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga reconhecimento nacional e internacional, além de inúmeras premiações. A ampliação de espaços para a música colonial brasileira e para o movimento da música antiga com instrumentos de época é uma das metas que o evento alcançou. Hoje o mercado brasileiro produz e comercializa um número cada vez maior de produtos do gênero.
Mas foi o festival juiz-forano que abriu caminho para isso, com a pesquisa, a recuperação, o restauro e o registro da música histórica nacional. O evento revolucionou o cenário cultural nacional de música erudita com o vasto acervo produzido de álbuns, livros e DVD e dando a um público diversificado e crescente acesso a um tipo de produção cultural que poderia ficar restrita a iniciados e a acadêmicos. Para Juiz de Fora, o Festival cumpre a missão assumida pelo Centro Cultural Pró-Música de aprofundar o trabalho de formação de gerações de jovens músicos locais, enquanto que, para o Brasil, funciona como um verdadeiro fórum de discussões e intercâmbio entre os maiores conhecedores de diversos instrumentos em temas tão especializados e importantes como a música colonial brasileira e antiga.
A partir de 2011, ano da incorporação do Centro Cultural Pró-Música, a UFJF se une aos patrocinadores do evento e realiza, em 2015, a primeira edição do festival sob sua inteira organização. Nesta oportunidade, a 26ª. edição do Festival apresentará uma grande união de esforços em prol da difusão da cultura musical, num momento em que o país atravessa período conturbado por graves crises financeiras e políticas. Sua realização revela o compromisso da Universidade Federal de Juiz de Fora com a pesquisa, o ensino e a extensão no campo da cultura.

Trio Musa Brasilis
Órgão suplementar da Reitoria da UFJF, incorporado à universidade em junho de 2011, o Centro Cultural Pró-Música é reconhecido por sua vasta e contínua atuação no campo da cultura. São mais de 40 anos de contribuição, sobretudo para a formação musical e para a pesquisa e a divulgação da música colonial brasileira e da música antiga, trabalho cuja principal vitrine tem sido o tradicional Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga.
Com uma sala de espetáculos de 500 lugares — o Teatro Pró-Música —, e espaço para exposições de artes plásticas e visuais — a Galeria Renato de Almeida —, a instituição se abre para acolher outras manifestações culturais, proporcionando a artistas e produtores locais a oportunidade de apresentarem suas obras em dois espaços amplos e confortáveis em pleno centro, na principal avenida de Juiz de Fora, a Rio Branco.
A incorporação do Pró-Música à UFJF assegurou à instituição o status de órgão suplementar da Reitoria, a exemplo do Cine-Theatro Central, do Museu de Arte Murilo Mendes e do Coral Universitário. A união foi aprovada pelo Conselho Superior da UFJF em março de 2011 e oficializada em solenidade realizada em 9 de junho desse mesmo ano, com a doação do patrimônio material e imaterial do Pró-Música à UFJF. Foram três anos de estudos sobre a viabilidade da proposta feita à universidade pela família Sousa Santos, fundadora da instituição na década de 1970, que viu na incorporação a possibilidade de assegurar a continuidade dos projetos realizados pelo Pró-Música.
Essa união histórica aproximou definitivamente duas instituições que, com trajetórias paralelas, realizaram inúmeras parcerias ao longo de 40 anos, com o apoio fundamental da Reitoria a diversas iniciativas, incluindo auxílio para a aquisição de um piano de cauda alemão e contribuição para a construção da sede na Avenida Rio Branco. A incorporação aconteceu em momento ímpar, como consequência do protagonismo assumido pela cultura na universidade com a criação, em 2006, da Pró-reitoria de Cultura, unidade que centralizou os órgãos culturais da instituição.
O Centro Cultural Pró-Música (CCPM) surgiu em dezembro de 1971 como entidade civil sem fins lucrativos, com a proposta de promover mensalmente um concerto de música erudita, a fim de incentivar a formação de público para o gênero. Em pouco tempo, os fundadores — o casal Maria Isabel e Hermínio de Sousa Santos — não só superaram a meta do concerto mensal, como ampliaram o projeto, firmaram parcerias e conquistaram a sede própria. Acima de tudo, construíram as bases para a consolidação de uma obra pioneira, que cresceu e se diversificou com o apoio da sociedade local, a iniciativa privada, de instituições públicas e leis de incentivo, projetando Juiz de Fora como celeiro de músicos e, uma vez por ano, durante seu tradicional festival, como a capital da música colonial brasileira.
Além de prestigiadas pelo público, as ações desenvolvidas pelo Pró-Música alcançaram reconhecimento nacional, com a outorga de diversos prêmios a realizações como o Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, que em 2000 recebeu o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na categoria preservação de bens móveis e imóveis. Em 2002, o Pró-Música recebeu a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura por sua contribuição na divulgação mundial da cultura brasileira.
Para localizar endereços, obter mais informações como valores de taxas, formas e prazos de inscrição e conferir se não ocorreram mudanças na programação consulte www.festivalmusicaantigajf.com.br

Coro Acadêmico da UFJF (Fotos: Assessoria de Imprensa do CCPM)
Concertos
01/11 | 20h : Concerto de Abertura: ORQUESTRA BARROCA DO AMAZONAS
Local: Cine-Theatro Central
02/11 | 20 h : ACADEMIA DOS RENASCIDOS (Teatro Pró-Música
03/11 | 20 h : SOLISTAS DA ORQUESTRA BARROCA DO AMAZONAS (Igreja São Sebastião
04/11 | 20 h: TRIO MUSA BRASILIS (Teatro Pró-Música)
05/11 | 20 h: CORO ACADÊMICO DA UFJF (Igreja do Rosário)
06/11 | 20 h : MÚSICA FRANCESA DO SÉCULO XVIII (Igreja São Sebastião)
07/11 | 20 h: DAVID CASTELO E ANA Cecília TAVARES (Igreja do Rosário)
08/11 | 20 h: Concerto de encerramento: BRUNO PROCÓPIO (Capela do Colégio Academia)
Concertos Diurnos
I CORO ACADÊMICO DA UFJF
31/10, Escadaria do Cine-Theatro Central, 12 h • 01/11, Shopping Independência, 13 h • 06/11, Shopping Santa Cruz, 12 h • 07/11, Parque Halfeld, 12 h • 08/11, Centro de vivência Campus UFJF, 10 h
Cursos e Oficinas
31/10 e 01/11| 9 h às 12 h – 14 h às 18 h
MÚSICA PELA ESTRADA REAL (EDUCAÇÃO MUSICAL)
Cecília Cavalieri França
Local: Auditório Geraldo Pereira – Instituto de Artes e Design/UFJF
02/11 a 06/11 | 9h – 12h
Local: Instituto de Artes e Design/UFJF
INSTRUMENTOS HISTÓRICOS DE CORDAS DEDILHADAS
Nicolas de Souza Barros
FLAUTA DOCE
David Castelo
CRAVO E PIANO
Bruno Procópio
VIOLONCELO BARROCO
Edoardo Sbaffi
VIOLINO E VIOLA BARROCOS
Gustavo Medina
CANTO-REPERTÓRIO LUSO-BRASILEIRO
Alberto Pacheco
CANTO- REPERTÓRIO BARROCO
Veruschka Mainhard
TRAVERSO
Márcio Páscoa
MÚSICA DE CÂMARA I 14 h às 15h30
Mário Trilha
DANÇAS BARROCAS
Osny Fonseca
Palestras
02/11 | 16 h: O VIOLONCELO A CINCO CORDAS E OS MODELOS DE BAIXO DE VIOLA NOS
SÉCULOS XVII E XVIII
Professor Doutor Edoardo Sbaffi (UEA)
Local: Auditório Geraldo Pereira – Instituto de Artes e Design/UFJF
03/11 | 16 h: O CANTO DOS CASTRATI: DA ITÁLIA AO BRASIL
Professo Doutor Alberto Pacheco (UFRJ)
Local: Auditório Geraldo Pereira – Instituto de Artes e Design/UFJF
04/11 | 16 h: RETÓRICA MUSICAL
Professor Doutor Márcio Páscoa (UEA)
Local: Auditório Geraldo Pereira – Instituto de Artes e Design/UFJF
05/11 | 16 h: A MÚSICA POPULAR E ERUDITA PIONEIRA DO AFRO-BRASILEIRO LINO JOSÉ NUNES (1789-1847)
Professor Doutor Fausto Borém (UFMG)
Local: Auditório Geraldo Pereira – Instituto de Artes e Design/UFJF
06/11 | 16 h: MUSICOLOGIA HISTÓRICA TRADICIONAL
Professor Doutor Mário Trilha (UEA)
Local: Auditório Geraldo Pereira – Instituto de Artes e Design/UFJF
Exposição
04/11 | 18 h: ABERTURA DA EXPOSIÇÃO “O QUE VEJO É MÚSICA”
Local: Galeria Renato de Almeida (Teatro Pró-Música)

Terra natal do escritor Murilo Mendes, do ex-presidente Itamar Franco e dos músicos Tavinho Moura e Fabrício Conde, Juiz de Fora fica ao sul de Minas, na região conhecida por Zona da Mata
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