1526 – Kátya Teixeira (SP) anuncia agenda de lançamentos com dois novos álbuns e livro de memórias para marcar 28 anos de carreira*

#MPB #Literatura #CulturaPopular

Primeiro disco de Canções Para Atravessar a Noite Escura – Canções na Quarentena já chegou às plataformas digitais, com gravações acústicas ao vivo baseadas no repertório dos shows Acalantos

*Com Mercedes Cumaru

Ao completar 28 anos de carreira, a cantora e compositora paulistana Kátya Teixeira fará uma série de ações comemorativas a começar pelo lançamento do primeiro álbum que integra o disco Canções Para Atravessar a Noite Escura | Canções na Quarentena, já disponível nas plataformas digitais. Acústico, o álbum foi gravado ao vivo em estúdio e traz as canções que fizeram parte de Acalantos, apresentação virtual que Kátya protagonizou em março de 2021, com recursos da Lei Aldir Blanc, pelo Proac SP.

O show Acalantos que deu origem ao CD, contou com a participação de André Venegas e da contadora de histórias Nani Braun. O espetáculo foi realizado dentro de uma proposta artística para o público infanto-juvenil, mas o olhar para o mesmo repertório difere a partir da percepção de cada pessoa. Nas canções presentes nesta obra, pr’além de acalentar pais e filhos, existe a intenção de acessar a nossa criança interior, sobretudo, com todos os acontecimentos dos últimos anos, nos quais estamos lidando com tanta dor e luto, pandemia, questões sociais, ambientais e políticas tão duras. Andamos, de fato, muito carentes de afeto e fé de que isso tudo vai passar. Parafraseando o poeta Thiago de Mello: ‘…faz escuro mas eu canto, porque a manhã já vai chegar“, escreveu Kátya Teixeira ao detalhar a essência do recente trabalho.

Continuar lendo

1504- Cultura popular do Brasil perde mestre Vidal França, cantor, compositor e maestro baiano

#MPB #Aporá #Bahia #CulturaPopular

Na minha terra, as estradas são tortuosas e tristes/Como o destino de seu povo errante/

Viajou?/Se ardes em sede/Bate sem susto ao primeiro pouso e terás/Água fresca para a tua sede/Rede cheirosa e branca para teu sono/

Na minha terra o cangaceiro é leal e valente/Jura que vai matar e mata/Jura que morre por alguém e morre/

Nasci nos tabuleiros mansos do Quixadá/Me criei nos canaviais do Cariri/Entre caboclos belicosos e ágeis/

Eu sou o seringueiro que foi destravar a selva virgem do Amazonas/

Eu sou o sertanejo que planta de sol a sol o algodão para vestir o Brasil/

Brasil onde mais energia?/Nas águas de um só destino do teu Salto de Sete Quedas/Ou na vida de mil destinos do teu jagunço?/Aventureiro e nômade/Filho de gleba/Fruto em sazão ao sol dos trópicos!/

Eu sou o índice de um povo:/Se o homem é bom, eu o respeito/Se gostar de mim, morro por ele/Se no entanto, por ser forte, entender de humilhar-me:/Ai, sertão, viverei o teu drama selvagem/Te acordarei ao tropel de meu cavalo errante/Como antes te acordava/Ao choro de minha viola.

Terra Bárbara, faixa do álbum Fazenda, de Vidal França, que interpreta texto de Jader de Carvalho

Da minha parte, continuo com o meu compromisso com a arte, e os meus parceiros têm essa mesma visão: de não se deixar levar pelo sistema, pela falsa democracia, lutando contra a correnteza, preservando a cultura e o povo (Vidal França)

O cantor, compositor e instrumentista Vidal França morreu de causas naturais no sábado, 12 de fevereiro, na cidade de São Paulo, onde foi velado e sepultado no Cemitério de Vila Alpina no dia seguinte. Filho do cantor, compositor e repentista Venâncio (da dupla Venâncio e Corumba), o pai há 76 anos o batizara como José Calixto de Souza, após nascer em Aporá, no sertão da Bahia, em 7 de outubro de 1946. Venâncio queria seguir a carreira artística e com o garoto ainda com 7 anos veio com a família para a cidade de São Paulo, em 1953. Na terra que o acolheu e onde dezenas de pessoas entre familiares e amigos durante a despedida prestaram a Vidal França as últimas homenagens cantando sucessos de sua discografia, o músico cursou a Faculdade Superior de Música São Paulo, onde se formou maestro arranjador, outra de suas habilidades.

Composições do mestre maestro Vidal França são tocadas em meus aparelhos de som desde o começo da juventude, em sua própria voz, por João Bá e Dércio Marques (estes dois dos seus principais parceiros, também já chamados ao Plano Maior) ou Diana Pequeno e Katya Teixeira, por exemplo. Em maio de 2015, muito honrado, estive com ele em um dos saraus que o Instituto Juca de Cultura (IJC) costumava promover, no bairro paulistano Sumarezinho, sob a batuta do anfitrião poeta e compositor Paulo Nunes, suspensos há já quase dois anos por conta do flagelo da Covid-19.

A morte de Vidal França nos pegou todos de surpresa e ocorreu no mesmo dia em que partiu – bem antes do combinado – também minha ex-esposa, Rosa Barna, fechando uma semana em que já haviam nos deixado outro amigo querido, aqui de São Roque (SP), e um tio de minha atual companheira, Andreia Beillo. Quatro pauladas para  lutos que ainda me abatem, fases para as quais jamais estaremos totalmente prontos para experienciar e compreender, ainda mais quando nos privam de pessoas que se dedicaram ao bem comum e promoveram a cultura do amor e da paz entre seus valores.

Continuar lendo

1374 – Vozes Bugras conta trajetória de 18 anos em apresentações contempladas pela LAB

#MúsicaBrasileira #MúsicaIndependente #CulturaPopular

Episódios começam no dia 18 de abril e ficarão disponíveis por 24 horas  

jornaslistas antifascistasO grupo paulistano Vozes Bugras está completando 18 anos de contribuições para a música de qualidade e a cultura popular e para celebrar este momento e compartilhar suas inúmeras realizações, promoverá uma série de apresentações virtuais (lives) a partir do domingo, 18 de abril, retratando sempre a partir das 20 horas o repertório e as pesquisas produzidas neste período. Os conteúdos poderão ser acompanhados pelo canal cujo linque estará disponível ao final desta atualização; o projeto conta com recursos do edital ProAc Expresso Lei Aldir Blanc (LAB) 39/2020, por meio do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, além do apoio Associação de Teatro de Atibaia (ATA), onde foram promovidas as gravações.

Continuar lendo