1387 – Já está disponível nas plataformas virtuais o álbum Viola Paulista II, com as 20 canções

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As tradicionais audições matinais aos sábados aqui no Solar do Barulho, onde fica o boteco do Barulho d’água em São Roque, Interior de São Paulo, começaram neste dia 1 de maio com Viola Paulista II, agora disponibilizado na integra desde meados de março nas plataformas virtuais do selo Sesc Digital com os cinco epês que formam a coletânea, totalizando 20 canções. O mapeamento do instrumento no estado bandeirante, portanto, agora está completo e mereceu, inclusive, o programa levado ar em 15 de abril no Revoredo, da USF FM, com apresentação do maestro José Gustavo Julião Camargo e cujo linque para ser ouvido e baixado estará ao final desta atualização.

O projeto Viola Paulista tem a curadoria do violeiro, compositor, professor universitário e pesquisador Ivan Vilela, que convidou inclusive violeiras tais quais Adriana Farias e Juliana Andrade, representantes de um crescente protagonismo feminino no mundo da viola.  

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1078 – Noneto de Casa, grupo paulista, é atração do Museu da Casa Brasileira (SP) neste domingo sem futebol

Repertório da banda  passeia por gêneros como samba, baião, afro-latin, maracatu e jazz e no show de domingo terá também sucessos de Hermeto Pascoal
Marcelino Lima, com assessoria de imprensa do MCB  (Foto do Noneto de Casa:  Lucas Mercadante)

A bola não vai rolar no domingo, 8, pela Copa do Mundo da Rússia, abrindo para quem curte além de futebol música de qualidade a possibilidade de conhecer o trabalho do grupo paulista Noneto de Casa, anunciado como atração do Museu da Casa Brasileira, situado em São Paulo. Com entrada franca, a apresentação está prevista para começar às 11 horas. Passeando por gêneros como samba, baião, afro-latin, maracatu e jazz, a banda apresentará músicas do terceiro e mais recente álbum da discografia, Resbucando, além de canções de Hermeto Pascoal cuja obra será revisitada no disco seguinte do Noneto de Casa.

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1071 – “Café, Causo e Viola”, do Sesc São José dos Campos (SP), presta tributo a Inezita Barroso

Cantoria em homenagem à rainha da música caipira é uma das atrações de junho, mês que terá ainda naquela unidade apresentações de Victor Batista, Duo Purunga e Acordais, sem cobranças de entradas

Marcelino Lima

Oficinas, vivências, passeios, cinema e apresentações musicais compõem as atividades que o Sesc São José dos Campos promove a cada nova edição do projeto Café, Causo e Viola, que tem por meta integrar elementos marcantes da cultura regional e das tradições caipiras. Os concertos e cantorias são oferecidos ao som de violas e procuram tanto abrir espaços para músicos que estão começando suas trajetórias, como se verá no lançamento do álbum Viola Paulista (objeto de matéria na atualização anterior), quanto prestar tributos a expoentes nacionais que contribuem ou contribuíram para a divulgação, preservação e afirmação das modas de viola e seus gêneros correlatos. Dentro deste propósito, o mês de junho naquela unidade do Sesc do estado de São Paulo estará repleto de boas atrações, entre as quais um dos destaques é o tributo à rainha da música caipira Inezita Barroso, programado para o sábado, 9, e que porá a partir das 20 horas, no palco do Ginásio, Marcelo Jeneci, As Galvão, Maria Alcina, Consuelo de Paula e Claudio Lacerda. Em Canta, Inezita!, eles relembrarão sucessos consagrados pela ex-apresentadora do programa Viola, Minha Viola,  acompanhados por Ana Rodrigues (piano / acordeão), Zafe Costa (clarinete), Davi Martin (contrabaixo), Rafael Mota (bateria/percussão), Samuel Lopes (violoncelo) e Paulo Henrique Serau (violão/viola caipira/direção musical e arranjos).

O Ginásio do Sesc de São José dos Campos comporta público de até 650 pessoas. O ingresso para maiores de 16 anos está à venda nas bilheterias da unidade a preços que variam de R$9,00 e R$30,00.

Maria Alcina, Cláudio Lacerda, As Galvão, Marcelo Jeneci e Consuelo de Paula protagonizarão a homenagem a Inezita Barroso

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1041- Atração do Circuito Sesc das Artes, Projeto 4 Cantos passará por nove cidades paulistas em abril

O Projeto 4 Cantos, formado por Cláudio Lacerda (Botucatu/SP), Luiz Salgado (Araguari/MG), Rodrigo Zanc (São Carlos, São Paulo) e Wilson Teixeira (Avaré/SP) voltará a estrada como atração do Circuito Sesc de Artes/2018, planejado para levar a 120 cidades paulistas espetáculos gratuitas de circo, dança, música e teatro, exibição de filmes,  oficinas de literatura, artes visuais e tecnologias e artes, com censura livre. A iniciativa da entidade tem a parceria das prefeituras e sindicatos do comércio locais. O 4 Cantos passará por nove municípios, com a primeira parada em Itapira, localizada a 173 quilômetros da Capital, na região de Campinas. Todas as apresentações começarão às 20 horas (ver quadro abaixo). Continuar lendo

1033 – Em Beagá (MG), segunda rodada do projeto Viola de Feira terá Bilora e Letícia Leal

Picuá Produções Artísticas, estabelecida em Belo Horizonte (MG), promoverá em 25 de março a segunda rodada do projeto Viola de Feira, por meio do qual pretende fomentar e difundir a música de viola caipira oferecendo concertos mensais que transcorrerão no Centro Cultural Padre Eustáquio, abertos por Chico Lobo e Jéssica Soares em 25 de fevereiro. Durante as apresentações, ponteado por dois ases do estado, o instrumento de dez cordas será a maior atração. Em 25 de março, a partir das 11 horas, a honra de tocá-lo caberá a Bilora Violeiro e Letícia Leal. O local escolhido é estratégico, pois atende a toda a região Noroeste da Capital mineira; anexa ao Centro Cultural é promovida a Feira Coberta — tradicional evento e ponto de encontro de belo-horizontinos que, portanto, constituem ótima oportunidade para feirenses e público em compras entrar em contato com a verdadeira cultura de raiz.

O Viola de Feira contará com recursos da Lei de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura (projeto 288/2015), com patrocínio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e Impacto Conservação e Limpeza Limitada, conforme os termos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Sempre no último domingo de cada mês, um violeiro receberá um convidado, de forma que se possa estabelecer entre ambos e a plateia vínculos culturais, estabelecendo, ainda, diálogos com a música brasileira. 

Para que a arte de pintar também faça parte do Viola de Feira, o cenário dos espetáculos será pintado pela artista plástica Marina Jardim durante a primeira edição do projeto. No local haverá mostra de produtos orgânicos do Armazém do Campo, espaço de comercialização permanente de produtos da Reforma Agrária, vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),  fruto da arte de se trabalhar a terra. O projeto, portanto, possibilita um leque de opções, de encontros e trocas culturais, jogando um facho de luz sobre a cultura brasileira.

Campeão de festivais

Bilora nasceu em Santa Helena de Minas, cidade situada no Vale do Mucuri, pertinho da divisa com o Sul da Bahia e do Vale do Jequitinhonha. Naquela região teve estreito contato com manifestações da  cultura popular como folias, batuques, cantigas de roda, contradanças, festas juninas e cordéis, experiências que ajudaram a moldar seu perfil artístico. Atualmente, Bilora reside em Contagem, uma das mais importantes cidades das Minas Gerais                                                 

Formado em Letras, atuou por uma década como professor de Língua Portuguesa e de Literatura Brasileira. Por outros três anos, foi instrutor de Oficina de Música no interior  do Estado. É um dos compositores mais premiados em festivais da canção promovidos em municípios de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia, Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Goiás: em sua estante de troféus conta-se mais de 140 peças. Entre os mais destacados, aponta o Canta Minas/95, no qual faturou com três prêmios oferecidos pela Rede Globo Minas, organizadora do certame. Bilora também venceu as duas edições do festival Canto das Águas de Três Marias/MG — em 2008 e em 2010 — e a edição 2005 do concorrido Fampop, promovido anualmente em Avaré (SP). Com  a música Tempo das Águas ficou em terceiro lugar no Festival da Música Brasileira de 2000, organizado pela Rede Globo. Em 2014 faturou o Festival de MPB de Ilha Solteira (SP), três anos depois de ser um dos selecionados pelo Projeto Música Minas Intercâmbio Internacional para shows em Buenos Aires, capital da Argentina.

 

A discografia de Bilora é formada pelos álbuns De Viola e Coração; Tempo das Águas; Nas Entrelinhas; e Balanciô— este mais recente com composições dedicadas à região natal e com participações da comunidade de onde nasceu, do filho Djavan Carvalho (Djah) e de índios Maxakali. O disco recebeu o Prêmio Rozini de Excelência da Viola Caipira como melhor de viola em 2013.                                                                          

Músicas de Bilora foram gravadas por variados músicos, grupos, corais e orquestras do país e algumas de suas composições enriquecem dezenas de álbuns coletivos. É um dos cinco ases do projeto VivaViola – Sessenta Cordas em Movimento, que é dos mais aclamados pela crítica e pelo público mineiros formado por ele, Wilson Dias, Gustavo Guimarães, Pereira da Viola e Joaci Ornelas. Quem segue o projeto Causos e Violas das Gerais do SESC/MG,  que percorre o Interior do estado de Minas Gerais, também conhece o valor do trabalho de Bilora, compositor que preza pelo valor poético de suas letras juntando-as ao universo da cultura popular e da viola caipira.

Versatilidade

A cantora, compositora e instrumentista Letícia Leal revela quando toca a viola como é possível inserir com majestade no cenário atual da música brasileira um instrumento que muitos podem considerar antigo. Do sertão à cidade, do clássico ao contemporâneo, com Letícia Leal a viola de 10 cordas transforma-se em meio no qual tantas vertentes do nosso Brasil se sobressaem: à música de raiz, ela acrescenta jazz, blues, folk, choro e música afro. 

 

Natural de Teófilo Otoni,  quem a vê pela primeira vez expressando tanto talento, versatilidade e destreza talvez desconheça que está diante de uma música que começou a tocar há menos de dez anos, conforme revelou a jornalista Thais Oliveira, na edição eletrônica de 22 de outubro de 2016 do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Letícia está preparando o primeiro álbum autoral, mas sem deixar de se dedicar à disseminação da cultura popular  — missão que abraçou em 2010. Entre os prêmios que já levou para casa constam o terceiro lugar do concurso de Melhor Violeiro realizado pela TV Globo Minas em 2012, dentre 815 inscritos. Brasil à fora, já se apresentou e subiu ao palco com expressivos nomes da música do Estado como Dona Jandira, Pereira da Viola, Fernando Sodré e Celso Adolfo. É integrante da Diretoria do Instituto Viva Viola, da Associação Nacional dos Violeiros do Brasil, coordenadora em Belo Horizonte e artista integrante do Dandô – Circuito de Música Dércio Marques, que em 2014 recebeu o Prêmio Brasil Criativo, do Ministério da Cultura.

994 – Colabore para a gravação de Coração Caminhador, novo álbum autoral de Victor Batista (MG/GO)

Coração Caminhador é o nome que o cantor e compositor mineiro Victor Batista, radicado em Pirenópolis (GO), escolheu para batizar o álbum comemorativo aos 20 anos de trajetória artística o qual pretende trazer à luz com a generosa colaboração de amigos e admiradores, por meio de uma campanha de arrecadação, já disparada pela plataforma Benfeitoria, que estipula recompensas diversas, conforme a quantia doada. As 13 composições e quatro vídeos, inéditos, já estão prontos para serem gravados, trazem novas parcerias e participações especiais. A vaquinha virtual deverá cobrir o processo de finalização, que inclui as etapas de edição, mixagem, masterização e elaboração da arte gráfica do encarte antes do encaminhamento à fábrica para a reprodução de 1000 exemplares. Caso não consiga arrecadar o valor estipulado, um mínimo de R$10.200,00, Victor Batista devolverá o dinheiro aos contribuintes e o projeto será arquivado.

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854- Cláudio Lacerda mescla em “Trilha Boiadeira” clássicos e composições próprias sobre personagem que representa a brasilidade e tem força de mito

O cantor e compositor paulistano Cláudio Lacerda lançará nesta sexta-feira, 15, o quarto álbum de sua carreira, no palco da unidade Pompeia do Sesc de São Paulo. Trilha Boiadeira, inicialmente gravado para marcar os 10 anos do canal de agronegócios Terra Viva, reúne 12 faixas e está acondicionado em um belíssimo estojo cujo encarte traz figuras de boiadeiros em atividade ou solitários, paisagens e animais com os quais deparam na, além de apetrechos da lida como se entalhadas em madeira ou curtidas em couro. Os arranjos da maioria das composições, releituras de clássicos dos gêneros caipira e regional, são de Neymar Dias, multi instrumentista da melhor cepa que fará parte da comitiva levando a viola de dez cordas à garupa, ao lado de Igor Pimenta (baixo acústico), Thadeu Romano (acordeon) e Kabé Pinheiro (percussão).

Além de Disparada, obra de Théo de Barros e Geraldo Vandré vencedora do lendário festival da TV Record de 1966 em interpretação do saudoso Jair Rodrigues, o repertório inclui duas das consideradas mais belas músicas do cancioneiro rural de todos os tempos, Boiadeiro Errante (Teddy Vieira) e Boi Soberano (Carreirinho, Izaltino Gonçalves e Pedro Lopes), de acordo com avaliações e pesquisas do  jornalista José Hamilton Ribeiro apontadas na edição revista e ampliada em 2015 Música Caipira: As 270 maiores modas. O conjunto da obra de Cláudio Lacerda e seus ponteiros, no entanto, não guarda apenas estas virtudes, mas recoloca em foco uma das mais marcante e mítica personagem da cultura popular, a qual estão associadas tradições e valores que evocam a brasilidade que constitui a alma típica e autenticamente sertaneja.

Mais do que uma profissão vinculada a uma atividade comercial presente no mundo rural, exercida coletivamente, posto que uma de suas formas de organização são as comitivas (nas quais há, inclusive, funções predeterminadas), é individualmente que o boiadeiro se afirma e se insere no cenário que representa e na história. Nas jornadas com os bois ou boiadas, este se torna protagonista de sagas que percorrem paisagens de tirar o fôlego, sim, mas transcorrem quase sempre em ambientes rústicos ou hostis, o que exige dele valentia e bravura.

O boiadeiro, entretanto, para além de um homem bruto que em certa medida ou contraditoriamente também se diviniza, possui também habilidades e é dotado de sensibilidades terrenas que ajudam a consolidar mais do que a lenda de um herói o perfil de homem ideal, justo e admirado, tanto pelos companheiros, quanto pelos patrões e, claro, pela correspondente feminina.  Isto sem contar que é, ainda, a ligação espiritual entre o sacro e o profano à medida que se torna o eleito para, sempre com justeza e respeito, inclusive, zelar pela sorte do próprio boi, animal que também possui sua aura mística e sagrada, impedindo que o bicho, em sua condição de animal, sofra mais do que o aceitável ou permitido para que sua carne, leite e couro sirvam às nossas necessidades; ainda que do boi só não se aproveite o berro, como sacou  o cearense Ednardo, desenvolve-se entre ambos os seres ligações afetivas tão intensas a ponto de, na hora cruel do abate, o carrasco evitar baixar o cutelo por reconhecer ali seu animal de estimação e ser lambido por este.

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Óleo sobre tela disponibilizado na internet, sem atribuição do crédito ao artista plástico, representa a lida de boiadeiros

O  campo e os ofícios que ele contém, enfim, é representativo do todo: evoca belezas naturais e inocência, paz, tranquilidade, redenção e poesia, mas também esboça um território no qual se manifestam ódio e brutalidade; há rivalidades, inclusive as inflamadas pela inveja e pelo amor, provocativas de dores e de conflitos, tragédias, sofrimento e morte (“boiadeiro veio tarde, veja a cruz no estradão!”). Este universo está bem delineado e presente não apenas na mais nova obra Cláudio Lacerda cuja discografia já oferece aos amigos e fãs Alma Lavada, Alma Caipira e Cantador. O berrante para que comece o aboio de lançamento de Trilha Boiadeira soará às 21 horas, ajeite a sela, prepare o seu coração e aproveite a viagem: vai ter poeira cobrindo a estrada, sol queimando o rosto, rios caudalosos a serem atravessados, caboclinhas acenando à janela, mas ninguém terá pressa de chegar…

Cláudio Lacerda já dividiu palco e faixas de seus discos com Dominguinhos, Renato Teixeira e, recentemente Amelinha, compõe com Luiz Salgado (Araguari/MG), Rodrigo Zanc (São Carlos/SP) e Wilson Teixeira (Avaré/SP) o projeto cultural 4 Cantos; com Zanc protagoniza ainda tributos a Pena Branca e Xavantinho. Em Trilha Boiadeira assina parcerias com Adriano Rosa e vários ícones da música de raiz como Neymar Dias, Zé Paulo Medeiros, Teddy Vieira, Almir Sater, Renato Teixeira e Paulo Simões.

O Sesc Pompeia fica na rua Clélia, 93, e para mais informações disponibiliza o número de telefone 11 3871-7700.

765 – Casa Aberta, segundo álbum de Wilson Teixeira: entre, puxe sua cadeira, aprecie sem moderação e fique o quanto quiser….

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Junto ao portão, o violeiro Wilson Teixeira espera amigos e admiradores para os quais tem a Casa Aberta e uma vez lá dentro conduzirá a um pomar repleto de goiabeiras, laranjeiras e outras árvores carregadas de frutos, incluindo uma buriti, os que aceitarem o agradável convite para ouvir as 10 faixas do seu novo álbum, o segundo da carreira e que acabou de sair do forno – conforme ele mesmo, à lenha, já que não foi assado com pressa para assim ser melhor degustado, de forma que guardasse todos os sabores de uma autêntica iguaria de roça à qual se incluiu pitadas de baunilha urbana em doses certas para não macular o equilíbrio da receita elaborada para transitar entre o campo e a cidade.

Casa Aberta é uma mescla de música caipira, MPB e folk dedicada ao parceiro de estrada Salatiel Silva (São Paulo), mas todos os que já integram a lista que forma o público sempre crescente de Wilson Teixeira e os eventuais que se juntarem no caminho com certeza nela vão querer passar temporadas: o cantor e compositor de Avaré (SP), além da tradicional viola de dez cordas, sentou-se ao piano e, entre outros instrumentos, também toca na roda violão aço, ganzá e ukulelê.

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695 – Ao Bruno Bernini, aniversariante de hoje, nossos abraços fraternos e votos de sucesso!

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A agenda do Barulho d’água Música destaca hoje o aniversário do baterista Bruno Bernini, jovem músico de São Carlos (SP), amigo e grande incentivador deste blogue e para o qual enviamos em nome dos nossos leitores e seguidores votos de felicidade, na vida e na carreira!

Bruno Bernini é bastante conhecido do público que curte tanto os shows de Rodrigo Zanc, da mesma cidade dele, quanto do projeto cultural 4 Cantos — que além de Zanc reúne ainda Cláudio Lacerda (São Paulo/SP), Luiz Salgado (Araguari/MG), Wilson Teixeira (Avaré/SP), com violas e violões, e Ricieri Nascimento (baixo). Bruninho, como os mais próximos o conhecem, também integra as Bandas Fifth Season, formada por Rodrigo Zanin (guitarra e voz , filho de Zanc) e Ricieri Nascimento (baixo e voz), Combo Jazz e da Banda 7 Libras, da qual é fundador.

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Rodrigo Zanc (de chapéu), Wilson Teixeira (camisa escura), Cláudio Lacerda (de azul) e Luiz Salgado “engraxam a chuteira” do baterista Bruno Bernini durante show do Projeto Cultural 4 Cantos em São Paulo (Foto: Marcelino Lima/Acervos Barulho d’agua Música e Projeto Cultural 4 Cantos)

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694 – Cláudio Lacerda e Rodrigo Zanc (SP) homenageiam Pena Branca e Xavantinho em Santo André (SP)

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Foto acima e no detalhe, antes do título: Adriano Rosa (Campinas/SP)

O Sesc de Santo André (SP) programou para este sábado, 24, mais uma apresentação do show no qual os cantores Cláudio Lacerda (São Paulo) e Rodrigo Zanc (Araraquara) prestam tributo aos irmãos Pena Branca e Xavantinho. A cantoria começará a partir das 20 horas e o ingresso já está à venda por valores entre R$ 6 e R$ 20,00. O Sesc de Santo André fica na Rua Tamarutaca, 328-378, Vila Guiomar.

Canções eternizadas por uma das duplas mais autênticas, amadas e importantes do universo caipira são interpretadas por Cláudio Lacerda e Rodrigo Zanc neste show. Ambos propõem esta homenagem à Pena Branca e a Xavantinho para destacarem além da figura do homem do campo a boa musicalidade brasileira, seu folclore e sua cultura. As paixões dos amigos que cantam m dupla neste projeto pelo retrato de um Brasil caipira são facilmente observadas em seus trabalhos anteriores. Pena Branca e Xavantinho inovaram com um repertório que ultrapassou fronteiras e gravaram com enorme sucesso músicas de autores consagrados da MPB, como Milton Nascimento, Chico Buarque e Caetano Veloso. Em suas carreiras estiveram sempre muito bem acompanhados e assessorados por artistas inquestionáveis, tais como Rolando Boldrin e Renato Teixeira.

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Zanc e Lacerda dividiram o palco durante o último show com a presença de Pena Branca, hoje homenageado com o irmão Xavantinho (Foto: Marcelino Lima, galeria do Cine Olido, jun. 2013)

As paixões de Cláudio Lacerda e Rodrigo Zanc pelo Brasil caipira são facilmente observadas em trabalhos que já lançaram durante o ofício do “estradar”. Por meio de interpretações autorais, eles abrem novos caminhos para uma vertente que preserva histórias, causos, sons, ritmos, melodias e culturas. O público, portanto, tem contato com a criatividade autoral de cada um dos músicos e intérpretes, ao mesmo tempo em que testemunha surgirem novos sentidos ouvindo canções imortalizadas pelos mineiros, que se orgulhavam de serem caipiras por natureza.

A última apresentação do cantor Pena Branca ocorreu em 25 de janeiro de 2010, no Teatro do SESC Pompéia, em São Paulo; o irmão já havia subido ao Plano Celeste. Tratava-se de uma roda de violas entre ele, Cláudio Lacerda e Rodrigo Zanc. Ao final do show, os três decidiram vender aquele formato para outras freguesias.

Pena Branca faleceu dias depois, em 8 de fevereiro. Com três shows já marcados naquele momento, Cláudio e Rodrigo decidiram reverter o projeto inicialmente proposto para adaptá-lo ao tributo à dupla Pena Branca e Xavantinho, desde então unindo os dois cantadores em shows pelo Brasil. 

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Foto: Marcelino Lima/Acervo Barulho d’água Música

CLÁUDIO LACERDA

Paulistano filho de mineiros, Cláudio Lacerda estreou em 2003, ao lançar Alma Lavada. Dois anos depois, venceu o I Prêmio Rozini Nacional de Excelência da Viola Caipira, promovido pelo IBVC (Instituto Brasileiro de Viola Caipira) como melhor intérprete, feito repetido nas outras duas edições, realizadas em 2010 e em 2013. Já dividiu palco e faixas de seus discos com nomes como Dominguinhos e Renato Teixeira. Em 2007, gravou seu segundo álbum, Alma Caipira, e, em 2010, o autoral Cantador.

Atualmente Cláudio Lacerda está em estúdio gravando um novo trabalho, Estradas do Sertão, com participações de Neymar Dias (viola caipira, baixo, violão) e Toninho Ferraguti (acordeon), que reunirá músicas de autores consagrados como Tom Jobim e Chico Buarque. Ele também produziu, recentemente, Trilha Boiadeira, com canções sobre a atividade de boiadeiro, dele em parceria e com participações de Adriano Rosa e vários ícones da música de raiz como Neymar Dias, Zé Paulo Medeiros, Teddy Vieira, Almir Sater, Renato Teixeira e Paulo Simões para marcar os 10 anos do canal Terra Viva.

 

 

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Foto: Marcelino Lima/Acervo Barulho d’água Música

RODRIGO ZANC

Pesquisa a viola brasileira e suas influências há mais de 20 anos, lutando incansavelmente pela manutenção e propagação da cultura ligada ao instrumento. É natural de Araraquara, residente na vizinha São Carlos (SP). Participou de vários festivais, dentre eles o Viola de Todos os Cantos, da EPTV – Rede Globo, e chegou às finais de 2005 e de 2007.

Em 2006, lançou Pendenga, o primeiro CD. Em 2010, Rodrigo Zanc foi à Europa divulgar seu trabalho. Em 2013, produziu Fruto da Lida, selecionado para o 26º Prêmio da Música Brasileira. Embora Fruto da Lida esteja ainda apenas dando os primeiros passos, Rodrigo Zanc e seu parceiro, o compositor e letrista Isaías Andrade, já estão a pleno vapor alinhavando um novo álbum, desta vez com faixas apenas de ambos. Uma destas novidades, Dona Pombinha, Rodrigo Zanc já vem mostrando ao público em suas apresentações e também a incluiu no repertório do 4 Cantos, projeto cultural que ele e Lacerda mantém desde 2011 juntamente com Luiz Salgado (Patos de Minas/Araguari-MG) e Wilson Teixeira (Avaré/SP).