
Viola caipira no rock é algo que remete a Ricardo Vignini, define a Guitar Player. Vignini é um dos pioneiros na utilização do tradicional instrumento da cultura brasileira no gênero caracterizado pelo uso da guitarra elétrica e mistura ponteados da música caipira com riffs e fraseados de rock
A revista Guitar Player de março já está nas bancas e em suas páginas traz entre outras matérias sobre o universo do rock entrevista com o paulistano Ricardo Vignini. Integrante do grupo Matuto Moderno, um dos trabalhos no qual está envolvido e que no ano passado comemorou 15 anos de estrada, Ricardo Vignini vem se destacado no cenário nacional e no exterior pela excelência e maestria no trato com a viola de 10 cordas, talento que o tornou parceiro do mestre Índio Cachoeira e também do amigo Zé Helder em dois projetos bastante cultuados tanto pelos fãs da autêntica música caipira, quanto pelos amantes do heavy metal.
Viola caipira no rock é algo que remete a Ricardo Vignini, define Fábio Carrilho, autor do texto na Guitar Player. Vignini é um dos pioneiros na utilização do tradicional instrumento da cultura brasileira no gênero caracterizado pelo uso da guitarra elétrica. Ao dedilhar as cordas, ele mistura ponteados da música caipira com riffs e fraseados de rock — fusão que serve de base para o repertório dos cinco álbuns já gravados pelo Matuto Moderno e dos shows que regularmente a banda leva pelo Brasil. Em 2014, o violeiro mostrou ao público outras facetas de sua “viola guitarra”, recorda Carrilho, ao lançar o primeiro disco da banda Mano Sinistra, power trio formado por ele, o baterista Paulo Thomaz e o baixista Marcos Lucke.
Foi no ano passado que Ricardo Vignini gravou também Viola Caipira Duas Gerações, em duo com Índio Cachoeira. Já com Zé Helder, em 2011 saiu o fantástico Moda de Rock – Viola Extrema. Sucesso de vendas e de shows tanto no Brasil, quanto no exterior, sobretudo nos Estados Unidos, o álbum arrebatou um dos troféus do 3º Prêmio Rozini de Excelência de Moda de Viola, entregue em noite de gala no Memorial da América Latina, em junho de 2013.
A razão para tamanha repercussão é a adaptação de clássicos do rock para as cordas de duas violas, entre as quais In the Flesh, faixa de The Wall, do Pink Floyd, que nos dedos da dupla transformou-se em uma singela valsinha. Para quem não consegue conceber a ideia de Pink Floyd tocado assim, procure imaginar Aces High, do Iron Maiden, e Master of Puppets, do Metallica, levadas em ritmo de pagode de viola.
Além de músicas destas bandas, o Moda de Rock traz Led Zeppelin; The Beatles; Jimi Hendrix; Megadeth; Sepultura; Nirvana; Jethro Tull; e Ozzy Osbourne. Participam ainda o também violeiro Renato Caetano e Edson Fontes, este integrante dos grupos Favoritos da Catira e ainda do Matuto Moderno; na versão ao vivo e em DVD, Ricardo Vignini e Zé Helder contam com a participação do baiano Pepeu Gomes.
Rock do anos 1980 em Santo André
Quem mora em Santo André e cidades da região do ABCD, na Grande São Paulo, poderá conferir no dia 26 de março a dupla Ricardo Vignini e Zé Helder em ação. A partir das 21 horas, eles apresentarão na Comedoria do Sesc daquele município show do projeto Quintas Musicais – Movimentos Musicais. O repertório terá clássicos do rock brasileiro da década dos anos 1980, executados com novos arranjos especialmente elaborados para a viola caipira. O público curtirá, por exemplo, sons do Legião Urbana, Barão Vermelho e Paralamas do Sucesso, entre outras bandas que marcaram o período.
O Sesc Santo André fica na Rua Tamarutaca, 302, Vila Guiomar.
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