1620 – Fábio Jorge mergulha no universo do múltiplo artista Charles Aznavour e apresenta 12 canções de um dos mais populares cantores da França

#MPB #MúsicaFrancesa #França #Paris #Armênia

Cantor franco-brasileiro produziu seu mais novo álbum com interpretações emocionadas e arranjos sofisticados para reavivar sucessos e músicas “alternativas” do ícone parisiense que desafiou críticos, conquistou o mundo e gravou mais de 850 canções, enfocando com audácia entre outros temas que pinçava de notícias em jornais, assuntos como violência, acidentes de trânsito, divórcio e homossexualismo

O cantor Fábio Jorge acaba de lançar Fábio Jorge/Aznavour, com 12 canções do cantor Charles Aznavour, um dos mais populares e longevos cantores da França. “É um prazer celebrar Aznavour. Ele foi o maior ícone masculino da música francesa do século passado, trabalhou por mais de 60 anos. Trata-se de um dos maiores artistas do século passado, não somente da França, mas do mundo, além de ter cantado em muitos idiomas o que mostra sua versatilidade e universalidade”, afirmou Fábio Jorge.

No repertório há canções conhecidas como La Bohème, She, Que C’Est Triste Venise e outras alternativas como Ètre, Le Temps e Trousse Chemise. “O universo de Aznavour é muito rico, ele compôs mais 850 canções e gravou 2 mil. A escolha do repertório não foi fácil, se eu gravasse tudo que gosto, daria uns 6 álbuns pelo menos”, observou Fábio Jorge. “Optei por algumas clássicas, mas também por algumas nem tão conhecidas do grande público, escolhi as mais representativas para mim.”

Neste projeto o intérprete volta ao universo francês, após lançar o disco O Tempo com canções em português em 2021. “Fiz um hiato na música francesa, eu precisava falar para os brasileiros, sobre a situação sociopolítica e econômica durante a pandemia de Covid-19, agora volto ao francês porque é meu universo, é onde sou conhecido e reconhecido”. Embora adentre o universo de Aznavour, Fábio Jorge toma posse e traz sua personalidade às canções. “Eu leio a letra e visto a música. Eu sou um intérprete, muito mais do que um cantor. Tenho um trabalho intuitivo, transporto minha intuição como intérprete para canções já conhecidas”.

O projeto conta com a produção do próprio Fábio Jorge, com direção musical, piano e arranjo de Alexandre Vianna. Já a masterização ficou por conta de Edielson Aureliano, a arte de capa é de Gustavo Gontijo e o projeto gráfico de Leandro Arraes.

GIGANTE” REVOLUCIONÁRIO E GENEROSO

O homem que reinventou a chanson francesa, Charles Aznavour compôs mais de 600 canções e vendeu mais de 100 milhões de discos e ainda é uma estrela e um dos últimos grandes clássicos no estilo. Um dos poucos artistas franceses a fazer sucesso nos dois lados do Atlântico, suas canções não só fizeram parte da trilha sonora de gerações, como ainda influenciam jovens cantores que despontam em seu paí­s e mundo afora; ele apreciava essa juventude que pretende continuar a tradição, mas não gostava dos imitadores. Foi lição que aprendeu com Edith Piaf, durante os anos que passou em sua companhia como bom amigo e gentil secretário.

 “Vivi no séquito de Piaf por 8 anos, seguindo-a por toda parte, e fui seu amigo até o final da vida. Para um jovem cantor e escritor era uma oportunidade fantástica vê-la cantando todas as noites. Eu costumava ajudar com a iluminação, com o microfone…, mas não era exatamente um secretário… Piaf exerceu grande influência sobre mim, com ela aprendi que não devia fingir ser outra pessoa no palco, que devia ser eu mesmo, uma pessoa real.”

Aznavour subiu ao palco pela primeira vez em 1933. Filho de imigrantes armênios que escaparam do genocí­dio perpetrado pelos turcos em 1914, nasceu na capital francesa em 22 de maio de 1924. Foi chamado de Charles porque a enfermeira não conseguia pronunciar Varenagh Aznavourian, o nome escolhido por seus pais. Misha e Knar fugiram do paí­s pensando nos Estados Unidos da América, mas tiveram de rumar para a França porque a cota máxima de imigrantes armênios para ser levada à terra do Tio Sam já estava esgotada. Ele era barítono, ela atriz. Para sustentar a famí­lia apresentavam-se em lugares onde havia comunidades armênias populosas: Lyon, Marseille, Valence… Foi numa dessas performances que Charles estreou, aos 3 anos, recitando poemas para sua irmã, Aà¯da. Mas a renda era pouca, por isso o casal abriu um pequeno restaurante na Rue de la Huchette.

aznavour

Aznavour não se intimidou com as críticas e provocações e desafiando preconceitos no início da longeva carreira cantou ao seu modo a canção francesa, além de atuar por causas sociais fora dos palcos que lhe renderam menções e comendas de organismos internacionais. No Brasil foi atração em várias capitais de estados, entre as quais São Paulo, Recife e Curitiba

Os negócios foram bem por algum tempo, apesar da depressão que assolava a Europa; o problema maior era Misha, que, simplesmente, não conseguia cobrar dos imigrantes que jantavam em seu restaurante, o que resultou na primeira falência de outras pelo mesmo motivo: generosidade. Nessa época Charles fazia parte de uma companhia de teatro infantil e passou meses em turnê pela França e pela Bélgica como cantor e dançarino, até seu pai se alistar no exército voluntariamente.

Quando a Segunda Guerra eclodiu, Charles foi vender jornais nas ruas para ganhar o sustento. A situação começou a melhorar quando ele entrou num grupo de artistas e reduziu seu nome para Aznavour, tornando-se a principal atração do Club de la Chanson. Ali, conheceu Pierre Roche, pianista e compositor de quem foi parceiro por quase uma década e, juntos, cantaram onde puderam e viveram boas aventuras, como ir de bicicleta à Normandia, ocupada por tropas alemãs.

Ele descobriu prazer em compor quando se viu entediado com a tradicional chanson, e enquanto Roche colecionava conquistas. Aznavour contava que começou a escrever porque não estava feliz com as canções que interpretava. “E não era só isso, elas não se adequavam à minha figura. Naqueles dias você tinha que ser alto e bonitão, ser o tipo de pessoa que se via em filmes, e eu não era. Eu tinha muito a dizer ao público que não estava acostumado a ouvir em canções, mas podia encontrar nas páginas dos jornais. Então comecei a escrever sobre problemas e a falta de entendimento entre as pessoas, o que se tornou a minha marca. Fui o único a fazer isto durante anos, depois descobri ser bem comum em outros lugares.

Seus ‘faits de societe’ são recortes que falam de violência, acidentes de trânsito, divórcio, homossexualismo, um apaixonado por uma surda-muda “com apuro nem sempre impecável”. O single La Mamma vendeu 1,5 milhão de cópias, mas demonstra tremendo mau gosto versando sobre uma famí­lia reunida para velar a matriarca morta. Foi escrita em parceria com Robert Gall para um filme televisivo de 1964, seguindo estritas especificações de roteiro: crianças brincam em silêncio perto do corpo; Giorgio, o ‘mau filho’, retorna à casa arrependido; todos cantam ‘Ave Maria’”.

“UM QUEIJO NA GARGANTA”

A primeira canção a repercutir seu nome foi J’ai Bu, que, gravada por Georges Ulmer um dia após a libertação de Paris das mãos nazifascistas, recebeu o Grand Prix du Disque de 1947. Jacques Canetti, descobridor de talentos, sugeriu que Roche e Aznavour gravassem quatro discos 78 RPM. Eles gravaram; em seguida toparam cantar numa rádio pública que alcançou os ouvidos de Charles Trenet, í­dolo de Aznavour, e Edith Piaf, a estrela maior dos períodos pré e pós-guerra.

Encantada com a dupla, Piaf propôs que abrissem os concertos que faria nos Estados Unidos da América e eles foram, por conta própria. Desembarcaram em Nova York sem vistos de entrada e passaram dias na prisão, até Piaf ir resgatá-los. Assim­ nasceu a amizade entre Charles e Edith. Quando ela lhe escrevia assinava “com afeto, sua pequena irmã das ruas”, e por este afeto ele aguentou seus caprichos e arroubos de ira, pacientemente, no tempo em que moraram juntos. Ele aprendia com ela. “Tí­nhamos muito em comum, ela cantou na rua, eu também. Ela veio de uma famí­lia pobre e eu também. Não fui tão pobre quanto ela, mas não era rico.”

“Escrevi sete canções para ela. Eu não era o tipo de compositor para Piaf, mas ela gostava do meu jeito de escrever, razão por que gravou algumas de minhas canções”, emendou. Entre elas, Plus bleu que tes Yeux e Jezabel, ambas sucessos, mas nenhuma como Je Hais les Dimanches, que ela recusou e acabou sendo gravada por Juliette Gréco, num estilo muito diferente do que o público estava habituado. A canção impulsionou a carreira de Gréco e recebeu prêmio da SACD (a associação francesa de Autores e Compositores).

A partir disso, Aznavour se transformou em criador de estilo, com diversos artistas solicitando canções, embora ainda não tivesse sucesso como performer. Seu porte fí­sico e sua voz não eram bem aceitos pelo público, e ainda havia a crí­tica, que se esmerava em comentários sarcásticos, às vezes cruéis, como “o homem feio que não sabe cantar”. Mesmo assim, ele continuou a fazer apresentações em casas noturnas parisienses, com o produtor Raoul Breton entre os poucos a encorajá-lo. Mais tarde zombava de si mesmo, dizendo que soava “como [se tivesse] um queijo Gruyere cheio de buracos entalado na garganta”.

Ironicamente, a popularidade de Aznavour deve-se principalmente ao desempenho de palco, desenvoltura que atraiu muitos produtores de cinema antes de agradar à audiência. Sua carreira cinematográfica começou em 1938, mas foi La Tête Contre les Murs (1959), de Georges Franju, que lhe deu o L’étoile de Cristal de melhor ator. Ao todo foram 73 filmes, sem contar autoria de roteiro ou trilha sonora, que somam mais 45 produções. Entre os filmes mais citados estão Ararat, do diretor canadense de origem armênia Atom Egoyan, e Tirez sur le Pianiste, de François Truffaut, que virou um amigo. “Na primeira vez que Truffaut veio me ver quase não nos falamos. Ele era tímido, eu também. Foi um bom começo.”

Piaf e Aznavour tiveram estreita relação, por oito anos. Ela abriu para o amigo as portas da “América” e ele gravou sete canções para sua companheira de estrada

A reputação de Aznavour se espalhou pelo mundo gradualmente. Ator, cantor, compositor, escritor. Ele aprendeu inglês sozinho para gravar versões de suas músicas, fez o mesmo em espanhol, italiano e alemão e extraiu o máximo de todas as fontes, incluindo a música pop francesa dos anos 1960, muito criticada pela imprensa. Empolgado com esses novos artistas, compôs para eles ficando indiretamente no topo das paradas, enquanto ele próprio estava nas rádios com o hit Que C’est Triste Venise [que abre o álbum interpretado por Fábio Jorge]. “Basicamente, sou letrista”, dizia Aznavour. “Poemas e letras encerram música própria, têm ritmo próprio, por isso me tornei melodista. Escrevo melodias, não sou compositor, não sei escrever partituras.”

Em meados da década de 1960, ele vendia milhões de discos pelo mundo e já havia grandes nomes, de Ray Charles a Liza Minelli, interpretando suas canções. “Foi em 1962 que decidi ir cantar no exterior”, recordava. “Eu tinha guardado dinheiro para alugar o Carnegie Hall, coloquei 150 jornalistas em um avião particular e lotei a sala: 3.400 lugares! Como não falava inglês, usei um púlpito para dispor as letras e os norte-americanos acharam perfeitamente natural. Eu fazia sucesso na França, tinha repercussão no Exterior. Mais tarde aprendi inglês e até hoje, em todos os paí­ses por onde me apresento, canto boa parte de minhas canções no idioma local.”

ARTISTA DO SÉCULO

Por muitos anos Aznavour alternou concertos no Exterior e performances na França, com o mesmo prazer dos primeiros anos, talvez mais. Mas, às vezes, perguntava-se: “se eu não cantasse o que iria fazer em casa?”. E concluía que uma aposentadoria seria o mesmo que morrer de tédio. Com orgulho afirmava nunca ter trabalhado para vender discos, mas para cantar no palco. “Esta é minha verdadeira profissão. Diante de uma nova canção, eu só penso em uma coisa: será que vai acontecer algo novo no palco?”

Em 7 de dezembro de 1988, o terrí­vel terremoto de Erevan matou 50 mil pessoas e deixou 500 mil desabrigados, na Armênia. Profundamente abalado, o cantor fundou a Associação Aznavour para a Armênia e reuniu noventa cantores e atores franceses para o videoclipe da música Pour toi Arménie; no país também há um time de futebol com o nome dele, o Aznavour FC. O disco vendeu mais de 1,5 milhão de cópias e permaneceu no topo das 50 mais por 13 semanas. “Descobri a Armênia em 1963, durante uma turnê pela União Soviética. Eu conhecia a história do genocí­dio, mas nunca fui um militante. Foi depois do tremor de terra e dos massacres do Alto Karabakh que me senti realmente envolvido.” Todo o dinheiro foi encaminhado ao paí­s.

 Pela iniciativa, Aznavour foi nomeado Embaixador Permanente da Unesco e Embaixador Itinerante da República Armênia pelo presidente Lévon Ter Petrossian. Dez anos mais tarde, recebeu a comenda da Legião de Honra pelo ex-presidente da França Jacques Chirac, que sublinhou sua ação humanitária com uma elogiosa saudação: “Charles Aznavour é um homem extremamente generoso, um artista incomparável e incontestado, um maravilhoso embaixador da canção e da lí­ngua francesa, provavelmente admirado no mundo inteiro.”

De fato, no ano seguinte, aos 74 anos, ele foi eleito o Artista do Século na pesquisa online realizada pela CNN e pela revista Time. Recebeu cerca de 18% do total de votos, concorrendo com Elvis Presley, John Lennon e Bob Dylan, este admirador confesso, que regravou The Times We’ve Known. Quando perguntado se sempre teve certeza de possuir talento, Aznavour sorria complacente, e arrematava: “Minha vida deve ser uma lição de esperança para as pessoas que não são atraentes e vieram de lugar nenhum”.

 O cantor francês Charles Aznavour morreu aos 94 anos, em 1º de outubro de 2018, em Mouriès, na França. Chamado de “Frank Sinatra da França”, o artista de ascendência armênia chamava-se Shanour Vaginagh Aznavourian. Rebatizado Charles Aznavour, tornou-se o cantor e compositor do amor. Sua amizade com outros artistas rendeu parcerias. Elvis Costello fez uma versão de She para a comédia romântica Um Lugar Chamado Nothing Hill. Plácido Domingo gravou a versão de Aznavour para Ave Maria. E cantaram com ele Fred Astaire, Bing Crosby, Ray Charles e Liza Minnelli. Apesar da pequena estatura (1,6 metro), era gigante no palco. O mito ultrapassou-o e, no Japão, como Char Aznable, virou personagem de uma famosa animé de ficção científica, Mobile Suit Guindam. Aznavour também foi ligado ao Canadá e à causa de Quebec Livre, por conta de sua origem armênia.

Entre seus prêmios recebeu a Legion d’Honneur na França, o título de Herói Honorário da Armênia, e o MIDEM Lifetime Achievement Award. Arrebatou, ainda, o Leão de Ouro honorário em Veneza pela trilha de Morrer de Amor (de André Cayatte), um César (Oscar francês) honorário e o prêmio de carreira do Festival do Cairo. Apresentou-se diversas vezes no Brasil, como em 25 de maio de 2013, em Recife. Esteve ainda em outras capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Goiânia, e Belo Horizonte.

Pai de seis filhos, Aznavour se casou três vezes. “Na primeira eu era muito jovem; na segunda, muito estúpido; e na terceira me casei com uma mulher de uma cultura diferente e aprendi a tolerância“, afirmou.

O atual presidente da França, Emmanuel Macron, que também estava no posto em 2018, lamentou a morte do artista que julgava ter um brilho único. “Orgulhosamente francês, visceralmente ligado às suas raízes armênias, conhecido no mundo todo. Charles Aznavour acompanhou as dores e alegrias de três gerações.”

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Capa do disco que Fábio Jorge dedica-se de modo emocionado parte da copiosa obra do francês de ascendência armênia

GRITO DE RESISTÊNCIA (por Thiago Marques Luiz)

Fábio Jorge é um apaixonado obstinado

Entusiasta da música francesa por influência da sua saudosa e divertida mãezinha, Dona Renné, teve desde muito cedo paixão pelo idioma, as vozes e os sons da França, herança da família materna.

Claro que por isso, o icônico cantor Charles Aznavour é para ele uma grande referência, tal qual Edith Piaf.

Meados dos anos 2000 e Fábio Jorge era aquele amigo da música que trocava figurinhas, ia a shows, comprava cds, de Bethânia, Alcione, Edith Veiga, Shirley Bassey e muitas vozes que mexiam com o nosso imaginário jovem e ao mesmo tempo antigo.

Ele gostava de cantar e me mostrou uma demo sua cantando Brigas. Sugeri, então, que fizesse um show em sua festa de aniversário com seu amigo pianista Marcelo Manzano numa casa pequena e simpática chamada Villagio Café, que ficava na praça Dom Orione, no Bixiga.

Assim foi feito. Naquele dia a música entrou por todas as suas veias e tomou conta do seu corpo e da sua mente. Um caso de paixão à primeira vista pelo palco.

Algum tempo depois, veio o teatro ópera buffa, na Praça Roosevelt, incentivado e dirigido pelo diretor teatral Heron Coelho. Gravar um disco naquela altura virou necessidade e assim produzimos “Chanson Française”. Dali a pouco mais shows, mais discos, programas de tv, rádio, e uma carreira feliz, porém difícil, com pouca abertura, mas muita vontade. Fábio não se tratava de um jovem galã cantando música da moda pra agradar nem o grande público e nem a mídia lobista. Era um artista de trabalho bem específico, sem patrocínio e gravadora, portanto 100% independente.

Fábio Jorge se tornou um batalhador da canção francesa, persistente e convicto. Um artista que precisava (e precisa!) estar na música de alguma forma, sobretudo gravando discos bem feitos e caprichados com começo, meio e fim, como se fazia antigamente.

Este Aznavour é exatamente assim. É mais um grito de resistência. Ele se divide entre o orgulho de saber e poder fazer o que quer e a tristeza de saber que canta para poucos e que o mercado não abraça o seu trabalho como deveria.

Eu aplaudo Fábio Jorge. Aplaudo a audácia. Aplaudo a paixão. Aplaudo a vontade de fazer bem feito e com amor. E tenho certeza: ele quer sempre mais porque sabe que pode oferecer mais. Sorte de quem pode ouvi-lo com atenção e perceber o grande chansonier que ele é. Siga em frente, meu amigo, e faça mais porque você pode! 

Saiba mais sobre Fábio Jorge e leia conteúdos a ele relacionados aqui no Barulho d’água Música ao visitar o link:

https://barulhodeagua.com/tag/fabio-jorge/

A biografia de Charles Aznavour aqui publicada baseia-se em textos extraídos das seguintes fontes:

https://trivela.com.br/franca/aznavour-fc-o-time-da-elite-armenia-que-homenageava-charles-aznavour-lenda-da-musica-francesa/

https://www.antena1.com.br/artistas/charles-aznavour    

https://www.dw.com/pt-br/morre-o-%C3%ADcone-franc%C3%AAs-charles-aznavour/a-45714852

https://revistaogrito.com/definidos-os-valores-dos-ingressos-para-show-de-charles-aznavour-no-recife/

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1587 – Zé Geraldo e Francis Rosa encabeçam timaço de músicos do meio caipira e lançam álbum com direito a versão em vinil

#MPB #MúsicaCaipira #ViolaCaipira #ViolaInstrumental #Folk #RockRural #Rodeiro(MG) #Joanópolis(SP) #Pantanal

O Poeta e o Violeiro, disco que reúne 11 faixas, conta entre outras com as participações especiais de Xangai, Ricardo Vignini, Guito e Nô Stopa, composições da dupla e de parceiros como os pantaneiros de raiz Guilherme Sater, João Ormond e Paulo Simões.

*Matéria escrita com informações fornecidas pela assessora de imprensa e jornalista Adriana Bueno

Já está disponível nas plataformas digitais O Poeta e o Violeiro, álbum que celebra mais um encontro entre os cantores e compositores Zé Geraldo e Francis Rosa e que pode ser encontrado, ainda, em primorosas edições em vinil e a laser, com participações especiais de Xangai, Ricardo Vignini e Guito, o ator que fez sucesso como Tibério na recente releitura da telenovela Pantanal, da Rede Globo. O novo disco da dupla que já brindara fãs e público em projetos anteriores bem sucedidos é aberto com declamação do baiano Xangai (Eugênio Avelino) e segue com os autores cantando versos com perfil autobiográfico: “Era uma vez um poeta nascido em solo mineiro/Caminhando pela vida, cruzou com um violeiro/Um completou o outro feito a casa e o terreiro/Plantando e colhendo amor/Saíram do interior pra correr o mundo inteiro”, cantam. Poeta e violeiro vêm trilhando a mesma estrada desde 2016, ano no qual gravaram o trabalho pioneiro a quatro mãos, Cantos e Versos (Sol do Meio Dia/ Tratore), ao vivo, em DVD.

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1479 Renato Teixeira (SP) e Fagner (CE) gravam Naturezas, disco inédito registrado em estúdio inaugurado pela Kuarup

#MPB #Ceará #Ubatuba #Santos #SãoPauloSP #GravadoraKuarup #CulturaPopular

Artistas celebram  amizade de anos com lançamento de álbum e parceria de músicas captadas no porão onde fica o endereço atual da gravadora que, por coincidência, foi residência de Renato nos anos 1970.

A amizade entre Renato Teixeira e Raimundo Fagner vem de longa data. Os músicos compõem juntos há alguns anos e resolveram colocar como prioridade o desejo de lançar um álbum em dupla, ideia que surgiu com a troca de mensagens (e-mails) e tomou forma com o surgimento dos aplicativos de áudios e de textos que permitem e facilitam a troca de músicas e de letras. O projeto ganhou vida na Kuarup, gravadora com mais de 40 anos de estrada, que tem seis álbuns de Renato Teixeira em seu catálogo e que ele costuma chamar com carinho de sua casa fonográfica e sua antiga casa por uma inexplicável coincidência de endereços. Outro evento que tornou possível a realização de Naturezas, as gravações, ensaios e o lançamento do trabalho foi a inauguração do estúdio da Kuarup, espaço para atender artistas contratados e parceiros da gravadora.

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1424 – Zé Paulo Medeiros (MG/SP) prepara LARAS, álbum com faixas já disponíveis nas plataformas digitais

#MúsicaRegional #MúsicaCaipira #MPB #ViolaCaipira #ViolaBrasileira #CulturaPopular #LimaDuarte(MG) #JuizDeFora

*Com dados informados pelo artista, por Denil Nogueira, extraídos do blogue Em Canto Sagrado da Terra e do Dicionário Cravo Albin da Música Brasileira

As tradicionais audições aos sábados pela manhã aqui no Solar do Barulho, redação do Barulho d’água Música em São Roque (SP), começaram neste dia 14 de agosto com LARAS, título do álbum que está sendo preparado pelo cantor e compositor mineiro Zé Paulo Medeiros. O disco, em cujo título o autor presta homenagem às netas Clara e Lara, terá ao todo 10 faixas, 6 das quais já estão disponíveis em seu canal do Youtube, plataformas digitais e também podem ser ouvidas durante a programação da Rádio Sudeste FM, pilotada por Denil Nogueira, emissora que fica 24 horas no ar via satélite com acessos pelo site e aplicativos gratuitos. Em LARAS, Zé Paulo Medeiros celebra novas parcerias que incluem o produtor e maestro goiano Eliel Carvalho e o radialista Nogueira, ambos respectivamente compositores de Esqueci de te esquecer e Terapia Rural. Carvalho ainda responde pelos arranjos, violões e ukulelê. Outra parceria terá Sergio Turcão, da dupla Jica y Turcão, e uma das faixas na voz de Zé Paulo será Estradeiro, por enquanto gravada apenas por Cláudio Lacerda em seu álbum Cantador

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1393 – Conheça o premiado “one man band” que o Inter (RS) perdeu para o lugar de Falcão: Oly Jr.

“Um homem é um sucesso se pula da cama de manhã e vai dormir à noite, e, nesse meio tempo faz o que gosta” – Bob Dylan

“Pedras que rolam não criam musgo.” – Muddy Waters

“O que me impressiona, à vista de um macaco, não é que ele tenha sido nosso passado: é este pressentimento de que ele venha a ser nosso futuro.” – Mario Quintana

As tradicionais audições aos sábados pela manhã aqui no boteco do Barulho d’água Música, em São Roque (SP), começaram neste dia 15 de maio excursionando desde o Guaíba ao Mississipi com Dedo de Vidro, o 11º título da discografia de treze autorais ou com participação do premiado gaúcho Oly Jr, nascido em e morador da Capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Dedo de Vidro tem como força motriz, em termos estéticos e sonoros, a intervenção do slide em todas as faixas. O slide é um objeto cilíndrico (ou um tubo) que pode ser feito de vários materiais, mas os mais usados são os de metais, de vidro ou de porcelana, como o de Oly. É usado para produzir efeitos sonoros, deslizando-o em algum instrumento de cordas, geralmente violão ou guitarra.

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1304 – Billynho Blanco (RJ) lança pela Kuarup disco de estreia

Com repertório eclético que vai da bossa nova ao rock, passando pelo folk, disco traz em onze faixas canções inéditas e duas regravações, uma do pai do cantor, compositor e ator: Billy Branco

#FiqueEmCasa #MáscaraSalva

#Fora Bolsonaro

O cantor e compositor carioca Billy Branco Júnior está lançando pela gravadora Kuarup o álbum Billynho Branco, gravado em 2019, na cidade do Rio de Janeiro, com um grupo de jovens talentosos músicos formado por Gustavo Tibi (piano e teclados), Marco Vasconcelos (guitarra), Carlos Jannarelli (baixo) e Pedro Mamede (bateria e percussão). Billynho tocou os violões e alguns pianos no disco que traz onze canções, um apanhado de nove composições dele com seus parceiros Paulinho Mendonça (autor de Sangue Latino, gravada pelos Secos & Molhados); Lucas Sigaud, jovem poeta, doutor em Física que é fã ardoroso de Bob Dylan, John Reed e Leonard Cohen e escreve apenas em inglês, mais Ailan Ross, amigo de longa data e parceiro dos tempos em que Billynho morava em Nova York. Em francês, Mes Arais foi escrita em dueto com a poetisa Paula Padilha e celebra a amizade. Já as duas faixas restantes têm assinaturas de Caetano Veloso (O nome da cidade) e do pai de Billynho, Billy Blanco (Onda/Estrada do Nada). Um exemplar do disco, gentilmente enviado pela Kuarup (a quem agradecemos em nome do diretor artístico do selo, Rodolfo Zanke), abriu as tradicionais audições matinais dos sábados neste dia 23 de maio aqui na redação do Barulho d’água Música, em São Roque, no Interior de São Paulo.

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1273 – Sesc Belenzinho recebe Zé Geraldo e banda para lançamento de Hey Zé!, pela Kuarup

Álbum de onze faixas, uma das quais uma versão de clássico cantado por Hendrix, traz participações especiais da filha  do cantor e compositor mineiro, Nô Stopa, Chico Teixeira, João Carreiro e Duofel

O ano de 2020 começará com um presente para os admiradores e amigos do cantor e compositor mineiro Zé Geraldo: três dias seguidos de shows na unidade Belenzinho do Sesc paulistano, entre 3 e 5 de janeiro, para lançamento de Hey Zé! 17º álbum da carreira do consagrado autor de Cidadão, Milho aos Pombos e Senhorita, entre outros sucessos. Hey Zé! é uma parceria do selo Sol do Meio Dia com distribuição da produtora e gravadora Kuarup e um exemplar do álbum nos foi gentilmente enviado pela Kuarup, à qual agradecemos a toda equipe em nome de seu diretor artístico Rodolfo Zanke, enviando nossos votos de um feliz Ano Novo.

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1266 -Com novo álbum a caminho, Noel Andrade recebe Mustache e os Apaches no Sesc Belenzinho (SP)*

Violeiro paulista revê clássicos de seu repertório e apresenta novidades que estarão no terceiro disco da carreira influenciada por Tião Carreiro, Inezita Barroso, Dércio e Doroty Marques, Inezita Barroso e Bob Dylan

*  Com Craciela Binaghi

A unidade Belenzinho do Sesc paulistano promoverá a partir das 18 horas de domingo, 15 de dezembro, mais uma rodada do projeto Música de Raiz. Nesta data o palco estará reservado ao violeiro paulista Noel Andrade, que abrirá espaço à banda Mustache e os Apaches para acompanhá-lo nas quatro últimas músicas da cantoria, entre elas No Seu Rastro, canção inédita que entre outros elementos gringos funde o estilo rural brasileiro com o country de Johnny Cash e que deverá fazer parte do terceiro álbum de Noel Andrade, programado para 2020.

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1013 – Composições instrumentais de Mark Knopfler embalam Altamira, longa do autor de Chariots of Fire*

O Barulho d’água Música abre os trabalhos de 2018 dedicando a primeira atualização do ano (e abrindo uma rara exceção) ao mais recente álbum da discografia de um ícone da guitarra internacional, autor de belas trilhas sonoras para cinema, cantor e compositor líder de uma das bandas mais cultuadas do rock entre 1977 e 1994. O escocês de Glasgow Mark Freuder Knopfler se destacou à frente do grupo ao longo dos 17 anos nos quais o Dire Straits pegou estradas, e, em 1996, inaugurando sua história solo, lançou Golden Heart. Mas ainda no auge do Dire Straits, em 1983, já estreara como compositor de trilhas assinando as canções instrumentais de Local Hero, 35 mm do britânico Bill Forsyth, produzido por David Puttnam. De lá para cá, alternando concertos e turnês mundo afora (que invariavelmente lotam salas de espetáculos, incluindo a majestosa Royal Albert Hall, de Londres) com a gravação de novos discos autorais ou em duplas (com Chat Atkins, por exemplo, Neck and Neck, ou com Emylou Harris, All the Roadrunning, ambos indicados e premiados pelo Grammy) sir Mark Knopfler também não deixou de atender às convocações de diretores dedicados à sétima arte.

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897 – Fiel às raízes, Zé Paulo Medeiros (MG) canta valores como a simplicidade caipira no projeto Imagens do Brasil Profundo*

*Com dados informados pelo artista e extraídos do blogue Em Canto Sagrado da Terra e do Dicionário Cravo Albin da Música Brasileira

O cantor e compositor  Zé Paulo Medeiros, mineiro do distrito de São José dos Lopes, nascido ao pé da Serra de Ibitipoca, em Lima Duarte, hoje radicado em São Paulo, é a próxima atração do Imagens do Brasil Profundo, projeto que tem curadoria do professor de Sociologia Jair Marcatti e vem sendo promovido já em sua terceira temporada na Biblioteca Mário de Andrade, situada em São Paulo. Marcatti receberá o artista para a apresentação do show A Cara do Sertão a partir das 20 horas, na quarta-feira, 13, sem cobrança de ingressos. A autenticidade decorrente da fidelidade às raízes, o respeito a valores como simplicidade e sua postura autônoma, de quem não se verga aos ditames do mercado, podem ser apontados como principais valores do seu perfil, tanto artístico, quanto humano.

“Fui criado na roça, onde há festas todos os anos, e tive contatos com a música regional e muita moda de viola, costumes que me influenciaram”, conta Zé Paulo Medeiros. “Neste ambiente peguei pela primeira vez a viola caipira para começar a desenvolver melodias e criar um som ao meu estilo”, emendou. “Depois, com o violão, estudei música alguns anos”, complementa, observando, entretanto, que apenas de maneira informal, pois é formado em Engenharia Topográfica — carreira que não exerce. “Deu no que deu e hoje tenho um projeto mais maduro, com influências do que tivemos tempos atrás.”  

Para Zé Paulo Medeiros o gênero regional é o que mais guarda intimidade com a sonoridade das dez cordas e o que melhor traduz as tradições culturais do caboclo, mas sua formação em busca de uma visão própria para compor encontra suporte, ainda, em ídolos como Geraldo Vandré e Chico Buarque, por exemplo, que permitiram em suas próprias palavras “fazer minha música mais eclética”. Tanto que em suas cantorias ele gosta de deixar a plateia sabendo que ouvirá da moda de viola ao blues à medida em que revisita obras de luminares como Tião Carreiro a Bob Dylan, entre outros.

“Faço parte de um perfil de artistas que buscam a preservação da cultura regional. Minha obra é totalmente voltada ao homem do campo, que substituiu sua pouca cultura pela sabedoria aprimorada, sem perder sua característica principal que é a simplicidade”.

Caminhante e a Cara do Sertão, de 2001 e de 2003, são os álbuns mais conhecidos de Zé Paulo Medeiros — que no entanto estreara em 1982 lançando o álbum em vinil Sei Lá. Em mais de 30 anos de carreira, também produziu Cine Mazzaroppi (indicado ao Prêmio da Música Brasileira, em 2009), além da trilogia Casulo (caixa com três discos individuais com canções representativas da trajetória de três décadas, completada em 2012) e As Aventuras de Pepita (projeto cantado e contado que traz temas e histórias com mensagens de preservação da Natureza). “O Caminhante caracteriza bem a minha influência por esse povo de sutil sabedoria, que é o povo caboclo e caipira, e nas 16 faixas busquei resgatar o valor dessa gente mais humilde, pela qual tenho muito respeito. O título é uma metáfora, talvez de procurar ou de passar em lugares para aprender novas coisas”.

 

Zé Paulo Medeiros atua sempre de modo a preservar a independência pessoal e artística, postura que permite vantagens como direcionar a obra para onde se quer, sem incorrer em riscos inerentes ao da assinatura de contratos viciados por caprichos patronais que obrigam o subordinado a seguir regras de mercado e metas lucrativas discrepantes com a liberdade de criação. “Há muitos esquemas ‘jabalísticos’ em gravadoras que pagam para tocar seus artistas com exclusividade, e como não abraçamos estes ‘esquemas’, acabamos por aparecer pouco, salvo em rádios que tocam nossa música e mostram nosso trabalho. Então o importante não é quantidade de público a ser atingido, nem quantidade de meios de comunicações, mas sim a qualidade deles.”

(Jabalístico vem de “Jabá”, apelido pelas quais são conhecidos os “agrados” que beneficiam como moedas de troca e “molham as mãos” de jornalistas, agentes ou programadores culturais que atendem interesses de determinadas fontes, nem sempre éticos)

Apesar de ao longo da carreira sempre precisar esgrimir contra estas barreiras, Zé Paulo Medeiros já conta com o respeito e acumula prestígio entre os amigos e admiradores dos meios caipira e regional. Para se ter uma ideia do valor de sua obra, basta mencionar que já em 1976 a Campanha da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se desenvolveu com base em uma das música dele, Caminhar juntos. Além dos discos, também musicou peças de teatro como O Espantalho e  teve Yanomami incluída na trilha sonora do filme Zezinho, o menino mentiroso“. Em 1999, Jogo de cartas foi a escolhida pelo Grupo Ponteio para o álbum alusivo ao 25º Festival Nacional MPB de Ilha Solteira. Boiadeiro, faixa de A cara do sertão, recebeu 42 prêmios em diferentes festivais de música Este disco contou com a participação especial de Tinoco, da dupla Tonico e Tinoco, homenageado na faixa Viola.

Mergulho no Brasil de dentro

Dedos de prosa, boa conversa, música, imagens, artesanato e cultura popular. Essa é a receita de Imagens do Brasil Profundoprojeto que desde 2014 oferece ao público da Biblioteca Mário de Andrade shows, debates, bate papos musicais e ações para crianças, quinzenalmente sempre às quartas-feiras, com entrada franca sob a batuta do historiador e sociólogo Jair Marcatti. A ideia é mostrar e trazer à luz manifestações populares e objetos que revelam o Brasil por dentro, aquele país que nas palavras do mestre Ariano Suassuna vive escondido em rincões considerados profundos, mas é muito vivo. Ao invés de promover abordagens tradicionais, Marcatti prefere convidar músicos, documentaristas, diretores de cinema, ativistas culturais e pesquisadores da cultura popular que em comum nutrem um modo de olhar aprofundado e amplo sobre o país e trabalhos de pesquisa e resgate das nossas mais entranhadas tradições.

Com cada um dos participantes, Marcatti aborda aspectos do universo cultural e musical  brasileiro, de nossas trajetórias, continuidades e rupturas; daquilo que, sem nenhuma pretensão definidora, poderíamos chamar de identidades brasileiras, no plural, com a vantagem dos exemplos serem pontuados no calor da prosa, ao vivo, pelo som dos instrumentos, muitos artesanais, e pela apresentação de outras formas de expressão cultural.

A Biblioteca Mário de Andrade fica na Rua da Consolação, 94, entre as estações República e Anhangabaú da linha 3 Vermelha do Metrô e para mais informações disponibiliza o número de telefone 11 3775-0002.

 

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