1594 – Direto do Mineirão, a última apresentação de Milton Nascimento, por Makely Ka

#MPB #ClubedaEsquina #CulturaPopular #EstádioMineirão #BeloHorizonte #MinasGerais

Em 13 de novembro, um público estimado entre 55 e 60 mil pessoas acorreu ao estádio Mineirão, um dos palcos sagrados do futebol brasileiro [no qual, em 8 de julho de 2014…], situado em Belo Horizonte (MG), desta vez não para presenciar uma partida do Galo (Atlético Mineiro) ou da Raposa (Cruzeiro), mas para acompanhar, e o quanto mais de perto possível, a derradeira apresentação da turnê A Última Sessão de Música. Tanta gente assim para não ver a bola correr tinha uma razão das mais especiais, única e inesquecível por se tratar de um concerto: era Milton Nascimento quem estaria por 120 minutos no centro das atenções para protagonizar sua despedida da cena musical que iniciara, precocemente, ainda na adolescência, já em Minas Gerais, onde primeiro residiu na minha querida Juiz de Fora (muito em breve, provavelmente, perto de onde terei minha nova casa, na Zona da Mata) embora seja carioca. A trajetória de Milton Nascimento, o Bituca, perante os microfones, estava chegando ao fim naquele simbólico domingo, após 42 álbuns próprios lançados, aos 80 anos de idade. E num momento particularmente de dor e de euforia, pois o país absorvia, ainda, o amargor das partidas de Gal Costa e de Rolando Boldrin, embora mergulhado na esperança e na alegria por termos eleito para a presidência da República, pela terceira vez, Luís Inácio Lula da Silva.

Frases surradas como “a biografia de tal pessoa desobriga sua apresentação” a qual recorro agora não configura tática preguiçosa de um jornalista em fuga do trampo da pesquisa minuciosa e da redação generosa e irretocável em dados, mas vamos lá a outra: tentar escrever de próprio punho algumas linhas, ainda mais inéditas, a respeito deste ícone até sou capaz, uai! Contudo seria, indiscutivelmente, chover no molhado, né, bobo! Ademais, sobre a luminosa, consagrada e premiadíssima carreira dele há incontáveis matérias e referências, das mais breves às mais caudalosas e ricas, em vários veículos e suportes – sem contar que propriamente o gran finale em Beagá rendeu uma pororoca de comentários, imagens, fotos, trocas de mensagens em redes sociais e outras formas de repercussão ainda frescos (ou quentes, fica a gosto do freguês).

A última apresentação, por sinal, foi mostrada ao vivo e com sinal aberto pelo canal Globoplay e ficará disponível na plataforma até 13 de fevereiro de 2023. Mas este Barulho d’água Música não deixará sem um registro em suas atualizações este momento que emocionou o Brasil e vários lugares do planeta nos quais Milton Nascimento faz bater corações e é reverenciado como um dos maiores do ramo em todos os tempos.

Milton Nascimento tocou e cantou por duas horas a relembrar parte dos seus sucessos, consagrados em seis décadas de premiada carreira. E dedicou o concerto à amiga Gal Costa.

Com a devida licença nos dada pelo poeta, compositor, cantor, produtor cultural, violonista e violeiro Makely Ka (PI) publicaremos a partir do próximo parágrafo o depoimento dele sobre o que presenciou e sentiu como um dos fãs de Bituca presente àquele concerto histórico. Makely Ka compartilhou o texto em uma de suas páginas de mídia social após tê-lo escrito, ainda sob o calor do arrebatamento que experimentara e sentia, horas depois de já ter deixado o Mineirão. Mais do que um relato emocionado, é uma descrição exata do show e, como é peculiar a Makely Ka, costurada com críticas, devidas e bem apontadas, já que o evento [e aqui sou eu quem opina] não deixou de ser explorado e transmitido como uma ação nada barata [aos bolsos dos que sobrevivem sabe-se lá como nos bailes da vida] do mainstream, em detrimento da coletividade que sempre foi onde Milton Nascimento esteve!

Obrigado, Makely Ka!

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1524- Dulce Quental (RJ) exalta o silêncio em Sob o Signo do Amor, um disco de enamoramento e resistência*

#MPB #Rock #Literatura #CulturaPopular

Em seu sexto álbum de estúdio, a compositora carioca convida o ouvinte a mergulhar nas pausas de suas novas canções enquanto vive uma história de amor num mundo que está desabando

*Com Marcelo Costa e Eliane Verbena

 

Silêncio. Dulce Quental tem algo para revelar: “Voltei pra mim / Estou de volta”, ela canta em A Pele do Amor, faixa que acena para John Lennon (Hold On) e também traz o título de seu sexto disco solo, Sob o Signo do Amor (Cafezinho Edições, 2022), primeiro disco de inéditas desde Beleza Roubada (Sony/BMG, 2004). Nesse intervalo, Dulce lançou o vinil Música e Maresia (Discosaoleo/Cafezinho Edições, 2016), resgatando canções “perdidas” gravadas na década dos anos 1990, e o DVD homônimo gravado ao vivo e em parceria com o Canal Brasil, em 2017, além de compor e ser gravada por diversos parceiros.

A espinha dorsal de Sob o Signo do Amor, porém, foi composta num autoexílio involuntário em Angra dos Reis (RJ) refugiada numa casinha rústica à beira mar, em 2020, em meio à pandemia de Covid-19, quando compôs e registrou a maioria das canções no formato violão e voz enquanto dividia o espaço com a natureza, o oceano, o céu, a lua, morcegos, golfinhos, pescadores e tartarugas. São canções novas, frescas, emocionais e repletas de silêncios que convidam o ouvinte a entrar num universo tão pessoal quanto social.

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1516 – Ana Cañas (SP) grava disco em homenagem a Belchior e faz apresentação única em São Paulo*

#MPB #Belchior #CulturaPopular

*Com Eliane Verbena

O projeto da apresentação nasceu da ideia de uma live com canções do compositor cearense, em 2020, ganhou notoriedade e desdobrou-se em um álbum homônimo que vem sendo apresentado em turnê por todo o Brasil.

A cantora paulistana Ana Cañas dirige o próprio espetáculo no qual ela canta clássicos de Belchior como Alucinação, Sujeito de Sorte, Coração Selvagem e Como Nossos Pais e que será atração no domingo, 10 de abril, no palco de um dos mais concorridos teatros paulistanos, localizado na zona Oeste da Capital, na região entre Pinheiros e Perdizes, ao lado do Sesc Pompeia (veja endereço ao final desta atualização). Em Ana Cañas Canta Belchior, ela estará acompanhada a partir das 20 horas por Fabá Jimenez (violão e guitarra), Adriano Grineberg (teclados), Meno Del Picchia (contrabaixo) e Loco Sosa (bateria).

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1472 – Dulce Quental (RJ) lança single autoral que anuncia novo álbum em 2022

#MPB #Literatura #CulturaPopular

Apenas Uma Fantasia, novo single de Dulce Quental, chegou às plataformas digitais hoje, 19 de novembro, como lançamento da Cafezinho Edições & Produções Musicais e para quem curtir, ela avisa: a música abrirá seu novo álbum, Sob o Signo do Amor, previsto para os primeiros meses de 2022 que trará e revela uma artista que conforme um dos produtores do álbum, Jonas Sá, busca se reinventar de acordo com seu tempo. “Para falar do dilema da vida no caos das redes sociais, nas quais nos desencontramos dos nossos desejos autênticos em meio à multidão de miragens digitais, a cantora e compositora se entrega à metalinguagem e reestrutura sua própria canção”, observa Jonas, que divide a produção com Pedro Sá, que também empunha as guitarras no disco. “Livre e inventivamente, Dulce recorta versos e vozes e os cola onde lhe parece interessante”, emendou Jonas Sá. “Pratica, por meio dessas e de outras colagens, a mesma ‘desordem da imaginação’ que salta dos versos por ela escritos e cantados. A faixa se desenvolve em caminhos capilares, sem nunca olhar para trás”, prosseguiu, antes de arrematar: “A música nunca volta ao mesmo arranjo de antes e a canção, de forma repentina e natural, se torna um rap.”

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1341- Cida Moreira lança novo álbum com músicas do programa que estrela no Canal Brasil

#MPB  #CulturaPopular

Com produção da Kuarup, Um Copo De Veneno propõe reflexão, crítica poética e política a partir de canções consagradas por Eduardo Dussek, Tulipa Ruiz, Itamar Assumpção, Mamonas Assassinas e até a diva Tina Turner 

Um Copo de Veneno é o novo álbum de Cida Moreira e traz a trilha sonora de um programa de dez capítulos veiculado pelo Canal Brasil dirigido por Murilo Alvesso e uma grande e jovem equipe estrelada pela cantora e atriz paulistana. A trilha musical quase completa masterizada por José Pedro Selistre ganha versão no formato final pela produtora e gravadora Kuarup. Cida Moreira a aguarda o momento de estrear como concerto, com todo o requinte do projeto original. Um copo de veneno, uma reflexão, uma crítica poética com forte viés político e artístico, uma criação libertária, uma ousadia assumida nos tempos atuais. Um copo de veneno para beber num longo gole até o fundo do mesmo copo”, declarou neste momento pandêmico.

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1327 -Forte Filmes e Kuarup Produtora iniciam parceria para distribuição de audiovisual

#MáscaraSalva #EviteMuvuca

#CinemaNacional #CulturaPopular

#Respeito #Tolerância #Pluralidade #Diversidade #Generosidade #Gratidão #Liberdade #Democracia #AmorAosAnimais #BLM

#ForaFrias #ForaSalles #ForaSergioCamargo #ForaBolsonaro

Estrutura amplia o portfólio de filmes, documentários, séries e curtas para atender demanda de conteúdo como streaming, cinema e televisão por assinatura

A Forte Filmes e a Kuarup Produtora estão anunciando a realização de parceria para a distribuição de produção audiovisual. A Kuarup, que já atuava no desenvolvimento e produção, agora também passa a operar na distribuição de conteúdo. A Forte já é veterana  no setor e passará a contar com a estrutura da Kuarup para ampliar seu portfólio de filmes, documentários, séries e curtas. A estratégia é unir produção apurada de audiovisual, com uma melhor distribuição, aproveitando a crescente demanda dos diversos meios de conteúdo, como streaming, vídeo sob demanda, além de cinema e televisão por assinatura.

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1278 – Luiz Vieira (PE) não resiste a infarto na cidade do Rio de Janeiro e bate asas

Cantor e compositor pernambucano vivia em Copacabana e deixou como legado mais de 500 composições, como Prelúdio para ninar gente grande e Paz do meu amor, que marcam gerações

Os amantes da boa música lamentam desde a quinta-feira, 16, o desencarne na cidade do Rio de Janeiro do cantor, compositor e radialista Luiz Vieira (Luiz Rattes Vieira Filho). Uma parada cardíaca levou ao Mundo Maior o autor consagrado por músicas que há anos embalam gerações como A paz do meu amor (Menino Passarinho) e Prelúdio para ninar gente grande, dois dos seus maiores sucessos entre mais de 500 canções que deixou como legado. Vieira, que tinha 91 anos, sentiu-se mal em sua casa em Copacabana na noite anterior e não resistiu às sequelas do infarto. O corpo foi sepultado na tarde de sexta-feira, 17, no Cemitério São João Batista, no bairro carioca de Botafogo.

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1218 -Luiz Vieira (PE) ganha tributo aos 90 anos em espetáculo gravado e disco pela Kuarup 

Álbum celebra a obra do consagrado compositor através de intérpretes de diferentes gerações em novas gravações 

Um dos maiores e mais autênticos compositores da música brasileira, o músico cantador pernambucano Luiz Vieira, carinhosamente tratado no meio artístico por Menino Passarinho, completou 90 anos em 12 outubro do ano passado e para celebrar esta data especial, um notável elenco subiu ao palco do Teatro Itália, na cidade de São Paulo, dez dias antes, em 2 de outubro. O objetivo era celebrar a música e a poesia de Vieira na gravação do espetáculo que se transformou em um álbum de 20 faixas e rendeu um programa especial para o Canal Brasil, levado ao ar em 26 de janeiro, Um exemplar do disco, lançado recentemente pela produtora e gravadora Kuarup, está sendo tocado no momento em que redigimos esta atualização, gentilmente enviado à redação do Barulho d’água Música pelo diretor da Kuarup Musica, Rodolfo Zanke, ao qual e à cuja equipe agradecemos.

A gravação das 20 faixas levou ao Itália nomes de diferentes estilos e gerações da música brasileira como Daniel, Renato Teixeira, Zeca Baleiro, Maria Alcina, As Galvão, Claudette Soares, Alaíde Costa, Agnaldo Rayol, Agnaldo Timóteo, Moacyr Franco, Ayrton Montarroyos, Socorro Lira, Graça Braga, Anastácia, Verônica Ferriani e Zeca Baleiro, Altemar Dutra Júnior, Célia & Celma, Sérgio Reis, Claudette Soares e Eliana Pittman. A direção musical e os arranjos couberam ao pianista Alexandre Vianna e  a direção artística e a produção a Thiago Marques Luiz.

À época se recuperando de uma pneumonia, Luiz Vieira, por recomendações médicas, não pode comparecer. A ele caberia interpretar ao lado dos filhos mais novos (os gêmeos de 11 anos, Jorge e Luiz) Ponteio (Edu Lobo). Outra ausência sentida foi a de Ângela Maria, inicialmente escalada para coordenar a festa e receber os demais convidados, mas a Rainha do Rádio partiu dias antes, em 29 de setembro. Ela também se tornaria nonagenária em 13 de maio deste ano e também acabou homenageada no show.

O álbum da Kuarup é mais uma obra prima da gravadora que ressurgiu das cinzas, agora nas mãos da competente equipe de Zanke. Resgata e ajuda a tornar ainda mais admirados sucessos de Vieira que já atravessam décadas e estão na memória afetiva de várias gerações como Menino de Braçanã, Prelúdio Pra Ninar Gente Grande (em cuja letra há os versos que renderam ao homenageado o apelido “Menino Passarinho”), Paz do Meu Amor, Inteirinha, Na Asa do VentoGuarânia da Lua Nova. Algumas das vozes que as interpretam agora são contemporâneas de Luiz Vieira e gravaram canções dele nos anos 1950 e 1960, como os Agnaldos e Moacyr Franco,  E o texto de apresentação do álbum é de outro ícone da cultura nacional, o Sr. Brasil Rolando Boldrin, que se inspirou na carreira de Luiz Vieira nos anos 1960 para se tornar o famoso apresentador de causos e canções da televisão brasileira, hoje na TV Cultura. 

Luiz Vieira, natural de Caruaru (PE), tem profícuos 70 anos de carreira. Nesta rica trajetória gravou dezenas de discos, foi apresentador de rádio, de televisão de importantes emissoras e teve músicas gravadas por mais de 100 expoentes da MPB incluindo Maria Bethânia, Rita Lee, Caetano Veloso, Ivan Lins, Zizi Possi, Paulinho da Viola, Fagner, Alceu Valença, Nara Leão, Luiz Gonzaga, Evinha, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Marlene, Inezita Barroso, Amelinha, Taiguara e Elba Ramalho, entre outros.

Luiz Rattes Vieira Filho de batismo, recebeu o nome de um dos avôs. Ainda aos dois anos, ficou órfão da mãe, e, antes dos dez se mudou para o estado do Rio de Janeiro para ser criado pelo avô, em Alcântara, município de São Gonçalo. Na ex-capital federal, a cidade do Rio de Janeiro àquela época, exerceu diversas atividades antes de ingressar na vida artística: chofer de caminhão, motorista de táxi, guia de cego, engraxate e lapidário. Ainda criança, cantou em circos e em parques de diversão e somava oito anos ao produzir sua primeira composição.

No início da carreira, Luiz Vieira preferia músicas românticas, valsas e samba-canções. Em uma rodada do programa de Renato Murce, na cidade do Rio de Janeiro, imitou Vicente Celestino, apresentou-se como crooner de orquestra num cabaré do bairro carioca da Lapa e assim conseguiu ser contratado pela Rádio Tupi, por intermédio de Paulo de Grammont. Em 1950, já integrava o cast das rádios Tupi e Record, de São Paulo, que pertenciam às Emissoras Associadas.

A canção Menino de Braçanã, composta em 1953 (em parceria com Arnaldo Passos), tornou-se seu primeiro sucesso, na voz de Roberto Paiva e, em seguida, o cantor Ivon Curi a gravou. No disco dos 90 anos, a interpretação coube a Renato Teixeira, acompanhado, entre outros, músicos pelo acordeonista do momento, Thadeu Romano. (Também participam do álbum  Ronaldo Rayol, ao violão, João Benjamin, ao baixo acústico e  o baterista Rafael Lourenço,)  

Entre 1954 e 1961, além de cantor da rádio e televisão Record paulista, Viera passou, ainda, pela Rádio Nacional (CBN). O programa Encontro com Luiz Vieira, levado ao pela extinta TV Excelsior, no canal 9, de São Paulo, estreou em 1962 e neste mesmo ano Vieira ganharia as paradas de sucesso com a canção Prelúdio Pra Ninar Gente Grande — que no álbum da Kuarup ganhou as vozes da trinca Timóteo, Rayol e Franco. Em 1963, emplacou outro grande sucesso, Paz do Meu Amor (Prelúdio nº 2), que Daniel reinterpretou, abrindo os trabalhos no Teatro Itália.

Luiz Vieira chegou a fazer diversas viagens aéreas por semana para cumprir agendas em cinco programas de televisão, cruzando o país, do Ceará ao Rio Grande do Sul. Também se tornou locutor da Rádio Manchete e é estudioso das músicas de cordel.

Faixas do álbum: 1. Paz do Meu Amor (Daniel)/ 2. O Menino de Braçanã (Renato Teixeira)/ 3. Guarânia da Lua Nova (As Galvão) / 4. Guarânia da Saudade (Ayrton Montarroyos) / 5. Os Olhinhos do Menino (Altemar Dutra Júnior) / 6. Estrada da Saudade (Célia&Celma) / 7. Inteirinha (Claudette Soares) / 8. Na Asa do Vento (Verônica Ferriani e Zeca Baleiro) / 9. Estrada do Colubandê (Maria Alcina e Edy Star) / 10. Pagando o Pato (Raimundo José) / 11. Maria Filó/O Danado do Trem (Anastácia) / 12. Corridinhos da Saudade (Socorro Lira) / 13. Balada do Amor Sublime (Moacyr Franco) / 14. Cativo (Sérgio Reis) / 15. Resto de Quem Parte (Agnaldo Rayol) / 16. Estrela Miúda (Graça Braga) / 17. Nossos Destinos (Eliana Pittman) / 18. Estrela de Veludo (Márcio Gomes) / 19. Poema de Um Bruto (Agnaldo Timóteo) / 20. Prelúdio Pra Ninar Gente Grande/Menino Passarinho (Agnaldo Timóteo, Agnaldo Rayol e Moacyr Franco).

https://music.apple.com/br/album/luiz-vieira-90-anos-ao-vivo/1461566990

Querido amigo e amado poeta LUIZ VIEIRA 

Ao ver você “dobrar” a “Esquina da Vida” (90), cercado de discípulos maravilhosos. numa comemoração tão “arretada”, tive Inevitavelmente que “voar” com o pensamento pra mentalizar os anos quando você apresentava o seu programa de TV. na Excelsior.

Ali. ao VIVO e em preto e branco, você “desfilava” suas obras, contava e declamava belíssimas histórias nordestinas

Foi ali, vendo e assistido emocionado as suas declamações. (Zé da Luz – “Brasil Caboclo”) e vendo a sua impecável Interpretação no seu eterno “MENINO PASSARINHO” que senti passar o meu ANJO bom (que me acompanha até hoje). pra sentenciar-me – Está aí. ROLANDO BOLDRIN Este deve ser e será o seu “caminho”. É Isso que você deve APRENDER a fazer: emocionar as pessoas. contando e cantando um BRASIL de verdade 

Foi ali, assistindo emocionado você, que escolhi o meu “DESTINO” de artista brasileiro. Por Isso, amado Poeta, LUIZ VIEIRA, você foi, ainda é e continuará sendo, eternamente, o meu maior MESTRE. 

Um grande beijo deste seu ETERNO admirador. que por motivos de “Viagem” não estava presente em CARNE-E-OSSO na sua FESTA.

PARABÉNS MESTRE LUIZ VIEIRA

Rolando Boldrin, outubro de 2018 

Braços curtos

A música Menino de Braçanã foi o primeiro sucesso de Luiz Vieira, que a gravou, em 1954, pela gravadora Todamérica, apontou o articulista Paulo Peres, autor em 28 de maio de 2017 do texto Um menino de Braçanã, que trazia Jesus Cristo no seu coração, publicado no portal Tribuna da Internet.

Peres observou:“Braçanã é um lugar situado no Município de Rio Bonito, no Rio de Janeiro, onde Luiz Vieira morou algum tempo. Antigamente, as terras para serem vendidas eram medidas através de braçadas, isto é, a pessoa abria os braços e, consequentemente, contava uma, duas, cem, mil braçadas etc.  Entretanto, se alguém desconfiasse que a medida não estava correta, dizia que a terra parecia ter sido medida pelos braços de uma anã, surgindo, daí, o nome Braçanã”.

Sobre a Kuarup 

Especializada em música brasileira de alta qualidade, o seu acervo concentra a maior coleção de Villa-Lobos em catálogo no país, além dos principais e mais importantes trabalhos de choro, música nordestina, caipira e sertaneja, MPB, samba e música instrumental em geral, com artistas como Baden Powell, Renato Teixeira, Ney Matogrosso, Wagner Tiso, Rolando Boldrin, Paulo Moura, Raphael Rabello, Geraldo Azevedo, Vital Farias, Elomar, Pena Branca & Xavantinho e Arthur Moreira Lima, entre outros. 

Kuarup Música, Rádio e TV: http://www.kuarup.com.br 

Telefones: (11) 2389-8920 e (11) 99136-0577/ Rodolfo Zanke rodolfo@kuarup.com.br/

 

1179 – Fabrício Conde (MG), autor de Fronteiras, representa Brasil em encontro de tiples na Colômbia

As audições que promovemos aos sábados aqui no boteco do Barulho d’água Música, neste 20/4 que é de Aleluia e véspera da Páscoa, começaram com Fronteira, álbum do compositor, escritor e violeiro Fabrício Conde, de Juiz de Fora (MG) lançado em 2015. Conde será um dos destaques entre as atrações e eventos que serão promovidos durante o X Encontro Nacional de Tiple (Encuentro Nacional del Tiple), entre 25 e 28 de abril, em Bogotá, capital da Colômbia, país vizinho ao Brasil, na América do Sul. Conde está confirmado para abrilhantar painéis, oficinas e apresentações, incluindo o concerto da noite de encerramento (veja a programação, conforme divulgada pelos organizadores, ao final desta atualização).

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1113 – Adeus a Luhli, compositora que ao lado de Lucina está na história da cultura brasileira por romper padrões

“Sendo a soma de tudo me aceito humana e divina e numa espécie de mágica a música nunca termina” Luhli

 

Ainda mal digerindo a perda neste mundo terreno do “capitão” Antonio Roberto Espinosa, que ocorreu na terça-feira, 25/9, em Osasco — emblemática cidade da Grande São Paulo onde eu o conheci, pelas mãos dele ingressei no Jornalismo e me tornei o profissional que conforme dizem hoje eu seria –, recebi na noite de quarta-feira, 26, e novamente pela voz de minha companheira Andreia Regina Beillo, a notícia de que cantoras e amigas queridas como Consuelo de Paula e Socorro Lira estavam lamentando a morte de Luhli. Um pouco perturbado pela morte do Espina, puxei pela memória, mas não consegui, no ato da conversa com Andreia, recordar quem fora Luhli; momentos depois, entretanto, outro golpe: constatei que perdíamos nada mais, nada menos, que uma das mais inovadoras, revolucionárias e férteis cantoras e compositoras de todos os tempos da música brasileira, que em minha juventude amei tanto quanto os Beatles, os Rolling Stones, o Pink Floyd, o Iron Maiden, a moçada da Vanguarda Paulista, o 14 Bis, o Chico, o Fagner, o Milton, o Belchior, o Ednardo, a Elis, a Rita Lee, a Lucia Turnbull, a Dulce Quental, o Tarancón, as duplas Tião Carreiro e Pardinho e Tonico e Tinoco; artista que cantando em dupla com Lucina, àquela época ainda Luli, embalou meus anos de utopia durante os quais sonhávamos com o país que o Espinosa defendeu quase que com a vida (aos 20 e poucos anos!) e nos impelia a construir (“ousar sonhar, ousar lutar!”).

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