1122 – “O Banquete dos Mendigos”: disco duplo de Jards Macalé e um coletivo de artistas que peitaram a ditadura completa 45 anos

Bolachão foi gravado ao vivo na cidade do Rio de Janeiro,  em clima tenso, com tropas dentro e fora do MAM e ficou seis anos “recolhido” até finalmente ser lançado em 1979, intercalando músicas e os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que, naquele dia, completava 25 anos

Com o blogue Criatura de Sebo e Jornal GGN

O Barulho d’água Música retoma a série Clássico do Mês para nesta mais nova atualização antecipar a comemoração do aniversário de 45 anos, que ocorrerá em 10 de dezembro, do álbum O Banquete dos Mendigos, gravado ao vivo, em 1973, no Museu de Arte Moderna (MAM), na cidade do Rio de Janeiro. E por que antecipar a matéria sobre este emblemático disco? Para recordar  nestes tempos em que há nuvens sombrias pairando sobre os valores e as instituições que promovem a democracia, o respeito e amor ao próximo, que o show que resultou na gravação do projeto dirigido por Jards Macalé comemorava, naquela ocasião, os 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas também tinha a função de chamar a atenção da população brasileira para a violação, em larga escala e sob aplicação de intensa violência, de direitos civis pelos militares que estavam no poder. Após a Comissão Nacional da Verdade, recentemente, entregar seu relatório oficial sobre as barbaridades cometidas em nome do Estado nos anos de chumbo, cobrou-se a punição aos crimes da ditadura, o fim de seus “entulhos” — resquícios como os “autos de resistência”, que ceifam a vida da juventude negra nas periferias do país, a perseguição às minorias que formam o segmento LGBT,  aos partidários de setores mais à esquerda do espectro político — que candidatos durante as mais recentes eleições voltaram a demonizar, atribuindo a adversários socialistas, por exemplo, pechas e rótulos que não só os desumanizam, como os transformam em “monstros”, trazendo das trevas, por exemplo, a ridícula crença de que “comunistas” são por si só homens maus e que estes “comem criancinhas”, como se dizia naquela época na qual as “fake news” já estavam por ai.   Continuar lendo

1188 – Grupo João Rubinato dedica-se à pesquisa da obra e músicas menos conhecidas de Adoniran Barbosa (SP)

A unidade Santo André do Sesc de São Paulo terá entre suas atrações apresentará na sexta-feira, 17 de maio, a partir das 21 horas, uma apresentação do Conjunto João Rubinato. Em 14 de abril, o programa Sr. Brasil, apresentado por Rolando Boldrin na TV Cultura, exibiu entre a gravação da passagem pelo palco da unidade Pompeia o grupo fundado em 2 de dezembro de 2009 com o objetivo pesquisar, recolher e difundir a obra menos conhecida de Adoniran Barbosa (nome artístico de João Rubinato). A pesquisa abrange a obra musical, a trajetória como ator de rádio, cinema e televisão, e aspectos da vida pessoal do autor de Trem das Onze, entre outras composições das mais admiradas há gerações. Para quem perdeu, o linque da apresentação está disponível na internet e pode ser acessado pelo endereço eletrônico https://www.youtube.com/watch?v=DK6XAaHNivE

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Pitanga em Pé de Amora lança segundo disco no auditório do Ibirapuera

O grupo Pitanga em Pé de Amora está convidando o público para o show de lançamento do álbum “Pontes para si”, o segundo desde que surgiu na cena musical paulistana e brasileira, em 2009. O evento ocorrerá no auditório do ginásio do Ibirapuera, bairro da zona Sul de São Paulo, a partir das 21 horas do sábado, 13 de setembro. Ingressos já podem ser comprados por meio do linque http://www.ingresso.com/sao-paulo/home/escolha/show/30272594/pitanga-em-pe-de-amora.

Pitangaw

O grupo Pitanga em Pé de Amora surgiu em 2009 e já em 2010 recebia a indicação de melhor banda paulistana,, na esteira do lançamento do álbum antecessor de “Pontes para si”

Flora Poppovic (voz, pandeiro, surdo e percussão); Diego Casas (violão e voz); Daniel Altman (violão de 7 cordas e voz); Angelo Ursini (clarinete, sax, flautas e escaleta); e Gabriel Setubal (trompete, violão e voz) apostaram em composições próprias e com foco na canção brasileira. As primeiras apresentações do quinteto já chamaram a atenção dos frequentadores da renomada Casa de Francisca, em São Paulo, e em pouco tempo a qualidade das composições e arranjos próprios abriu portas em importantes casas do circuito musical da cidade, como o SESC Pompéia, o Studio SP, o Tom Jazz, o Centro Cultural Vergueiro e o Espaço Cachuêra, local da gravação do primeiro disco, batizado com o nome do grupo. Corria 2010 e naquele mesmo ano o Pitanga em Pé de Amora ganhou da Revista Época o voto da “Banda nova – os melhores de São Paulo em 2010-2011”.

 “Pontes para si” tem participação de  Mônica Salmaso na faixa “Ceará”. Os dois álbuns estão disponíveis para serem baixados em www.pitangaempedeamora.com.br

Monica Salmaso 2wMônica Salmaso participa do segundo disco do Pitanga em Pé de Amora, que será lançado neste dia 13 de setembro, no Ibirapuera

Foto: Marcelino Lima (SESC Pinheiros, 21 de setembro de 2013)