1314 – Documentários e acervo de entrevistas com violeiros do Distrito Federal estreiam na internet

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Mosaicos, rosetas, colchas, balaios, picuaios, colagens. Imagens e figuras de linguagem que talvez expressem um pouco da diversidade de culturas que se encontram no Distrito Federal, a “Arca de Noé Cultural” a que se referiu o violeiro Zé Mulato (mineiro residente em Brasília desde 1973). Esta diversidade se expressa no corpo e na voz, nos modos de contar e de cantar. Nos sotaques, gestos, linguagens, olhares, faces, jeitos, trejeitos, sonoridades e tonalidades próprias de cada um. Nas diferentes visões de mundo e horizontes de expectativa. Na multiplicidade de toques e ritmos da viola caipira e na variedade de modalidades da cantoria repentista. 

Sextilha. Moda de viola. Quadrão. Catira. Martelo agalopado. Toada. Matuto do pé rachado. Pagode. Mourão voltado. Cururu. Quadrão perguntado. Cateretê. Voa sabiá. Querumana. Coqueiro da Bahia. Canção rancheira. Martelo alagoano. Chalana. Galope à beira-mar. Rasqueado. Mourão em cinco. Guarânia. Quadrão mineiro. Choro. Gabinete. Me responda cantador. Cada uma destas palavras é uma janela para um universo de saberes, práticas, memórias, modos de ser, de fazer e de lembrar. Cada um destes ritmos e gêneros é arte com regras, métodos, liberdades, métricas, éticas e estéticas próprias e que, por sua riqueza poética, musical, cultural e social, merecem ser cada vez mais reconhecidos e valorizados publicamente.

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878 – “Chamamento”, álbum de viola caipira de Fábio Miranda (DF): chapéu no goleiro antes do grito de gol

Há algum tempo  é corrente a expressão “o Brasil é um celeiro de craques”, guardando referência com uma manifestação cultural das mais típicas em Pindorama, o futebol.  Hoje, entretanto, o esporte bretão por aqui está mais para atividade lucrativa e científica do que hedonista ou idílica. De tão maçante que se tornou o que antes afirmava-se com toques de arte, teme-se que tenha sido quebrado um encanto do qual éramos fartamente beneficiários e aquinhoados, com direito a passarmos incontáveis vezes pela fila. Consequência desta desdita: já rareiam peladeiros fabulosos, arteiros pela macunaímica nata, aqueles que ainda podem ou tentam surpreender com um drible de nos deixar de boca escancarada, improvisando do nada um lançamento despretensioso em cujo desfecho a senhorita, após amortecida no peito do atacante, ganha o caminho que a aninhará à rede; personagem assim, capaz ou interessado em ser protagonista de um lance impensado ou improvável que vire o jogo e nos arrebate, quando pinta rapidamente é rapinado pelo mercado externo. E, quem diria, até em negócio da China acaba envolvido!

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