1519 — Áureo Lopes (MG) reúne talentosos instrumentistas da cena mineira e revisita a sonoridade dos anos 1970 em Outras Esquinas*

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*Com Luciana Braga

“Só tem cachorro grande nesta parada!”

O baixista Áureo Lopes está estreando como compositor e arranjador de temas instrumentais em Outras Esquinas, álbum com nove faixas disponibilizado ontem, 9 de abril, em todas as plataformas digitais. Neste trabalho, Lopes comprova tanto a sua maturidade, quanto a afamada qualidade da música produzida em Minas Gerais, acompanhado por um time de nomes reconhecidos. Outras Esquinas revela, ainda, sua notável habilidade na criação de melodias e harmonias e sua elegância na interação com os outros instrumentistas – no modo – discreto de atuar como baixista e bandleader: o baixo não é predominante, mas equivalente aos outros instrumentos.

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981 – Clareza, despretensão e singularidade são marcas de Bernardo do Espinhaço (MG), compositor das montanhas e dos sertões

O Barulho d’água Música volta os holofotes novamente para Minas Gerais e apresenta aos amigos e seguidores Bernardo Puhler, cantor e compositor atualmente morador de Belo Horizonte, oriundo de Santana do Riacho, cidade situada entre as serras do Cipó e do Espinhaço. Esta segunda cadeia montanhosa, localizada no Planalto Atlântico, estende-se por Minas Gerais e Bahia, é  formada por terrenos proterozóicos ricos em jazidas de ferro, manganês, bauxita e ouro e passou a compor não apenas o nome de cair na estrada, mas a identidade artística e a alma do trabalho do músico que assina como Bernardo do Espinhaço. Ainda menino, entre os oito e os nove anos, conforme puxa pela memória, Puhler já compunha e cantava, ensaindo, assim, os primeiros passos para a trajetória que já conta com seis álbuns inspirados nas montanhas e nos sertões — dos quais três autorais e os demais gravados com o grupo Músicas do Espinhaço. Pela ordem, os títulos são Um Disco pra Serra do Espinhaço (2003); O Encontro das Cordilheiras (2010); Jardim do Mundo (2011); Janelas (2013), O Alumbramento de um Guará negro numa noite escura (2014); e Manhã Sã (2015).

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