1249 – João Arruda (SP) volta a Sampa e se apresenta com Déa Trancoso (MG) no Espaço 91

Músico, cantador e trovador de Campinas (SP) apaixonado pela cultura musical dos povos, por toadas de bumba meu boi do maranhão, sambas de roda do Recôncavo Baiano, samba rural paulista, congadas e folias, dentre outras cantigas, apresentará o espetáculo Entre Violas e Couros

O cantor, compositor e multi-instrumentista João Arruda estará de volta a cidade de São Paulo para apresentação no Espaço 91 neste sábado, 26, do projeto Entre violas e couros, que terá a participação especial da também cantora, compositora e escritora mineira Déa Trancoso, a partir das 20h30. Residente em Campinas (SP), Cantador, tocador de violas e percussões, Arruda é um trovador apaixonado pela cultura musical dos povos, artista comprometido com a valorização e a recriação de temas e de canções da cultura popular brasileira e da América Latina e costuma envolver as plateias sempre que sobe o palco para promover seus espetáculos solos. Entre cantorias, palmas e risadas, o público costuma viajar ao sabor de toadas de bumba meu boi do Maranhão, sambas de roda do Recôncavo Baiano, samba rural paulista, congadas e folias, dentre outras cantigas que o violeiro traz na sua bagagem de trovador.

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1172 – Espetáculo multicultural em Brasília marca lançamento de “Afrodísia”, de Renata Jambeiro (DF)

Projeto do quarto álbum da cantora brasiliense ressalta a força da mulher e segue a linha de pesquisa  já apresentada nos três anteriores, com sambas que flertam com a cultura popular, dialogam com células rítmicas africanas e passeiam pelo Brasil e pela África*

Afrodísia, novo trabalho da cantora, compositora  e atriz brasiliense Renata Jambeiro, foi lançado em formatos de álbum e de vídeo com um espetáculo multicultural promovido em 25 de março, no Clube do Choro, em Brasília (DF). O projeto Afrodísia segue a linha de pesquisa já apresentada por Renata, com sambas que flertam com a cultura popular, dialogam com células rítmicas africanas, passeiam pelo Brasil e pela África e, dessa vez, refletiram influências da diáspora africana, explorando as culturas portuguesa e latino-americana.

O ponto norteador é a mulher, conforme aponta o texto de apresentação de Afrodísia divulgado pela assessoria de imprensa de Renata, explicando que “Afrodísia é aquela que gera, aquela que se permite dar e receber prazer”. É a dona de si, do seu mundo, a grávida de seus próprios desejos e poderes, pronta para dar à luz toda a própria potência, sua voz, sua verdade, sua sensualidade, sua dor e suas angústias, sua gargalhada mais aberta, seu olhar discreto, suas ordens dilacerantes, sua saia rodada, seu vento, sua espada e seu escudo.

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1137 – Marcelo Quintanilha (SP) lança Caju, álbum em homenagem a Cazuza

Cantor e compositor paulistano faz releitura em 12 faixas da obra do consagrado carioca que marcou a MPB com composições de amor e protesto e se tornou referência após sua precoce morte de de luta contra a AIDS

“O sabor mais acentuado de Caju reside nos arranjos de Quintanilha e do maestro Rodrigo Petreca, para tentar renovar um cancioneiro já formatado pelas gravações originais” Mauro Ferreira (G1/Globo)

“Uma homenagem à irreverência e atualidade das canções de Cazuza” — Revista Continente (Recife/PE)

“Quintanilha se distanciou das versões originais, criando novas possibilidades” — Revista Sucesso!

A tradicional audição dos sábados pela manhã aqui no cafofo/redação do Barulho d’água Música hoje, 22/12, relembrou um dos mais aclamados cantores das últimas gerações, o carioca Cazuza, pela voz do cantor e compositor paulistano Marcelo Quintanilha. O disco que rolou na vitrolinha, Caju, foi recentemente gravado e chegou até nós como mais uma colaboração dos amigos Beto Previero e Moisés Santana, da Tambores Comunicações, aos quais mais uma vez somos gratos. “Atual” é o adjetivo que Quintanilha utilizou para definir o trabalho de Cazuza (1958/1990), que partiu bem antes do combinado e em 2018  completaria  60 anos. Caju era o jeito que o poeta era chamado pelos amigos mais chegados.

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740 – Savannah Lima (BA) faz soar os tambores e homenageia orixás em “Oferendas”, show que protagonizará no Sesc Campo Limpo (SP)

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Savannah Lima, nascida em Salvador (BA), cidade considerada como um dos polos e berços da cultura negra no Brasil, cantora apontada como revelação da música afro-brasileira, estrelará show em São Paulo a partir das 20h30 deste sábado, 28. Oferendas começará às 20h30, na unidade Campo Limpo do Sesc. O público prestigiará sem necessitar pagar ingresso um espetáculo singular e vibrará ao som de intensa percussão temperando a mistura de arranjos modernos do black soul e do pop com cânticos sagrados de orixás.

O repertório, de 18 músicas, tanto apresenta composições autorais, quanto interpretações e entre elas há cantos em louvor às divindades africanas e às águas; por meio de Águas Sagradas, que ela escreveu e é a matriz do projeto, por exemplo, Savannah Lima saúda Oxalá e Iemanjá. “O público poderá conferir diversos tons e timbres, além da variedade de sons que existe na Bahia”, informou a cantora. “Oferendas reproduz a leveza da natureza e a emoção do sagrado não só na música, como também na ambientação, proporcionando uma experiência renovadora.”

Samba, black music e black soul  são influências marcantes na carreira de Savannah Lima, há dois anos presente no cenário nacional e já conhecida por apresentações ao lado de expoentes da música nacional como Margareth Menezes, Daniela Mercury, Arlindo Cruz e Carlinhos Brown. Antes de protagonizar este projeto solo, Savannah liderava desde 2009 os vocais da banda feminina Didá — grupo com o qual excursionou por diversas cidades e também chegou à República Dominicana. Em 2012, ao lado de músicos como Amadeu Alves e Rodrigo Sestreem, percorreu o Brasil levando o espetáculo Guerreiro, do Circo Picolino. Em 2014 e 2015, assumiu a capitania do bloco Afoxé Filhas de Gandhy — que, na condição de pioneiro no Brasil, celebrou 35 carnavais. Ainda em 2015, ela iniciou circuitos de música negra e samba de São Paulo, dividindo o palco com nomes como Arlindo Cruz.

Savannah Lima estará acompanhada no Sesc Campo Limpo por Jubiraci Bastos (violão/vocais e direção musical), Jorge Pita (percussão), Reginaldo Moraes (baixo) e Fabio Prior (percussão). O endereço é rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120, e está a menos de 500 metros da estação Campo Limpo do Metrô Linha 5 Lilás. Para mais informações há o telefone 11 5510-2700.

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719 – MinC confere a Rolando Boldrin grau de Comendador da Ordem do Mérito Cultural

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A presidenta Dilma Rousseff homenageou na segunda-feira, 9 de novembro, em Brasília (DF), artistas brasileiros agraciados com a Ordem do Mérito Cultural de 2015, concedida pelo Ministério da Cultura (MinC) nos graus Grã-Cruz, Comendador e Cavaleiro a personalidades, grupos ou instituições como reconhecimento por suas contribuições ao país. Com direito a show com Caetano Veloso, que entre outros dos seus sucessos cantou Alegria, Alegria, a edição deste ano teve como maior homenageado o poeta paulista Augusto de Campos – criador, ao lado do irmão, Haroldo de Campos, e de Décio Pignatari, do movimento nacional de poesia concreta, na década de 1950. Entre os laureados vinculados à musica estiveram Daniela Mercury e as Ceguinhas de Campina Grande (Grã-Cruz), Arnaldo Antunes e Rolando Boldrin (Comendador), além de Humberto Teixeira, cearense reconhecido Cavaleiro póstumo por entre outras obras ser o coautor de clássicos em parceria com o Rei do Baião, Luiz Gonzaga (PE).

Rolando Boldrin dispensa qualquer tipo de apresentação. Cantor, compositor, ator de cinema, de teatro, de televisão e escritor, tornou-se o querido Sr. Brasil, deferência pela qual seus fãs e amigos passaram a tratá-lo e que faz referência ao programa que já está há 35 anos no ar, dos quais a década mais recente com gravações no teatro do Sesc Pompeia, em São Paulo, acolhidas pela TV Cultura.

Em 20 de julho, Boldrin pode sentir todo o carinho que merece do público nacional — que alcançou por ser um defensor e promotor dos valores tradicionais da cultura popular — durante o programa especial que a emissora da Fundação Padre Anchieta gravou na Sala São Paulo, com a presença de expoentes como Vital Farias, Saulo Laranjeira, Arismar do Espírito Santo, Jane Duboc, Casuariana, Quinteto Violado e os membros do grupo Pau-Brasil, entre os quais Mônica Salmaso, Léa Freire, Paulo Bellinati, Teco Cardoso e Nélson Ayres. Em 25 de setembro, um pouco menos  de um mês antes de completar 78 anos, Rolando Boldrin recebeu o título de Cidadão Guairense, conferido pela Câmara Municipal de Guaíra, cidade do Interior paulista no qual iniciou a carreira aos doze anos e que integra a região da terra natal, São Joaquim da Barra.

Da lavoura ao cinema, hoje esquecidas

As irmãs Indaiá, Maroca e Poroca são as Ceguinhas de Campina Grande, alusão à cidade paraibana em cujas ruas Francisca Conceição Barbosa (Indaiá), Maria das Neves Barbosa (Maroca) e Regina Barbosa (Poroca) começaram a cantar, antes dos sete anos. O reconhecimento do trio veio em 1999, ano do lançamento do documentário A pessoa é para o que nasce, que conta a vida delas, mas as três vêm se queixando de terem sido esquecidas após o sucesso do filme, conforme relataram em programa da qual foram destaque, levado ao ar pela TV Record, em rede nacional, no dia 4 de outubro, e gravado na residência de uma amiga onde há um ano vivem de favor após perderem tudo que ganharam na carreira por má administração dos gestores dos seus bens.

 As Ceguinhas de Campina Grande já se apresentaram com Gilberto Gil e os Paralamas do Sucesso. Cegas de nascença, as três trabalharam na lavoura desde crianças.  E chegaram a ser alugadas como mão de obra temporária pelo próprio pai, que era alcoólatra. O pai morreu quando Indaiá tinha sete anos e elas passaram a se apresentar nas ruas de Campina Grande, cantando emboladas e tocando ganzá. Com as doações que recebiam, sustentavam 14 parentes.

O repertório do trio, aos poucos, passou a incluir cantigas, cocos e outros ritmos do cancioneiro nordestino que as irmãs reprocessaram com acréscimo de improvisos. Em 1997, foram levadas pelo cineasta Roberto Berliner para uma participação no programa Som da Rua, da TVE. Em seguida, Berliner utilizou as gravações feitas para o programa e montou o documentário de curta-metragem A pessoa é para o que nasce.

O sucesso do curta levou a um convite para participar do festival de percussão Percpan de 2000, em Salvador (BA). O grupo recebeu elogios de Naná Vasconcelos e de Otto, além de ser homenageado numa composição de Gilberto Gil. Em 2004, Berliner lançou a versão em longa-metragem do seu documentário. No mesmo ano as três irmãs receberam pela primeira vez a Ordem do Mérito Cultural.

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O amigo do Rei

Humberto Teixeira, nascido em Iguatu (CE) em 1915, é um dos mais representativos e produtivos compositores da música popular brasileira. Músico e poeta, criou com Luiz Gonzaga clássicos como Asa Branca. Teixeira exerceu mandato de deputado federal e criou lei que leva seu nome para divulgar a arte e a cultura brasileira pelo mundo por meio das Caravanas de Música Popular Brasileira. Conhecido como “O Doutor do Baião” e como “O Grande Poeta da Seca”, faleceu em 3 de outubro de 1979, no Rio de Janeiro.