1619 -Violeiro mineiro (dos mió), Wilson Dias lança Ser (tão) infinito em teatro de Beagá

 

#MPB #MúsicaCaipira #ViolaCaipira #ViolaBrasileira #ViolaInstrumental #BeloHorizonte #MinasGerais #Olhosdágua #CulturaPopular

A vida nos ensina que todo cantador é um músico, mas nem todo músico é um cantador.

O cantador vive atento aos movimentos da natureza, ao movimento das águas, dos animais e das plantas, observa atentamente os costumes, as pessoas e como caminha a sociedade em que vive. Ao presenciar o andar de tudo, se antecipa em cantá-los criando assim um registro perene que atravessa as gerações como uma marca na memória de seu povo. Todo cantador é um arauto das notícias, de lembranças e de memórias. Em seu novo álbum, poeticamente batizado de Ser (tão) Infinito, o mineiro Wilson Dias, natural de Olhos d’água (e que em seu ofício muitas vezes consegue o paradoxo de encher nossos olhos d’água ao pontear tantas belezas e devoção, fazendo brotar um choro, arrepiado, de alegre identificação) lança sua música ao espaço na certeza de que ela soará sempre e, ao soar, dará sentido e renovará as esperanças de quem a escutar.

O disco será lançado nesta quinta-feira, 6 de abril, a partir das 20 horas, com um concerto no Teatro Raul Belém Machado. Wilson Dias estará acompanhado por Edson Fernando (percussão), Luadson Constâncio (piano), Pedro Gomes (baixo) e Wallace Gomes (violão). Ser (t)ão Infinito possui 13 faixas, das quais 7 autorais, 3 em parceria com o poeta João Evangelista (Cantiga de tecer a vida, Berimbau saudade e Chuva forte), 1 com a cantora e compositora Déa Trancoso (Olho d’água), e mais 1 com cada um dos seguintes violeiros e conterrâneos: Rodrigo Delage (Canoa velha) e Bilora (História de menino). Não bastasse este time abençoado, ainda há em Ser (t)ão Infinito as participações especiais dos filhos Pedro Henrique e da caçula Ana Tereza, da cantora Leopoldina e de Delage [não conto para ninguém: mas nos bastidores estará, ainda, a produtora cultural Nilce Gomes, esposa do violeiro, que faz o incansável corre para a promoção da carreira dele e dos herdeiros que já estão na estrada, à frente da Picuá Produções!).

Wilson Dias apresenta neste álbum sua música vestida com arranjos primorosos confeccionados, em grande parte, por seus outros dois filhos músicos, Wallace Gomes e Pedro Gomes. A verdade da vida de um cantador também se manifesta quando seus passos musicais imprimem sons no caminhar de seus filhos. Seu caminho como compositor não se resume à sintaxe de sua viola, cria além do que seu espaço oferece, vê adiante. Em gêneros e estilos diversos, Wilson Dias cria com os pés fincados no chão de tal maneira que algumas de suas músicas parecem brotar do povo, quais cantigas folclóricas.

Buscando dentro de si o que repara no mundo, Wilson Dias canta: quero ler o ser(tão) de dentro pra fora/quero ler o ser(tão) passado e agora/quero ler o ser(tão) a fauna e a flora/quero ler o ser(tão) na palma da mão…E é assim que a sua música traz a verdade de sua existência, Wilson Dias segue qual água de riacho sem nunca parar, sempre acolhendo em si outras águas para assim preservar a sua própria, conforme bem anotou sobre ele outro robusto pilar dos alicerces da viola caipira brasileira de todos os tempos, o compositor e pesquisador (igualmente mineiro, terra onde a água pelo jeito é mais fecunda) Ivan Vilela, amigo fraterno ao qual peço humildemente desculpas por me atrever a inserir entre as palavras do seu texto de apresentação sobre Dias algumas observações para que eu confesse, em primeira pessoa, meu encantamento por Wilson desde a noite que eu o conheci, em agosto de 2013, na unidade Consolação do Sesc paulistano.

O Projeto para Ser(t)ão Infinito é realizado a partir do Edital Descentra 2022 – Fundo Municipal de Cultura Projeto: 1001/2022.

O Teatro Raul Belém Machado fica na rua Rua Leonil Prata, s/nº, – bairro Alípio de Melo, em Belo Hozironte (MG). O concerto começará às 20 horas do dia 6 de abril, com ingressos gratuito que deverá ser retirado pelo link: https://bileto.sympla.com.br/event/81243.

A Picuá Produções Artísticas Limitada- EPP está estabelecida com o telefone (31) 98515-7122 à rua Pelicano Frade, 58/102 – Bairro Santa Amélia, Belo Horizonte.

Leiam mais a respeito de Wilson Dias ou conteúdos a ele relacionados aqui no Barulho d’água Música ao visitar o link https://barulhodeagua.com/tag/wilson-dias/

Leia também a entrevista que Wilson Dias concedeu em 17 de novembro de 2021 à Revista Ritmo Melodia, do jornalista Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/wilson-dias/

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1586- Regina Machado convida Mário Manga, grava Enquanto o Tempo Para e faz três apresentações em São Paulo

#MPB #CulturaPopular

Disco  gravado “ao vivo” no estúdio, com a autora munida do seu violão e cantando simultaneamente enquanto tocava, traz parcerias com as mineiras Consuelo de Paula e Déa Trancoso. Shows serão em três domingos de novembro, todos no Teatro Maria Dudé, situado no Itaim Bibi

A cantora, compositora e violonista Regina Machado gravou e já lançou nas plataformas digitais Enquanto o Tempo Para (Canto Discos e plataformas digitais), álbum com distribuição pela Tratore para o qual convidou o multi-instrumentista Mário Manga. De modo diferente do seu trabalho anterior, Regina Machado entrou no estúdio e, com o violão e a voz, gravou, na hora, algumas de suas parcerias com as mineiras Consuelo de Paula e Déa Trancoso. Um detalhe é que o violão, sempre presente em sua trajetória, dessa vez protagonizou o processo. A partir do resultado, Manga entrou com violoncelo, guitarra e violão de aço e deu singularidade ao álbum, de cinco faixas.

A cooperação entre Regina e Manga é antiga e se apoia em ideias que se complementam. Ele propõe soluções originais para arranjos das composições dela – que, observa ele, já vêm bem prontas. Por sua vez, Regina enfatizou que entre ambos “há aquela química que funciona” e gera “musicalidade e diversão”. E ainda destacou que “trabalhar com Manga é um acontecimento sempre alimentado pela alegria, e isso é necessário, principalmente no momento que estamos vivendo no Brasil. E preciso graça e coragem para transformar, com nossa força criativa, o estado de coisas.

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1534- Giancarlo (RS/MG) lança em Brumadinho Por Onde Vamos, segundo álbum da carreira, já disponível no formato digital

#MPB #MúsicaGaúcha #Moeda(MG) #Herval(RS) #CulturaPopular

O músico e cantautor Giancarlo Borba está lançando hoje, 14 de maio, o segundo álbum autoral da carreira, Por Onde Vamos, com canções que propõe reflexões sobre as crises sociais, políticas e ambientais. A apresentação está marcada para a cidade de Brumadinho (MG) e coincide com a chegada do disco às plataformas digitais pela distribuidora QUAE. Giancarlo Borba terá a companhia de músicos convidados e líderes indígenas e a renda da bilheteria será revertida para o apoio às retomadas indígenas Kamakã Mongoió e Xucuru Kariri na região. Com produção musical assinada pelo cantautor e direção artística de Sol Bueno, Por Onde Vamos traz provocações de um lugar no presente que reflete sobre quais caminhos a humanidade quer prosseguir. Se ainda não sabemos de um mapa ou ponto de chegada que contemple o pleno respeito à vida, no perguntar-se para onde ir pode habitar a poética de sonhar utopias que caminham. E talvez aí more o sonho do cantador: cantar utopias que caminham pode ser força e movimento para que corpos e vidas possam ser bom de bem viver e esperançar.

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1484- Ser (tão) infinito, novo trabalho de Wilson Dias (MG), já está nas plataformas digitais*

#MPB #MúsicadeViola #ViolaCaipira #MinasGerais

 

A música de Wilson Dias traz a verdade de sua existência, segue qual água de riacho sem nunca parar, sempre acolhendo em si outras águas para assim preservar a sua própria

*Texto original de Ivan Vilela, professor da Universidade de São Paulo (USP), pesquisador, compositor e violeiro

“A vida nos ensina que todo cantador é um músico, mas nem todo músico é um cantador. 

O cantador vive atento aos movimentos da natureza, ao movimento das águas, dos animais e das plantas, observa atentamente os costumes, as pessoas e como caminha a sociedade em que vive. Ao presenciar o andar de tudo, se antecipa em cantá-los criando assim um registro perene que atravessa as gerações como uma marca na memória de seu povo. Todo cantador é um arauto das notícias, de lembranças e de memórias.

Com Ser(tão) Infinito, Wilson Dias lança sua música ao espaço na certeza de que ela soará sempre e, ao soar, dará sentido e renovará as esperanças de quem a escutar. O disco possui treze faixas, sendo sete autorais, três em parceria com o poeta João Evangelista (Cantiga de tecer a vida, Berimbau saudade e Chuva forte), uma faixa com a cantora e compositora Déa Trancoso (Olho d’água) uma com o violeiro Rodrigo Delage (Canoa velha), uma com o violeiro Bilora (História de menino). E o álbum conta ainda com as participações especiais dos filhos de Wilson Dias, Pedro Henrique e Ana Tereza, sua caçula; da cantora Leopoldina e de Rodrigo Delage.

Nesse novo trabalho, Wilson Dias apresenta sua música vestida com arranjos primorosos confeccionados, em grande parte, por seus filhos Wallace e Pedro Gomes. A verdade da vida de um cantador também se manifesta quando seus passos musicais imprimem sons no caminhar de seus filhosSeu caminho como compositor não se resume à sintaxe de sua viola, cria além do que seu espaço oferece, vê adiante. Em gêneros e estilos diversos, Wilson Dias cria com os pés fincados no chão de tal maneira que algumas de suas músicas parecem brotar do povo, quais cantigas folclóricas.

Buscando dentro de si o que repara no mundo, Wilson canta:

quero ler o ser(tão) de dentro pra fora/quero ler o ser(tão) passado e agora/quero ler o ser(tão) a fauna e a flora/quero ler o ser(tão) na palma da mão

E assim a sua música traz a verdade de sua existência, e Wilson Dias segue qual água de riacho sem nunca parar, sempre acolhendo em si outras águas para assim preservar a sua própria.

Os seguintes músicos participaram da gravação: Edson Fernando e Gladson Braga, percussão; Luadson Constâncio, piano; Sérgio Rabello, violoncelo e baixo acústico; Pedro Gomes, baixo elétrico; Wallace Gomes, violão.

Ser (tão) Infinito foi gravado com o apoio do Ministério do Turismo e do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio do Edital da Lei Aldir Blanc – Edital Nº 19/2020- processo nº 1339.” 


Angústias, crenças e belezas**

Muitos elementos contribuem para a formação e o desenvolvimento de um artista, para forjar as características do seu trabalho e definir seu relacionamento com sua cultura, bem como traçar o perfil de seu público. É o conjunto destes elementos articulados dialeticamente ao longo de toda uma carreira que garante o nome que carrega e sustenta suas conquistas em termos estéticos e de mercado. É este o caso de Wilson Dias, nativo do Vale do Jequitinhonha, lugar especial, porque é ponto de partida de uma trajetória de sucesso.

Wilson Dias herdou desse pequeno celeiro cultural e trouxe para a arte as benéficas influências da vida em comunidade, da cultura e da arte popular, em suas manifestações tanto religiosas, quanto profanas. Enriquecido pelo berço onde nasceu, Wilson Dias cresceu aberto para a vida e livre para experimentar e se enriquecer ainda mais culturalmente, com todas as influências e experiências oriundas do folclore e da seresta mineira.

O Vale do Jequitinhonha fica entre o Sul da Bahia e o Leste de Goiás e é local consagrado por sonoridades ímpares, terra de mestres, e entre outras manifestações populares, do congado, por exemplo. Naquela porção brasileira está abrigado o Sertão físico e mítico que Guimarães Rosa revelou ao mundo e que artistas dotados da sensibilidade de Wilson Dias captam por meio de serestas, toadas, cocos e tantas outras tradições que marcam a musicalidade que está na alma da obra do autor e revela-se por exemplo em Nativo, seu disco anterior a este Ser (tão) Infinito. Wilson Dias também é atento às histórias e aos causos que ocorrem no Norte de Minas, o que dá ainda mais sabor às músicas que ponteia em sua viola caipira — que, por sua vez, despertam tanto para a dança, quanto revelam boa parte do folclore e das lendas do Jequitinhonha.

Wilson Dias, violeiro e cantador que busca resgatar desde a infância que viveu naquela terra de homens e mulheres fortes memórias que povoam seu trabalho — composições que são uma bandeira de resistência das Minas Gerais. É natural de Olhos d’água, que também já foi a antiga Miradouro, berço cujos nomes já expressam a poesia que marca sua musicalidade em cuja alma há traços da cultura popular. Estas histórias recolhidas do Norte de Minas dão o tom da sua viola caipira, que, por sua vez, desperta tanto para a dança, como revela boa parte do folclore e das lendas do Jequitinhonha.

** Dos arquivos do Barulho d’água Música, com dados da Picuá Produções

Leia mais sobre Wilson Dias ou conteúdos a ele relacionados aqui no Barulho d’água Música ao visitar o linque abaixo!

https://barulhodeagua.com/tag/wilson-dias/

Picuá Produções-Nilce Gomes/Telefone: (31) 98515-122 picuaproducoes@gmail.com

1476 – João de Ana (MG) lança álbum de estreia pela Kuarup, com participação de Chico Lobo e Bárbara Barcelos

#MPB #ViolaCaipira #RockRural #ClubeDaEsquina #BandaPauECorda #Pernambuco #MinasGerais #ValeDoJequitinhona #PedraAzul #LagoaSanta #Kuarup

Inspirado no Vale do Jequitinhonha e no Clube da Esquina, Dignidade confirma o DNA musical que pulsa naquela região mineira e traz releitura de Banco de Feira, da Banda de Pau e Corda. Autor vai se apresentar em restaurante de Beagá no dia 27.

O álbum Dignidade é de uma riqueza sonora imensa. O disco de estreia do cantor e compositor João de Ana saiu pelo selo Lobo Kuarup, parceria do violeiro Chico Lobo com a gravadora e produtora Kuarup, e já está disponível nas plataformas digitais e no formato físico. Natural de Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais, João de Ana transita com naturalidade pela música com as influências regionais, da MPB, da música mineira e pelo melhor do rock rural. São searas que lhe dão esse ar de cantar a aldeia, de levar a natureza e seus costumes e se conectar com a atualidade e os grandes centros urbanos. A amizade é um sentimento constante em sua música, tratada de forma primordial, com belas letras poéticas, criação que se espera de um artista que já nasce em uma terra tão especial e que não nega suas influências e suas heranças.

Um exemplar de Dignidade foi gentilmente enviado ao Solar do Barulho pelo diretor artístico da Kuarup. Rodolfo Zanke, ao qual e á sua equipe agradecemos pelo apoio.

Leia mais sobre álbuns da Kuarup ou conteúdos relacionados à produtora e gravadora ao visitar os linques abaixo:

https://barulhodeagua.com/tag/rodolfo-zanke/

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1452 – Consuelo de Paula (MG), com Adriana Holtz, canta ao vivo em transmissão virtual do Estúdio 185 Apodi, em São Paulo*

#MPB #CulturaPopular #Poesia #Moçambique #Congada #Pratápolis

* Com Eliane Verbena, Verbena Comunicação

Canções de vários álbuns e parcerias de Consuelo de Paula, de expoentes da Música Popular Brasileira e duas inéditas, ambas integrantes de um novo álbum em gestação, estarão no repertório que a cantora, compositora e poetisa apresentará no sábado, 16 de outubro, a partir das 21 horas, com transmissão ao vivo do Estúdio 185 Apodi, situado na cidade de São Paulo. Os fãs e amigos de Consuelo de Paula poderão sintonizar Consuelo Maryákoré de Paula pelo canal Youtube da mineira de Pratápolis que neste ano se dedicou intensamente ao trabalho de criação e vivenciou novidades e alegrias a começar por Maria Bethânia lançando Sete Trovas, canção dela com Rubens Nogueira e Etel Frota.

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1450 – André Siqueira lança álbum com releituras da obra de Toninho Ferragutti

#MPB #ViolãoInstrumental #ViolãoClássico #ViolãoPopular #Acordeon #Sanfona #Futebol #SeleçãoBrasileira1982 #CopadoMundo1982

Gosto de brincar com uma imagem futebolística que envolve dois gênios das quatro linhas de todos os tempos, Zico e Sócrates; convoco ambos pela contemporaneidade em campo, já que brindaram os olhos dos amantes de uma boa peleja no mesmo período, sobretudo durante e apesar da fatídica Copa do Mundo da Espanha, que perdemos em 1982, mas que deixou como legado para a história e para a filosofia e conversas de boteco um time que jamais sairá dos nossos corações e mentese não apenas tupiniquins.

Imagino sempre Magrão na arquibancada do Maraca vendo Galinho levantar arquibaldos e geraldinos com sua magia e, em determinado momento, estupefato com uma jogada do número 10, ficando em pé para aplaudir o rubro-negro, soltando apenas uma frase: “Genial, Zico, você é mesmo um baita craque!” Conseguem entender a “ironia” aqui? O Doutor, ele também um jogador espetacular, dizendo que o amigo é um “baita craque!”

Pois vamos esclarecer o porquê desta introdução. Nesta semana, os Correios entregaram aqui na redação do Barulho d’água Música o mais novo álbum do violonista André Siqueira, gravado entre 10 e 13 de maio de 2021, após uma bem-sucedida vaquinha virtual, fonograma que oferece aos ouvidos de quem tem a oportunidade de ouvi-lo uma releitura de sucessos de um dos nossos maiores acordeonistas – digamos assim, um Sócrates da música. Da outra margem, André Siqueira visita Toninho Ferragutti, nome do disco, tem a participação mais do que especial do próprio homenageado em quatro das dez faixas e traz no encarte (assinado pela mineira, cantora, compositora e escritora Déa Trancoso, a partir de desenho da artista plástica Cinthia Camargo, reproduzido na capa) um texto em que Ferragutti lustra a chuteira de Siqueira – digamos assim, um Zico dos nossos palcos. Então, está realizada a imagem, em outro campo artístico, é verdade, mas incontestável, em que um gênio tira o chapéu para outro gênio… e quem sai ganhando é a torcida!

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1403 – Carlinhos Ferreira (MG) lança Fragmentos e Trilhas, álbum concebido em retiro espiritual no Caparaó capixaba

#MúsicaInstrumental #MúsicaBrasileira #CulturaPopular #Caparaó #ParqueNacionaldoCaparaó 

Disco que sai pela Quae Música é o quarto da carreira do compositor e percussionista e foi produzido durante seu recolhimento em uma das regiões mais marcantes do Brasil, entre o ES e MG 

O percussionista e compositor mineiro Carlinhos Ferreira acaba de disponibilizar neste domingo, 20, em todas as plataformas digitais, Fragmentos e Trilhas, seu quarto álbum de carreira e o segundo solo, pela Quae Música. As nove faixas, todas instrumentais, foram geradas aproveitando os rigores da pandemia da Covid-19 durante retiro espiritual e artístico de cinco meses do músico na porção capixaba da Serra do Caparaó — uma extensão da Mata Atlântica cercada por belezas naturais e que abriga o Parque Nacional do Caparaó, área que se tornou famosa no final da década dos anos 1960 por concentrar atividades de um dos primeiros grupos guerrilheiros de enfrentamento ao nefasto regime militar que se manteve no país até 1985. A utilização nos arranjos de diversos instrumentos musicais presentes no Brasil e em outros países (de cordas, de sopro e de percussão, alguns artesanais, por exemplo) que buscaram captar esta atmosfera mágica, de resistência e de transcendência resultou em um álbum definido pela cantora, escritora e compositora Consuelo Maryákoré de Paula como um “grito de vida”, um trabalho em tempos de isolamento e de pandemia “pra se ouvir com urgência”.

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1348 – Burro Morto, Zabé da Loca, Jackson Envenenado, Flávio José: conheça, ouça e curta conterrâneos de Genival Lacerda no blogue Música da Paraíba

Álbuns de ritmos e gêneros tradicionalmente nordestinos ou resultantes de fusões aparentemente incongruentes  compõem o  eclético cardápio de músicos e  de grupos conterrâneos de Zé Ramalho, Chico César e Socorro Lira disponíveis para serem baixados na faixa

“Nós somos irmãos por afinidade/já que a humanidade ergueu-se do pó/a mãe Natureza não tem preconceito/nem separa o peito para um filho só…” Otacílio Batista

A Covid-19 levou, recentemente, Genival Lacerda, um dos ícones da nossa cultura popular, que deixou como legado uma copiosa obra de valorização de ritmos nordestinos como o forró, o xote e o coco.

O Rei da Munganga conquistou várias gerações e sua majestade de quase sete décadas se espraiou para além do Nordeste a partir de sua cidade natal, Campina Grande (PB), contagiando o Brasil inteiro. Seu legado, certamente, ainda terá força e representatividade por muitos mais anos; o mercado comercial da música pode, logo menos, até começar a interferir e se mexer para que seja imposto ao gosto popular um novo ídolo, à feição do mainstream, contudo, assim como as contribuições de Luiz Gonzaga e outros nordestinos, será muito difícil, mesmo que a indústria do entretenimento force a barra, desidratar a marca do criador de Severina Xique Xique e todo o conteúdo cultural que seu nome carrega!

Mas, por outro lado, a internet tem amantes e críticos e tanto pode entrar na roda para promover, quanto para denegrir e esvaziar talentos, ajustando seus holofotes para incensar A ou B segundo conveniências de emissoras, mídias e empresas do mercado fonográfico. Vendo pelo lado bom, trata-se uma ferramenta capaz de integrar e ampliar boas ofertas de entretenimento e trabalhos culturais dos mais interessantes, reduzindo por meio do compartilhamento as distâncias e tornando mais democrático o contato entre o artista e os fãs, ajudando a formar novos públicos; fazendo aquilo que o Sr.Brasil, Rolando Brasil, chama de “tirar o Brasil da gaveta”. E os blogues cumprem bem este papel à medida a qual seus idealizadores e mantenedores (geralmente idealistas e um pouco desparafusados) se esforçam para garimpar e trazer à luz obras escondidas ou esquecidas pelo Brasil profundo à dentro.

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1320 – Wilson Dias cantará nas casas dos fãs comemorando mais um aniversário!

#LiberdadeProLuiz #ViolaCaipira #ViolaInstrumental #CulturaPopular #MúsicaBrasileira #MúsicaCaipira #Minas Gerais

#Respeito #Generosidade #Liberdade #Diversidade #Pluralidade #Tolerância  #Democracia #Imprensa Livre #JornalistasAntifascistas

#FiqueEmCasa #UseMáscara

#ForaBolsonaro

O cantador, compositor Wilson Dias (MG) vai comemorar mais um ano nesta terça-feira, 8, e para celebrar a data está convidando amigos e fãs para celebrarem juntos em duas apresentações virtuais nas quais o violeiro tocará músicas dos seus sete álbuns, em ambas acompanhado pelos filhos Wallace Gomes (violão) e Pedro Gomes (baixo), que carinhosamente chama de “previdências privadas”

A primeira será no dia do aniversário e a segunda em 29 de setembro, sempre a partir das 19h30. Do palco que montará em sua própria casa, Wilson Dias poderá ser visto pelo canal de Youtube (https://www.youtube.com/c/wilsondiasvioleiro) na tela do computador ou do celular, respeitando as normas sanitárias que recomendam o isolamento domiciliar para evitar contágios pelo novo coronavírus (Covid-19).

 

O repertório do dia 8 será baseado nos discos Pequenas Histórias; Outras Estórias; Picuá e Mucuta. Depois, no dia 29, será a vez das releituras de Pote, a melodia do chão; Lume; e Nativo. Para entrevistas e mais informações, Wilson Dias atenderá pelo número de telefone 31 99108-5498

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