1545- Eduardo Sueitt e convidados tocam de graça no Parque Antonio Molinari

#MPB #MusicaInstrumental #MinasGerais #SuldeMinas  #PoçosdeCaldas 

O baterista paulista Eduardo Sueitt estará à frente neste sábado, 11 de junho, das apresentações que serão atrações da primeira edição neste ano do projeto Música Instrumental no Parque, prevista para começar a partir das 14h30, no Parque Antonio Molinari, sem cobrança de ingresso, com discotecagem de Paulo Tothy. Sueitt convidou para os concertos Albano Sales, Flávio Corilow e Henrique Simas, músicos que deverão oferecer ao público composições autorais e releituras de clássicos de Tom Jobim, Moacyr Santos, Ivan Lins, Milton Nascimento, Edu Lobo, Luiz Eça, Toninho Horta. Está prevista, ainda, a participação do violonista poços-caldense André Batiston. 

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1488 – Makely Ka (PI) lança novo disco, instrumental de viola, com homenagem aos rios e ao meio ambiente

MPB #ViolaCaipira #ViolaDe10Cordas #ViolaInstrumental #Craviola #AlaúdeÁrabe #ViolaDeQueluz #LiteraturaBrasileira #GuimarãesRosa #EuclidesdaCunha #ElomarFigueiradeMelo #GrandeSertãoVeredas #OsSertões #ValençadoPiauí #Piauí #Bahia #Canudos #Goiás #MinasGerais #ValeDoUrucuia #RioDoce #RioParacatu #VazaBarris

Rio Aberto integra a Trilogia dos Sertões iniciada com o projeto Cavalo Motor e que deverá ser finalizada com Triste Entrópico

O novo trabalho de Makely Ka, o disco instrumental Rio Aberto, surgiu da curiosidade e do interesse do músico piauiense pela sonoridade e pelas possibilidades da viola de 10 cordas a partir de uma viagem que ele fez pelo Vale do Urucuia, região do Noroeste do estado de Minas Gerais, onde aprendeu afinações alternativas como a que chamam “rio abaixo”, utilizada pelos violeiros locais. Essa afinação, também chamada de “sol aberto”, deu origem ao nome do disco de doze faixas autorais de um total de treze que formam o repertório e levam nomes de rios, cursos d’água que costuram elementos da geografia, da história e da literatura brasileira. As trilhas ainda ligam o sertão de Guimarães Rosa aos sertões de Euclides da Cunha, passam pelo universo mítico do cantor Elomar Figueira de Melo e relembram profundas feridas que não se fecham, abertas pelas tragédias dos rompimentos de barragens que atingiram milhares de vidas, causaram centenas de mortes e devastaram o meio ambiente e rios, provocados por atividades de mineração, sob responsabilidade da Vale do Rio Doce, a partir de Mariana (MG) e Brumadinho (MG), em 2015 e em 2018, mas que se estendeu até o Espírito Santo, além de comprometer mares e praias. As músicas são experimentais, dialogam com a tradição popular, mas incorporam referências contemporâneas como a microtonalidade, a polirritmia e a pesquisa de timbres.

Encontro das Águas, clássico de Tavinho Moura, fecha o álbum de Makely Ka que está sendo lançado pela gravadora e produtora Kuarup, da cidade de São Paulo, já disponível nas plataformas digitais e que neste dia 11 abriu as audições matinais que promovemos aos sábados no Solar do Barulho, onde fica a redação do Barulho d’água Música, em São Roque (SP). Entre as doze faixas autorais, dez remetem a afluentes do São Francisco, outras duas são referências a rios que deságuam direto no mar — Doce, também chamado Watu pelos Krenak — e o Vaza-Barris, que banha Canudos, no sertão baiano, e frequenta o imaginário popular desde a publicação do livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, no início do século passado. “Tento simular o movimento desses rios, os sons de suas corredeiras, quedas d’água, seus poços profundos, remansos, a barra ou a foz, onde eles encontram o grande rio, os animais que frequentam suas margens e dependem dele para viver”, declarou Makely.

Há também algumas relações entre as faixas. O Rio do Sono, por exemplo, que banha o vilarejo do Paredão de Minas, local onde transcorre a batalha épica entre o bando dos Hermógenes e os Ramiro comandados por Riobaldo Tatarana descrita no romance Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, deságua no Paracatu. A harmonia de um entra nas águas do outro, alguns movimentos se repetem, o ritmo fluente das corredeiras rápidas do rio de Morfeu se torna mais arrastado quando se encontra com o Paracatu. Um incorpora o outro, mas assume algumas das suas características. A síncope simula o encontro, a força das correntes contrárias medindo forças para, afinal, confluírem no mesmo fluxo. Nas músicas Makely toca viola de 10 cordas, também chamada caipira; viola dinâmica, conhecida também como nordestina; craviola, instrumento criado pelo músico brasileiro Paulinho Nogueira, produzido em escala industrial pela empresa Giannini a partir da década dos anos 1970 e que a cantora, compositora e multi-instrumentista sul-mato-grossense Tetê Espíndola também toca.

A viola vem do alaúde árabe, que se popularizou na Península Ibérica a partir da invasão dos mouros. Em algumas localidades de Portugal, ainda é possível encontrar a viola de arame, ancestral da viola atual. Vinda nas caravelas, o instrumento de madeira com pares de cordas ganhou nos trópicos outras formas de construção, com madeiras, afinações e maneiras de tocar diferentes. Uma das primeiras violas construídas em série no Brasil foi a de Queluz de Minas, apreciada na corte, inclusive por Dom Pedro I. Ela, provavelmente, impôs o padrão de corpo delgado e acinturado replicado em todo o país. A longa tradição da viola no Brasil está intimamente relacionada às folias de reis, aos folguedos e brincadeiras da cultura popular. “Toco nesse álbum com uma violinha de bigode construída em cedro brasileiro pelo luthier Wagner França, de Jaboticatubas [MG], em 2012 e uma viola modelo clássico construída em jacarandá e cedro pelo luthier Lúcio Jacob de Viçosa [MG] em 2020”, informou Makely.

A viola dinâmica tem cinco pares de cordas, a estrutura do corpo é semelhante à de um violão, mas ela possui um ressonador metálico, que projeta o som por meio de pequenas bocas dispostas no tampo. Foi muito utilizada pelos repentistas e cantadores em feiras populares em todo o Nordeste brasileiro. “A que uso é um modelo de sete bocas, fabricada pela Del Vecchio, em 1975”, explicou o músico. “A craviola foi desenhada pelo violonista e compositor campineiro Paulinho Nogueira. Ele queria aliar a sonoridade do cravo e da viola de dez. Ela foi patenteada pela Giannini, que começou a produzi-las em 1970. O músico Jimmy Page toca uma dessas no disco III do Led Zeppelin. A que tenho é um modelo Giannini de 1974”, prosseguiu o autor de Rio Aberto.

Nesse trabalho Makely Ka presta tributo a expoentes como Manoel de Oliveira, Renato Andrade, Tavinho Moura, Almir Sater, Heraldo do Monte, Paulo Freire e Ivan Vilela, que considera suas principais referências no universo da viola. A regravação de Encontro das Águas, de Tavinho Moura, que Makely conheceu apresentado por Almir Sater, ganha aqui um sentido ampliado, tornando-se a confluência de todas essas águas num grande rio aberto a todas as influências. Num momento em que estamos na iminência de uma nova crise hídrica, com os aquíferos e mananciais ameaçados por mineradoras e empreendimentos imobiliários, o trabalho ganha também um caráter de alerta e de denúncia pela necessidade de preservação das nossas bacias.

Rio Aberto é o quinto álbum de carreira de Makely, o sétimo se considerar os álbuns em colaboração com outros artistas.

SONS QUE ESCORREM PELOS DEDOS

Ivan Vilela (Foto: Adriano Rosa)

Por Ivan Vilela, professor da Universidade de São Paulo (USP), pesquisador, compositor e violeiro de Itajubá (MG)

O disco que você tem em mãos é, na realidade, um mapa sonoro-afetivo onde Makely verte impressões obtidas em viagens que empreendeu pelo sertão mineiro e baiano. Ele próprio nos diz: “As músicas levam nomes de rios que eu passei, cursos d’água que costuram elementos da geografia, da história e da literatura brasileira ligando, por exemplo, o sertão de Guimarães Rosa aos sertões de Euclides da Cunha (Vaza-Barris) além da tragédia dos rios devastados pela mineração (Doce e Paraopeba).”

Makely é mais um grande músico brasileiro que se encantou com a sonoridade da viola e viu nela um canal para exprimir a maneira como vê e sente o mundo. Seu toque é vigoroso e denso. As filigranas que afloram de seus dedos impõem às suas composições – todas vertidas em águas nos nomes dos rios – paisagens que nos fazem conhecer de perto cada um desses locais, mesmo sem lá termos ido. Makely compõe com a propriedade de quem já andou muito no caminho da música. A viola de Makely sugere caminhos que nos trazem a ideia de loopings dada a reafirmação das ideias musicais que, diga-se de passagem, nada têm de repetitivas. Evocam mais a ideia do espelho d’água do rio que na sua serenidade guarda um “sem fim” de movimentos dentro de seu leito. Qual fazemos com a visão quando queremos ver mais de perto, o ouvinte desavisado precisará focar sua audição para perceber que por detrás de uma prosódia quase constante descortina-se um universo de toques, ideias rítmico-melódicas amparadas por caminhos harmônicos novos. Estes diluídos no fraseado das melodias que evocam as sonoridades das violas do norte mineiro já desfiadas por Zé Coco do Riachão, Minervino da Viola, Manelim, Renato Andrade e Tavinho Moura. Nesse disco líquido, um Rio Aberto, Makely nos deixa claro que o músico criador, adiante de qualquer juízo que se possa ser feito sobre ele, está além como um observador do mundo que o cerca, da natureza da terra e de todas as contradições que possam aflorar na relação do homem com o espaço que o circunda. Mais uma grande aula sobre cultura brasileira em seus vários aspectos vertida em sons que além de nos embalarem, nos trazem a consciência de que nada conseguiremos ser sem a estrutura do mundo que nos ampara e envolve.

SOBRE MAKELY KA

Natural de Valença do Piauí, município que fica a 216 quilômetros de Teresina, a capital do Piauí, Makely Ka é hoje um dos mais requisitados compositores de sua geração e pode ser ouvido na voz de Lô Borges, Samuel Rosa, Titane, Ná Ozzetti e José Miguel Wisnik. entre dezenas de outros intérpretes. Lançou o disco coletivo A Outra Cidade, em 2003, e Danaide, em 2006 com a cantora Maísa Moura. O primeiro trabalho solo veio em 2008 com Autófago, considerado pela crítica um dos melhores discos de “roque brasileiro”. Em 2014 compôs, ao lado de Rafael Martini, a peça sinfônica em cinco movimentos Suíte Onírica, gravada com a Orquestra Sinfônica da Venezuela, o Coral do Teatro Teresa Carreño e sexteto sob regência do maestro português Osvaldo Ferreira. 

Em 2015, lançou o álbum Cavalo Motor, resultado de uma longa viagem realizada pela região Noroeste de Minas Gerais, na divisa entre Bahia e Goiás, o primeiro da trilogia que prossegue com este Rio Aberto e terá ainda Triste Entrópico; Cavalo Motor tem participação de Arto Lindsay, Susana Salles, Décio Ramos (grupo Uakti) e O Grivo, entre outros, e foi transformado também em DVD. O trabalho foi considerado um dos melhores lançamentos do ano e recebeu vários prêmios, entre eles o Grão da Música de melhor álbum de Música Brasileira. Em 2018, emplacou o prêmio Simparc de Artes Cênicas de melhor trilha sonora original para o espetáculo de dança Espelho da Lua, da Companha Mário Nascimento.

Letrista inspirado e versátil, Makely acumula parcerias com diversos compositores em todo o país, com destaque para o álbum Dínamo, inteiramente composto com Lô Borges e lançado em 2020. Como intérprete de suas próprias canções destaca-se pela sua voz grave e rascante e pelo violão vigoroso tocado de forma muito peculiar. O humor, a ironia e o sarcasmo estão sempre presentes nas apresentações ao vivo, que podem ser em formato solo ou com banda. Já tocou em alguns dos principais palcos do Brasil e excursionou por Portugal, Espanha, Dinamarca, Lituânia, Turquia, Grécia e México.

Grande interlocutor da cena musical em Minas Gerais, Makely organizou mostras e festivais, participou de curadorias, produziu discos de outros artistas, fez direção artística de shows, criou trilhas para cinema, dança e teatro, realizou documentários, compôs textos para peças sinfônicas e camerísticas, participou de conselhos estaduais e federais de cultura, fundou cooperativas e fóruns de música e escreveu diversos textos sobre política cultural, música, literatura e cinema que foram publicados em jornais, revistas e sites. Também publicou três livros de poemas e atuou como editor de revistas de poesia. No momento, prepara o lançamento do livro Música Orgânica e está compondo a trilha sonora do balé Rios Voadores, da coreógrafa Rosa Antuña.

COMPRE DIRETAMENTE DO PRODUTOR!

Makely Ka publicou a seguinte nota em uma de suas mídias sociais:

“Chegaram as caixas com o álbum Rio Aberto. Pessoal sempre me pergunta porque eu ainda faço discos físicos na era das plataformas e eu vou responder mais uma vez. Em primeiro lugar é preciso entender que a música disponibilizada nas plataformas de streaming em geral têm a qualidade muito pior do que aquela que ouvimos nos CDs. Ela é compactada para reduzir o tamanho do arquivo e suas frequências são cortadas. O que ouvimos nos plataformas geralmente é uma versão muito piorada da música original.

Em segundo vem a questão da remuneração. As plataformas são ótimas para divulgar nossa música mas péssimas pra remunerar pela execução das mesmas. O valor pago pela execução das músicas no Spotify por exemplo é tão irrisório que mesmo músicas com milhões de visualizações recolhem míseros reais para seus autores. Além disso as plataformas não pagam os direitos conexos, que são os direitos dos músicos e intérpretes que tocam nas faixas.

Depois vem a falta de informações técnicas, importante para músicos, técnicos e produtores, pois é o trabalho deles. Nas plataformas em geral você não tem como saber quem tocou na faixa, na maioria das vezes nem o nome do autor é disponibilizado nos créditos.

Isso sem contar a questão da arte dos encartes, que se reduz a uma mera capinha de tamanho reduzido e em baixa resolução. A arte da Gisele Moura para esse disco está belíssima por sinal.

Outro problema é o catálogo reduzido, superficial e desorganizado oferecido pelas plataformas. Falta critério, falta vontade e falta interesse para preencher as imensas lacunas discográficas.

Ainda tem a questão das plataformas serem empresas privadas, estrangeiras e muitas não possuírem sequer um escritório de representação no país. Você coloca seu disco lá e não tem mais controle. Se um dia eles fecharem, acabarem com a plataforma, resolverem por um motivo qualquer tirar suas músicas do ar, onde vamos encontrar o disco do artista que queremos ouvir?

Por fim tem a questão dos equipamentos. Já pensou por que os computadores e os carros não vem mais com tocadores de CD? Porque não há demanda. E por que não já demanda? É claramente uma imposição da indústria. Se as pessoas começam a usar um determinado equipamento a indústria produz. Isso aconteceu com o vinil por exemplo, que reativou a produção de vitrolas.

Tudo isso para dizer que habemus CD e quem quiser pode encomendar por aqui, pelo meu site, pelo site da Kuarup ou procurar nas melhores lojas do ramo. Para comprar basta fazer um PIX no valor de R$ 30,00 para esse número de CPF (028526366-89) e enviar o comprovante para (31 988639531) informando o endereço que enviamos o álbum pelo correio para qualquer lugar do Brasil com um brinde surpresa.

SOBRE A KUARUP

Especializada em música brasileira de alta qualidade, o seu acervo concentra a maior coleção de Villa-Lobos em catálogo no país, além dos principais e mais importantes trabalhos de choro, música nordestina, caipira e sertaneja, MPB, samba e música instrumental em geral, com artistas como Baden Powell, Renato Teixeira, Ney Matogrosso, Wagner Tiso, Rolando Boldrin, Paulo Moura, Raphael Rabello, Geraldo Azevedo, Vital Farias, Elomar, Pena Branca & Xavantinho e Arthur Moreira Lima, entre outros.

Kuarup Música, Rádio e TV/www.kuarup.com.brTelefones: (11) 2389-8920 e (11) 99136-0577 Rodolfo Zanke rodolfo@kuarup.com.br

Leia entrevista de Makely Ka  concedida ao jornalista Antonio Carlos da Fonseca Barbosa, da Revista Ritmo Melodia, ao clicar no linque abaixo:

https://www.ritmomelodia.mus.br/entrevistas/makely-ka/

1455- Heraldo do Monte (PE) ganha publicação com sua história, obras em partituras e coletânea em disco

#MPB #Violão #ViolãoInstrumental #Viola #QuartetoNovo #Recife #InstitutoÇare

O músico pernambucano Heraldo do Monte tem uma carreira tão extensa quanto importante para a história da música popular brasileira instrumental.  Aos 85 anos, o músico ganha agora uma publicação dedicada à sua obra: As cordas livres de Heraldo do Monte. O livro traz a sua história e a maneira como ela se confunde com a própria história da guitarra elétrica no Brasil. Traz também o conjunto completo de sua obra em partituras, além de um álbum coletânea que esboça sua trajetória musical. A publicação é a primeira da série Brasil de Dentro, criada pelo Instituto Çarê para sistematizar, editar e difundir obras de compositores brasileiros, e conta com a parceria da editora Contraponto. 

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1447 – Tramas Culturais da Casa Museu Ema Klabin aborda a obra de Heraldo do Monte (PE)*

#MPB #CulturaPopular #Jazz #Baião #Forró #LiteraturaMusical #Recife #PE #CasaMuseuEmaKlabin

*Com Cristina Aguilera, Mídia Brazil Comunicação Integrada

A Casa Museu Ema Klabin, situada em São Paulo, promoverá nesta quinta-feira, 30 de setembro, das 17h às 18h30, a série Tramas Culturais com o tema Música fora dos cânones: Heraldo do Monte. O encontro proporá refletir a trajetória e a obra do musicista pernambucano, reconhecido por sua valiosa contribuição à música instrumental e será ministrado pelos músicos e pesquisadores  Ivan Vilela e Budi Garcia, com transmissão pela plataforma Zoom. A inscrição é gratuita e está aberta em https://emaklabin.org.br/tramasculturais/musica-fora-dos-canones-heraldo-do-monte.

Natural de Recife, Heraldo do Monte é considerado um dos primeiros a introduzir a viola de dez cordas na música popular brasileira instrumental, além de desenvolver sua própria estética de improviso com a guitarra. Em sua trajetória  integrou diversos grupos, entre eles o Quarteto Novo (1966), que criou ao lado de Hermeto Pascoal, Théo de Barros (violonista) e Airto Moreira (percussionista) e mesclava jazz, baião e forró.

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1403 – Carlinhos Ferreira (MG) lança Fragmentos e Trilhas, álbum concebido em retiro espiritual no Caparaó capixaba

#MúsicaInstrumental #MúsicaBrasileira #CulturaPopular #Caparaó #ParqueNacionaldoCaparaó 

Disco que sai pela Quae Música é o quarto da carreira do compositor e percussionista e foi produzido durante seu recolhimento em uma das regiões mais marcantes do Brasil, entre o ES e MG 

O percussionista e compositor mineiro Carlinhos Ferreira acaba de disponibilizar neste domingo, 20, em todas as plataformas digitais, Fragmentos e Trilhas, seu quarto álbum de carreira e o segundo solo, pela Quae Música. As nove faixas, todas instrumentais, foram geradas aproveitando os rigores da pandemia da Covid-19 durante retiro espiritual e artístico de cinco meses do músico na porção capixaba da Serra do Caparaó — uma extensão da Mata Atlântica cercada por belezas naturais e que abriga o Parque Nacional do Caparaó, área que se tornou famosa no final da década dos anos 1960 por concentrar atividades de um dos primeiros grupos guerrilheiros de enfrentamento ao nefasto regime militar que se manteve no país até 1985. A utilização nos arranjos de diversos instrumentos musicais presentes no Brasil e em outros países (de cordas, de sopro e de percussão, alguns artesanais, por exemplo) que buscaram captar esta atmosfera mágica, de resistência e de transcendência resultou em um álbum definido pela cantora, escritora e compositora Consuelo Maryákoré de Paula como um “grito de vida”, um trabalho em tempos de isolamento e de pandemia “pra se ouvir com urgência”.

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1362 – Cibele Codonho e Silvia Goes apresentarão Música é Feminino em 8 de março*

#MPB #CulturaPopular #DiaInternacionaldaMulher

Cantora e a pianista paulistanas homenageiam as mulheres em apresentação virtual, no Dia Internacional da Mulher

*Com Lúcia  Rodrigues (Lúcia Produções)

As tradicionais audições aos sábados pela manhã aqui no cafofo do Barulho d’água Música, no Solar do Barulho (São Roque/SP) começaram com Afinidade, álbum que a cantora paulistana Cibele Codonho lançou em 2016. Cibele vem pilotando, às segundas-feiras, a série de apresentações virtuais ao vivo (lives) Música é Feminino, nas quais conversa com amigas da estrada. Ela já recebeu, por exemplo, Léa Freire, Bárbara Barcellos, Wanessa Dourado, Débora Gurgel, Roberta Valente e Alana Alberg e, agora, para celebrar o Dia Internacional da Mulher, dividirá a tela com a pianista Silvia Goes, com direção e produção musical de Felipe Senna, da produtora Ninho do Corvo. Embora já tenham trabalhado em parceria, esta será a primeira vez que ambas se juntarão para um concerto de voz e piano, marcado para começar às 20 horas e que poderá ser acompanhado pelo canal Youtube da anfitriã.

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1243 – Com concerto na Assembleia de MG, Reinaldo Toledo apresenta livro 11 Estudos para Viola

Os 11 Estudos para Viola Brasileira também ganharam o formato em disco, lançado e, agosto de 2018 e disponivel nas plataformas digitais. Em ambos os volumes, o trabalho de Toledo recebeu elogios de Ivan Vilela

#vivajoãobá

O violeiro e professor, graduado em Música (Licenciatura e Bacharelado com habilitação em violão) pela Universidade Federal de Uberlândia, Reinaldo Toledo, será a atração na quinta-feira, 10 de outubro, de mais uma rodada do Projeto ZÁS, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. No palco, Toledo apresentará a partir das 19 horas concerto de viola caipira instrumental solo para marcar o lançamento do Livro de Partituras 11 Estudos para Viola Brasileira, obra artístico didática que ele assina e nasceu da necessidade por composições para a viola caipira que pudessem incentivar seus alunos a desenvolverem técnica motora e musicalidade simultaneamente.

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1202 – Conheça “11 Estudos para Viola Brasileira”, álbum de Reinaldo Toledo (MG/SP)

Nesta semana que passou as audições aqui no boteco do Barulho d’água Música privilegiaram 11 Estudos para Viola Brasileira, álbum lançado em agosto de 2018 por Reinaldo Toledo, professor, violeiro e compositor natural de Cássia (MG), atualmente residindo em Franca, Interior de São Paulo. O disco, cujo exemplar que tocamos na vitrola gentilmente nos foi enviado pelo autor, é um trabalho que visa a contribuir de forma ampla com o desenvolvimento técnico e a expressividade musical do estudante e/ou violeiro e também para servir de material de apoio a professores do instrumento. Traz apresentação do professor do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), pesquisador e violeiro Ivan Vilela e ganhará versão em livro de partituras no primeiro semestre de 2020. “Com sua música, Reinaldo nos conduz a uma atmosfera de sensibilidade e beleza dando assim uma imensa contribuição ao mundo da viola”, observou Vilela. “Adiante, Reinaldo, você tem sempre muito a dizer com o instrumento nas mãos.”

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1154 – Sutileza e contundência, sem firulas, marcam novo disco de Ayrton Montarroyos (PE)

Pernambucano que vem recebendo diversos elogios da crítica pelo trabalho de pesquisa e interpretação da canção popular brasileira lança seu segundo disco, em parceria com o violonista do Sr. Brasil Edmilson Capelupi

A gravadora Kuarup está lançando Um mergulho no nada, segundo álbum do cantor de Recife (PE) Ayrton Montarroyos (Ayrton José Montarroyos de Oliveira Pires), no qual acompanhado pelo violonista Edmilson Capelupi interpreta por meio de um bem elaborado repertório clássicos da MPB e de contemporâneos como Ylana e Yuru Queiroga. E que ninguém se perca pelo nome escolhido por Ayrtinho — como é chamado por familiares como a avó Célia o jovem pernambucano nascido em 1995 – para batizar o álbum gravado em uma única apresentação no glamouroso Teatro Itália em 1º de abril de 2018, na cidade de São Paulo: pare o mundo por meros 35 minutos, menos que um dos dois tempos de pelada, e faça o julgamento apenas após terminar a última das 10 faixas — se é que pelo meio da audição o amigo ou seguidor já não estiver tomado por um “magnetismo inescapável”, como escreveu o crítico e jornalista Lucas Nobilo, que ouviu Um mergulho no nada “quatro vezes de enfiada” e também estamos fazendo desde que o disco chegou à redação, gentilmente cedido ao Barulho d’água Música por Rodolfo Zanke, a quem mais uma vez somos gratos.

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