1633 – Rodrigo Delage e Ivan Pestana são as próximas atrações do 6º Viola de Feira, em Belo Horizonte (MG)

#ViolaCaipira #ViolaInstrumental #BeloHorizonte #Beagá #MG #MinasGerais #MinasNovas/MG #Pirapora/MG #Turmalina/MG #CulturaPopular #MPB #MúsicaCaipira #MúsicaInstrumental #MúsicaLatinoAmericana

Cantores vão embalar a hora do almoço com canções autorais em concerto do tradicional projeto elaborado pela  Picuá Produções, com entrada franca, marcado para o Centro Cultural da Lagoa, situado no bairro Itapoã

*Com Lilian Macedo

Preservar valores da cultura popular e das tradições do país se tornou cada vez mais importante à medida que desejamos manter sólidas conexões com as raízes que formam a diversificada identidade do brasileiro. Depois do distanciamento forçado no auge da pandemia da Covid-19, aos finais de semana resgatar a boa música entre familiares, ainda mais temperados com música de viola caipira, propicia a oportunidade de curtir um “calorzinho” a mais. E de graça é ainda melhor! Esta é a proposta da Picuá Produções Artísticas com as apresentações programadas para o 6º Viola de Feira Circulação nos Centros Culturais, projeto que conta com recursos da Lei Municipal de Belo Horizonte (MG) de Incentivo à Cultura nº 2194/2021 e patrocínio do Instituto Hermes Pardini S/A.

O Viola de Feira é idealizado por Nilce Gomes e Wilson Dias. Neste ano as rodadas, presenciais, sempre a partir das 11 horas, começaram em 26 de março. Violeiros de Minas Gerais e de outros estados convidados pelo casal embalam a hora do almoço com concertos de música raiz em ambiente de feira livre como farão os próximos a subirem ao palco: Rodrigo Delage e Ivan Pestana, escalados para entreter a plateia no Centro de Referência e Cultura Popular Tradicional Lagoa do Nado, no domingo, 28 de maio. Conforme o formato dos concertos, as atrações se revezarão no palco com o intuito de conectar gerações, estilos, pesquisas e estudos que revelam sob a ótica de cada uma a versatilidade e a riqueza da viola caipira — instrumento que recentemente foi alçado a patrimônio cultural e imaterial de Minas Gerais.

Continuar lendo

1630 -Felipe Bedetti leva Afluentes para apresentação única no Teatro da Assembleia, em Beagá

#MPB #MúsicaMineira #MúsicaInstrumental #AbreCampo #BeloHorizonte #JuizdeFora #Ubá #Guidoval #Rodeiro #PonteNova #BordadaMata #Matipó #Fortaleza #SãoPaulo #RiodeJaneiro #Brasília #ZonadaMata #ClubedaEsquina #CulturaPopular

Repertório do concerto terá por base o segundo álbum do violonista que despontou aos 6 anos de idade na região que é berço de expoentes da cena musical mineira e do país, que tem participações de Toninho Horta, Tadeu Franco e Dani Lasalvia, entre outros

O cantor e compositor Felipe Bedetti apresentará Afluentes, concerto com entrada franca, ao violão, baseado no seu mais recente álbum, a partir das 19 horas da quinta-feira, 18 de maio, no palco do Teatro da Assembleia, em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Bedetti receberá Luadson Constâncio (piano) e Barbara Barcellos (voz) para oferecer ao público a boa sonoridade mineira que costura o repertório do disco, disponível nas plataformas digitais e que em suas dez faixas conta com participações de Barbara, Toninho Horta, Tadeu Franco e Dani Lasalvia. As músicas de Afluentes são autorais e também em parcerias com Thales Martinez, Luciano Raulino, Paulinho Pedra Azul e Ramon Gonçalves, entre outros. A #6, Gavião de penacho, de Francisco Braga, compositor dos anos da década de 1920, foi adaptada por Tadeu Franco e está na lista ao lado da releitura da anterior, #5, assinada por Dori Caymmi e Paulo Cesar Pinheiro: Serra Branca.

Este é o segundo álbum de Bedetti. Amigos e fãs já conheciam Solo Mineiro, que saiu em 2018, com canções da sua precoce trajetória artística a partir dos 16 anos (atualmente, ele tem apenas 22!). Entre 70 composições assinadas ao longo daquele período, pinçou dez para o trabalho de estreia, com parcerias de Zé Luiz Rodovalho (Campinas/SP), Martinez (Beagá/MG) e Marília Abduani (Piedade de Ponte Nova/MG). Solo Mineiro revelou em suas letras o dia a dia do Interior mineiro, da lida na roça às brincadeiras de rua, a estrada, o povo e as tradições populares. “Mesmo com pouca maturidade, foi importante ter gravado, pois adquiri um aprendizado muito importante.”

Continuar lendo

1619 -Violeiro mineiro (dos mió), Wilson Dias lança Ser (tão) infinito em teatro de Beagá

 

#MPB #MúsicaCaipira #ViolaCaipira #ViolaBrasileira #ViolaInstrumental #BeloHorizonte #MinasGerais #Olhosdágua #CulturaPopular

A vida nos ensina que todo cantador é um músico, mas nem todo músico é um cantador.

O cantador vive atento aos movimentos da natureza, ao movimento das águas, dos animais e das plantas, observa atentamente os costumes, as pessoas e como caminha a sociedade em que vive. Ao presenciar o andar de tudo, se antecipa em cantá-los criando assim um registro perene que atravessa as gerações como uma marca na memória de seu povo. Todo cantador é um arauto das notícias, de lembranças e de memórias. Em seu novo álbum, poeticamente batizado de Ser (tão) Infinito, o mineiro Wilson Dias, natural de Olhos d’água (e que em seu ofício muitas vezes consegue o paradoxo de encher nossos olhos d’água ao pontear tantas belezas e devoção, fazendo brotar um choro, arrepiado, de alegre identificação) lança sua música ao espaço na certeza de que ela soará sempre e, ao soar, dará sentido e renovará as esperanças de quem a escutar.

O disco será lançado nesta quinta-feira, 6 de abril, a partir das 20 horas, com um concerto no Teatro Raul Belém Machado. Wilson Dias estará acompanhado por Edson Fernando (percussão), Luadson Constâncio (piano), Pedro Gomes (baixo) e Wallace Gomes (violão). Ser (t)ão Infinito possui 13 faixas, das quais 7 autorais, 3 em parceria com o poeta João Evangelista (Cantiga de tecer a vida, Berimbau saudade e Chuva forte), 1 com a cantora e compositora Déa Trancoso (Olho d’água), e mais 1 com cada um dos seguintes violeiros e conterrâneos: Rodrigo Delage (Canoa velha) e Bilora (História de menino). Não bastasse este time abençoado, ainda há em Ser (t)ão Infinito as participações especiais dos filhos Pedro Henrique e da caçula Ana Tereza, da cantora Leopoldina e de Delage [não conto para ninguém: mas nos bastidores estará, ainda, a produtora cultural Nilce Gomes, esposa do violeiro, que faz o incansável corre para a promoção da carreira dele e dos herdeiros que já estão na estrada, à frente da Picuá Produções!).

Wilson Dias apresenta neste álbum sua música vestida com arranjos primorosos confeccionados, em grande parte, por seus outros dois filhos músicos, Wallace Gomes e Pedro Gomes. A verdade da vida de um cantador também se manifesta quando seus passos musicais imprimem sons no caminhar de seus filhos. Seu caminho como compositor não se resume à sintaxe de sua viola, cria além do que seu espaço oferece, vê adiante. Em gêneros e estilos diversos, Wilson Dias cria com os pés fincados no chão de tal maneira que algumas de suas músicas parecem brotar do povo, quais cantigas folclóricas.

Buscando dentro de si o que repara no mundo, Wilson Dias canta: quero ler o ser(tão) de dentro pra fora/quero ler o ser(tão) passado e agora/quero ler o ser(tão) a fauna e a flora/quero ler o ser(tão) na palma da mão…E é assim que a sua música traz a verdade de sua existência, Wilson Dias segue qual água de riacho sem nunca parar, sempre acolhendo em si outras águas para assim preservar a sua própria, conforme bem anotou sobre ele outro robusto pilar dos alicerces da viola caipira brasileira de todos os tempos, o compositor e pesquisador (igualmente mineiro, terra onde a água pelo jeito é mais fecunda) Ivan Vilela, amigo fraterno ao qual peço humildemente desculpas por me atrever a inserir entre as palavras do seu texto de apresentação sobre Dias algumas observações para que eu confesse, em primeira pessoa, meu encantamento por Wilson desde a noite que eu o conheci, em agosto de 2013, na unidade Consolação do Sesc paulistano.

O Projeto para Ser(t)ão Infinito é realizado a partir do Edital Descentra 2022 – Fundo Municipal de Cultura Projeto: 1001/2022.

O Teatro Raul Belém Machado fica na rua Rua Leonil Prata, s/nº, – bairro Alípio de Melo, em Belo Hozironte (MG). O concerto começará às 20 horas do dia 6 de abril, com ingressos gratuito que deverá ser retirado pelo link: https://bileto.sympla.com.br/event/81243.

A Picuá Produções Artísticas Limitada- EPP está estabelecida com o telefone (31) 98515-7122 à rua Pelicano Frade, 58/102 – Bairro Santa Amélia, Belo Horizonte.

Leiam mais a respeito de Wilson Dias ou conteúdos a ele relacionados aqui no Barulho d’água Música ao visitar o link https://barulhodeagua.com/tag/wilson-dias/

Leia também a entrevista que Wilson Dias concedeu em 17 de novembro de 2021 à Revista Ritmo Melodia, do jornalista Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/wilson-dias/

SANTA AJUDA! Ajude o Barulho d’agua Música a se manter ativo: colabore, a partir de R$ 20, com nossa campanha pela Catarse em busca de assinantes! Ou envie um PIX de acordo com suas possibilidades!

Link da campanha:

https://www.catarse.me/barulhodeaguamusica

 

1601 – Valdir Verona (RS) regrava em dois epês, com novos arranjos, composições de seus dois primeiros álbuns da carreira

#MPB #MúsicaInstrumental #MúsicaGaúcha #ViolãoBrasileiro #Viola10Cordas  #Viola9Cordas  #ViolaInstrumental #CaxiasdoSul #CulturaPopular

O cantor e compositor Valdir Verona, violeiro dos mais tarimbados do país, residente em Caxias do Sul (RS), brindou amigos e fãs no apagar das luzes de 2022 com o lançamento de novos epês nas plataformas digitais. Primeiras Composições – gravações originais, traz temas instrumentais extraídos de Acordes ao Vento (1995) e Tons da Terra (2000), discos com as primeiras obras compostas por Verona, na década de 1990 e começo de 2000.  Primeiras Composições – regravações apresenta músicas instrumentais e canções rearranjadas e regravadas, agora de álbuns posteriores a 2009 (Ad Libitum – Ária Trio; Uma Viola ao Sul, 2010; Na Estrada, 2013; e O Violeiro e o Poeta, 2017).

Em mais de três décadas de trajetória, Valdir Verona se consolidou no cenário nacional como músico capaz de resgatar a força e a beleza da viola nos pampas, atuando simultaneamente como pesquisador, produtor musical e professor dos mais requisitados do instrumento, gravando canções ou músicas instrumentais tanto em dez, como em nove cordas, mas sem jamais deixar de valorizar ritmos nativos. Afora trabalhos em parceria com Rafael de Boni (Duo Viola e Acordeon) e, mais recentemente, com o grupo Violas ao Sul, entre outros projetos que vão desde recitais, shows, composições, arranjos, gravações, edições de partituras e tablaturas.

Continuar lendo

1526 – Kátya Teixeira (SP) anuncia agenda de lançamentos com dois novos álbuns e livro de memórias para marcar 28 anos de carreira*

#MPB #Literatura #CulturaPopular

Primeiro disco de Canções Para Atravessar a Noite Escura – Canções na Quarentena já chegou às plataformas digitais, com gravações acústicas ao vivo baseadas no repertório dos shows Acalantos

*Com Mercedes Cumaru

Ao completar 28 anos de carreira, a cantora e compositora paulistana Kátya Teixeira fará uma série de ações comemorativas a começar pelo lançamento do primeiro álbum que integra o disco Canções Para Atravessar a Noite Escura | Canções na Quarentena, já disponível nas plataformas digitais. Acústico, o álbum foi gravado ao vivo em estúdio e traz as canções que fizeram parte de Acalantos, apresentação virtual que Kátya protagonizou em março de 2021, com recursos da Lei Aldir Blanc, pelo Proac SP.

O show Acalantos que deu origem ao CD, contou com a participação de André Venegas e da contadora de histórias Nani Braun. O espetáculo foi realizado dentro de uma proposta artística para o público infanto-juvenil, mas o olhar para o mesmo repertório difere a partir da percepção de cada pessoa. Nas canções presentes nesta obra, pr’além de acalentar pais e filhos, existe a intenção de acessar a nossa criança interior, sobretudo, com todos os acontecimentos dos últimos anos, nos quais estamos lidando com tanta dor e luto, pandemia, questões sociais, ambientais e políticas tão duras. Andamos, de fato, muito carentes de afeto e fé de que isso tudo vai passar. Parafraseando o poeta Thiago de Mello: ‘…faz escuro mas eu canto, porque a manhã já vai chegar“, escreveu Kátya Teixeira ao detalhar a essência do recente trabalho.

Continuar lendo

1515 – Antes de atravessar o rio, Joaci Ornelas (MG) deixa pronto o inédito disco Líricas

#MPB #MúsicaMineira #ViolaCaipira #ViolaBrasileira #CulturaPopular #MinasGerais #SalinasMG #BeloHorizonte #JoaciOrnelas #ElifasAndreato

Violeiro autodidata deixa o plano terreno consagrado entre amigos e fãs como autor de composições que retratam paisagens do sertão mineiro e discorrem sobre temas universais, relativos aos sentimentos humanos, suas diversas formas de expressão e existência.

O ritual das audições matinais de todos os sábados aqui no boteco do Barulho d’água Música, em São Roque (SP), antes de ser retomado, ainda a pulso, neste dia 2 de abril, em meio a uma sucessão de mortes de parentes e amigos no período de pouco mais de trinta dias, foi antecedido por um minuto de silêncio, uma prece e o acendimento de uma vela em intenção de dois expoentes dos mais elevados de nossa cultura popular: Joaci Ornelas e Elifas Andreato, que nos deixaram nos últimos dias de março.

Conterrâneos de Minas Gerais e do Paraná, Ornelas e Andreato em suas vidas se dedicaram à sublime missão de nos encorajar a sermos o que somos: brasileiros, gente que forma um povo sofrido e que, em sua maioria, sempre haverá de trabalhar (o que é salutar e honrado!) para ter o mínimo de dignidade e conforto, sem, no entanto, nunca ficar completamente livre daqueles que usurpam nossos mais caros direitos fundamentais, aviltando-nos e nos esculachando, dai a necessidade do encorajamento.

Por meio de cada palavra e nota que um cantou e tocou ou cada traço que o outro desenhou, corajosos, teimosos, o violeiro e o artista gráfico acreditaram e nos fizeram ainda acreditar que, mesmo sofrendo revezes e amargando retrocessos, pela arte todos podemos encontrar um caminho para a plena redenção… inclusive desta triste sina que, para alguns, é ser, justamente, brasileiro! Em memória e em tributo a ambos, resgato um bordão que fez sucesso há alguns anos antes da pandemia da Covid-19: apesar de eles não estarem mais em campo, ao menos, fisicamente, que ninguém solte a mão de ninguém e quem soltou, reate o laço. Nossos sonhos ainda são possíveis, mas há muita luta pela frente, a começar por apear do Palácio do Planalto a súcia que lá se instalou e, no tempo certo, dentro dos rigores da lei, dar a cada um o troco que estão a merecer…

Feita a reza, acesa a vela, guardado o silêncio, um dos dois discos escolhidos para a audição é No Dizer do Sertão, que Ornelas lançou em 2016 para evocar tradições e hábitos do lugar onde o dia chega mais cedo e o céu quase nunca escurece, conforme ele mesmo observou. O outro disco é Líricas, ainda inédito: Joaci mantinha um canal no Youtube e, antes de virar Luz, registrou nesta plataforma as oito canções daquele que será seu terceiro disco autoral, realizado com recursos da Lei Aldir Blanc e com composições dele ou em parceria com Felipe Bedetti e Lima Júnior. A pedido de Joaci, o trabalho com participações de Lígia Jaques, Leopoldina e Bedetti (que lançou, recentemente, Afluentesdo qual vamos falar em breve aqui) deverá ser finalizado ainda em 2022 por amigos aos quais confiou o projeto.

Continuar lendo

1484- Ser (tão) infinito, novo trabalho de Wilson Dias (MG), já está nas plataformas digitais*

#MPB #MúsicadeViola #ViolaCaipira #MinasGerais

 

A música de Wilson Dias traz a verdade de sua existência, segue qual água de riacho sem nunca parar, sempre acolhendo em si outras águas para assim preservar a sua própria

*Texto original de Ivan Vilela, professor da Universidade de São Paulo (USP), pesquisador, compositor e violeiro

“A vida nos ensina que todo cantador é um músico, mas nem todo músico é um cantador. 

O cantador vive atento aos movimentos da natureza, ao movimento das águas, dos animais e das plantas, observa atentamente os costumes, as pessoas e como caminha a sociedade em que vive. Ao presenciar o andar de tudo, se antecipa em cantá-los criando assim um registro perene que atravessa as gerações como uma marca na memória de seu povo. Todo cantador é um arauto das notícias, de lembranças e de memórias.

Com Ser(tão) Infinito, Wilson Dias lança sua música ao espaço na certeza de que ela soará sempre e, ao soar, dará sentido e renovará as esperanças de quem a escutar. O disco possui treze faixas, sendo sete autorais, três em parceria com o poeta João Evangelista (Cantiga de tecer a vida, Berimbau saudade e Chuva forte), uma faixa com a cantora e compositora Déa Trancoso (Olho d’água) uma com o violeiro Rodrigo Delage (Canoa velha), uma com o violeiro Bilora (História de menino). E o álbum conta ainda com as participações especiais dos filhos de Wilson Dias, Pedro Henrique e Ana Tereza, sua caçula; da cantora Leopoldina e de Rodrigo Delage.

Nesse novo trabalho, Wilson Dias apresenta sua música vestida com arranjos primorosos confeccionados, em grande parte, por seus filhos Wallace e Pedro Gomes. A verdade da vida de um cantador também se manifesta quando seus passos musicais imprimem sons no caminhar de seus filhosSeu caminho como compositor não se resume à sintaxe de sua viola, cria além do que seu espaço oferece, vê adiante. Em gêneros e estilos diversos, Wilson Dias cria com os pés fincados no chão de tal maneira que algumas de suas músicas parecem brotar do povo, quais cantigas folclóricas.

Buscando dentro de si o que repara no mundo, Wilson canta:

quero ler o ser(tão) de dentro pra fora/quero ler o ser(tão) passado e agora/quero ler o ser(tão) a fauna e a flora/quero ler o ser(tão) na palma da mão

E assim a sua música traz a verdade de sua existência, e Wilson Dias segue qual água de riacho sem nunca parar, sempre acolhendo em si outras águas para assim preservar a sua própria.

Os seguintes músicos participaram da gravação: Edson Fernando e Gladson Braga, percussão; Luadson Constâncio, piano; Sérgio Rabello, violoncelo e baixo acústico; Pedro Gomes, baixo elétrico; Wallace Gomes, violão.

Ser (tão) Infinito foi gravado com o apoio do Ministério do Turismo e do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio do Edital da Lei Aldir Blanc – Edital Nº 19/2020- processo nº 1339.” 


Angústias, crenças e belezas**

Muitos elementos contribuem para a formação e o desenvolvimento de um artista, para forjar as características do seu trabalho e definir seu relacionamento com sua cultura, bem como traçar o perfil de seu público. É o conjunto destes elementos articulados dialeticamente ao longo de toda uma carreira que garante o nome que carrega e sustenta suas conquistas em termos estéticos e de mercado. É este o caso de Wilson Dias, nativo do Vale do Jequitinhonha, lugar especial, porque é ponto de partida de uma trajetória de sucesso.

Wilson Dias herdou desse pequeno celeiro cultural e trouxe para a arte as benéficas influências da vida em comunidade, da cultura e da arte popular, em suas manifestações tanto religiosas, quanto profanas. Enriquecido pelo berço onde nasceu, Wilson Dias cresceu aberto para a vida e livre para experimentar e se enriquecer ainda mais culturalmente, com todas as influências e experiências oriundas do folclore e da seresta mineira.

O Vale do Jequitinhonha fica entre o Sul da Bahia e o Leste de Goiás e é local consagrado por sonoridades ímpares, terra de mestres, e entre outras manifestações populares, do congado, por exemplo. Naquela porção brasileira está abrigado o Sertão físico e mítico que Guimarães Rosa revelou ao mundo e que artistas dotados da sensibilidade de Wilson Dias captam por meio de serestas, toadas, cocos e tantas outras tradições que marcam a musicalidade que está na alma da obra do autor e revela-se por exemplo em Nativo, seu disco anterior a este Ser (tão) Infinito. Wilson Dias também é atento às histórias e aos causos que ocorrem no Norte de Minas, o que dá ainda mais sabor às músicas que ponteia em sua viola caipira — que, por sua vez, despertam tanto para a dança, quanto revelam boa parte do folclore e das lendas do Jequitinhonha.

Wilson Dias, violeiro e cantador que busca resgatar desde a infância que viveu naquela terra de homens e mulheres fortes memórias que povoam seu trabalho — composições que são uma bandeira de resistência das Minas Gerais. É natural de Olhos d’água, que também já foi a antiga Miradouro, berço cujos nomes já expressam a poesia que marca sua musicalidade em cuja alma há traços da cultura popular. Estas histórias recolhidas do Norte de Minas dão o tom da sua viola caipira, que, por sua vez, desperta tanto para a dança, como revela boa parte do folclore e das lendas do Jequitinhonha.

** Dos arquivos do Barulho d’água Música, com dados da Picuá Produções

Leia mais sobre Wilson Dias ou conteúdos a ele relacionados aqui no Barulho d’água Música ao visitar o linque abaixo!

https://barulhodeagua.com/tag/wilson-dias/

Picuá Produções-Nilce Gomes/Telefone: (31) 98515-122 picuaproducoes@gmail.com

1476 – João de Ana (MG) lança álbum de estreia pela Kuarup, com participação de Chico Lobo e Bárbara Barcelos

#MPB #ViolaCaipira #RockRural #ClubeDaEsquina #BandaPauECorda #Pernambuco #MinasGerais #ValeDoJequitinhona #PedraAzul #LagoaSanta #Kuarup

Inspirado no Vale do Jequitinhonha e no Clube da Esquina, Dignidade confirma o DNA musical que pulsa naquela região mineira e traz releitura de Banco de Feira, da Banda de Pau e Corda. Autor vai se apresentar em restaurante de Beagá no dia 27.

O álbum Dignidade é de uma riqueza sonora imensa. O disco de estreia do cantor e compositor João de Ana saiu pelo selo Lobo Kuarup, parceria do violeiro Chico Lobo com a gravadora e produtora Kuarup, e já está disponível nas plataformas digitais e no formato físico. Natural de Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais, João de Ana transita com naturalidade pela música com as influências regionais, da MPB, da música mineira e pelo melhor do rock rural. São searas que lhe dão esse ar de cantar a aldeia, de levar a natureza e seus costumes e se conectar com a atualidade e os grandes centros urbanos. A amizade é um sentimento constante em sua música, tratada de forma primordial, com belas letras poéticas, criação que se espera de um artista que já nasce em uma terra tão especial e que não nega suas influências e suas heranças.

Um exemplar de Dignidade foi gentilmente enviado ao Solar do Barulho pelo diretor artístico da Kuarup. Rodolfo Zanke, ao qual e á sua equipe agradecemos pelo apoio.

Leia mais sobre álbuns da Kuarup ou conteúdos relacionados à produtora e gravadora ao visitar os linques abaixo:

https://barulhodeagua.com/tag/rodolfo-zanke/

Continuar lendo

1379 – Valdir Verona (RS) lança Girassol, epê com cinco temas instrumentais que acompanha e-book

#MúsicaInstrumental #MúsicaIndependente #Viola10Cordas #Viola9Cordas #MúsicaBrasileira #CulturaPopular #ValdirVerona #CaxiasdoSul #RioGrandedoSul

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) está privando o público das apresentações ao vivo dos artistas de um modo geral, mas alguns têm aproveitado o tempo de recolhimento forçado para dar vida a novos projetos, trazendo para quem os admira novidades das mais interessantes. E, neste cenário, as mídias sociais vêm sendo um palco dos mais recorrentes para lançamentos e concertos online, criando uma nova forma de interação entre eles e os fãs. Um dos mais conceituados cantores e compositores do país, o gaúcho de Caxias do Sul Valdir Verona também está se valendo do tempo em casa para criar e anuncia já para a próxima quinta-feira, 22, o lançamento de Girassol, um epê com cinco temas instrumentais para viola, acompanhado de um e-book com as partituras e tablaturas, mais vídeo aulas, que já pode ser pré-salvo pelo linque que estará ao final desta atualização.

Continuar lendo

1364 – Kátya Teixeira e André Venegas estreiam “Acalantos”, projeto destinado a abraçar fãs e amigos*

#MúsicaIndependente #MúsicaLatinoAmericana #MúsicaLusoBrasileira #AmericaLatina #Portugal  #CulturaPopular

Em apresentações virtuais, cantora passeará pelo cancioneiro popular latino-americano e luso-brasileiro, mesclando canções inéditas entremeadas a sucessos da sua carreira, causos e poesias, com participação de Nani Braun

* Com Mercedes Cumaru

Na sexta-feira, 19 de março, a partir das 21 horas, a cantora e compositora paulistana Kátya Teixeira começará a apresentar Acalantos, uma série de cinco concertos virtuais planejada para acalentar nesse momento tão singular e inquietante no qual as pessoas ao redor do mundo carecem de afeto e se sentem fragilizadas diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). As canções escolhidas para o repertório busca oferecer acolhimento e momentos de paz para o público e a família, posto que poderá ser acompanhado por fãs e amigos de Kátya de todas as gerações. A cada nova rodada, as cantigas serão entremeadas por causos e poesias de Luizinho Bastos e Luís Perequê, interpretadas pela convidada especial Nani Braun, contadora de histórias, arte-educadora, atriz e apresentadora de TV. Para sintonizar Acalantos, bastará visitar o canal oficial de Kátya Teixeira em http://youtube.com/katyateixeirabr e em portais parceiros como o do Dandô – Circuito de Música Dércio Marques e que serão divulgados pelas redes sociais da artista.

Continuar lendo