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Já está disponível para audição nas plataformas digitais As canções do coração, álbum do catarinense Valdir Cechinel Filho acompanhado por vários dos seus amigos de estrada. A série chega assim à quarta edição e aumenta a lista que inclui Pedaço de Mim, Urbano e Rural e Eu nunca chegarei só, respectivamente de 2018, 2019 e 2021. Este novo álbum chega recheado de belas participações de expoentes conterrâneos de Cechinel e do país. Em todas as canções, o autor assina as composições e o capixaba Max Gasperazzo aparece como seu principal parceiro. As letras giram em torno da natureza e dos valores da vida.
Projeto cultural retoma ocupação criativa de plataformas ferroviárias no Interior de Minas Gerais com Soy Sosa, protagonizado por Lívia Itaborahy, e abertura de Isabela Morais
O projeto Composição Ferroviária retomará as aguardadas e sempre celebradas apresentações presenciais em Poços de Caldas, cidade do Sul de Minas Gerais, nesta quarta-feira, 22 de dezembro. A apenas três dias de mais um Natal — momento de festa e congraçamento, sem dúvida, mas ideal para refletir e agradecer, em uma data especial que significa tanto a chegada de uma vida nova, quanto a gratidão por estarmos vivos neste momento ainda perturbador –, a atração será a cantora Lívia Itaborahy, fluminense, de Volta Redonda (RJ), mas radicada em Minas Gerais desde os 8 anos. Precedida a partir das 19 horas por Isabela Morais, de Três Pontas (MG), Lívia Itaborahy cantará em homenagem à argentina Mercedes Sosa, oferecendo à plateia o espetáculo Soy Sosa, na Estação Mogyana da antiga Ferrovia Paulista S.A. (Fepasa).
O cantor e compositor Wolf Borges (MG) reuniu um time de respeitados músicos para gravar o oitavo álbum de sua carreira, em comemoração aos 40 anos de estrada: Canto Para Manter Viva a Nossa Arte. O título não poderia ser mais sugestivo diante não apenas da pandemia de Covid-19, flagelo que tomou conta do mundo e vem causando dor, desespero, empobrecimento crônico, o aumento de mazelas sociais e mortes mundo afora, mas também face à destruição gradativa da cultura e da arte que vem sendo posta em prática como política pelo governo de Jair Bolsonaro. O disco de Borges, com 12 faixas, enviado de Poços de Caldas (MG) pelo autor ao Barulho d’água Música, abriu as audições matinais deste sábado, 11/9, aqui no Solar do Barulho, onde está a redação do blogue, em São Roque, interior de São Paulo.
Disco gravado com Marcello Caminha e Martim César e destaque no programa Sr;Brasil foi apresentado pela primeira vez no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, com a participação d’Os Posteiros
O ano de 2019 foi especial para uma das vozes mais expressivas e admiradas do nativismo gaúcho: o cantor e compositor Marco Aurélio Vasconcellos, natural de Santa Maria, cidade situada a cerca de 300 quilômetros de Porto Alegre, a capital do estado do Rio Grande do Sul. Em novembro, ao completar 80 primaveras, Vasconcellos ainda comemorava o sucesso que vem fazendo, de lá para cá, o valioso presente que deu ao seu público em 2 de julho, quando, em noite de gala promovida no icônico Theatro São Pedro, ele lançou ao lado dos seus parceiros Marcello Caminha e Martim César Além das cercas de pedra. Com 14 faixas, das quais apenas a que fecha o trabalho (Torquato Flores, Senhores) é instrumental, Além das cercas de pedramarca, também, 50 anos de carreira do fundador do grupo regional Os Posteiros e foi atração especial do programa Sr. Brasil em 29 de dezembro, quando o apresentador, Rolando Boldrin, recebeu o trio, acompanhado pelo violonista Fábio Costa.
O disco, sétimo da trajetória premiada de Marco Aurélio Vasconcellos, está sendo distribuído pela Tratore, pode ser apreciado nas principais plataformas digitais e com ele abrimos neste 14 de março as audições matinais que promovemos aos sábados aqui na redação do Barulho d’água Música, na cidade de São Roque, Interior paulista. O exemplar que ouvimos nos foi gentilmente enviado de Porto Alegre, onde hoje reside Marco Aurélio, que nos dedicou as seguintes palavras e ao qual somos gratos, estendendo os agradecimentos aos parceiros Martim César e Marcello Caminha:
“Prezado Marcelino: Ai estão canções do nativismo gaúcho, com expressivo conteúdo literário, melodias adequadas, arranjos ao mesmo tempo econômicos e magistrais e um encarte de primeira linha. Tenha boas audições, Grande abraço.”
Veículos de comunicação gaúchos o receberam com gratos elogios, como a versão eletrônica do Jornal do Comércio, que embora dedicado à economia e aos negócios no Rio Grande do Sul, destacou em sua versão eletrônica que Além das cercas de pedra é “dedicado ao povo humilde trabalhador do campo”, conforme observou a autora da matéria, Caroline da Silva.
A articulista ainda lembrou que antes da nova obra Vasconcellos, César e Caminha já haviam encantado amigos e seguidores com Doze cantos ibéricos & Uma canção brasileira (2017). E no Theatro São Pedro também subiram ao palco os músicos da atual formação de Os Posteiros, o que possibilitou à plateia a oportunidade de ouvir novamente Marco Aurélio cantar melodias que marcaram a história da música nativista — algumas clássicas em parceria com o escritor Luiz Coronel e que brilharam em diferentes edições do festival Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, como Gaudêncio Sete Luas, Ascensão e Queda de um Ginete, Cordas de Espinho e Guitarreio para um Guitarrista.
Marco Aurélio, durante a conversa com Boldrin e em entrevista que gentilmente concedeu ao Barulho d’água Música contou que seu jubileu de ouro remonta ao começo da década dos anos 1970. Antes, entretanto, ainda jovem, quando estava na casa dos 17 anos, frequentava uma república de estudantes na qual havia uma sacada e donde gostava de cantar canções mexicanas. Em uma destas ocasiões, da rua o acompanhou o radialista Sady Nunes, que por ali transitava e, ao final da canção, convidou-o para um teste na Rádio Difusora.
“Fui louco de medo, desandei em todos os sentidos e não passei no teste”, recordou-se o então candidato. “Só vim a deslanchar quando me integrei ao nativismo, em 1972, na edição daquele ano do festival Califórnia da Canção Nativa³. Estreei com uma canção letrada pelo Coronel e tirei o segundo lugar.”
Sucessivamente, a cada nova edição do Califórnia e demais festivais (“no Rio Grande tem mais festivais que finais de semana”, brinca), alternando sempre as primeiras colocações, Vasconcellos foi abrindo e trilhando sua estrada nativista — não sem antes, inclusive, flertar até com a Bossa Nova. Hoje, além de expoente deste gênero cujos temas interpreta sempre com muita entrega e emoção, em letras ricas do típico linguajar gaúcho e pilchado com lenço colorado, tornou-se célebre, também, por incluir em suas apresentações e gravações músicas com pegada MPB e canções castelhanas, inserindo-se assim na cultura geral brasileira ao mesmo tempo em que faz valer as influências da cultura fronteiriça que se mistura à gaúcha, vindas da Argentina e do Uruguai. “O meu repertório sempre tem músicas destes dois países, e não apenas as consideradas campeiras, pois elas têm identificação muito grande conosco e não só pela lida no campo, mas também pela indumentária, entre outros costumes”.
Marco Aurélio, ao centro, entre Fábio Costa, Marcello Caminha (de boina vermelha), Martim César e o Senhor Brasil Rolando Boldrin (Foto: Daniel Kersys)
(Como integrante d’Os Posteiros , grupo que ajudou a fundar em 1977, acompanhou até 1986 e com o qual depois do reencontro no São Pedro voltou a subir ao palcos e já excursiona pelo Interior gaúcho, algumas músicas que ele interpretou — como Gaudêncio Sete Luas e Cordas de Espinho — conseguiram romper a barreira geográfica e cultural dos pampas e, chegando por exemplo ao Norte, foram gravadas pela novata Fafá de Belém em Tamba-Tajá, de 1976, e Água, de 1977; Tamba-Tajá contém, ainda, Haragana, de Quico Castro Neves, gravada pelos Almôndegas¹ . Apesar desta projeção, Marco Aurélio ainda considera ser difícil a música nativista ultrapassar aquelas fronteiras, chegando com alguma força e expressão, por exemplo, ao Mato Grosso do Sul, ao Paraná, ao São Paulo e ao Rio de Janeiro, embora, lamenta-se, “ao Nordeste não vá de jeito nenhum”. O quarteto Os Posteiros reunia em sua formação original Marco Aurélio, Doly Carlos da Costa, Celso Campos e Guilherme Loureiro de Souza. Francisco “Chico” Koller entrou posteriormente, com a saída de Gulherme.)
Além das cercas de pedra é o quinto disco que une Vasconcellos e César (natural de Jaguarão), e o quarto que conta com os arranjos e o terceiro com a produção do violonista Caminha, filho de Bagé. Suas 14 faixas reúnem retratos das pessoas do campo e não das estâncias em si, revelando histórias — algumas inspiradas em fatos reais –, paisagens, homens e mulheres que ali viveram e que ainda parecem estar vivos, olhando para o tempo atual desde os retratos amarelados de velhos álbuns, desde os quadros dependurados nas paredes da infância. As poesias falam do avô carreteiro de Martim, da avó fiandeira, do peão de estância, do caseiro, do posteiro² de algum campo de fundo, dos tropeiros, do capataz, de um bolicheiro (dono de bolicho, bar à beira de estrada).
O disco, logo, apresenta em músicas a herança e os costumes sendo preservados para mostrar aos que virão as origens gaúchas. “A intenção é não deixar que se apaguem das mentes do mundo atual os rastros de identidade que deixaram em nosso sangue e em nosso olhar aqueles que nos antecederam, passando de geração para geração, até chegar a quem somos hoje, os que recebem a responsabilidade de não deixar que se perca o legado de seus valores e de seus saberes”, declarou Martim César.
Martim César, ao falar sobre Além das cercas de pedra, frisou que como boa parte da sua infância e adolescência viveu na Campanha, a ideia era retratar a figura do “gaúcho a pé” em suas composições. Para tanto, selecionou trechos de grandes autores gaúchos sobre o tema (como Cyro Martins, Alcides Maya, João Simões Lopes Neto, Érico Veríssimo, Darcy Azambuja) para completar o encarte do álbum. A fotografia, que ilustra a parte externa do disco, foi produzida em uma fazenda na fronteira entre os municípios gaúchos de Herval do Sul e Jaguarão. “É a Estância São Pedro – mesmo nome do teatro – que tem as ruínas mais bem preservadas de toda a região. Como no CD anterior, Doze cantos ibéricos & Uma canção brasileira, fomos a Portugal e Espanha para termos as imagens para o álbum; aqui houve todo um trabalho na zona rural do Norte do Uruguai e Sul do Estado. Fomos a lugares bem interessantes, como próximo a Melo, no país vizinho, e essas imagens estão no interior do encarte”, detalhou o compositor, que esclarece: essas estâncias, todas no entorno de onde cresceu, serviram de inspiração para escrever.
“Martim César, como letrista, é um fenômeno”, definiu Vasconcellos, recordando que o conheceu em um encontro em Pelotas (RS), há 15 anos, onde recebeu dele três álbuns que os ouviu viajando até Porto Alegre. “Fiquei encantado com o trabalho dele com Paulo Timm e Alesandro Gonçalves, seu irmão. No caso específico do Martim, é difícil encontrar um letrista com tanta categoria, porque as letras dele têm início, meio e fim, conteúdo e, na maior parte das vezes, há mensagem também. Aí eu fiquei louco, comecei a musicar e já temos perto de 100 canções juntos.”
Autor de seis livros de poesia e contos, Martim Césardeverá lançar em breve Náufragos urbanos-Relógios de areia, com financiamento do fundo cultural de Pelotas. Recentemente, publicou a coletânea de contos Sangradouro. O primeiro volume da trilogia, em poema épico,Cimarrones-Três séculos gaúchos, já está finalizado e também deverá chegar ao público no primeiro semestre do ano que vem. Em Além da cerca de pedra, Cesar recita os versos da faixa 7,Canto de adeus aos velhos gaúchos, que também declamou no Sr. Brasil, ao lado de O Compromisso do Cantor. “Na gravação do CD, contamos com a grande participação do maravilhoso Glênio Fagundes neste tema que recupera um tipo de gaúcho que não existe mais, porque por aqui agora só há plantações de soja”, completou o jaguarense.
Marcello Caminha, o arranjador, que Vasconcellos cultua como “um dos monstros sagrados do nativismo” e do qual “não me separo”, é músico e professor e participa do Movimento Nativista desde 1985. De lá para cá já obteve prêmios como instrumentista e compositor em vários festivais de música; em 1998 gravou o primeiro disco, Estrada do Sonho. A partir deste, já conta com o total de 14 gravados, entre eles Sucessos de Ouro, primeira coletânea de músicas de violão lançada no Rio Grande do Sul, e Influência, vencedor do Prêmio Açorianos de Música 2008, em três categorias.
Caminha já tocou em quase todo o país e em casas da Argentina, Uruguai, Portugal, Alemanha e Inglaterra. Em sua obra constam, ainda, o DVD Vídeo Aula Violão Gaúcho, primeiro curso de violão em DVD lançado no Rio Grande do Sul, o livro 14 Estudos para Violão Gaúcho e o DVD Influência ao vivo, primeiro DVD de violão da Música Nativista. Em 2016, lançou Com violão também se Dança, vencedor do Prêmio Açorianos de Música. Atualmente, dedica-se a shows e workshops e dirige a Academia do Violão Gaúcho, empresa especializada em cursos de violão online..
¹Almôndegas foi uma das bandas pioneiras em criar uma linguagem particular para a música popular gaúcha. Oriundos da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, os membros misturavam velhas canções do folclore gaúcho, mpb e rock. Eles eram os irmãos Kleiton e Kledir, Quico Castro Neves Gilnei Silveira, Pery Souza, João Baptista e Zé Flávio
² Posteiro: substantivo masculino que significa empregado que reside junto ao limite de uma fazenda e é responsável pelas cercas, cuidando para que não haja invasão dos campos por gado alheio.
³O festivalCalifórnia da Canção Nativa é um evento artístico musical que ocorre no Rio Grande do Sul desde 1971, considerado patrimônio cultural do Estado e modelo de divulgação da música regional gaúcha. Durante o ano são promovidas provas eliminatórias em diversas cidades gaúchas, e por fim, após a triagem de mais de 500 músicas, as finais movimentam a cidade de Uruguaiana, na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, onde, conforme o grau de vitórias, é concebido o prêmio máximo: a Calhandra de Ouro. Em plenos anos de chumbo, passou a reunir as mais diversas variações musicais nativas do Rio Grande do Sul, organizada pelo Centro de Tradições Gaúchas Sinuelo do Pago e Prefeitura, ambos de Uruguaiana. A primeira edição não teve tanta repercussão, porém as seguintes tiveram até mais de 60 mil pessoas e atualmente é o maior evento cultural regional do Brasil.
Conforme Cícero Galeno Lopes, em artigo publicado no livro RS índio: cartografia sobre a produção do conhecimento, Leopoldo Rassier conseguiu pela censura prévia e cantar a música Tema de marcação, (poema de Luiz Coronel musicado por Marco Aurélio Vasconcellos), no festival de 1975, por meio de uma ambiguidade entre dois personagens históricos: o lunar de Sepé Tiaraju e a estrela de Che Guevara, já que ambos lutaram por liberdade, tinham “uma estrela na testa” e foram “pra baixo desse chão”
Também participam de Além das cercas de pedra, gravado com supervisão técnica de Erlon Péricles no estúdio Guaiaca Records de março de 2016 a agosto de 2017 Clarissa Ferreira (violino), Marcello Caminha Filho (contrabaixo, percussão, piano), Glènio Faundes (recitado na faixa 7). As fotografias do riquíssimo encarte são de Elis Vasconcelos; a foto da capa mostra a Estância São Pedro (divisa Jaguarão-Herval do Sul), em projeto gráfico e direção de arte de Valder Valeirão (nativu design)
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Reedição da Kuarup atualiza os caminhos da MPB dos festivais à era digital, revisada pelo autor à luz do cenário cultural do Brasil e do mundo em 2018
Responsável pela existência da sigla MPB (Música Popular Brasileira) e revelação do elenco, resultado de sua iniciativa, o ex-ator, ex-roqueiro, diretor, produtor e realizador Solano Ribeiro atualizou a pedido da Editora Kuarup o livro Prepare seu Coração — Histórias da MPB, já à venda nas melhores livrarias e que terá noite de autógrafos na loja do Shopping Leblon da Livraria da Travessa, no Rio de Janeiro, em 2 de outubro, depois de ser lançado com a presença do autor em 18 de setembro na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo (veja guia Serviços)
A voz marcante deJuliana Amaral e a viola vigorosa de João Paulo Amaral serão atrações neste domingo, 10 de setembro, em Poços de Caldas, cidade do Sul de Minas Gerais. Os irmãos levarão ao público que prestigia o projetoComposição Ferroviáriao espetáculoAçoite, baseado no nome do quarto álbum de Juliana (selo Circus) disco de 2016 cuja direção musical e arranjos couberam a João Paulo. Marca registrada em todas as edições do projeto Composição Ferroviária, o show de abertura sempre é reservado a músicos locais e começa às 10 horas, no pátio da estação da antiga rede Mogyana. Para esta nova rodada, os produtores Wolf Borges eJucilene Buosi convidaramJesuane Salvador, intérprete que oferecerá à plateia um repertório que contempla da MPB ao Jazz.
O monumento a Noel Guarany tem 4 m de altura a partir da base e foi confeccionado por Vinicius Ribeiro (Foto acima e no destaque: Billy Valdez/Coletivo Catarse-RS)
O gaúcho Noel Guarany ganhou no sábado, 7, homenagem que (pretendem) supostamente atingirá a altura de sua contribuição não apenas à difusão da peculiar cultura do seu estado natal – sobretudo da região das Missões –, mas também de elementos nativos que ao se fundirem a valores correntes de outros pontos do país ajudam a formar a múltipla identidade nacional e a comprovar que não é apenas no eixo São Paulo-Rio de Janeiro-Minas Gerais, portanto na porção Sudeste de Pindorama, que o Brasil se afirma. Oito meses depois de as obras começarem com apoio de amigos, de familiares e a da entidade cultural Confraria do Icamaquã ficou pronto memorial constituído de monumento de sete metros a partir do chão que, à entrada do município de Bossoroca, guarda as características do músico de descendência italiana Noel Borges do Canto Fabrício, nascido em 26 de dezembro de 1941, época em que Bossoroca ainda era distrito de São Luiz Gonzaga.
O compositor e cantor Sérgio Santos(Varginha/MG) é o convidado de Wolf Borges e Jucilene Buosi para a edição de encerramento do projeto Composição Ferroviária, que ambos promovem em Poços de Caldas (MG). Sérgio Santos cantará sucessos da carreira que já conta com oito álbuns e soma mais de 20 anos de parceria com Paulo Cesar Pinheiro a partir das 10 horas do domingo, 5 de julho, no pátio da estação ferroviária da cidade, com entrada franca. No palco que ele ocupará, Wolf e Jucilene já receberam neste ano Ceumar, Kleiton e Kledir, Filó Machado e Zé Renato, entre outros músicos e artistas. Antes da apresentação de Sérgio Santos, haverá uma abertura com Marcelo Machado (Itajubá/MG), violonista e arranjador, e Osmar Fontes Júnior (Santos Dumont/MG), pianista, arranjador, professor e compositor.
Filó Machado e o neto Felipe tocam e cantam juntos desde 2014 e já se apresentaram nas cidades japonesas de Toquio, Nagoya e Yokohama (Foto: Jo Takahashi | Jojoscope)
O público de Poços de Caldas e cidades vizinhas do Sul da Minas Gerais poderá assistir gratuitamente a partir das 10 horas desde domingo, 3 de maio, mais uma rodada do projeto Composição Ferroviária, coordenado pelos músicos Wolf Borges e Jucilene Buosi. A atração no pátio da antiga estação ferroviária desta vez seráFiló Machado, que subirá ao palco com o neto, Felipe Machado, também ao violão, e o pianista Fábio Leandro. A abertura caberá à dupla Lorinho Fonseca e Pedro Bertozzi, dois dos mais populares músicos da história da cidade.
Paulinho da Viola, em 1996, diante da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro ( Foto: Leonardo Aversa)
Amigos e seguidores:
A agenda com sugestões de shows que o Barulho d’água Música traz pra vocês neste mês (veja na página inicial) destaca, entre tantas atrações, os shows de Paulinho da Viola, excelência do samba que está completando 50 anos de carreira e preparou um show especial para trazer ao público paulistano do Sesc Pinheiros. A plateia ouvirá clássicos comoDança da Solidão, Sei Lá, Mangueira, Pecado Capital e Coração Leviano, além de uma coletânea de sambas de compositores que considera os mais importantes da música brasileira, entre os quais Cartola, Nelson Cavaquinho, Noel Rosa, Wilson Batista e Geraldo Pereira.
Em foto de 1964, Paulinho da Viola e Anescarzinho (Foto: Site do cantor)
Paulinho da Viola terá acompanhamento dos músicos João Rabello (violão), Dininho Silva (baixo), Ricardo Costa (bateria), Adriano Souza (piano), Mário Seve (sopros), Celsinho Silva (ritmista), Hercules Nunes (percussão), Muiza Adnet (voz) e Beatriz Faria (voz). Cada show no Teatro Paulo Autran terá duração de 90 minutos e não será permitida entrada após o início do espetáculo. A venda de ingresso está limitada a quatro por pessoa.
Também sugerimos especial atenção às novas prosas-shows e apresentações do projeto cultural 4 Cantos, formado pelos cantadoresCláudio Lacerda, Luiz Salgado, Rodrigo Zanc e Wilson Teixeira, nas cidades paulistas de Avaré e Botucatu. ODandô Circuito de Música Dércio Marques também está de volta à estrada com rodadas no RS e em SP, e, em Poços de Caldas (MG), a dupla gaúchaKleiton & Kledir vai fazer soar o apito do trem no pátio da estação em mais uma rodada, a segunda, do projetoComposição Ferroviária. Ainda em Minas Gerais, na capital Beagá, Wilson Dias abrirá mais uma edição do projeto Canto & Viola:uma vez por mês, até dezembro, será escalado um dos expoentes da viola caipira do Estado. Entre os nomes já confirmados estãoPaulo Mourão, Bilora Violeiro e Chico Lobo.
Ainda falando em viola, a agenda traz Neymar Dias e Toninho Ferragutie quadro com as datas e as cidades nas quais Renato Teixeira estará neste mês. Ná Ozzetti, Otto, Tom Zé, Heraldo do Monte e Wolf Borgestambém estarão na lista. E no mês do Choro, entre outras homenagens, Jane do Bandolim e O Miado do Gato farão tributos aos mestres do gênero Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Anacleto Medeiros, Jacob do Bandolim, Altamiro Carrilho,Waldyr Azevedoe da própria Jane do Bandolim.
As dicas que oferecemos são baseadas na programação divulgada por entidades como o Sesc São Paulo e assessorias dos próprios artistas e não nos responsabilizaremos por mudanças de datas, locais e horários após a publicação desta agenda. Sendo assim, observamos que é conveniente sempre entrar em contato, previamente, com os organizadores e locais de espetáculos por meio dos endereços ou telefones fornecidos. Não disponibilizamos entradas para nenhum espetáculo. Para melhor compreensão das legendas, os números ou a letra L (Livre)indicam a classificação etária, Gque não há cobrança de entrada e $que o espetáculo só será visto mediante compra de ingresso cujo valor varia de acordo com a atração.
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Toninho Ferraguti (acordeon) e Neymar Dias (viola caipira) serão atração do Sesc Belenzinho/SP (Foto: Laura Del Rey)