1295 – Déo Miranda (SE) abre o peito, mas em seu segundo álbum autoral bate duro contra nossas hipocrisias e mazelas do país

Sem medo de atacar quem precisa, falando o que pensa e o que sente, cantor e compositor sergipano vai do micro ao macro valendo- se da poesia, da sonoridade do rock e do linguajar regional nordestina para abordar temas cotidianos como violência urbana e política

O cantor, compositor e poeta Déo Miranda, residente há 14 anos em Mogi das Cruzes, cidade paulista situada na Região Metropolitana da Capital de São Paulo, lançou em julho do ano passado (como parte do 11º Festival de Inverno Serra do Itapety) Poesia Dura, Língua Ferina, Coração Justo. O álbum com 10 faixas é o segundo da carreira de Miranda, artista nascido em Aracaju, capital do estado do Sergipe, e na estrada desde 1989 atuando também como produtor cultural — à frente da Malungada Produtos Culturais, tornou-se idealizador, por exemplo, entre outras iniciativas, do Festival de Arte Popular do Alto Tietê. Poesia Dura, Língua Ferina, Coração Justo indica um momento de releitura do artista em relação à própria trajetória cujo embrião foi bandas de punk e hardcore como Cleptomania, Sublevação e Karne Krua, passando ao longo de seu amadurecimento pelo universo das cantorias e do regionalismo, que sempre fizeram parte de sua alquimia musical e estão entre suas paixões; neste gênero, destacou-se no grupo Batequejé e com o quarteto Cantadores dos Quatro Cantos, entre outros.

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1247 – 6º Prêmio Grão de Música será entregue na galeria do Centro Cultural Olido, em São Paulo

Idealizado por Socorro Lira (PB) como coletânea anual para destacar quinze artistas nacionais, cada um dos escolhidos recebe uma estatueta de 30 cm, em bronze, criada pelo artista visual Elifas Andreato.

Um dos mais importantes troféus do cenário musical da atualidade, o Prêmio Grão de Música (PGM) será entregue em 19 de outubro no Centro Cultural Olido, onde fica a Sala Olido, no antigo Cine Olido, situado na cidade de São Paulo. Já em sua sexta edição continua desde 2014, o PGM neste ano contemplará cantores e compositores de dez estados brasileiros em cerimônia prevista para começar às 17 horas, com entrada franqueada ao público mediante retirada de senhas. O PGM teve início em Salvador (BA), idealizado pela cantora, compositora, escritora e produtora cultural Socorro Lira (PB) como coletânea anual para destacar quinze artistas. Cada um dos escolhidos recebe uma estatueta de 30 centímetros de altura, em bronze, criada pelo artista visual Elifas Andreato. Além da cerimônia de entrega, o evento oferece a #MostraPGM, um concerto com três artistas dentre os premiados do ano. 

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759 – Após 38 atrações, entre as quais o Conversa Ribeira, projeto Imagens do Brasil Profundo (SP) entra em recesso

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O Conversa Ribeira, trio formado  desde 2002 por Andrea dos Guimarães (voz), Daniel Muller (piano e acordeom) e João Paulo Amaral (voz e viola caipira) foi atração de encerramento da segunda temporada do Projeto Imagens do Brasil Profundo e se apresentou na quarta-feira, 9, no palco do auditório Rubens Borba de Moraes da Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo. Iniciativa do professor de Sociologia Jair Marcatti, o projeto Imagens do Brasil Profundo estará de volta em 13 abril, e as rodadas em 2016 ocorrerão sempre às quartas-feiras, às 20 horas, com entrada franca.

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731 – Déo Miranda (SE) estreia em Mogi das Cruzes show com música, declamações e com homenagem a banda hardcore Karne Krua

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Poesia Dura, Língua Ferina, Coração Justo é o nome do novo projeto musical do compositor Déo Miranda (SE) e indica um momento de releitura do artista em relação a sua trajetória, iniciada em 1989, desde as primeiras aparições em bandas de punk e hardcore, até ao universo das cantorias e do regionalismo, que sempre fizeram parte de sua alquimia musical. Déo Miranda está estabelecido em Mogi das Cruzes, cidade da Grande São Paulo,  e fazendo uso da guitarra e das distorções, com um formação clássica no palco, com apoio de baixo e de bateria e um toque de percussão com Memeu Cabral, Juninho Abreu e Pedro Cirilo apresentará na primeira parte deste show marcado para o Galpão Arthur Netto um novo trabalho, com músicas densas e de contestação em cujas aborda temas como violência urbana e preconceitos.

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630 – Trio que Chora e Ione Papas tocam e cantam em festa de nove anos de projeto musical do Aúthos Pagano (SP)

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Nove anos de atividades do projeto Conversa com Verso do Centro Cultural e de Estudos Superiores Aúthos Pagano motivaram as coordenadoras Celina Lucas e Lourdes Casquete a convidar o público para participar do evento comemorativo que ocorreu na tarde de sábado, 29 de agosto, com direito a café coletivo e bolo de festa. Antes da confraternização, desfrutando da bela tarde, a plateia curtiu, desta vez do lado de fora, as apresentações do Trio que Chora e da cantora Ione Papas. Marca registrada do Conversa com Verso nesta jornada de quase uma década, as cantorias costumam ser oferecidas em uma das salas do imóvel localizado em arborizada rua do bairro paulistano do Alto da Lapa , a Tomé de Souza. Ao ser transferida para o quintal naquela ocasião especial, tornou-se ainda mais agradável por transcorrer quase que o tempo todo com sábias cantando — acompanhamento inesperado para Marta Ozzetti (flautas), Cássia Maria (percussão) e Rosana Bergamasco (violão), que formam o Trio que Chora, mais Ione Papas.    

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Almir Côrtes e João Paulo Amaral apresentam Cordal e promovem oficina Cordas Dedilhadas em Sampa

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Há um filme da carreira de Clint Eastwood na qual ele transforma-se em “outlaw”, Josey Wales, que abandona um sítio perdido do bucólico meio-oeste norte americano, logo após o final da Guerra Civil, e sai caçando os assassinos de sua mulher e do seu filho, gente muito má que acabou com a vida frugal que eles levavam. Um dos que estão na lista do agora implacável pistoleiro é um traíra que, em determinado momento da trama, participa de uma conversa durante a qual alguém do bando afirma ter ouvido falarem que Wales estaria morto. O agora desafeto marcado para morrer, antes amigo, então, saca ligeiro. E dispara: “Não quero ouvir falar que Josey Wales está morto: quero é vê-lo morto!”

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Hoje assopramos a primeira velinha do Barulho d’água Música!

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O grupo do projeto cultural 4 Cantos, formado por Rodrigo Zanc, Cláudio Lacerda, Wilson Teixeira e Luiz Salgado é acompanhado de perto pelo blog, como quando esteve no programa Sr. Brasil, de Rolando Boldrin, um dos mais importantes divulgadores e incentivadores do universo caipira e regional (Foto: Andreia Beillo)

 

Hoje, 3 de junho, o Barulho d’água Música completa um ano de atividades. Neste período, contando com as colaborações de Ana Lúcia Fernandes e Elisa Espíndola (fotógrafas), Andreia Regina Beillo (relações públicas), dicas de consultoria e administração de José Carlos “Babu” Baia, e Thiago Barreto e compartilhamento de conteúdos com a revista eletrônica de cultura Kalango (Osni Dias/Atibaia-SP), produziu 514 matérias alusivas à cobertura de shows, à divulgação de apresentações, de eventos e de projetos, ao lançamento de álbuns, e registro de aniversários de cantores e de compositores, entre outros temas. De forma espontânea e independente, sem recursos, dotações publicitários ou outra fonte de sustentação, os blogueiros participaram de programas como o Sr. Brasil (de Rolando Boldrin, na TV Cultura), Dia a Dia Rural (de Tavinho Ceschi, no canal Terra Viva) e o Instrumental Sesc Brasil (de Patrícia Palumbo, no Sesc Consolação/SP), viajaram por várias cidades do país e promoveram inúmeras reportagens e entrevistas, além de pesquisas, sempre com o intuito de recolher a melhor e mais completa informação.

Desta forma, apesar das dificuldades e do árduo trabalho que muitas vezes consumiram jornadas integrais ao longo dos dias, incluindo sábados, domingos e feriados, constitui-se em um canal de comunicação produto de zelo profissional e de apurado trato jornalístico, já reconhecido, elogiado e respeitado em vários meios, com seguidores e visualizações em países dos cinco continentes, entre os quais o Laos, Cingapura, Tailândia e Vietnã!

O melhor deste período, entretanto, é a cada vez mais copiosa relação de amigos que o Barulho d’água Música conquistou, sem falar na prazerosa sensação de ter contribuído para o resgate e a divulgação, e consequentemente,  a valorização da cultura genuinamente popular; de manifestações que sobrevivem no seio de tradições  e que, embora não recebam a devida atenção dos média ou mesmo dos produtores culturais, autoridades e educadores, compõem ou ajudam a traduzir com mais fidelidade o perfil da brasilidade — ainda que este seja múltiplo e, aparentemente, bastante complexo, posto que deriva ou se forma a partir de várias raízes. Não é uma tarefa fácil e sugere para muitos que talvez seja uma utopia; talvez, seja, vá lá: sabemos, sim, que se assemelha a um sacerdócio (no sentido de exigir certo devotamento e entrega), mas estamos absolutamente à vontade, fazemos o que gostamos, exercemos a labuta com prazer e hoje, nesta data especial, renovamos nosso compromisso de seguirmos em frente por que estamos igualmente convencidos: você e o seu trabalho, na verdade, merecem nossos esforços,e  mais do que reconhecimento, precisam  de longos aplausos, em pé!

Alguns destes inúmeros amigos e apoiadores que colhemos neste período nos enviaram mensagens de congratulações e as compartilhamos abaixo. A todos vocês nosso muito obrigado!

As minhas felicitações ao blog Barulho d’águaesse canal da arte da cantoria e dos cantadores, que se materializa pelo trabalho do nosso querido Marcelino Lima, Andreia Beillo e colaboradores, malungos incansáveis, que  fazem desse espaço uma ‘porteira’ responsável pela difusão da boa e mais sincera música brasileira. Fica aqui a gratidão por ver o meu trabalho publicado, e pela oportunidade de conhecer tanta gente boa, artistas extraordinários, que dispensam o abraço da grande mídia e espalham a sua arte através de parceiros como esse blog, o suficiente para chegar aos ouvidos de muitos e muitos, e muitos ainda virão. Salve a arte dos cantadores, salve a arte dessa corrente maravilhosa e salve o blog Barulho d’água. Vida longa.

Déo Miranda, cantor, compositor e produtor cultural (Mogi das Cruzes/SP)

Barulho d’água brotando da fonte é uma dádiva da natureza trazendo a pureza e sonoridade da vida. Assim é o belo trabalho desenvolvido por esses queridos e atentos difusores das nossas andanças e cantorias por este país. Nas comemorações de 1 ano do blog Barulho d’Água o presente continua sendo nosso… Gracias, Marcelino, Andreia e toda a equipe dedicada e espalhar arte genuína por este terreiro virtual.

Katya Teixeira, cantora, compositora e pesquisadora, coordenadora do Dandô Circuito Dércio Marques de Música (São Paulo/SP)

Quando “ouço” o Barulho d’água, imediatamente penso nas criaturas que, com tanta paixão e cuidado, alimentam seus seguidores com as boas novas do universo cultural brasileiro. Marcelino Lima e Andreia Beillo, juntamente com seus colaboradores, são amigos queridos que merecem seguir firmes e fortes no segmento. Desejo vida longa ao Barulho d’água música.

Rodrigo Zanc, cantador e violeiro (São Carlos/SP)

Eu simplesmente adoro ouvir barulho d’água! Quando soube do blog com esse nome, pensei comigo que seria muita responsabilidade aos blogueiros! Pois o Barulho d’água dos queridos Marcelino Lima e Andria Beillo reverbera o som de um riacho lindo, calmo e de muito boa energia. Aliás, energia é que não os falta  para registrar e divulgar as cantorias de tanta gente boa por esse mundão! Parabéns pelo primeiro aniversário e muito obrigado pelo maravilhoso serviço prestado à nossa cultura. Que essa água continue correndo!

Cláudio Lacerda, cantador e compositor (São Paulo, SP)

Parabéns pelo primeiro ano de existência! Parabéns ao espaço-rio que carrega arte em seu leito. Parabéns ao espaço-mar que espalha puras ondas musicais. Que os próximos anos sejam oceanos; águas que unem e transportam notícias; embarcações de palavras cheias de instrumentos, melodias, canções e vozes.

Consuelo de Paula, cantora, compositora e poetisa (São Paulo/SP, Pratápolis/MG)

Neste dia 3 de junho é aniversário do blog Barulho d’Água Música uma aventura quixotesca comandada pelo jornalista Marcelino de Jesus Lima e sua fiel escudeira Andreia Beillo. O blog, mesmo sem recursos, presta um serviço inestimável às artes oferecendo semanalmente uma vasta agenda cultural. Além disso, o blog tem o mérito de cobrir os eventos in loco, simplesmente pelo respeito que tem com os seus leitores, coisa louvável. Quantas vezes nós, do Grupo Balaio de Doi2, fomos prestigiados com fotos e textos sobre o nosso trabalho. Por isso, do fundo do coração, desejamos que o Barulho d’Água Música prospere cada vez mais e que pessoas e empresas com capacidade de investimento ajudem o blog a ter vida longa.

Paulo Netho e Salatiel Silva, cantores, compositores, poetas e produtores de riso e de alegria (São Paulo/SP)

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Com vocês, senhora e senhores, o “poeta de caneta”: Mauri de Noronha, de Garanhuns (PE)!

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Mauri de Noronha canta com força e notável expressão poética, além de declamar, épicos e contundentes textos que retratam belezas do sertão, denunciam sem panfletarismo toda exploração e sofrimento dos povos do agreste. A poesia dele trata dos descaminhos e dos amores e mesmo quando canta ele está declamando; essa é sua essência (Foto: Marcelino Lima)

 

Em um ano de atividades completado hoje o Barulho d’água Música conheceu e esteve em contato com músicos, cantores e compositores de várias tendências, a maioria batalhando de maneira independente para conseguir gravar suas obras e por um palco onde possam tocar. São artistas que pelo talento, e também os compromissos que abraçam, já deveriam ter conquistado mais respeito e atenção, consequentemente o carinho e a admiração dos fãs — além de menor burocracia e muito mais boa vontade de quem dependem para alcançar aqueles propósitos, é claro.

Se todo artista tem de ir onde o povo está, ele precisa, também, indiscutivelmente, dos meios não apenas para chegar lá e honrar sua tarefa, mas também para dar o seu recado com o máximo de recursos e ferramentas, sem comprometer a qualidade de sua mensagem e trabalho, e gradativamente se firmar no cenário cultural em que estiver inserido.

Mauri de Noronha, cantor, compositor, poeta e exímio violonista é um exemplo entre tantos outros que estão na estrada — recorrendo a uma frase que todos entendem o que significa, buscam e já merecem seu lugar ao sol. Pernambucano de Garanhuns, há cinco anos residente em Aracaju (SE), Mauri de Noronha estará em São Paulo até outubro, estabelecido no bairro da Mooca, aguardando propostas para apresentações. Ele já viveu em Sampa (entre 1975 e 2010) e retornou agora para, entre outros objetivos, ser uma das atrações do 3º Festival de Arte Popular do Alto Tietê, atendendo ao convite do malungo e produtor cultural Déo Miranda (SE), que a exemplo do amigo também batalha para tirar do papel competentes projetos e para decolar a carreira de cantor e compositor que conduz na região de Mogi das Cruzes (SP). 

Noronha esteve no Festival em 2 de maio, no teatro Contadores de Mentira, situado em Suzano (SP). A atração principal, na ocasião, era Fernando Guimarães (MG) — que ele, Noronha, descreveu como sendo uma “escola” — mas o pernambucano cantou, declamou e interpretou músicas e poesias autorais com tamanha emoção que alcançou não apenas a imediata empatia, mas a justa simpatia junto a todo o público, deixando a impressão de que brilha mais do que suficiente para também fulgurar em outros espaços, encantar outros auditórios onde quer permitam que ele vá e assim aumentar (ou começar a angariar) seu cordão de fãs.

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Zé Renato movimenta mais uma rodada do Composição Ferroviária, com abertura de João Paulo Amaral, em Poços de Caldas (MG)

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Zé Renato já tem quase 40 anos de carreira no país como cantor solo ou integrante da banda Boca Livre e gravou neste período álbuns em homenagem a Silvio Caldas, Zé Keti e Orlando Silva, além de discos autorais  como o mais recente, Breves Minutos(Foto: Daniel Darcoso)

 

O projeto Composição Ferroviária, promovido em Poços de Caldas (MG) pelos músicos Wolf Borges e Jucilene Buosi terá mais uma rodada das mais especiais no domingo, 7 de junho, quando a atração será o boca livre Zé Renato (Vitória/ES). A partir das 10 horas, antes ainda da subida ao palco do convidado que se apresentará no pátio da estação de trens, sem cobrança de entrada, o público ainda poderá desfrutar de todo o talento do violeiro João Paulo Amaral (Mogi das Cruzes/SP).  

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Deo Miranda, Mauri Noronha e Fernando Guimarães dividem palco em Suzano em evento do Festival do Alto Tietê (SP)

Os músicos Déo Miranda (SE), Mauri Noronha (PE) e Fernando Guimarães (MG) foram atrações do projeto Cantoria de Todos os Cantos, atividade do 3º Festival de Arte Popular do Alto Tietê, e fizeram marcantes apresentações na noite de sábado, 2 de maio, no Teatro Contadores de Mentira, situado em Suzano (SP). Deo Miranda, sergipano residente em Mogi das Cruzes e produtor do Festival, fez a abertura dos shows cantando ao violão músicas de sua autoria, como Navio Negreiro, e homenageou Elomar Figueira de Melo com Puluxia das Sete Portas.

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