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Trabalho celebra a trajetória do pianista e compositor trespontano, com formação clássica e influências do rock ao jazz e popular; disco ainda conta com os prestigiados instrumentistas Walmir Gil e Enéias Xavier e com a cantora Sarah Abreu
* Com João Marcos Veiga
As audições matinais que promovemos aos sábados aqui no Solar do Barulho, redação do Barulho d’água Música, na Estância Turística de São Roque (SP), transportou-nos neste dia 9 de abril por paisagens da Serra da Mantiqueira por meio do álbum Cativo, que o compositor e pianista Clayton Prósperi lançou ontem, 8. Cativo reúne temas autorais e traz participações de Toninho Horta, Teco Cardoso, Marco Lobo, Ismael Tiso, Sarah Abreu, Enéias Xavier, Walmir Gil, do arranjador Rafael Martini, entre outros músicos da rica cena do Sul de Minas. Para quem quiser conferir, o disco está disponível nas plataformas digitais e chegou para celebrar a trajetória do artista de Três Pontas (MG), instrumentista integrante de prestigiados projetos na carreira e gravado por Milton Nascimento (Eu Pescador), com quem fez a turnê do álbum E a gente sonhando, indicado ao Grammy Latino de 2011. O disco é um lançamento da Embornal Records, selo independente trespontano.
Recital aberto ao público será promovido pela Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. Com entrada franca, mas pede-se doação de um brinquedo novo em prol do Natal das crianças do Instituto de Tratamento do Câncer Infantil
O pianista Nelson Freire (1944-2021), que morreu há um mês, aos 77 anos, na capital do Rio de Janeiro (RJ), será homenageado na cidade de São Paulo pela Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, neste domingo, 5/12, a partir das 11h30. O repertório destacará obras como Morte de Isolda (Wagner/Listz); Barcarola op. 60 (Chopin) e Rudepoema (Villa-Lobos) em memória a um dos mais talentosos pianistas do mundo desde o século 20 e que muito influencia os jovens músicos que se apresentarão no concerto: Eduardo Monteiro, Érika Ribeiro e Lucas Thomazinho.
Mineiro de Boa Esperança, Nelson Freire começou a tocar piano aos três anos de idade, aos 12 já era aluno em escolas conceituadas da Europa e aos 15 protagonizava sessões das mais concorridas. Consagrado pela crítica europeia, convocado constantemente pelas melhores orquestras do mundo, rapidamente se tornou especialista em interpretar Beethoven, mas também impressionava quando executava peças de Chopin.
LTexturas instrumentais compõem cançõesexplorando temas como o amor, a religiosidade, a força da trilha dos sertõese veredas de Minas Gerais no projeto em parceria com o poeta Wander Lourenço que tem participações de João Di Souza, Sérgio Santos, Simone Guimarães, Bruna Morais e Mariana Nunes.
As audições matinais dos sábados aqui no boteco do Barulho d’água Música neste dia 25 de maio começou com o álbum Sagração, mais recente e encantador trabalho do cantor, compositor e violeiro Chico Lobo em parceria com o poeta Wander Lourenço e com os músicos Sérgio Rabello e LeíseRenhe, complementado por um belo projeto gráfico e encarte, assinados por Adriano Alves. Sagração será lançado em São Paulo na quinta-feira, 30, abrindo uma miniturnê que terá escalas na cidade de Belo Horizonte (MG), do Rio de Janeiro (RJ) e na mineira São João Del Rey (ver guia Serviços). O álbum é mais um lançamento da gravadora Kuarup, com produção executiva de Ângela Lopes (Viola Brasil Produções), à qual e a Rodolfo Zanke agradecemos pela gentileza do envio do exemplar que rolamos na vitrolinha.
Brasileiro de origem romena, o jovem pianistaCristian Budu encerrará no domingo, 30 de abril, as apresentações do Forte Piano, encontro de diversos escolas e gerações de pianistas que a unidade Ipiranga do Sesc da cidade de São Paulo vem promovendo, sempre a partir das 18 horas. Cristian Budu é dotado de uma musicalidade genuína e de calorosa força de comunicação, traços da personalidade artística internacionalmente reconhecida e que possibilitou alcançar, precocemente, os postos mais altos em concursos nacionais como o Nelson Freire (2010) e o Programa Prelúdio da TV Cultura (2007). Em 2013, aos 25 anos, com direito a dois troféus extras, incluindo o outorgado pelo público, tornou-se o primeiro brasileiro a vencer o Grande Prêmio do Concurso Internacional Clara Haskil, na Suíça, um dos mais importantes e prestigiados do cenário mundial, que elege apenas um campeão por edição e por vezes nenhum; entre os laureados, destacam-se, por exemplo, Richard Goode, Christoph Eschenbach, Mitsuko Uchida e Evgeni Korolyov. Além do grande prêmio principal, também arrebatou o prêmio do público e o prêmio Children’s Corner. No mesmo ano venceu o concurso Wild Card Ensemble Honors Competition, do New England Consevatory, situado em Boston, Estados Unidos.
Cristian Budu tem em sua coleção, ainda, o Premio 2013 (Categoria Jovem Talento) da Revista Concerto, que posteriormente o convidou para gravar, em 2015, o álbum distribuído apenas aos anunciantes. Um segundo convite, no mesmo ano, possibilitou outro álbum solo, este do selo suíço Claves. Budu participou de festivais concorridos, tais quais o J. S. Bach, na Suíça; estrelou, na Alemanha, a série Rising Stars do Festival Frankische Musiktage; o Festival da Radio France; o de Delft, na Holanda; o Rockport Music Festival, dos Estados Unidos; em Campos do Jordão (SP) abrilhantou o Festival Internacional, no qual também fez parte do corpo docente; na série da OSESP, em 2015 e 2016, integrou o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo; a Orquestra Sinfônica de Lucerne e a Orquestra Sinfônica de Jerusalém, entre outros. Já atuou como solista em salas como Jordan Hall, Liederhalle, Ateneu de Bucareste, Sala São Paulo e à frente de orquestras como Orquestre de la Suisse Romande (Suíça), Orquestra Sinfônica da Rádio de Stuttgart (Alemanha), Orquestra Emil Nichifor (Romênia), Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Filarmônica de Montevidéu, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra Petrobrás Sinfônica, Orquestra Sinfônica do Paraná, entre tantas outras.
Reconhecido também pela sensibilidade camerística, Budu já dividiu o palco com artistas como Christian Poltera, Jennifer Stumm, Rick Stotijn, Alexandra Soumm, Giovanni Gnocchi, Joseph Conyers e Semion Gavrikov e foi spalla dos segundos violinos da Orquestra Filarmônica de Israel. Atualmente, forma um duo com a violinista suíça Esther Hoppe, vencedora do Concurso Internacional Mozart, professora do Mozarteum, situado em Salzburg, Áustria.
Quando se mudou para Boston, em 2010, Cristian Budu passou a hospedar saraus que inspiraram, posteriormente, a criação do projeto Groupmuse (www.groupmuse.com), que alcançou considerável impacto na mídia e ganhou a parceria da Boston Symphony Orchestra.No Brasil, criou o Pianosofia(www.pianosofia.com) com o intuito de promover concertos clássicos em domicílio, protagonizados por amantes da música que frequentemente se encontram e ensaiam; este projeto, que valoriza formações de câmara com piano, planejado para “acordar” pianos que estão “mudos”, logo de início ganhou apoio da Sociedade Cultura Artística. O Pianosofia também prevê a expansão da comunidade por parte do público: todos os membros são conhecidos pessoalmente em saraus que podem ser requeridos por meio de contatos com o portal.
Cristian Budu é Mestre em Performance Pianística pelo New England Conservatory, onde foi bolsista de 2010 a 2012, na classe de Wha Kyung Byun, com quem estuda até hoje. É bacharel em Música pela Universidade de São Paulo (USP) na classe de Eduardo Monteiro e antes disso estudou com Elsa Klebanovsky (pupila de Wilhelm Kempff), Marina Brandão e Cláudio Tegg.
Participou de masterclasses com artistas como Russell Sherman, Menahem Pressler, Maria João Pires, Leif Ove Andsnes, Gilberto Tinetti, Marisa Lacorte, Flavio Augusto, entre outros. Cresceu em Diadema, cidade da Grande São Paulo, à medida que procurava caminhos próprios incentivado pelo brincante Antônio Nóbrega, mestre que o introduziu no universo das músicas e danças tradicionais brasileiras; durante quatro anos, o aplicado aluno do Instituto Brincante se aperfeiçoou com Rosane Almeida e diversos artistas populares, lapidando o talento que rendeu participações especiais em espetáculos do próprio Nóbrega; mais tarde, também em Boston, integrou um quarteto especializado em música brasileira vencedor em 2013 do Honors Competition do New England Conservatory (categoria Improvisação Contemporânea).
Budu tornou-se nos Estados Unidos Mestre em performance pianística, sob tutela de Wha-Kyung Byun e Em Boston é integrante de um quarteto especializado em Choro
Este título abriu portas para diversas apresentações nos Estados Unidos e a gravação de um álbum. Neste mesmo país, tornou-se mestre em performance pianística sob tutela de Wha-Kyung Byun e recebeu bolsa de estudos especial concedida pelo New England Conservatory de Boston. Em 2014, a mesma escola o aceitou para o Artist Diploma — programa de maior prestígio dos conservatórios norte-americanos, que oferece, além de bolsa integral e patrocínio, diversos concertos solo, de câmara e com orquestras.
Recentemente, o CD de estreia no selo suíço Claves (Prelúdios de Chopin e Bagatelas de Beethoven) foi reconhecido com o Editor’s Choice da revista inglesa Grammophone e com o selo 5 Diapasom da revista francesa Diapasom. Gravou também um disco com os Prelúdios de Chopine asKreislerianas de Schumann por encomenda da Revista Concerto e o Concerto nº 1 de Tchaikovsky com a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, sob regência de Cláudio Cruz.
O pianista desenvolve carreira intensa como solista e camerista, apresentando-se na América do Sul, Europa, Estados Unidos e Israel em salas como Jordan Hall (Boston), Ateneu de Bucareste, Teatro Municipal de São Paulo, Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Fundação Maria Luísa e Oscar Americano, Museu da Casa Brasileira, entre outras. É parceiro frequente de Antonio Meneses, com quem se apresentou no Festival Vermelhos (Ilhabela/SP), e na Sala Cecília Meireles (Rio de Janeiro/RJ).
Apresentou recital no Rockport Music Festival (Estados Unidos), ministrou masterclass na University of Massachusetts (Estados Unidos), e participou de diversos concertos em Boston pelo projeto Community Performances and Partnerships.
Com patrocínio do programa Young at Arts, apresentou-se na Romênia como solista junto a Orquestra Emil Nichifor e em recital no Museu George Enescu. Em Israel, apresentou recitais solo e em duo com o violinista Semion Gavrikov a convite da Organização Zfunot Tarbut e participou na Argentina do I Encontro de Pianistas do Mercosul, organizado por Dario Ntaca. Apresenta-se regularmente em festivais como o Klavier-Festival Ruhr, Festival da Radio France e em concertos com orquestras como a Sinfônica da Rádio de Stuttgart, Orquestra Sinfônica de Jerusalém, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), OPES Filarmônica de Montevidéu, entre outros. Em Boston é integrante de um quarteto especializado em Choro.
O projetoForte Pianopropõe inéditos encontros entre representantes das diversas escolas brasileiras de piano, sempre aos domingos. Já recebeu o duo Bailado, composto pelo pianista Daniel Grajew e Marcos Paiva, Laércio de Freitas e o duo Hércules Gomes e Rodrigo y Castro. É conduzido porGlauce Passeri.