1522 – Atribuição de sucessos de Ruy Maurity aos seus intérpretes contribui para por no esquecimento obra das mais genuinamente brasileiras

#MPB #Samba #RockRural #MúsicaRegional #Umbanda #Candomblé #Telenovelas #CulturaPopular #ParaíbadoSul

É costume recorrente entre alguns apresentadores de programas musicais populares de rádio e também de provedores de conteúdos na internet atribuir a autoria de composições que estão sendo tocadas ou divulgadas, em determinados momentos, a quem as interpreta, quando não deixam de mencionar o compositor. Estes erros podem ser apenas pura e simples ignorância ou desatenção, mas são equívocos que podem contribuir de maneira impactante na desvalorização da carreira dos criadores, dos mais tarimbados aos menos criativos, ajudando, inclusive, a mantê-los no ostracismo ou longe da fama que mereceriam, permitindo a outros fazerem fortuna com o chapéu alheio. Sem contar que podem ser entendidos como violação, ainda que involuntária, da propriedade intelectual e imaterial de um trabalho artístico que levou tempo e exigiu algum grau de elaboração para tirar o branco do papel.

Quem viveu a adolescência e a juventude na virada dos anos 1970 para os 1980, como eu, ouviu bastante e cantou em rodinhas, animadas por um violão, Serafim e Seus Filhos e Marcas do Que se Foi, por exemplo. A primeira varou o tempo e chegou bastante conhecida ainda nos dias atuais; a segunda, mais propriamente um jingle, embalou as chamadas de final de ano da Rede Globo, em 1976: em uma de suas versões, levava o telespectador a passear por bucólicas paisagens rurais; eu, com 12 para 13, “viajava” nas imagens que me colocavam a bordo da velha “jaú”¹ azul marinho do motorista Zé Portes subindo e descendo a empoeirada estrada de ligação entre Juiz de Fora e Chácara, cidades da Zona das Mata mineira, onde mor(ava)m tios e avôs paternos. Serafim e Seus Filhos, arrisco defender, tem uma das letras mais interessantes e poéticas de nosso cancioneiro (leia matéria a respeito, de José Mário Espínola, médico e escritor, clicando aqui), foi bastante difundida quando “estourou” e, justamente por virar um sucesso atemporal, muita gente gosta de regravá-la – na maioria das versões que conheço, felizmente e ao menos, preservando o seu arranjo original, com poucas alterações.

Marcas do Que Se Foi chegou a ser sulcada em um bolachão (Estrelas, de 1977), com sua autoria atribuída aos The Fevers, enquanto a mística Serafim e Seus Filhos aparece citada por ai ora como composição de Zezé Di Camargo & Luciano, ora, ainda, de Sergio Reis, por exemplo. Consuma-se, assim, um dos erros citados acima, posto que entre os autores de ambas um deles é Ruy Maurity, fluminense que partiu para o Plano Maior há alguns dias – embora, justiça seja feita: há pouco tempo envolvido no centro de uma infeliz polêmica política, o cantor sertanejo/caipira, em um dos shows do seu projeto Sergio Reis e Filhos que promoveu há anos, disse em bom e alto tom quando começava a executá-la em um concerto da turnê que Maurity é o autor, em parceria como José Jorge, da épica saga que se passa em noite alta de lua mansa. A dupla Maurity/Jorge, arco e flecha na biografia de ambos, também é devidamente mencionada nos créditos do álbum que as apresentações ao vivo do projeto SR renderam – disco por sinal belíssimo, lançado pela Atração Fonográfica, em 2003 e daqueles que valem a pena ter e ouvir, sempre… mesmo se você tenha “cancelado” o Sergião no ano passado, talquêi?!. Marcas Do Que se Foi também é de Maurity e de Jorge, com Paulo Sérgio Valle, Tavito (1946 – 2019), Ribeiro e Márcio Moura, embora de autoria oficialmente creditada à produtora de jingles Zurana.

Antonio Adolfo (de óculos), abraçado por Ruy Maurity, escreveu: “Uma notícia muito triste: meu querido irmão e grande compositor, Ruy Maurity, foi embora para sempre essa noite. Ficará sua obra lindíssima e as lembranças da maravilhosa pessoa que sempre foi. Fique em Paz. Você sempre mereceu o nosso amor! Viva Ruy Maurity!” Já Carol Saboya comentou: “Nessa madrugada, meu tio Ruy Maurity nos deixou. Uma pessoa muito amorosa, um compositor incrível! Vai fazer muita falta!” (Foto: Acervo da família)

Ruy Maurity de Paula Afonso nasceu em Paraíba do Sul (RJ) e saiu de cena em 1º de abril, aos 72 anos, após dias em coma provocada por duas paradas cardíacas, decorrentes de um exame de endoscopia. Era filho da primeira violinista a integrar a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal da cidade do Rio de Janeiro, Iolanda. Seu irmão é o pianista e compositor Antonio Adolfo, pai da bela cantora Carol Saboya. Contudo, a obra de Maurity na cena musical nacional não alcança o mesmo reconhecimento da de Adolfo — que segue ativo, reside nos Estados Unidos da América e desenvolveu sólida carreira no Exterior gravando, por exemplo, ótimos tributos a Milton Nascimento e Tom Jobim, entre trabalhos autorais de fôlego. Esta obliteração do irmão pela mídia, somada aos equívocos das autorias creditadas a seus interpretes, configura outro pecadilho contra o legado de Maurity – algo muito semelhante ao que até hoje sofre Sidney Miller, embora a genialidade de ambos os deixe nos mesmos patamares, por exemplo, de Belchior e de Chico Buarque, embora estes tenham estilos mais bem definidos ou pouco menos ecléticos dentro do guarda-chuva da MPB.

Muito mais do que Serafim e Seus Filhos e Marcas Do Que Se Foi, Maurity emplacou várias de suas composições em novelas da Vênus Platinada como A Escalada, Fogo Sobre Terra e Dona Xepa (na trama de 1977, a original, da Globo³, é dele o tema de abertura), em época na qual a vendagem de discos de vinil com as respectivas trilhas dos folhetins globais era turbinadora das receitas e carro-chefe da gravadora Som Livre. A ele é dado o status de um dos percursores do Rock Rural – gênero pelo qual também transitou concomitantemente e talvez com maior identificação Sá, Zé Rodrix, Guarabyra, Tavito e, no qual, até hoje, Zé Geraldo põe bolas no ninho da coruja – e às do segmento contido na ampla etiqueta #MúsicaRegional. Maurity, contudo, talvez seja, mesmo, com maior e indiscutível mérito, um dos baluartes mais iluminados entre compositores e intérpretes (como Geraldo Filme, Luiz Américo, Clara Nunes, Clementina de Jesus e Martinho da Vila) de um terreno no qual hoje se destacam Mateus Aleluia, Mariene de Castro e o violeiro mineiro Paulo Mourão, só para começar a riscar a pemba: o do samba que dialoga com elementos da religiosidade de matriz africana, trajado quase que essencialmente de branco, com os dois pés bem fincadinhos nos sagrados terreiros da Umbanda e do Candomblé!

Religiões que têm milhares de adeptos espalhados pelo país, embora ainda sejam alvos de intolerância e preconceitos injustificáveis, a Umbanda e o Candomblé, referências claras aos seus rituais e costumes de ambas aparecem no repertório de Maurity, de forma bem demarcada como uma batida de atabaque em Barravento. Revelam-se em letras e arranjos apoiados em instrumentos típicos como a da clássica Nem Ouro Nem Prata, faixa-título do, talvez, melhor entre tantos ótimos álbuns de Ruy Maurity, este lançado em 1976, que sobrevive na memória popular embalada pelos versos de um ponto cantado largamente em giras Brasil adentro: Samborê, pemba, é folha de jurema; Oxóssi reina de Norte a Sul… Esta veia também pulsa em Quizumba de Rei; e Xangô, o Vencedor (do mesmo álbum de 1976); aparecera antes em Cajeré (Safra/74, 1974); retornou em Festa Crioula, Sete Cavaleiros, Ganga Brasil e Pai João (Ganga Brasil, 1977) e repetiu-se, por exemplo, em Ponto Final (Bananeira Mangara, 1978) e Casamento de São Jorge e Réquiem De Uma Princesa Nagô (Natureza, 1980),

O talento de Ruy Maurity e sua ampla identificação com as tradições e costumes da brasilidade, portanto, constituem uma obra copiosa e entranhada na cultura popular. Mas, ainda assim (ou talvez por isso?) tão logo o moço recebeu de Oxóssi permissão para andar livremente pelas matas, para ver o mundo do alto das montanhas de Xangô ou fluir como espírito livre feito as águas abençoadas por Mãe Oxum, não mereceu nem na mídia especializada pouco mais do que notas curtas ou textos burocráticos em obituários. Mas como provavelmente ainda no ventre de Dona Iolanda o menino escutou a gargalhada do Tranca Ruas. ao abrir a porteira para vir ao mundo já baixou com moral junto a baianos, boiadeiros, marinheiros, pretos velhos e logo aprendeu a tocar violão, sozinho. Como muita gente boa, deu os primeiros passos na carreira em festivais a partir do efervescente 1968, ano de chumbo em que sua Arruaça (composta com José Jorge) foi defendida no I Festival Universitário de Música Brasileira pela cantora Sônia Lemos, conforme lembrou em seu blogue Pop & Arte o jornalista Mauro Ferreira, do portal G1. Maurity teve outras duas parcerias com José Jorge gravadas por Maysa, em 1969, Estranho Mundo Feliz e Quebranto, antes de faturar o III Festival Universitário de Música Brasileira, em 1970, com a música Dia cinco, mais uma das muitas parcerias com José Jorge, ainda conforme Ferreira.

Brasil ame-o ou deixe-o, tricampeão de futebol no México. Naquele mesmo ano saiu o primeiro elepê – Este é Rui Maurity, que faz uma alusão à Alegria, Alegria, de Caetano Veloso, e ara o roçado para Serafim e Seus Filhos, apresentada, pela primeira vez, em 1971, entre as faixas de Em busca do ouro². Três anos depois, Ruy Maurity assinou Safra/74, que teve canções incluídas nas trilhas sonoras de Escalada e Fogo Sobre Terra. Em 1976 e 1977, brindou-nos com Nem Ouro Nem Prata e Ganga Brasil, que inclui a global Dona Xepa. Bananeira Mangará, no ano seguinte, renovou a discografia, mais uma vez com bônus de louvor dados pela crítica a começar pela música de abertura, Pelo Sinal; depois, na década dos anos 1980, voltou aos estúdios para gravar Natureza (da capa em que ele está pescando uma bota em um riacho) e A Viola no Peito. Em 1998, com arranjos de temática caipira, produziu De Coração, no qual reinterpretou, por exemplo, Serafim e Seus Filhos e Menina do Mato, reavivando diversas parcerias com José Jorge.

Nem Ouro Nem Prata foi regravada por Teresa Cristina, em 2007, quando a filha de Paulinho da Viola lançou o álbum Delicada. Dos sete álbuns do período durante o qual Maurity esteve em alta na década dos anos 1970, Este é Ruy Maurity é o único que não tem o selo da Som Livre, marca distintiva dos demais que são: Em busca do ouro (1972), Safra/74 (1974), Nem Ouro Nem Prata (1976), Ganga Brasil (1977), Bananeira Mangará (1978) e Natureza (1980); Safra/74 teve produção de Eustáquio Sena e arranjos de Antonio Adolfo, e dele Ferreira destacou “músicas inspiradas” como Parábola do Pássaro Perdido e Com Licença, Moço, ambas compostas por Maurity e José Jorge. De Bananeira Mangará Mauro Ferreira pinçou a parceria então inédita de Maria Bethânia com a violonista e compositora Rosinha de Valença em Cana caiana (1978), “música afinada com o Brasil rural cantado com inspiração por Ruy Maurity.”

Os discos, ainda observou o blogueiro do G1, apresentam títulos que já evocam a brasilidade entranhada na obra do artista. “Após esse período áureo, Maurity gravou poucos discos a partir dos anos 1980. Mas os álbuns que deixou ainda guardam pérolas que merecem ser pescadas no baú”, emendou Ferreira. Citando versos da canção atribuída ao The Fevers, Mauro Ferreira terminou sua matéria com a frase “os passos de Ruy Maurity pelo chão do Brasil vão ficar”. Laroyê!


¹ Jaú é como meu pai, Geraldo Caetano de Lima, chamava uma “jardineira”, antigo modelo de ônibus como era o de Zé Portes. O trajeto entre Juiz de Fora e Chácara é de 28 quilômetros, hoje, asfaltados.

² A música Serafim e Seus Filhos teve uma segunda versão, a continuidade da saga, gravada como As Artimanhas de Lourenço, Filho de Serafim, como faixa 11, em Natureza.

³ A novela Dona Xepa primeiro foi exibida pela TV Globo, entre 24 de maio a 24 de outubro de 1977, em 132 capítulos, no horário das 18 horas. Era baseada na peça teatral homônima, escrita em 1952, por Pedro Bloch, adaptada por Gilberto Braga, com direção de Herval Rossano. O elenco reuniu Yara Cortes, Reinaldo Gonzaga, Nívea Maria, Edwin Luisi, Rubens de Falco, Cláudio Cavalcanti e Ana Lúcia Torre nos papéis principais. Em 2013, a Record pôs uma segunda versão no ar, em 91 capítulos, sempre às 221h15 de 21 de maio e 24 de setembro de 2013.

4 A “paternidade” de Marcas do Que se Foi, na internet, também aparece para Zezé Di Camargo & Luciano, Roupa Nova e Padre Marcelo Rossi, entre outros equívocos. 

Marcelino Lima é jornalista formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1991, atuou como repórter, editor e revisor dos mais importantes jornais de Osasco e região,  em diversas coberturas da área esportiva, cultural, política e sindical, em assessoria de imprensa para várias entidades e prefeituras, além de campanhas eleitorais. Também é fotógrafo e há oito anos coordena as publicações do Barulho d’água Música. Para contribuir com o blogue, deposite qualquer quantia no PIX 04992937896 ou 992590769.



      

1199 – Sesc de Osasco (SP) abre com o mineiro Wilson Dias o projeto Ponteios de Viola

Apresentações de músicos que têm o instrumento como essência em sua trajetória musical, com entradas gratuitas, serão promovidas no Deck da Cafeteria ao longo dos sábados de junho, a partir das 15 horas

A unidade Osasco do Sesc do estado de São Paulo promoverá ao longo dos sábados de junho o projeto Ponteios de Viola. que terá como atrações em quatro datas músicos que têm a viola como essência em sua trajetória musical. Os convidados brindarão o público com apresentações gratuitas no Deck da Cafeteria sempre a partir das 15 horas com repertórios e causos que traduzem a história em torno deste instrumento tradicional. O primeiro violeiro, Wilson Dias (MG), estará no palco neste dia 8. Uma semana depois, no dia 15, será a vez de Cláudio Lacerda e Rodrigo Zanc. Em 22 de junho, Paulo Freire e Danilo Morais e, no encerramento, no dia 29, a cantoria será comandada pelo trio Conversa Ribeira. 

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1185 – Renato Teixeira faz apresentação única em teatro de Osasco (SP) de “Um poeta e um violão”

Consagrado cantor e compositor santista, inclusive de premiado jingle, rememora maiores sucessos da carreira em espetáculo minimalista que valoriza a poesia das letras do repertório, permeado por causos que ele conta entre as músicas, registradas em mais de 20 álbuns

O cantor e compositor Renato Teixeira será atração na sexta-feira, 24 de maio, do Teatro Municipal Glória Giglio, situado em Osasco, cidade da região Oeste Metropolitana de São Paulo a 18 quilômetros da Capital, com acessos pelas rodovias Castello Branco e Raposo Tavares e pelo Rodoanel Mário Covas. O consagrado autor de Romaria cantará a partir das 21h30 este e outros sucessos da carreira que já chega aos 50 anos de estrada e está registrada em mais de 20 álbuns solo ou em parceria (ver guia Serviços e o quadro Discografia ao final desta atualização).

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1147 – Carreira de Marciano, um dos quatro ases do sertanejo romântico, registra 10 discos de ouro

Cantor nascido em Bauru, que está na memória afetiva de várias gerações por compor e interpretar dezenas de sucessos ao lado do parceiro João Mineiro, atualmente se apresentava com Milionário, da dupla com José Rico 

Um dos quatro ícones do estilo sertanejo brega-romântico, cantor e compositor paulista, Marciano morreu na madrugada de sexta-feira, 18 de janeiro, de acordo com informações divulgadas pela família em decorrência de um infarto enquanto dormia, sofrido na residência na qual morava em São Caetano do Sul (SP), cidade da região metropolitana de São Paulo. José Marciano, que ficou conhecido por O Inimitável, gravou entre outros marcantes sucessos do gênero Ainda Ontem Chorei de Saudade (A Carta), Seu Amor Ainda é Tudo, Crises de Amor, Paredes Azuis, Menina Escuta Meu Conselho, Esta Noite como Lembrança e Minha Serenata. Era um dos autores do clássico Fio de Cabelo, interpretado em versão consagradora por Chitãozinho & Xororó

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1083 – CIS Unicamp abre roteiro de exibições em São Paulo de Viola Perpétua, de Mário de Almeida (SP)

Documentário de 72 minutos lança luz sobre as diversas formas de envolvimento com a música de viola, com ênfase nas orquestras que se multiplicam no Interior do estado de São Paulo
Marcelino Lima, com Mário de Almeida e CIS Guanabara

A celebração de valores ligados à cultura caipira por meio de orquestras que têm a viola como forma de expressão musical é o tema do documentário Viola Perpétua, longa metragem do diretor Mário de Almeida, que será exibido em primeira mão na quinta-feira, 19/7, às 19h30, na gare do Centro Cultural de Inclusão Social Guanabara (CIS) da Universidade de Campinas (Unicamp/SP). Com duração de 72 minutos, Viola Perpétua lança luz sobre as diversas formas de envolvimento com a música de viola e sobre as possibilidades e conflitos no que tange a coexistência da cultura caipira no ambiente das orquestras e outros grupos que se utilizam do instrumento. Com depoimentos de pessoas ligadas a essa cultura, o documentário apresenta fragmentos de vida, possibilitando uma aproximação do espectador em um contexto de personagens que refletem sobre as suas próprias raízes. A exibição do filme será seguida de uma conversa entre o público e o diretor, que falará sobre sua primeira experiência em longa metragem. O evento também será marcado pelo lançamento do site que leva o mesmo nome do filme.

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1056- Banda O Bardo e o Banjo lança O Tempo e a Memória em três cidades de São Paulo

Conhecido por iniciar sua trajetória tocando em ruas de São Paulo, a banda de São Paulo O Bardo e O Banjo está atraindo cada vez mais amigos e novos seguidores aos shows de lançamento do álbum recém-lançado O Tempo da Memória. Nesta sexta-feira, 27, quem quiser conferir porque o grupo vem conquistando cada vez mais admiradores terá a oportunidade de ver os quatro integrantes no palco da Casa Amarela, pub rock situado em Osasco, cidade da Região Metropolitana Oeste da Grande São Paulo, a partir das 22h30. Para o dia seguinte, sábado, 28, a dica que daremos a quem mora em Sorocaba (distante cerca de 90 km da Capital) e região é colar no Eclétik Bar e Restaurante, que promoverá um festival entre 11 e 20 horas, o Texas Music, no qual estarão em cena Maré Urbana, Texas Flood e O Bardo e o Banjo.

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992- Prestes a emplacar quatro décadas de sucesso, Duofel toca de graça no Museu da Casa Brasileira (SP)

O Museu da Casa Brasileira (MCB) receberá amanhã, 13, como atração do Projeto Música no MCB,  o Duofel, dupla formada pelos violonistas Luiz Bueno e Fernando Melo. Com 39 anos de pesquisas, ensaios e concertos, o Duofel vem marcando território na cena musical do país por promover novas linguagens para o violão, valendo-se de diversos modelos para experimentar timbres diferentes e produzir músicas instrumentais que mesclam erudito e popular. Com tal receita, brinda os fãs com composições próprias, clássicos populares e até primorosas releituras de clássicos do The Beatles. Para executar este refinado e dos mais ecléticos repertórios, Melo toca violão de 12 cordas, violão de nylon, viola caipira, zig zum, arco da rabeca e violão de aço. Bueno, por sua vez, utiliza violão de nylon, violão de aço, violão tenor, zig zum e arco da rabeca. Em toda trajetória, o Duofel contabiliza o lançamento de 12 discos – 10 gravados no Brasil, um na Alemanha e outro nos Estados Unidos –, a conquista de três prêmios da Música Brasileira (melhor arranjo/1996, melhor solista/1994 e melhor música instrumental/1993) e outras seis indicações (melhor CD instrumental/1996, melhor música instrumental/1994, melhor disco instrumental, melhor solista Fernando Melo, melhor solista Luiz Bueno e melhor música instrumental/1993).

 

O projeto dominical do Museu da Casa Brasileira (MCB) transcorre gratuitamente no terraço contíguo à agradável área verde do bairro paulistano Pinheiros, local que atrai diversas gerações e até famílias inteiras e oferece múltiplas atrações, incluindo restaurante e bicicletário. Boa parte deste público termina por também acompanhar os concertos e shows — o que, com a costumeira lotação das cadeiras do terraço, multiplica a plateia, das mais fidelizada, independentemente de quem estiver cantando e tocando. A média de pessoas a cada nova rodada chega a 400 pessoas, mas apesar de ser um dos mais concorridos e conceituados eventos artísticos culturais de Sampa na área musical, o Música no MCB vem sendo oferecido sem patrocínio continuamente desde 1999. O Museu é ligado à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e só por conta do esforço da coordenadora, Carmelita Moraes, e da boa vontade dos músicos (a maioria abre mão dos cachês) tem conseguido manter nestas 18 temporadas apresentações já curtidas por 250 mil pessoas, aproximadamente, sem cobrar ingresso, sempre a partir das 11 horas.  Passaram pelo palco, por exemplo, grupos e expoentes como Pau Brasil, Zimbo Trio, Projeto Coisa Fina, Orquestra Bachiana Jovem, Grupo Aum, Mawaca e Traditional Jazz Band, Neymar Dias e Igor Pimenta, Wilson Teixeira, Guilherme Ribeiro, Vento em Madeira, Sarah Abreu e Sexteto Mundano, com participação de Tita Parra, entre outros.

Além do Duofel, em agosto estão previstos outros dois concertos:

20/8 – Emiliano Sampaio e Mere Big Band

Fruto da união de 17 músicos da cena instrumental paulistana, a Mere Big Band, comandada pelo regente Emiliano Sampaio, apresentará o repertório de Tourists, primeiro disco lançado na Europa. O álbum mostra as impressões do velho continente, dedicadas aos destinos percorridos, desde os mais célebres, como Viena e Paris, até os locais mais inusitados, como Bad Radkersburg e Grozjan.

27/8 – Orquestra Instituto GPA

Sob regência de Renata Jaffé, o Instituto GPA traz sua Orquestra com uma formação 100% feminina, integrada por alunas do Programa de Música e Orquestra das Unidades de Osasco e Santos. Elas apresentam um repertório com clássicos da música nacional e internacional, como a Ciranda da Bailarina, de Chico Buarque; The Pink Panther, de Henry Mancini; e a Fantasia das Cirandas, de Cláudio Jaffé. A apresentação contará com tradução em libras. Formada por jovens entre 10 e 21 anos, selecionados entre os estudantes do Programa de Música, uma iniciativa de inclusão social do Instituto GPA, a Orquestra já contou com a participação de mais de 4.500 crianças, desde 1999.


 

Sobre o Museu da Casa Brasileira

O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, dedica-se à preservação e difusão da cultura material da casa brasileira, sendo o único museu do país especializado em arquitetura e design. A programação do MCB contempla exposições temporárias e de longa duração, com uma agenda com base em debates, palestras e publicações que contextualizam a vocação do museu para a formação de um pensamento crítico em temas como arquitetura, urbanismo, habitação, economia criativa, mobilidade urbana e sustentabilidade. Dentre suas inúmeras iniciativas, destacam-se o Prêmio Design MCB, principal premiação do segmento no país, realizado desde 1986; e o projeto Casas do Brasil, de resgate e preservação da memória sobre a rica diversidade do morar no país.

SERVIÇO:

Música no MCB – 18ª temporada

Agosto

13/08 – Duofel
20/08 – Emiliano Sampaio e Mere Big Band
27/08 – Orquestra Instituto GPA

Dia e Horário: Domingos, sempre às 11h00
Entrada gratuita
Local: Museu da Casa Brasileira (Avenida Faria Lima, 2.705 – Jardim Paulistano)
Tel.: (11) 3032.3727

Visitação
De terça a domingo, das 10h00 às 18h00
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada) | Crianças até 10 anos e maiores de 60 anos são isentos | Pessoas com deficiência e seu acompanhante pagam meia-entrada
Gratuito aos finais de semana e feriados
Acessibilidade no local
Bicicletário com 40 vagas | Estacionamento pago no local

Visitas orientadas: (11) 3026-3913agendamento@mcb.org.br | www.mcb.org.br

Informações para a imprensa – Museu da Casa Brasileira

Suzana Gnipper – (11) 3026-3910 | comunicacao@mcb.org.br
Bruno Dória – (11) 3026-3900 | analistacomunicacao@mcb.org.br
Jaqueline Caires – (11) 3026-3900analistacomunicacao2@mcb.org.br

Informações para a imprensa – Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo
Gisele Turteltaub – (11) 3339-8162gisele@sp.gov.br
Damaris Rota – (11) 3339-8308 | drota@sp.gov.br
Gabriela Carvalho – (11) 3339-8070gabrielacarvalho@sp.gov.br

 

964 – Nesta quinta-feira, 22, visite o Sesc Osasco e deguste receitas de inverno e bebidas típicas ao som de sucessos caipiras

A unidade Osasco do Sesc de São Paulo promoverá a partir das 19 horas da quinta-feira, 22, nova rodada da aula-show Receitas que Aquecem, projeto gratuito que combina comidas e bebidas para tornar o inverno mais aconchegante com intervenção musical de Alberto Camargo e Regina Vasques O casal integra o Grupo Varal de Chita e leva à plateia trechos do espetáculo Cantinho Caipira, cujo repertório valoriza músicas de temática regional e caipira, tanto de domínio público, quanto de autores consagrados dos gêneros. Nesta atividade gastronômica voltada para cozinheiras do Mesa Brasil e público externo, as receitas são sempre preparadas por Ana Maria D’Angelo. Desta  vez, a chef servirá coxinhas com massa de batata acompanhadas por bebida cremosa de amendoim. Ana Maria escolheu bolinho de chuva com banana e chocolate quente cremoso para a edição do dia 8 e combinou na estreia, em 1º de junho, caldo verde com vinho quente (sem álcool).

O endereço do Sesc Osasco é avenida Sport Club Corinthians Paulista, 1300,  jardim das Flores, e disponibiliza para mais informações e reserva de ingressos os números de telefone (11) 3184-0900. Oferece estacionamento, gratuito, e Comedoria.

As receitas do projeto do Sesc Osasco são preparadas pela chef Ana Maria D’Ângelo e ajudam a deixar as noites frias de inverno mais aconchegantes e quentinhas (Foto: Divulgação)

Para saber mais sobre o Varal de Chita visite o linque abaixo:

https://barulhodeagua.com/2015/10/19/693-varal-de-chita-estreia-em-osasco-sp-com-repertorio-que-promove-encantamento-evoca-o-chao-de-casa-e-propoe-o-cultivo-aos-valores-que-nos-iguala/

 

924 – Instituto Juca de Cultura recebe Déo Lopes, baluarte da música regional do Vale do Paraíba

O cantor e compositor Déo Lopes está comemorando 30 anos de carreira e mostrará parte de sua obra como convidado do Instituto Juca de Cultura no domingo, 2 de abril, a partir das 17 horas. O músico, natural da paulista Santo Antonio da Alegria, hoje residente no Vale do Paraíba, começou a trilhar a estrada profissional em 1980 promovendo apresentações em espaços concorridos como os palcos do Lira Paulistana, Fulô da Laranjeira, Tuquinha, Centro Cultural Vergueiro, Sesc Pompeia, em São Paulo, e Vila dos Artistas, em Osasco. Públicos dos estados de Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Bahia, e Goiás, entre outros, também o prestigiaram neste período que configura seu jubileu de pérola; sem jamais renegar os próprios valores, nestas três décadas Déo Lopes compôs exprimindo anseios, amores, e crenças, além de respeito à ecologia e ao meio ambiente.

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882 – DVD gravado em Ribeirão Preto (SP) revela a excelência do repertório da Orquestra Paulistana de Viola Caipira

O Barulho d’água Música recebeu um exemplar de Viola in Concert Ao vivo, DVD gravado em 2009 pela Orquestra Paulistana de Viola Caipira (OPVC) no Teatro Pedro II, situado em Ribeirão Preto (SP), produzido pela Associação São Gonçalo de Estudos Caipiras e com direção musical e arranjos de Rui Torneze. Mais do que um mergulho no universo caipira, resgatando e reinterpretando no presente álbum clássicos tais quais Cabocla (Tonico e Tinoco), Natureza (Dino Franco), Saudades de Matão (Jorge Gallati, Raul Torres e Atenógenes Silva), e Índia (J. Assuncíon Flores/M. Ortiz Guerrero, consagrada por Cascatinha e Inhana em versão de José Fortuna), a OPVC apresenta um trabalho que demonstra o esmero em buscar permanente aprimoramento técnico desde quando foi fundada, mergulhando em outras culturas nacionais e estrangeiras com o intuito de divulgar peças de vários ritmos e épocas e permitir (conforme uma palavra dita por Torneze em certa altura da gravação) “plasmar” pelo emprego da viola outras sonoridades, algumas até antes de serem alcançadas supostamente bem mais complexas e distantes dos recursos possíveis de se extrair do pontear das dez cordas do pinho.

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