
Guilherme Rondon é paulista, mas em 40 anos de carreira destaca-se no país como representante da música pantaneira, identificação que já rendeu dois Prêmios Sharp (Foto: Cláudia Medeiros)
O Barulho d’Água acaba de receber três álbuns da discografia do cantor e compositor Guilherme Rondon. Ele próprio enviou ao blog exemplares de “Três” (2007), “Claro que sim” (2001) e “Made in Pantanal”, que, agora, ficarão sempre à mão ao lado de “Piratininga” (1994), que já fazia parte do acervo e é primeiro da carreira. Com este disco, lançado também no Japão, em 2005, o paulista que adotou Corumbá (MS) para viver à beira do Paiaguás ganhou o Prêmio Sharp de 1995 da categoria “Revelação”.

Capa do álbum mais recente, de 2007, dedicado aos filhos e aos netos
Guilherme Rondon é do núcleo pantaneiro da música brasileira, parceiro entre outros de Almir Sater, Paulo Simões, da talentosa família de Tetê, Alzira, Celito e Geraldo Espíndola, entre outros nomes consagrados da região Centro-Oeste. Em “Três”, Alexandre Lemos é coautor da maioria das faixas; Zé Edu Camargo assina “Hora Contada” e “Vazante do Castelo”. Entre os convidados, destaque para o saudoso Zé Rodrix em arranjos e vocais, além dos teclados e sanfona de Adriano Magoo e a guitarra de Luiz Waack, inseparável companheiro do paulistano Edvaldo Santana. O disco, todo em compasso ternário, é uma celebração aos três filhos e aos três netos na época do lançamento.
“Claro que sim” também reúne um timaço: Almir Sater (viola), Danilo Caymmi (flauta e voz), Jaques Morelenbaum (cello), Proveta (sax), Pedro Ivo (bateria) e, novamente, Waack. Caymmi canta a obra prima do pai, “Maracangalha”. Murilo Antunes e Paulo Simões dividem com Rondon oito faixas, Iso Fischer outras duas e Danilo, uma.
Alexandre Lemos, Zé Edu Camargo, Paulo Simões, Consuelo de Paula, Tavito e Celito Espíndola gravaram com Rondon ou têm participação em “Made in Pantanal”. Lançado para marcar quatro décadas de carreira, o trabalho traz uma faixa bônus em vídeo com imagens do Pantanal. “La Negra” escrita com Consuelo de Paula homenageia Mercedes Sosa, enquanto “Tabuiaiá” é dedicada a Ivan Lins.
A estante de Guilherme Rondon guarda também o Prêmio Sharp de 1992, ano em que o disco “Rondon e Figar” teve 4 indicações e venceu na categoria “Música Regional” com a faixa “Paiaguás”, dele e de Paulo Simões. “Rondon e Figar” tem participações de Almir Sater, Papete (percussão), Mário Lúcio (flauta e sax), Dino Rocha (sanfona) e de Zé Gomes (cujo violino subiu com ele em 2009 para o Plano Superior) além de Renato Teixeira, que canta “Noturno de Prata”. Já com Celito Espíndola, Dino Rocha e Paulo Simões, Guilherme Rondon produziu dois títulos com a banda “Chalana de Prata”, respectivamente em 1996 e 2004. Em ambos, os parceiros buscaram promover um resgate da música pantaneira tradicional, como polca e chamamé, com todas as suas influências da Bacia do Prata.
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