1581 – Cantos sagrados entoados por Mestre Sapopemba (AL) evocam forças ancestrais dos povos pretos e suas contribuições que enriquecem a cultura e a fé brasileiras

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A energia dos terreiros de Candomblé e a vibração dos atabaques em Gbó, disco do Selo SESC, convidam a um mergulho nas raízes espirituais que unem o Brasil à África das nações Angola, Ketu, Jêje e Ijexá, em 15 faixas que incluem clássico de Dorival Caymmi

Hoje, 8 de outubro, abrimos as tradicionais audições matinais dos sábados aqui na redação do Barulho d’água Música, no Solar do Barulho, na Estância Turística de São Roque (SP), com Gbó, palavra em yorubá que o autor escolheu para dar nome ao seu primeiro álbum solo. Ele é Sapopemba, cantor, compositor e percussionista e selecionou como repertório a musicalidade das tradições culturais afro-brasileiras. Lançado em 2020 pelo Selo Sesc, Gbó conta com a produção musical de André Magalhães, especialista na gravação audiovisual das culturas populares. Ari Colares, Leo Mendes, João Taubkin, Lula Alencar e Waldemar Pereira acompanham Sapopemba em 13 das 15 faixas do álbum que ainda tem a participação especial de Benjamin Taubkin, da cantora amapaense Patrícia Bastos e do cantor e violonista baiano Roberto Mendes

É impossível compreender a música popular brasileira sem passar pelo terreiro.” Ao abrir o encarte de Gbọ́ – termo em yorubá que significa ouça, logo de cara será possível dar com os olhos nessa frase, informa o texto de apresentação que consta na página virtual do Selo Sesc, que assim prossegue: “É nas batidas do candomblé que somos herdeiros de múltiplas áfricas, reelaboradas pelas pessoas escravizadas em solo nacional.” 

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1522 – Atribuição de sucessos de Ruy Maurity aos seus intérpretes contribui para por no esquecimento obra das mais genuinamente brasileiras

#MPB #Samba #RockRural #MúsicaRegional #Umbanda #Candomblé #Telenovelas #CulturaPopular #ParaíbadoSul

É costume recorrente entre alguns apresentadores de programas musicais populares de rádio e também de provedores de conteúdos na internet atribuir a autoria de composições que estão sendo tocadas ou divulgadas, em determinados momentos, a quem as interpreta, quando não deixam de mencionar o compositor. Estes erros podem ser apenas pura e simples ignorância ou desatenção, mas são equívocos que podem contribuir de maneira impactante na desvalorização da carreira dos criadores, dos mais tarimbados aos menos criativos, ajudando, inclusive, a mantê-los no ostracismo ou longe da fama que mereceriam, permitindo a outros fazerem fortuna com o chapéu alheio. Sem contar que podem ser entendidos como violação, ainda que involuntária, da propriedade intelectual e imaterial de um trabalho artístico que levou tempo e exigiu algum grau de elaboração para tirar o branco do papel.

Quem viveu a adolescência e a juventude na virada dos anos 1970 para os 1980, como eu, ouviu bastante e cantou em rodinhas, animadas por um violão, Serafim e Seus Filhos e Marcas do Que se Foi, por exemplo. A primeira varou o tempo e chegou bastante conhecida ainda nos dias atuais; a segunda, mais propriamente um jingle, embalou as chamadas de final de ano da Rede Globo, em 1976: em uma de suas versões, levava o telespectador a passear por bucólicas paisagens rurais; eu, com 12 para 13, “viajava” nas imagens que me colocavam a bordo da velha “jaú”¹ azul marinho do motorista Zé Portes subindo e descendo a empoeirada estrada de ligação entre Juiz de Fora e Chácara, cidades da Zona das Mata mineira, onde mor(ava)m tios e avôs paternos. Serafim e Seus Filhos, arrisco defender, tem uma das letras mais interessantes e poéticas de nosso cancioneiro (leia matéria a respeito, de José Mário Espínola, médico e escritor, clicando aqui), foi bastante difundida quando “estourou” e, justamente por virar um sucesso atemporal, muita gente gosta de regravá-la – na maioria das versões que conheço, felizmente e ao menos, preservando o seu arranjo original, com poucas alterações.

Marcas do Que Se Foi chegou a ser sulcada em um bolachão (Estrelas, de 1977), com sua autoria atribuída aos The Fevers, enquanto a mística Serafim e Seus Filhos aparece citada por ai ora como composição de Zezé Di Camargo & Luciano, ora, ainda, de Sergio Reis, por exemplo. Consuma-se, assim, um dos erros citados acima, posto que entre os autores de ambas um deles é Ruy Maurity, fluminense que partiu para o Plano Maior há alguns dias – embora, justiça seja feita: há pouco tempo envolvido no centro de uma infeliz polêmica política, o cantor sertanejo/caipira, em um dos shows do seu projeto Sergio Reis e Filhos que promoveu há anos, disse em bom e alto tom quando começava a executá-la em um concerto da turnê que Maurity é o autor, em parceria como José Jorge, da épica saga que se passa em noite alta de lua mansa. A dupla Maurity/Jorge, arco e flecha na biografia de ambos, também é devidamente mencionada nos créditos do álbum que as apresentações ao vivo do projeto SR renderam – disco por sinal belíssimo, lançado pela Atração Fonográfica, em 2003 e daqueles que valem a pena ter e ouvir, sempre… mesmo se você tenha “cancelado” o Sergião no ano passado, talquêi?!. Marcas Do Que se Foi também é de Maurity e de Jorge, com Paulo Sérgio Valle, Tavito (1946 – 2019), Ribeiro e Márcio Moura, embora de autoria oficialmente creditada à produtora de jingles Zurana.

Antonio Adolfo (de óculos), abraçado por Ruy Maurity, escreveu: “Uma notícia muito triste: meu querido irmão e grande compositor, Ruy Maurity, foi embora para sempre essa noite. Ficará sua obra lindíssima e as lembranças da maravilhosa pessoa que sempre foi. Fique em Paz. Você sempre mereceu o nosso amor! Viva Ruy Maurity!” Já Carol Saboya comentou: “Nessa madrugada, meu tio Ruy Maurity nos deixou. Uma pessoa muito amorosa, um compositor incrível! Vai fazer muita falta!” (Foto: Acervo da família)

Ruy Maurity de Paula Afonso nasceu em Paraíba do Sul (RJ) e saiu de cena em 1º de abril, aos 72 anos, após dias em coma provocada por duas paradas cardíacas, decorrentes de um exame de endoscopia. Era filho da primeira violinista a integrar a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal da cidade do Rio de Janeiro, Iolanda. Seu irmão é o pianista e compositor Antonio Adolfo, pai da bela cantora Carol Saboya. Contudo, a obra de Maurity na cena musical nacional não alcança o mesmo reconhecimento da de Adolfo — que segue ativo, reside nos Estados Unidos da América e desenvolveu sólida carreira no Exterior gravando, por exemplo, ótimos tributos a Milton Nascimento e Tom Jobim, entre trabalhos autorais de fôlego. Esta obliteração do irmão pela mídia, somada aos equívocos das autorias creditadas a seus interpretes, configura outro pecadilho contra o legado de Maurity – algo muito semelhante ao que até hoje sofre Sidney Miller, embora a genialidade de ambos os deixe nos mesmos patamares, por exemplo, de Belchior e de Chico Buarque, embora estes tenham estilos mais bem definidos ou pouco menos ecléticos dentro do guarda-chuva da MPB.

Muito mais do que Serafim e Seus Filhos e Marcas Do Que Se Foi, Maurity emplacou várias de suas composições em novelas da Vênus Platinada como A Escalada, Fogo Sobre Terra e Dona Xepa (na trama de 1977, a original, da Globo³, é dele o tema de abertura), em época na qual a vendagem de discos de vinil com as respectivas trilhas dos folhetins globais era turbinadora das receitas e carro-chefe da gravadora Som Livre. A ele é dado o status de um dos percursores do Rock Rural – gênero pelo qual também transitou concomitantemente e talvez com maior identificação Sá, Zé Rodrix, Guarabyra, Tavito e, no qual, até hoje, Zé Geraldo põe bolas no ninho da coruja – e às do segmento contido na ampla etiqueta #MúsicaRegional. Maurity, contudo, talvez seja, mesmo, com maior e indiscutível mérito, um dos baluartes mais iluminados entre compositores e intérpretes (como Geraldo Filme, Luiz Américo, Clara Nunes, Clementina de Jesus e Martinho da Vila) de um terreno no qual hoje se destacam Mateus Aleluia, Mariene de Castro e o violeiro mineiro Paulo Mourão, só para começar a riscar a pemba: o do samba que dialoga com elementos da religiosidade de matriz africana, trajado quase que essencialmente de branco, com os dois pés bem fincadinhos nos sagrados terreiros da Umbanda e do Candomblé!

Religiões que têm milhares de adeptos espalhados pelo país, embora ainda sejam alvos de intolerância e preconceitos injustificáveis, a Umbanda e o Candomblé, referências claras aos seus rituais e costumes de ambas aparecem no repertório de Maurity, de forma bem demarcada como uma batida de atabaque em Barravento. Revelam-se em letras e arranjos apoiados em instrumentos típicos como a da clássica Nem Ouro Nem Prata, faixa-título do, talvez, melhor entre tantos ótimos álbuns de Ruy Maurity, este lançado em 1976, que sobrevive na memória popular embalada pelos versos de um ponto cantado largamente em giras Brasil adentro: Samborê, pemba, é folha de jurema; Oxóssi reina de Norte a Sul… Esta veia também pulsa em Quizumba de Rei; e Xangô, o Vencedor (do mesmo álbum de 1976); aparecera antes em Cajeré (Safra/74, 1974); retornou em Festa Crioula, Sete Cavaleiros, Ganga Brasil e Pai João (Ganga Brasil, 1977) e repetiu-se, por exemplo, em Ponto Final (Bananeira Mangara, 1978) e Casamento de São Jorge e Réquiem De Uma Princesa Nagô (Natureza, 1980),

O talento de Ruy Maurity e sua ampla identificação com as tradições e costumes da brasilidade, portanto, constituem uma obra copiosa e entranhada na cultura popular. Mas, ainda assim (ou talvez por isso?) tão logo o moço recebeu de Oxóssi permissão para andar livremente pelas matas, para ver o mundo do alto das montanhas de Xangô ou fluir como espírito livre feito as águas abençoadas por Mãe Oxum, não mereceu nem na mídia especializada pouco mais do que notas curtas ou textos burocráticos em obituários. Mas como provavelmente ainda no ventre de Dona Iolanda o menino escutou a gargalhada do Tranca Ruas. ao abrir a porteira para vir ao mundo já baixou com moral junto a baianos, boiadeiros, marinheiros, pretos velhos e logo aprendeu a tocar violão, sozinho. Como muita gente boa, deu os primeiros passos na carreira em festivais a partir do efervescente 1968, ano de chumbo em que sua Arruaça (composta com José Jorge) foi defendida no I Festival Universitário de Música Brasileira pela cantora Sônia Lemos, conforme lembrou em seu blogue Pop & Arte o jornalista Mauro Ferreira, do portal G1. Maurity teve outras duas parcerias com José Jorge gravadas por Maysa, em 1969, Estranho Mundo Feliz e Quebranto, antes de faturar o III Festival Universitário de Música Brasileira, em 1970, com a música Dia cinco, mais uma das muitas parcerias com José Jorge, ainda conforme Ferreira.

Brasil ame-o ou deixe-o, tricampeão de futebol no México. Naquele mesmo ano saiu o primeiro elepê – Este é Rui Maurity, que faz uma alusão à Alegria, Alegria, de Caetano Veloso, e ara o roçado para Serafim e Seus Filhos, apresentada, pela primeira vez, em 1971, entre as faixas de Em busca do ouro². Três anos depois, Ruy Maurity assinou Safra/74, que teve canções incluídas nas trilhas sonoras de Escalada e Fogo Sobre Terra. Em 1976 e 1977, brindou-nos com Nem Ouro Nem Prata e Ganga Brasil, que inclui a global Dona Xepa. Bananeira Mangará, no ano seguinte, renovou a discografia, mais uma vez com bônus de louvor dados pela crítica a começar pela música de abertura, Pelo Sinal; depois, na década dos anos 1980, voltou aos estúdios para gravar Natureza (da capa em que ele está pescando uma bota em um riacho) e A Viola no Peito. Em 1998, com arranjos de temática caipira, produziu De Coração, no qual reinterpretou, por exemplo, Serafim e Seus Filhos e Menina do Mato, reavivando diversas parcerias com José Jorge.

Nem Ouro Nem Prata foi regravada por Teresa Cristina, em 2007, quando a filha de Paulinho da Viola lançou o álbum Delicada. Dos sete álbuns do período durante o qual Maurity esteve em alta na década dos anos 1970, Este é Ruy Maurity é o único que não tem o selo da Som Livre, marca distintiva dos demais que são: Em busca do ouro (1972), Safra/74 (1974), Nem Ouro Nem Prata (1976), Ganga Brasil (1977), Bananeira Mangará (1978) e Natureza (1980); Safra/74 teve produção de Eustáquio Sena e arranjos de Antonio Adolfo, e dele Ferreira destacou “músicas inspiradas” como Parábola do Pássaro Perdido e Com Licença, Moço, ambas compostas por Maurity e José Jorge. De Bananeira Mangará Mauro Ferreira pinçou a parceria então inédita de Maria Bethânia com a violonista e compositora Rosinha de Valença em Cana caiana (1978), “música afinada com o Brasil rural cantado com inspiração por Ruy Maurity.”

Os discos, ainda observou o blogueiro do G1, apresentam títulos que já evocam a brasilidade entranhada na obra do artista. “Após esse período áureo, Maurity gravou poucos discos a partir dos anos 1980. Mas os álbuns que deixou ainda guardam pérolas que merecem ser pescadas no baú”, emendou Ferreira. Citando versos da canção atribuída ao The Fevers, Mauro Ferreira terminou sua matéria com a frase “os passos de Ruy Maurity pelo chão do Brasil vão ficar”. Laroyê!


¹ Jaú é como meu pai, Geraldo Caetano de Lima, chamava uma “jardineira”, antigo modelo de ônibus como era o de Zé Portes. O trajeto entre Juiz de Fora e Chácara é de 28 quilômetros, hoje, asfaltados.

² A música Serafim e Seus Filhos teve uma segunda versão, a continuidade da saga, gravada como As Artimanhas de Lourenço, Filho de Serafim, como faixa 11, em Natureza.

³ A novela Dona Xepa primeiro foi exibida pela TV Globo, entre 24 de maio a 24 de outubro de 1977, em 132 capítulos, no horário das 18 horas. Era baseada na peça teatral homônima, escrita em 1952, por Pedro Bloch, adaptada por Gilberto Braga, com direção de Herval Rossano. O elenco reuniu Yara Cortes, Reinaldo Gonzaga, Nívea Maria, Edwin Luisi, Rubens de Falco, Cláudio Cavalcanti e Ana Lúcia Torre nos papéis principais. Em 2013, a Record pôs uma segunda versão no ar, em 91 capítulos, sempre às 221h15 de 21 de maio e 24 de setembro de 2013.

4 A “paternidade” de Marcas do Que se Foi, na internet, também aparece para Zezé Di Camargo & Luciano, Roupa Nova e Padre Marcelo Rossi, entre outros equívocos. 

Marcelino Lima é jornalista formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1991, atuou como repórter, editor e revisor dos mais importantes jornais de Osasco e região,  em diversas coberturas da área esportiva, cultural, política e sindical, em assessoria de imprensa para várias entidades e prefeituras, além de campanhas eleitorais. Também é fotógrafo e há oito anos coordena as publicações do Barulho d’água Música. Para contribuir com o blogue, deposite qualquer quantia no PIX 04992937896 ou 992590769.



      

641- No coração de Beagá, Cine Teatro Brasil Vallouréc promove projetos culturais com foco na diversidade e na democratização

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O Cine Theatro Brasil Vallourec, localizado na Praça Sete de Setembro, um dos mais emblemáticos pontos de encontro e de convivência de Belo Horizonte. capital mineira, oferece a quem mora na capital mineira e cidades do entorno ou está de passagem variada programação que no campo musical. Como boas pedidas e exemplos, além dos projetos mensais Canto & Viola e Elas de Minas, ambos coordenados por Luiz Trópia e Tadeu Martins, o público costuma assistir a shows de expoentes como Hermeto Pascoal e Rafael Marcelo, atrações da noite de quinta-feira, 10, pelo projeto Meio de Campo. Antes da apresentação do Bruxo, quem estava no calçadão da rua Carijós pode curtir o animado Trio Lampião, destacado para animar o projeto Quintas Musicais. Os músicos, instalados em uma sacada lateral do prédio, durante mais de uma hora fez a plateia cantar e dançar ao som de forrós consagrados de autores como Luiz Gonzaga e Dominguinhos.   

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Em 2 e 3 de outubro o Cine Teatro Brasil receberá Maria Gadú, em ambas as datas a partir das 21 horas, com apoio e participação do diário Em Tempo.  O prédio ocupa a esquina das avenidas Amazonas e Afonso Pena com a Carijós e possui 8,3 mil m² de área construída, divididos em sete pavimentos. Fundado em 1932, é o primeiro edifício de estilo art-decó de Beagá e em um tempo no qual os filmes ainda eram mudos e em preto e branco, atraiu para as duas sessões de estreia mais de 5.000 pessoas. Até 1999, quando exibiu um filme pela última vez, colocou em cartaz os principais sucessos de bilheterias neste período de atividades. Fechado, só reabriu as portas em 9 de outubro de 2013, após ampla reforma para restauração e readequação de espaços iniciada em 2007 pela Fundação Sidertube e sua patrocinadora, a Vallourec, empresa líder mundial em soluções tubulares premium.

O imóvel atual possui dois teatros, com 1.000 lugares e com 200 lugares, respectivamente; dois andares de espaços museográficos; espaço multiuso para até 500 pessoas, além de um restaurante, uma cafeteria, loja e áreas de convivência. Todos os ambientes receberam isolamento acústico e contam com ar condicionado central. Para quem gosta de cafés, a dica é experimentar a bebida que leva o nome da casa, a opção Café do Cine Teatro, servido com um agradável xarope de macadâmia.

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O Cine Teatro Brasil Vallouréc acolheu com muita simpatia a reportagem do Barulho d’água Música em ambos os eventos que o blogueiro Marcelino Lima acompanhou, o show Pedra de Luz, de Paulo Mourão, com Adriana Lopes e Sal Ribeiro (na quarta-feira, 9, pelo Canto & Viola) e a forrozoaria com o Trio Lampião. E agradece ao diretor Rondinelli Duque e a toda a equipe que apoiaram o trabalho do jornalista, facilitando sua circulação pelos ambients do prédio para registros e fotografias.

A casa de espetáculos adotou como missão promover o resgate histórico e patrimonial de um dos mais conhecidos espaços culturais de Belo Horizonte e em seu cumprimento promove a diversidade cultural por meio da realização de programas voltados às diversas linguagens artísticas. A meta desta visão é transformar o Cine Theatro Brasil Vallourec em um centro de referência em ações de promoção e valorização da diversidade cultural do país, constituindo-se em um espaço multidisciplinar para a convivência e desenvolvimento das atividades artísticas, praticando como valores a ética, a diversidade, e a democratização como formas de obtenção de credibilidade.

Programação de setembro do projeto Quintas Musicais, sempre a partir das 18 horas:

17 – Liz Eulália (MPB) / 24 Desvairados e Choro no Parque

640 – Paulo Mourão (MG) protagoniza com Adriana Lopes e Sal Ribeiro “Pedra de Luz”, show vibrante e marcado por poéticas evocações ao sagrado

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O Barulho d’Água Música está em Belo Horizonte e na quarta-feira 9, acompanhou no Cine Teatro Brasil Vallouréc o show do violeiro, cantor e compositor Paulo Mourão, atração de mais uma rodada do projeto Canto & Viola, coordenado por Luiz Tropia e Tadeu Martins. Paulo Mourão recebeu no palco Adriana Lopes (voz) e com Sal Ribeiro ministrando masterclass de percussão apresentou o novo espetáculo dele, Pedra de Luz, que reúne composições dos seis álbuns autorais e tem direção artística de Regina Milagres.

As músicas de Paulo Mourão falam diretamente a quem as ouve, saúdam o povo; mais do que luz, têm altas cargas de energia e de espiritualidade, evocam e reverenciam o sagrado, o amor e a fraternidade com muita poesia e nada de prosa vazia. Os versos ora cultuam as águas de mares e de rios — para além de fontes de vida, como elementos que também são de experimentação, de descoberta e de vivência da fé, e de religação com o Divino e com divindades –, ora dedicam a mensagem de seus cantos a causas humanitárias (como um alerta em nome do bem estar e da acolhida aos refugiados sírios e o respeito à infância, por exemplo) ou à lembrança de amigos já desencarnados que marcaram e ajudaram-no a traçar sua trajetória.

Paulo Mourão e driana

E a estrada de Paulo Mourão passa por Olindas, Angolas, Arábias, Venezuelas, viaja pra outras bandas, alcança Portugal, atravessa o Atlântico e de volta a Pindorama entra pelo Rio Grande do Norte em direção à caatinga. Escala, ainda, o Oeste baiano, corta Goiáses, embrenha-se com Goytacazes, toma, por fim cafezinho em Minas. Este caminhar é também peregrinação desde a juventude encarando anos de e chumbo para moldar um perfil que não faz concessões, jeito de ser que não se acomoda em jeitinhos e inclusive, custou e custa, de certa forma, até hoje, o preço de sua independência, pela qual até da liberdade já foi privado.

Tudo isso Paulo Mourão extravasa e traz de longe com sensibilidade das mais aguçadas ao som de violas de dez cordas, das quais mais do que a boa e tradicional sonoridade caipira, extrai com autoridade ritmos diversos como samba, coco, rock, afoxé e até blues, com direito a pitadas de flamenco. Durante Pedra de Luz a plateia, a e a companheira Adriana, ao som das cordas duetadas em harmonia com as batidas de Sal, giraram, balançaram, bateram as solas do pés ou das palmas das mãos como quem marcava o ritmo em rodas de terreiros, como quem bailava docemente à linha do mar e ao sabor do vento; sentia-se no ambiente a força de orixás que certamente ali também dançavam e abençoavam e o próprio canoeiro também balouçou; de quebra os remos levaram para outros universos quem recolheu os toldos e se encantou com a lírica instrumental Rubi. Como não embarcar também nesta canoa se o timoneiro canta, convincente, “comigo num tem tristeza não (…) eu tenho Deus no coração”?

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“Trata-se de um momento de catarse nos meus 18 anos de carreira”, relata o artista, acrescentando que a união com Adriana Lopes fez crescer em muito as interpretações e que a direção de Regina Milagres é fantástica, precisa: “Até o silêncio faz parte do show!” E Adriana Lopes é corresponsável pelo sucesso e pela bateria de aplausos e pedidos de não um, mas de cinco bis! Pode-se afirmar que, sem ela, sequer show haveria: preparadora vocal de Paulo Mourão, ela também criou os arranjos de vozes, sem contar que ao cenário teve o cuidado de acrescentar um delicado vaso de flores. Poderia ser apenas um detalhe, um objeto a mais se o olor das pétalas não tivesse acrescido ainda mais magia ao ambiente.

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Paulo Mourão doou ao Barulho d’água Música exemplares dos álbuns Flores e Feridas e Sete Segredos, este gravado com Sergio Di Ramos e produzido com muito esmero e competência pelo jovem IsmeraRock, que ainda toca violão e guitarra nesta ode de Mourão a ídolos como Joe Cocker, Janis Joplin, Hendrix e tantos outros cabeludos que também amavam os The Beatles e os Rolling Stones, Dylan e Joan Baez! Luiz Tropia e Tadeu Martins disponibilizaram um exemplar da antologia do projeto Canto & Viola, gravado em 2011. Obrigado aos músicos e amigos!

Adquira os álbuns de Paulo Mourão pelo endereço virtual violeiropaulomourao@gmail.com

A próxima edição do Canto & Viola está marcada para 14 de outubro e será com Bilora Violeiro, a partir de 19h30. 

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636 – Paulo Mourão e Adriana Lopes apresentam Pedra de Luz, novo show do projeto Canto & Viola, em Belo Horizonte (MG)

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O violeiro, autor e cantor Paulo Mourão junto com a cantora e professora de canto Adriana Lopes,  apresentará seu novo show, Pedra de Luz, na quarta feira, 9, a partir das 19h30, no Cine Teatro Brasil Vallourec, situado em Belo Horizonte (MG), em mais uma rodada do projeto Canto & Viola, coordenado por Luiz Trópia e Tadeu Martins. Pedra de Luz tem direção artística de Regina Milagres e contará, ainda com a percussão de Sal Ribeiro. “Trata-se de um momento de catarse nos meus 18 anos de carreira”, relata o artista, acrescentando que a união com Adriana Lopes fez crescer em muito as interpretações e que a direção de Regina Milagres é fantástica, precisa: “Até o silêncio faz parte do show!”

Com seis álbuns lançados, Paulo Mourão conhece o Brasil na palma da mão. O violeiro destaca que “carrega o mundo no oco da viola” e, intuitivo, viu na junção com Adriana Lopes o caminho para encher de flores sua própria trajetória. Jornalista com 38 anos de atividades, não faz concessões ao mercado, não confunde cultura com entretenimento e prega: alegria não é palhaçada! 

Ao longo de seus 60 anos morou praticamente em todo país. Onde não residiu, trabalhou em reportagens. “Conheço lugares que sequer nomes tinham!”, conta, ciente de que traz na bagagem o aprendizado da solidariedade, do respeito e um compromisso com o sentimento de ser brasileiro. “Canto o Brasil menino, o Brasil da minha infância, da minha lembrança do futuro, pois no meu coração não há sentimento obscuro”, garante com a contundência que o caracteriza. “Canto com jeito, com muito respeito, com uma força bonita que vem do fundo do peito”, prossegue, antes de complementar: “Canto pra saudar os Preto-Veio, os Caboclos, os Juremeiros, os Hoasqueiros; canto o povo brasileiro pra mostrar pro mundo inteiro a Força, a beleza, a bondade e a humildade do Grande Terreiro brasileiro: Saravá meus irmãos, Saravá!”

Também poeta, Paulo Mourão insiste: “Não há poesia sem o sentimento verdadeiro de Humanismo!” Por tais posturas sua trilha no mundo da viola encontra resistências, mas guerreiro velho, acostumado a muitas pressões (algo que é inerente e uma das características mais presentes em sua exigente profissão), segue seu caminho.

Em Pedra de Luz o convidado de Trópia e Martins não contará causos, declamará poemas. Entre eles, há dois, de dois autores baianos, Quito Nonato e Azulão Baiano. “Meu dom quem me deu foi Deus”, observa, taxativo. “Ganhei por merecimento. Eu canto com alegria para trazer bom sentimento. Em meio às estrelas do céu, em meio às estrelas do Mar, tem um segredo bonito, eu vim aqui te contar: tem areia, tem areia, no fundo do mar mora a Sereia.”

O projeto Canto & Viola oferece mensalmente apresentações de expoentes da viola caipira nascidos em Minas Gerais, sempre no Cine Teatro Brasil Vallouréc, com coordenação de Luiz Trópia e Tadeu Martins. O palco das cantorias fica na Avenida Amazonas, 315, Centro de Belo Horizonte. Para saber mais e comprar ingresso há o (31) 2626-1251

Programação do Canto & Viola 2015

9 de setembro – Paulo Mourão ||14 de outubro – Pereira da Viola ||25 de novembro – Bilora Violeiro|| 16 de dezembro – Chico Lobo

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621- Ivan Vilela é atração da rodada de agosto do projeto Canto & Viola, em Belo Horizonte (MG)

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O  compositor, professor e pesquisador Ivan Vilela será a próxima atração do projeto Canto & Viola, que oferece mensalmente apresentações de expoentes da viola caipira nascidos em Minas Gerais, sempre no Cine Teatro Brasil Vallouréc, com coordenação de Luiz Trópia e Tadeu Martins. Ivan Vilela estará no palco nesta quarta-feira, 26, a partir das 19h30. O Cine Teatro Brasil fica na Avenida Amazonas, 315, Centro de Belo Horizonte. Para saber mais e comprar ingresso há o  (31) 2626-1251

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Letícia Leal e Jefferson Cária lançam Viola Maviosa em nova rodada do projeto Canto&Viola, em Beagá (MG)

 

Os violeiros Letícia Leal e Jefferson Cária são as próximas atrações do projeto Canto & Viola, que Luiz Trópia e Tadeu Martins promovem em Beagá (MG), com shows sempre na última quarta-feira do mês, no Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil Vallourec. Letícia e Jefferson Cária ocuparão o palco a partir das 19h30 neste 29 de julho para lançarem o projeto Viola Maviosa, que une dois músicos de estilos distintos e comprova que a viola pode tanto tocar clássicos do cancioneiro caipira, quanto de outras vertentes. O repertório inclui entre algumas composições consagradas pelo público Cuitelinho, Chora Viola e Trem do Pantanal, além de temas autorais dos convidados de Trópia e Martins.

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Em  um meio predominantemente masculino, Letícia Leal se destaca pelo toque de viola limpo e peculiar que o levou à final de concurso para eleição de Melhor Violeiro realizado pelo programa Terra de Minas, da Rede Globo Minas e a se apresentar em vários outros canais de televisão e palcos por todas Minas Gerais. Já Jefferson Cária, violeiro, cantor e compositor, é divulgador da música caipira de raiz. Começou a carreira em 2012 e seu repertório alterna composições próprias e clássicos da música caipira de raiz. Também já esteve em variados programas de televisão e de rádio, além de concorrer em festivais pelas Alterosas. Em 2013, Jefferson Cária ganhou o prêmio de Melhor Letra no I Festival Mineiro de Viola Caipira, realizado pelo IBVC (Instituto Brasileiro de Viola Caipira),  e entregue a ele no SESC Palladium, em Belo Horizonte.

O projeto Canto & Viola, criado e coordenado desde 2011 por Luiz Trópia e Tadeu Martins, conta com o apoio da Viola Brasil, do violeiro Chico Lobo, e somente neste ano já levou ao público shows com Wilson Dias, Guilherme Faria, e Rubinho do Vale. Depois de Letícia Leal e Jefferson Cária, estão programados Ivan Vilela (26 de agosto); Paulo Mourão (30 de setembro);  Pereira da Viola (14 de outubro), Bilora Violeiro (25 de novembro) e Chico Lobo (16 de dezembro). O endereço do Cine Teatro é rua dos Carijós, 258, Praça Sete, em Belo Horizonte.

 

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Canto & Viola apresenta Guilherme Faria, violeiro autodidata e autor de Principiar

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O violeiro Guilherme Faria será a segunda atração do projeto Canto & Viola, aberto em abril com a apresentação do conterrâneo Wilson Dias (Olhos d’água/MG). Natural de Beagá, Guilherme Faria é apaixonado pela música desde garoto e, autodidata, começou a estudar viola caipira aos 21 anos seguindo como mestres Fernando Sodré, Júlio Marques, Taquinho Costa e Renato Caetano. Autor do álbum Principiar, ocupará o palco do Cine Teatro Brasil Vallourec para um show de 90 minutos a partir das 19h30 desta quinta-feira, 27 de maio.

Canto & Viola é criado e coordenado pelos produtores culturais Luiz Trópia e Tadeu Martins e neste ano terá ainda cantorias até dezembro, sempre um vez  cada mês e no Cine Teatro Brasil , situado na rua dos Carijós, 258, Praça Sete, em Belo Horizonte.

Programação de 2015

24 de junho – Rubinho do Vale ||29 de julho – Jefferson Cária & Ronaldo || 26 de agosto – Ivan Vilela || 30 de setembro – Paulo Mourão ||14 de outubro – Pereira da Viola ||25 de novembro – Bilora Violeiro|| 16 de dezembro – Chico Lobo

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Paulinho da Viola completa 50 anos de carreira com shows no Sesc Pinheiros (SP)

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Paulinho da Viola, em 1996, diante da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro ( Foto: Leonardo Aversa)

Amigos e seguidores:

A agenda com sugestões de shows que o Barulho d’água Música traz pra vocês neste mês (veja na página inicial) destaca, entre tantas atrações, os shows de Paulinho da Viola, excelência do samba que está completando  50 anos de carreira e preparou um show especial para trazer ao público paulistano do Sesc Pinheiros. A plateia ouvirá clássicos como Dança da Solidão, Sei Lá, MangueiraPecado Capital e Coração Leviano, além de uma coletânea de sambas de compositores que considera os mais importantes da música brasileira, entre os quais Cartola, Nelson Cavaquinho, Noel Rosa, Wilson Batista e Geraldo Pereira.

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Em foto de 1964, Paulinho da Viola e Anescarzinho (Foto: Site do cantor)

Paulinho da Viola terá acompanhamento  dos músicos João Rabello (violão), Dininho Silva (baixo), Ricardo Costa (bateria), Adriano Souza (piano), Mário Seve (sopros), Celsinho Silva (ritmista), Hercules Nunes (percussão), Muiza Adnet (voz) e Beatriz Faria (voz). Cada show no Teatro Paulo Autran terá duração de 90 minutos e não será permitida entrada após o início do espetáculo. A venda de ingresso está limitada a quatro por pessoa.

 Também sugerimos especial atenção às novas prosas-shows e apresentações do projeto cultural 4 Cantos, formado pelos cantadores Cláudio Lacerda, Luiz Salgado, Rodrigo Zanc e Wilson Teixeira, nas cidades paulistas de Avaré e Botucatu. O  Dandô Circuito de Música Dércio Marques também está de volta à estrada com rodadas no RS e em SP, e, em Poços de Caldas (MG), a dupla gaúcha Kleiton & Kledir vai fazer soar o apito do trem no pátio da estação em mais uma rodada, a segunda, do projeto Composição Ferroviária. Ainda em Minas Gerais, na capital Beagá, Wilson Dias abrirá mais uma edição do projeto Canto & Viola: uma vez por mês, até dezembro, será escalado um dos expoentes da viola caipira do Estado. Entre os nomes já confirmados estão Paulo MourãoBilora Violeiro e Chico Lobo.

 Ainda falando em viola, a agenda traz Neymar Dias e Toninho Ferraguti e quadro com as datas e as cidades nas quais Renato Teixeira estará neste mês.  Ná Ozzetti, Otto, Tom ZéHeraldo do Monte e Wolf Borges também estarão na lista. E no mês do Choro, entre outras homenagens, Jane do Bandolim e O Miado do Gato  farão tributos aos mestres do gênero  Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Anacleto Medeiros, Jacob do Bandolim, Altamiro Carrilho, Waldyr Azevedo e da própria Jane do Bandolim

As dicas que oferecemos são baseadas na programação divulgada por entidades como o Sesc São Paulo e assessorias dos próprios artistas e não nos responsabilizaremos por mudanças de datas, locais e horários após a publicação desta agenda. Sendo assim, observamos que é conveniente sempre entrar em contato, previamente, com os organizadores e locais de espetáculos por meio dos endereços ou telefones fornecidos. Não disponibilizamos entradas para nenhum espetáculo. Para melhor compreensão das legendas, os números ou a letra L (Livre) indicam a classificação etária, G que não há cobrança de entrada e $ que o espetáculo só será visto mediante compra de ingresso cujo valor varia de acordo com a atração.

O blog não cobra para inclusão de espetáculos nesta agenda. Estamos abertos a quem queira nos enviar sua agenda, mas nos reservamos ao direito de avaliar, antes da divulgação, se o artista e sua proposta de show ou projeto se enquadra em nossos critérios. Para assuntos relativos a assessoria de imprensa favor ligar para 11 3766-9006 ou enviar mensagem para barulhodeaguamusica@gmail.com 

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Toninho Ferraguti (acordeon) e Neymar Dias (viola caipira) serão atração do Sesc Belenzinho/SP (Foto: Laura Del Rey)

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Hoje é aniversário de Paulo Mourão, violeiro e jornalista residente em Belo Horizonte (MG)

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O mineiro Paulo Mourão, hoje em BH,  começou a tocar e a cantar em uma das épocas mais fechadas para a criatividade dos artistas brasileiros. Quarenta anos e cinco discos depois lançou Flores e Feridas, álbum de dez faixas que traz as marcas do blues e do rock em sua vida de estradeiro e ativista político preso pela ditadura militar

Hoje, 25, o músico, compositor e jornalista Paulo Mourão, violeiro mineiro residente em Belo Horizonte, é quem recebe do Barulho d’água Música os “parabéns à você!”

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