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O jornalista Renato Vieira lança livro sobre a gravadora carioca que lançou importantes discos da música brasileira como os Afro-Sambas, de Baden Powell e Vinícius de Moraes, e a trilha sonora de Deus e o Diabo na terra do Sol
Tempo Feliz — A História da Gravadora Forma, do jornalista e escritor Renato Vieira, com distribuição pela editora Kuarup, já chegou às livrarias de todo o país, com preço a partir de R$50. O livro traz uma pesquisa completa sobre a gravadora Forma, um ousado selo carioca fundado pelos jovens Roberto Quartin e Wadi Gebara, que esteve em atividade entre 1964 e 1967 até fechar as portas por causa de dívidas. “Em 2014 conheci o Gebara, um dos donos da Forma, que tinha toda a documentação sobre a gravadora e queria contar sua história”, afirmou Renato Vieira sobre o início do processo. A Forma lançou importantes discos para a música brasileira como Os Afro Sambas, de Baden Powell e Vinícius de Moraes, Coisas, de Moacir Santos, Inútil Paisagem,de Eumir Deodato, e as trilhas sonoras dos filmes Deus e o Diabo na Terra do Sol e Esse Mundo é Meu, entre outros. “Trata-se da história de um sonho que deu errado financeiramente, mas em termos artísticos ficou e permanece até hoje”, observou Vieira. “Eles eram dois jovens que gostavam de música e apostaram tudo nisso.”
Xeque Mate. segundo trabalho do baterista e músico paulista Mário Negrão Borgonovi, comemora os 50 anos de carreira do músico. À época do primeiro, Madeira Em Pé (1980), o autor ainda assinava apenas Mário Negrão e trouxe a público um álbum autoral considerado como um dos pioneiros da música instrumental brasileira, revelando um olhar musical sobre o meio ambiente, Conhecido como músico de estúdio, passou boa parte de sua carreira tocando com astros da música popular brasileira como Baden Powell, Antonio Adolfo, Paulo Moura, Raphael Rabello, Carlos Lyra, Claudete Soares, Clara Nunes, Chico Buarque, Egberto Gismonti, Leila Pinheiro, MPB-4, Paulinho Nogueira, Quarteto em Cy, Rosinha de Valença, Sérgio Ricardo, Toquinho, Vinícius de Moraes e Orquestra Sinfônica Brasileira, entre tantos outros. Agora, fez questão de observar que Mário Negrão foi uma marca que o acompanhou durante toda a carreira, pois Negrão é o sobrenome de sua mãe, mas neste segundo resolveu homenagear o pai, já falecido, motivo pelo qual o sobrenome dele, Borgonovi, é usado no álbum e na assinatura.
Com repertório eclético que vai da bossa nova ao rock, passando pelo folk, disco traz em onze faixas canções inéditas e duas regravações, uma do pai do cantor, compositor e ator: Billy Branco
#FiqueEmCasa #MáscaraSalva
#Fora Bolsonaro
O cantor e compositor carioca Billy Branco Júnior está lançando pela gravadora Kuarup o álbum Billynho Branco, gravado em 2019, na cidade do Rio de Janeiro, com um grupo de jovens talentosos músicos formado por Gustavo Tibi (piano e teclados), Marco Vasconcelos (guitarra), Carlos Jannarelli (baixo) e Pedro Mamede (bateria e percussão). Billynho tocou os violões e alguns pianos no disco que traz onze canções, um apanhado de nove composições dele com seus parceiros Paulinho Mendonça (autor de Sangue Latino, gravada pelos Secos & Molhados); Lucas Sigaud, jovem poeta, doutor em Física que é fã ardoroso de Bob Dylan, John Reed e Leonard Cohen e escreve apenas em inglês, mais Ailan Ross, amigo de longa data e parceiro dos tempos em que Billynho morava em Nova York. Em francês, Mes Arais foi escrita em dueto com a poetisa Paula Padilha e celebra a amizade. Já as duas faixas restantes têm assinaturas de Caetano Veloso (O nome da cidade) e do pai de Billynho, Billy Blanco (Onda/Estrada do Nada). Um exemplar do disco, gentilmente enviado pela Kuarup (a quem agradecemos em nome do diretor artístico do selo, Rodolfo Zanke), abriu as tradicionais audições matinais dos sábados neste dia 23 de maio aqui na redação do Barulho d’água Música, em São Roque, no Interior de São Paulo.
Obra lançada pela 7 Letras antecipa, ainda, os 70 anos de vida do autor de mais de 1,3 mil músicas gravadas por centenas de intérpretes. Outros títulos sairão até abril, mês do aniversário do ganhador de um Grammy Latino
O Barulho d’água Música recebeu da Editora 7 Letras, estabelecida na cidade do Rio de Janeiro (RJ), um exemplar do novo livro lançado pelo poeta, compositor, romancista e teatrólogo Paulo César Pinheiro, pelo qual agradecemos ao amigo jornalista George Pãtino. poemúsica, conforme está grafado na capa, em letras minusculas, marca os 50 anos de carreira do autor de Canto das Três Raças (em parceria com Mauro Duarte), entre outras pérolas do nosso cancioneiro e apenas uma das mais de 1,3 mil composições gravadas por diversos intérpretes neste meio século ¹. O livro também antecipa as comemorações pelos 70 anos que Pinheiro comemorará em 28 de abril.
Conforme entrevista concedida a Caroline Carvalho (do portal Eu, Rio) , o livro para o autor une o que ele sabe fazer de melhor: poesia e música. poemúsica tem uma centena de poemas, divididos em três seções, livres e sem limites em questão de matéria-prima. A seção poemétrica, a primeira, exprime a faceta mais técnica e lírica do autor, destacou Caroline, enquanto poemágica espelha seu lado mais leve, inventivo e lúdico, com neologismos e construções surpreendentes. Já poemística, completou a jornalista, explora os sentidos e reveses da alma, do simbólico, do que há de nebuloso em nós.
Neste ano as comemorações do 70º aniversário deverão ser embaladas pelo lançamento de outros dois livros, antecipou o Eu, Rio. Um de contos, cujo título será Figuraças, é inspirado nas crônicas que Paulo César Pinheiro fazia nos anos da década de 1970 para O Pasquim. O outro, também de poesia, vai se chamar Mil versos, Mil canções. O pacote do “Parabéns a você”! incluirá, ainda, um álbum com músicas inéditas, mais um documentário conduzido pelo próprio compositor.
A perspectiva de completar sete décadas de vida deixa o autor muito animado e com uma produção pra lá de afinada, observou Caroline ao reproduzir a declaração dele: “Tenho mais incontáveis livros na gaveta esperando edição. Todos escritos em cadernos de próprio punho. Pretendo publicar também minhas peças, Besouro Cordão de Ouro e Galanga Chico Rei, ambas dirigidas por meu queridíssimo amigo, recentemente falecido, João das Neves”. As letras em gaveta, pasmem, somam quase 1000 músicas ainda inéditas!
Sobre o documentário – uma produção da Terra Firme Produtora com direção de Andrea Prates e Cleisson Vidal e exibição exclusiva e inédita do Canal Curta –, Paulo Cesar afirmou: “Só aceitei fazer porque serei eu falando de mim, não há terceiros falando, o que me deixa mais confortável”.
Ainda segundo a entrevista, Paulo Cesar Pinheiro contou que nos jornais lia as colunas de Cecilia Meirelles, Clarice Lispector, Fernando Sabino, Drummond, Nelson Rodrigues, Antônio Maria, entre outras referências de peso. “Eu escreveria uma coluna sobre poesia. Poderia fazer até uma por dia, transcrever um poema e comentá-lo”, lembrou Paulinho, que também está atento às novas gerações por meio do seu perfil no Instagram @paulocesarpinheirooficial.
Grammy e Prêmio Shell
Nascido no Rio de Janeiro em 1949, Paulo Cesar Francisco Pinheiro tem mais de 1.300 músicas gravadas por diversos intérpretes e 10 álbuns lançados, além de ser autor de trilhas para cinema, teatro e televisão. Publicou os livros de poesia Canto Brasileiro(Companhia Brasileira de Artes Gráficas), Viola morena (Tempo Brasileiro), Atabaques, violas e bambus (Record), Clave de Sal(Gryphus) e Sonetos sentimentais para violão e orquestra (7 Letras); os romances Pontal do Pilare Matinta, o bruxo, além do livro de contos Histórias das minhas canções (os três pela Leya). É autor das peças Besouro Cordão de Ouro (vencedora do Prêmio Shell de Teatro 2006) e Galanga Chico Rei. Foi premiado com o Grammy em 2002 e recebeu o Prêmio Shell pelo conjunto da obra em 2003. Em 2016, gravou seu depoimento para a posteridade no Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro, e o segundo para a Casa do Choro, em 2017.
Sua primeira composição foi aos 14 anos,Viagem, em parceria com João de Aquino. Quatro anos depois, começou a destacar-se como letrista, estabelecendo parcerias comBaden Powell, principalmente na voz deElis Regina– como sua primeira canção registrada, Lapinha“. Outras intérpretes marcantes foram Elizeth Cardoso, Simone e Clara Nunes, com quem foi casado de 1975 até a morte desta em1983, e os conjuntosMPB-4eQuarteto em Cy. Em 2002, foi premiado, juntamente comDori Caymmi, com um Grammy Latino na categoria de “Melhor Canção Brasileira”. No ano seguinte ganhou oPrêmio Shellpelo CD OLamento do Samba. Em 2015, levou o troféu de Melhor Canção/ Compositores do 26º Prêmio da Música Brasileira pelas composições em parceria com Guinga que Mônica Salmaso interpreta emCorpo de Baile, lançado pela Biscoito Fino, quase todas inéditas.
Disco do selo Kuarup celebra a obra do compositor carioca de clássicos como A Estrada e o Violeiro, O Circo e É Isso Aí e dupla que interpreta as faixas protagoniza pocket show com entrada franca no Conjunto Nacional, em Sampa
*Com Renato Vieira, da assessoria de imprensa da Kuarup
A audição matinal deste sábado, 10, aqui na redação do Barulho d’água Músicacomeçou tocando as 16 belas faixas do álbum Argumento (Canções de Sidney Miller), com Joyce Moreno e Alfredo Del Penho, uma das joias do catálogo da gravadora Kuarup, gentilmente nos cedido pelo amigo Rodolfo Zanke e que será lançado nesta terça-feira, 13, em São Paulo (ver guia Serviço). Amiga de Sidney Miller (1945 — 1980), Joyce foi convidada pelo Instituto Moreira Salles para revisitar as doze músicas do primeiro álbum do compositor, em apresentação da série Grandes Discos, em abril de 2012. O LP original saíra pelo selo Elenco, em 1967, após o cantor e compositor carioca participar do III Festival de Música Popular Brasileira, defendendo A Estrada e o Violeiro, ao lado de Nara Leão. Como o dueto era um dos grandes momentos da estreia fonográfica de Miller, Joyce chamou Alfredo Del-Penho para acompanhá-la no show que deu origem ao Argumento….
O consagrado pianista, compositor e arranjador Laércio de Freitas está escalado para abrilhantar a segunda rodada do projetoForte Piano, que a unidade Ipiranga do Sesc da cidade de São Paulo inaugurou em 9 de abril, com a apresentação de Bailado, espetáculo que reuniu o pianista Daniel Grajew e o contrabaixista Marcos Paiva. A rara oportunidade de ver e ouvir Laércio de Freitas, pianista da lendária Orquestra Tabajara, do Sexteto de Radamés Gnatalli e autor de cinco discos solos lançados, sem contar dezenas de arranjos executados por grandes intérpretes e orquestras, está programada para começar às 18 horas do domingo de Páscoa, 16 de abril (veja a guia Serviços).